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7 de agosto de 2010

Refém do Amor

Em busca de aventura... e de amor!

Noiva de um homem por imposição dos pais, Sylvie, que é dona de um espírito aventureiro, anseia por ver de perto um autêntico pirata que está na prisão local. E convence um conhecido caçador de piratas a satisfazer seu desejo.
Apenas não imaginava que se interessaria por aquele atraente pirata loiro, como jamais se interessara por outro homem antes.
A visita daquela linda jovem de cabelos ruivos deixa Jacques perplexo.
e a curiosidade da filha de um escudeiro era grande, para ele poderia representar sua única chance de fuga.
Assim Jacques traça seu plano e induz Sylvie a soltar as correntes que lhe dilaceram os pulsos e a carrega consigo para seu navio como refém.
Uma doce e rebelde refém.
Agora que a família e o noivo se unem para resgatá-la, Sylvie precisa decidir a quem pertence seu coração!

Capítulo Um

St. Pierre, Martinica, 1662
De repente, após o noivado de Sylvie, a ilha parecia estar infestada de homens bonitos. Como ela não havia reparado nisso antes? Não conseguia entender.
Até pouco tempo ela nem sequer pensava nos homens.
Era descendente de aristocratas e se orgulhava de sua família, apesar das dificuldades financeiras que enfrentavam.
Era uma boa filha e estava pronta para aceitar um casamento com um homem que honrasse seu nome e que lhe desse filhos para poder criá-los segundo as tradições da nobreza.
O que poderia estar acontecendo em Martinica para atrair tantos homens interessantes? Ou estivera tão encerrada entre as paredes de sua casa que nunca os vira até que seus pais decidiram marcar a data de seu casamento?
Sylvie incitou sua montaria a trotar pelos campos que rodeavam a plantação de abacaxis. Com o movimento, a brisa agitou seus cabelos cor de canela, emprestando-lhe ainda mais formosura.
Monique, sua égua, não tinha grande valor, mas era dócil e saudável. Sylvie a estimava e não a trocaria por nenhum puro-sangue.
Não precisava de maior velocidade do que Monique era capaz de lhe oferecer. Não tinha pressa de chegar a lugar algum, da mesma forma que não tinha pressa de alcançar o futuro.
Ao se aproximar do vilarejo, Sylvie se deteve antes que pudessem vê-la.
Mas do local privilegiado onde se encontrava, era possível reconhecer alguns daqueles belos homens.
Jervais Tremblay, o caçador de piratas, entre eles.
Um caçador de piratas! Ele deveria ter coragem nas veias.
Em quantas batalhas deveria ter lutado?
Quantos malfeitores deveria ter vencido?
O que fazia para ter braços tão musculosos?
Jervais Tremblay era o homem mais alto e forte da ilha.
Sentia-se pequena e frágil como uma criança em comparação a ele.
Cada vez que Jervais Tremblay a fitava com seus olhos escuros e penetrantes, sentia as faces enrubescerem. Os cabelos dele eram tão escuros quanto os olhos e Jervais Tremblay os usava amarrados à nuca com uma fita.
Com o rosto inteiro à mostra, era fácil observar seus traços varonis e admirá-los.
A pele era lisa e perfeita.Nenhuma batalha conseguira marcá-la.
Jervais estava sempre com um sorriso nos lábios.
Ele parecia dizer ao mundo, sem palavras, que era seguro de si o bastante para encarar com otimismo todas as situações que a vida lhe reservava. Não era do tipo que flertava com as mulheres.Para ele, flertar implicava pedir.
Um homem de verdade não pede, ele toma. Era esse, provavelmente, o motivo por ele não ter dado demonstração de que notara a presença de Sylvie.Porque ele não queria que ela interpretasse qualquer gesto dele como uma tentativa de conquistá-la.