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18 de dezembro de 2023

Um Marido para Chloe no Natal

Série Casamentos no Natal

Lady Constance Cambridge é jogada na rua por seu pai aos dezoito anos, grávida e sem ninguém a quem recorrer, ela chega aos subúrbios do East End tornando-se parte de seu povo.
Trinta e cinco anos depois, seu passado reaparecerá, obrigando-a a enfrentar aquele amor que pensava estar perdido. O Natal, trará a Chloe uma segunda chance?

Capítulo Um

East London, Sandringham House, 1827
— A Viscondessa Viúva Ross desceu da carruagem com a ajuda de seu cocheiro. Foi uma viagem cansativa da Irlanda a Sandringham House, residência de seu amigo pessoal, o Duque de Tankerville. Parou em frente aos largos degraus que conduziam à entrada, havia se esquecido de como era bonita a mansão, Edrick a havia feito sua residência permanente desde a morte de seu pai, uma década atrás. Ele olhou para os tijolos vermelhos com tristeza, seu amigo havia se recusado a viver, culpando-se pelo desaparecimento de Constance. Trinta anos se passaram desde então, porém, a ferida ainda estava aberta.
— Ela fechou a mão com força ao redor do cabo de sua sombrinha azul-escura.
— «Se realmente existes e sabes tudo o que acontece aqui em baixo, peço-te um milagre para o Edrick», implorou em silêncio subindo as longas escadas que conduziam à entrada. Aos quarenta e oito anos, Agatha conservava muito de sua beleza, sua figura miúda ajudava aquele ar jovem e fresco que sempre a acompanhou.
— Chegando à porta, cumprimentou o velho mordomo, que a esperava, de pé com sua postura rígida ao lado da governanta; Ele entregou a ela seu cartão como foi estabelecido enquanto observava tudo ao seu redor com interesse. Agatha franziu a testa pensativa, ela não queria deixar sua sobrinha Jane sozinha em seu castelo, mas a carta surpresa do duque de Sutherland implorando para que ela viajasse para contar as últimas novidades pessoalmente para Edrick não teve permissão para nenhum outro, ser considerado para tal comissão era em si uma honra. Apesar de ter estreitos laços de amizade com Frederick, ficou claro para ele que o homem pertencia a um grupo de senhores com ideias muito conservadoras onde as mulheres não eram levadas em consideração. A realidade era que ela estava lisonjeada por ele tê-la considerado para ir falar com seu velho amigo sobre um assunto tão delicado.
— Entre, milady, Sua Excelência irá recebê-la na biblioteca—, disse-lhe o severo mordomo.
— Meus baús—, alertou.
— Os lacaios cuidarão disso—, respondeu ele, apontando o caminho, que Agatha já conhecia.
Ela arrumou seu chapeuzinho azul e rezou para estar apresentável, secretamente sempre se sentia atraída por Edrick, mas a vida arranjou outra coisa, uma boa e duradoura amizade.
Bateu na porta e mais uma vez sentiu aquele arrepio que a acompanhou durante toda a viagem, sentiu que estava diante de um acontecimento crucial na vida da amiga e esperava estar fazendo a coisa certa. Frederick havia assegurado a ela na longa carta que lhe enviara que não havia dúvida de que Chloe e Constance eram a mesma pessoa. Ela ainda estava maravilhada com tudo relatado naquela carta do duque de Sutherland, o que havia acontecido com Constance parecia terrível para ela.
— À frente. Uma voz alta foi ouvida de dentro.
Agatha entrou sorrindo, admirando a elegância de Edrick, os anos haviam sido gentis com ele, ele parecia imponente. Edrick correu para pegar as mãos de Agatha e levou-as aos lábios.
O que está acontecendo?


Série Casamentos no Natal
2- Um Marido para Chloe no Natal
Série concluída

Um marido para Mary no Natal

Série Casamentos no Natal

Jack Brown é um homem que cresceu no East End de Londres, cansado de tanta violência, decide mudar de rumo e aceita o trabalho de guarda-costas da Duquesa de Cleveland, é lá que conhece Mary, dama de companhia da Duquesa.
Jack não tinha ilusões, Mary estava muito além de suas possibilidades, então ele não ousa cortejá-la. 
No entanto, Mary tem outros planos e quando Jack os descobre, ele vai atrás dela implacavelmente. junte-se a Jack e Mary para um inesquecível jantar de Natal ao lado de membros ilustres da nobreza londrina.

Capítulo Um

— Mary eu te procurei por toda a mansão, onde você estava? — Victoria perguntou, entrando na imensa cozinha da mansão ducal dos duques de Cleveland.
— Estou organizando o jantar de Natal. Victoria, enviei todos os convites que você me disse e mais alguns que adicionei no último momento, não quero que nada dê errado. — Mary respondeu enquanto continuava fazendo anotações em um pequeno caderno sem sequer olhar para cima.
—Precisa de ajuda? — Victoria perguntou preocupada, tentando olhar para o que sua dama de companhia estava escrevendo tão ansiosamente.
— Calma, você se concentra na menina, a princesa já exige bastante. Ela está com fome o tempo todo. —Ela olhou para cima revirando os olhos, Lady Alexandra era um bebê que chorava incontrolavelmente se sua mãe não colocasse imediatamente um seio em sua boca.
—É linda! — Victoria, emocionada colocando a mão no peito, cheia de emoção materna, alimentar a filha tinha sido uma decisão sem pensar, ela queria aproveitar a infância ao máximo, já que o marido não queria mais filhos, e para sua surpresa ela estava gostando muito, um vínculo muito especial havia sido criado entre os dois. Alexandra conhecia o cheiro dela... bem, o do pai dela também, quando ele estava por perto ela chorava até que ele a aconchegava em seu peito.
— Nisso você tem toda razão, vai ficar uma beleza. — concordou Mary, olhando para a amiga sorrindo, desde o nascimento Victoria brilhou, ela supôs que era tão feliz, tinha uma família linda, dois filhos que, embora não fossem de seu sangue, a chamavam de mãe e mostravam a ela todos os dias que a adoravam. Um marido que muitas invejavam, o duque era um homem muito bonito que não se importava mostrar o quanto amava sua esposa e, finalmente, sua filha que veio ao mundo com saúde, enchendo a mansão de mais risos e alegrias.
—Tem certeza que não precisa da minha ajuda? — perguntou ela novamente, insegura e um pouco preocupada, não podia negar que entre o quadro e os filhos as horas passavam e ela pressentia que todos os convidados apareceriam.
— Com certeza, Victoria, qualquer contratempo lhe será comunicado imediatamente. — Mary respondeu, voltando sua atenção para o maldito caderno onde ela anotava todas as coisas mais importantes.
Vitória a deixou sozinha e foi procurar a filha no quarto das crianças onde já estava instalada com uma babá só para ela.
Jack entrou na cozinha distraído, não era de comer cedo mas desde que o duque se mudou para a sua mansão rural o ar do campo aguçou seu apetite, quem diria que um imigrante do East End de Londres acabaria como guarda-costas de uma duquesa e sua prole... sem falar na sua dama de companhia que é a própria bruxa, tinha uma língua muito afiada, mas como era bonita!
Uma pena que embora tivesse os meios financeiros, não conseguiu se livrar daquele sotaque cockney típico de seu bairro, ele trabalhou muitos anos com os Brooksbanks e investiu muito bem o dinheiro deles, mas vamos lá, uma mulher como Mary não daria atenção a um homem tão rude quanto ele, ela sonhava com o impossível e já aos trinta e cinco anos isso era uma pena. Ele ajeitou a jaqueta sem perceber a presença de sua insônia sentada em um canto escrevendo como se estivesse possuída por um demônio enquanto mordia os lábios.
—Que bom que está aqui Jack, preciso da sua ajuda. — Mary falou com o homem sem erguer os olhos, ela conhecia seu cheiro de longe, não conseguia identificar o cheiro, e ele estava muito atraído por ela.
Jack ergueu os olhos rapidamente, surpreso ao vê-la, teria jurado que ela estava com a duquesa, Mary parecia mais a irmã mais velha solteirona da Duquesa do que qualquer outra coisa, a maneira como ela cuidava dela beirava a obsessão.
— Lembro que sou o guarda-costas da duquesa, não sou um criado sob suas ordens. — ele respondeu suavemente, mas marcando cada uma das palavras, ele queria deixar claro sua posição na vida dos duques.
Mary ergueu os olhos lentamente, olhou para ele com muita seriedade enquanto gentilmente colocava a pena no tinteiro.
—Eu sei perfeitamente quem você é, Jack Brown, mas não tenho mais ninguém com essas mãos para pegar um machado e derrubar a árvore de Natal em uma nevasca, apenas um homem adulto no East End de Londres teria coragem de retirá-la, então é por isso. Só estou perguntando a você. —O rosto de Mary permaneceu sereno como se ela estivesse contando ao Sr. Brown sobre o tempo.
—Você tem uma boquinha muito suja, senhorita. — ele respondeu sem mudar sua expressão também.
—Eu sei, Sr. Brown, e também sei me defender muito bem. Você vai me ajudar ou não? — Devo avisar que aqueles pães de mel que você tanto ama são feitos com essas mãos. — murmurou ela, sorrindo maliciosamente de lado. —Você é uma harpia.


Série Casamentos no Natal
1- Um marido para Mary no Natal
Série concluída