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26 de agosto de 2012

Rebelde

Série Família MacGregors






Uma mulher passional, capaz de amar e odiar com a mesma intensidade. 

A pureza da menina havia sido definitivamente comprometida na noite em que a honra de sua família foi manchada pelos ingleses. 
A revolta começou a guiar os passos de Serena, cada passo de uma vida cheia de indignação. 
Enquanto muitas jovens sonhavam com os salões iluminados onde a nobreza fluía dos prazeres da fortuna, a rebelde escocesa via nisso apenas o resultado das injustiças que condenava. 
De temperamento explosivo e natureza indócil, não se amoldava aos padrões exigidos para uma dama dos círculos da realeza. 
Mas o amor pelo conde inglês surgiu sem que pudesse reprimi-lo, ela resolveu viver a felicidade de um romance, tão fugidia quanto o brilho das sedas e dos brocados. 
A separação era inevitável! 
Como Serena conseguiria se submeter às regras de uma sociedade fútil? A um homem que, para ela, representava todos os seus inimigos?

Capítulo Um

Londres, 1745
Brigham Langston, o quarto conde de Ashburn, sentou-se à mesa de café de sua elegante casa citadina e desdobrou a carta que estivera esperando tão ansiosamente. 
Leu-a com atenção, pesando cada palavra. Seus olhos brilharam e sua boca entreabriu-se num leve sorriso. Era uma carta explícita, composta com cuidado. Não dizia nada de menos ou de mais, mas havia ali palavras que tocavam seu coração de patriota.
- Com os diabos, Brig! Quanto tempo ainda vai me fazer esperar?
Coll MacGregor, o temperamental escocês de cabelos vermelhos que fora seu companheiro em viagens pela Itália e França, parecia a ponto de explodir.
Em resposta, Brigham apenas levantou a mão branca e esguia, enfeitada com renda no punho. Estava acostumado com aquelas explosões e, em geral, isso o divertia. Mas, dessa vez, manteve a impaciência do escocês sob controle e tornou a ler a carta.
- É dele, não é? Do nosso príncipe!
Coll levantou-se da mesa e mediu o aposento com passadas largas, dando a impressão de que apenas as boas maneiras o impediam de arrancar a carta das mãos do amigo.
- Tenho tanto direito de lê-la quanto você.
Brigham ergueu os olhos e deixou-os deslizar sobre o homem que andava nervosamente de um lado para outro da pequena sala. Não levou em conta sua revolta e disse apenas:
- A carta está endereçada a mim.
- Por um único motivo: é mais fácil enviar clandestinamente uma carta ao importante conde de Ashburn do que a um MacGregor. Os escoceses estão todos na mira do governo!
Brigham encolheu os ombros e virou a página, continuando a leitura. Coll lançou uma torrente de injúrias e depois desabou sobre a cadeira, resignado.
- Você tem o dom de esgotar a paciência de um santo!
- Obrigado.
Brigham ficou longo tempo a fitar o encorpado papel timbrado e a escrita que se estendia através dele em linhas rápidas e disciplinadas. Depois o colocou ao lado do prato e serviu-se de mais café. Sua mão estava tão firme como quando empunhava uma espada ou uma pistola. E, na verdade, essa carta era uma arma de guerra.
- Você tem razão, meu caro. E uma mensagem do príncipe Charles - disse, por fim entre um gole e outro de café. - Bom. E o que ele diz? - Leia você mesmo.
Coll apoderou-se do papel com impaciência. Enquanto ele se engolfava na leitura da carta, lorde Ashburn pôs-se a estudar pensativamente a sala. 
O papel azul de parede, os tapetes de ricos desenhos e os móveis elegantes, quase delicados com suas curvas e cercaduras douradas, haviam sido escolhidos por sua avó, de quem lembrava não só o leve sotaque escocês como a teimosia.
As graciosas figurinhas de porcelana Meissen, que ela tanto apreciava, estavam ainda sobre a pequena mesa redonda colocada perto da janela. 
Quando era menino, tinha a permissão de olhar mas não de tocar, e seus dedos fremiam na ânsia de segurar a estatueta representando a pastora de rosto delicado e longos cabelos de porcelana.
O retrato em moldura dourada de Mary MacDonald, a mulher forte e decidida que se tornara lady Ashburn, estava sobre a lareira e mostrava-se investida da dignidade inconsciente da riqueza. 
O porte ereto e a orgulhosa inclinação da cabeça diziam que ela podia ser persuadida mas não forçada, convocada mas não induzida.
Mary transmitira a seu neto os mesmos cabelos pretos, os mesmos olhos cinzentos, as mesmas feições aristocráticas: testa alta, nariz reto e boca bem delineada. 
Mas não apenas isso. Transmitira-lhe também uma natureza apaixonada e senso de justiça.


Série Família MacGregors
1- Jogo da sedução 
2- Destino Sedutor 
3- Orgulho e paixão 
4- O Encanto da Luz 
5- Hoje e sempre 
6- Instinto do amor 
7- Beijos que Conquistam 
8- Amor nunca é demais 
9- Um Vizinho Perfeito 
10-Um mundo novo 
11-Rebelde - Histórico
Soberana é a minha raça!
Antigo clã das Terras Altas da Escócia, os MacGregors têm um passado de romances e aventuras