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27 de fevereiro de 2011

Pela Primeira Vez

Série Irmãos Ryland

Devlin Ryland retornou de Waterloo como um aclamado herói de guerra, embora em seu interior prefira esquecer tudo relacionado a ela e tudo o que teve que fazer em nome do dever.

Blythe Christian conhece muito bem do que são capazes os homens quando estão em plena guerra. Como por exemplo, trair suas prometidas.
Agora, o destino quis que os caminhos de ambos se cruzassem, e embora nenhum deles possa negar a atração mútua que surgiu, terão que aprender a confiar de novo; Devlin com seus segredos e Blythe com seu coração.
Só então conhecerão o poder curativo do amor.
Devlin Ryland, herói de guerra em Waterloo, retornou triunfante a Londres, aclamado por sua coragem e ousadia ao salvar a vida de um dos oficiais ingleses.
Devlin se sente envergonhado pela atenção que recebe, já que não quer tomar parte em nada disso, nem deseja sua recém achada glória, nem recordações da guerra ou do papel que desempenhou nela.
Seu bom amigo Miles o convida à festa que vai celebrar em sua casa nos subúrbios de Londres.
E é durante essa festa onde descobre uma mulher que desperta seu interesse e seu desejo como nenhuma outra nunca fez: a bela Lady Blythe Christian.
Para sua desgraça, a dama em questão não quer nada com o célebre herói, pois Devlin foi quem salvou a vida do homem que era seu prometido e que depois de se recuperar de suas feridas se casou com outra.
Não importa que seja devastadoramente bonito amável e atencioso.
Devlin é um constante aviso da dor e humilhação que sentiu ao ser traída.
Como resultado daquela traição, Blythe jurou não casar-se jamais, nem voltar a confiar seu coração a outro homem para que volte a ser destroçado.
Por sua parte, Devlin, apesar de ser elogiado por onde quer que vá, segue lutando contra o sentimento de ser um homem que não encontra seu lugar neste mundo, embora haja uma coisa que tem muito clara, e é que ninguém o fez sentir-se como faz Blythe e, pela primeira vez em sua vida, deseja muito mais…


Capítulo Um

Londres,
Julho, 1817

— Assim vai partir.
Devlin Ryland deixou de fazer as malas e levantou o olhar para seu irmão mais velho.
— Sim — disse Devlin, pegando mais uma camisa da pilha que havia na cama e colocando-a na bolsa de couro gasta.
Já havia colocado a roupa de noite, calças extras, lenços de pescoço, camisas e mais um casaco. O casaco a mais era sua única concessão na moda. Em Brixleigh Park encontraria com pessoas que se empenhariam em não usar a mesma peça duas vezes. Ao menos devia ter um pouco de variedade.
Brahm, enigmaticamente atraente, com traços muito mais marcados e duros que os de Devlin, entrou mancando no "lugar sagrado" do quarto. O teor dos fortes golpes da bengala contra a polida superfície do chão, a perna de seu irmão doía.
— Pensava que se preocupava por voltar a ver Carnover.
Depois de fechar a mala, Devlin deu de ombros.
— Todos nós temos que enfrentar nossos demônios. Você mesmo me disse isso.
E o Senhor sabia que Brahm tinha sua cota de demônios.
Com ambas as mãos sobre o punho de prata lustrado e esculpido de sua bengala, Brahm se inclinou levemente para frente.
— Mas se considera que Carny seja um amigo, não um demônio.
— São ambas as coisas.
Não era necessário que explicasse algo, porque seu irmão o entendia muito bem.
Brahm esboçou uma espécie de sorriso, um pouco muito incomum nele nos últimos meses, desde a morte de seu pai.
— O que vai fazer?
Devlin deu um encolher de ombros de novo. Tinha as malas feitas e estava preparado para partir, mas havia algo que ainda o retinha.
— Não sei. Talvez vê-lo seja mais fácil desta vez.
— Quer dizer que talvez deixe de ter pesadelos.
Erguendo-se, Devlin encontrou serenamente o olhar preocupado de Brahm.
— Sim.
— E o que acontecerá se voltar a tê-los?
Era óbvio que Brahm não queria deixá-lo em paz. Era simples preocupação fraternal ou por acaso temia que Devlin fizesse algo que envergonhasse a família em Devon? Teria que acontecer algo bem escandaloso para igualar ao que Brahm havia feito. Urinar em uma fonte com ponche era difícil de superar.
Entretanto, não podia imaginar Brahm preocupado pelo status social da família. Seu irmão estava preocupado por ele, simples e sinceramente.
— Tudo irá bem.
— Não duvido — respondeu Brahm, sorrindo de forma estranha de novo.
Fez-se um silêncio enquanto Devlin se virava para pegar o rifle Baker que estava apoiado na cadeira, perto da janela. Tinha estado acordado até as três da manhã limpando-o e engraxando-o, polindo a madeira raiada até deixá-la brilhante, esfregando o canhão por dentro e por fora com um pano até que ficou impoluto. Meteu-o no estojo e o arrumou sobre a colcha aveludada de cor creme ao lado de sua mala.
— Por que leva isso? — perguntou Brahm Por acaso quer sair a disparar em Devon? Desta vez, Devlin encolheu só um ombro.
— Talvez.
— Não pode suportar a idéia de deixá-lo para trás, não é?
O que era o que mais o incomodava? O tom de compaixão de Brahm ou sua perspicácia? Provavelmente para Brahm parecesse uma tolice que seu irmão mais novo tivesse tanta dependência de algo tão inanimado quanto um rifle, mas não o julgaria por isso. Brahm jamais julgava, fosse porque não era sua maneira de ser ou porque sabia que não tinha direito de fazê-lo.
— É parte de mim. 








Série Irmãos Ryland
1 - Paixão Esquiva
2 - Pela Primeira Vez
3 - De Novo em Teus Braços
4 - Na Escuridão da Noite
5 - Ainda Te Amo
Série Concluída

12 de fevereiro de 2011

Paixão Esquiva

Série Irmãos Ryland

Quem é a misteriosa Varya?

Aparentemente é uma mulher que deixa os homens loucos, mas ninguém chegou ao coração dessa esquiva mulher… até agora.

Miles Christian, marquês de Wynter, nunca esperou ser assaltado com a ponta de uma pistola e acusado de assassinato, e menos por uma mulher!
Quando descobre que sua captora é Varya a Esquiva, uma beleza cortejada.
E desejada, pela maioria dos homens da sociedade de Londres fica chocado…
E cativado.
Obcecado com ela, Miles está decidido a mantê-la ao seu lado enquanto perseguem o verdadeiro culpado, embora isso signifique colocá-la em perigo.
Para Varya, o perigo reside no próprio Miles e, embora esteja muito longe de confiar nele, não pode negar a atração que existe entre ambos.
Mas os descobre em uma situação comprometedora e Varya aceita passar-se por sua amante, embora resista a seus encantos.
Ninguém poderia adivinhar que seu sangue é tão puro como o de qualquer aristocrata inglês, nem que atrás dessa máscara pública se encontra uma mulher decidida a não entregar sua independência, que tanto custou a ganhar a um homem.
A não ser que ele conquiste, também, seu coração.

Capítulo Um

Londres, Inglaterra
Junho de 1814

«Adiante, bastardos. “Venham atrás de mim.»
Miles Edward Thomas Christian, marquês de Wynter, descia cambaleando por uma rua mal iluminada de Londres, não muito longe de Covent Garden.
Cambaleava de forma exagerada e fedia a gim: tinha todo o aspecto de estar totalmente bêbado.
Mas não estava. Absolutamente.
Olhava para a escuridão com olhos agudos tentando descobrir sua presa.
Levava uma garrafa de gim barata em uma mão e cantava em voz alta em um tom de barítono.
-Ah, o tamanho de seus melões faz com que eu fique duro e a calça me aperte. Mas o rosto que vi a fez encolher como uma ervilha…
Sua voz profunda se quebrou em uma nota alta que soou ácida e um cão uivou à distância.
-… Deveria ter apagado a luz!
Estavam ali, observando-o. Notava seus olhares como cães, quase podia sentir seu fôlego na nuca. O aborrecimento dos meses anteriores sumiu com um sentimento de crescente expectativa.
Esteve estudando esses ladrões: conhecia seus gostos e seus hábitos.
Os imaginava salivando, convencidos de que seu bolso estava cheio de ouro.

Não sabiam que, na realidade, só tinha moedas de lata: tilintavam ao andar, mas não valiam nem um pene.
«Vamos, meninos. “Ganho fácil.»Miles tentou se lembrar de alguma outra canção picante.
Somente conhecia umas quantas e esperava que seu repertório não se esgotasse antes de atrair os ladrões para fora de seu esconderijo.
Segurou a garrafa com mais força e começou a se balançar.
Sabia por experiência que uma presa caída era irresistível para um predador. Com um pouco de sorte, os ladrões se equilibrariam sobre ele.
Podia vê-los: seus perfis se desenhavam entre as sombras como de ratos. Os ladrões se preparavam para o ataque.
Miles notou uma descarga de adrenalina. Logo os teria em seu poder.
Tropeçou com uma carroça abandonada que cheirava a esterco, caiu pesadamente sobre o chão de madeira podre e golpeou o quadril contra algo que parecia ser um par de botas.
-Uff! - O conteúdo da garrafa derramou sobre suas roupas e lhe salpicou o rosto. Ao notar que molhou a parte superior do nariz, balbuciou com raiva: - Maldição espero que o Ministério do Interior aprecie o que estou fazendo!


Série Irmãos Ryland
1 - Paixão Esquiva
2 - Pela Primeira Vez
3 - De Novo em Teus Braços
4 - Na Escuridão da Noite
5 - Ainda Te Amo
Série Concluída

7 de fevereiro de 2011

De Novo Em Seus Braços

Série Irmãos Ryland

Por mais que tente, Octávia é incapaz de se apaixonar por seu noivo, mas o casamento lhe proporcionaria uma vida afastada da pobreza de sua infância.
Octávia recebe ameaças e seu noivo contrata um investigador particular para que a proteja.

O agente não é outro senão o homem por quem se apaixonou anos atrás.
E seu reencontro reavivará o fogo que Octávia acreditava extinto.


North Sheffield conseguiu, com muito esforço, lavrar uma reputação como investigador particular entre a sociedade londrina.
Quando vê que Octávia é a mulher que deve proteger teme que todos os seus esforços tenham sido em vão porque embora ela tente evitá-lo, North fará tudo que for preciso para voltar a tê-la entre seus braços.

Capítulo Um

Londres abril 1818,

Ela era uma impostora e ele também.
De onde estava, perto da balaustrada superior, North Sheffield observava sua presa enquanto dava voltas sobre a pista de dança de mármore marrom escuro e creme, sorrindo entre os braços de um lorde jovem e atraente.
Os diamantes reluziam em seu cabelo e se trajava na última moda.
Combinava tanto com aquele ambiente, acotovelando-se entre a alta sociedade, quanto ele.
Entretanto havia uma grande diferença entre ambos.
Ela queria pertencer àquele mundo.
Fazia anos que North havia deixado de preocupar-se pelo que a aristocracia pensaria dele, quando seus membros lhe manifestaram claramente que, embora pudesse parecer um deles, seu acidental nascimento deixava patente que não era.
Os bastardos não eram iguais, a menos que nascessem sob o disfarce da legitimidade, e nem North, nem a jovem que ria na pista de dança podiam atribuir-se de tal distinção.
Não obstante, o pai de North o havia reconhecido , enquanto que o dessa jovem não estava nem a três metros dela.
Se soubesse algo sobre sua identidade, ocultava muito bem.
Pobre garota. Sua vida ficaria arruinada para sempre antes que se fizesse dia.Ninguém iria resgatá-la, seu pai certamente não.
Ficaria na rua para não dizer que a mandariam diretamente ao cárcere de Newgate. Quando North a desmascarasse, o destino da jovem não estaria em suas mãos e isso fazia com que se sentisse sujo.


Série Irmãos Ryland
1 - Paixão Esquiva
2 - Pela Primeira Vez
3 - De Novo em Seus Braços
4 - Na Escuridão da Noite
5 - Ainda Te Amo
Série Concluída

29 de janeiro de 2011

Ainda Te Amo

Série Irmãos Ryland

Um homem habituado a ter tudo o que deseja...

Brandon Ryland está aliviado com o final da temporada da sociedade londrina. Desde que um terrível deslize arruinou seu noivado com Eleanor Durbane, sua vida se torna cada vez mais monótona.
Cada dia sem Eleanor é mais longo que o outro, até que surge uma oportunidade de romper o tédio!
O convite para a festa na casa de campo de lorde Burrough, pai de Eleanor, é uma chance preciosa para desculpar-se por seu erro.
Mas logo Brandon descobre que será necessário bem mais do que um pedido de desculpas para reparar o mal feito...
Depois de toda a mágoa e ressentimento, levará algum tempo para Eleanor aprender a confiar novamente em Brandon.
Ela sabe que é uma insensatez dar àquele homem irresistível uma outra chance.
O que Eleanor não sabe, porém, é que o visconde mais audacioso de Londres fará qualquer coisa... qualquer coisa... para merecer uma segunda chance de amar!

Capítulo Um

E assim aconteceu...
Ele estava embriagado. Não tinha chegado a desmaiar nem a cair por cima das mesas. Apenas a cabeça girava. Não pretendera beber demais.
Um conhaque havia levado a outro e a mais um e... Sentia as pernas pesadas e um relativo entorpecimento.
Não podia negar que se tratava de uma sensação agradável.
Apesar da bebedeira, não esqueceu o compromisso assumido naquele dia.
Pedira Eleanor em casamento e ela aceitara.
Não haveria obstáculos à união, pois lorde Burrough, pai de Eleanor, tinha sido amigo do seu. Providenciaria a licença e ela se tornaria sua esposa.
Logo ele poderia beijar aqueles lábios suaves, sentir o corpo voluptuoso sob o seu e possuí-la.
Ficava ansioso só ao pensar nisso. Talvez não estivesse tão bêbado.
Tomou mais uma dose e decidiu que estava na hora de abandonar os amáveis cavalheiros que não se cansavam de completar seu copo.
Se ficasse bebendo a noite toda, teria uma sensação de liberdade semelhante à que experimentava com Eleanor.
Com uma diferença: ela não o deixava com dor de cabeça na manhã seguinte.
As festas no campo eram sempre prazerosas.
Com a imagem de Eleanor na mente, atravessou os corredores escuros do solar e subiu a escada rumo a seu quarto.
Fechou a porta, tirou as botas e jogou o casaco no chão.
Fez o mesmo com o colete e a camisa. Despiu a calça e jogou-se na cama.
Nu, sentiu a brisa suave daquela noite de verão.
Fechou os olhos. Percebeu o mundo oscilar como se estivesse num barco deslizando sobre ondas leves. Gostava do balanço dos navios, que o fazia adormecer com tranqüilidade, sem pensamentos incoerentes, inseguranças ou sonhos.
Apenas uma doce escuridão.
Estava no limiar do sono quando teve a impressão de que o tocavam na coxa. Fez um esforço para descerrar levemente as pálpebras. A visão distorcida de uma mulher com longos cabelos loiros ergueu-se sobre ele.
— Eleanor.
O que ela viera fazer ali? Ficaria com a reputação arruinada se a encontrassem no quarto com ele. Não seria recomendável que o casamento deles começasse com um escândalo.
— Não deveria ter vindo.


Série Irmãos Ryland
1 - Paixão Esquiva
2 - Pela Primeira Vez
3 - De Novo em Teus Braços
4 - Na Escuridão da Noite
5 - Ainda Te amo
Série Concluída

Na Escuridão da Noite

Série Irmãos Ryland

Um ladrão experiente, Wynthrope Ryland não é estranho a mulheres bonitas - ou para aliviá-las de seus bens mais valiosos. Mas esta vida de crime não foi uma que ele escolheu para si mesmo e, quando ele acha que deixou esse mundo para trás, é forçado a retornar para proteger a carreira e a família de seu irmão, North.

Moira Tyndale, uma imponente viscondessa, é seu alvo para essa tarefa final. Mas ele quando se aproxima dela sente uma conexão poderosa entre eles. No começo, ele deixa a atração de lado, mas como ela lhe dá mais e mais confiança e compreensão, Wyn percebe que não pode ignorar sua paixão. Ele sabe que deve proteger seus segredos e seu passado, mas não pode protegê-la de si mesmo. Como pode escolher entre o desejo de seu coração e a segurança de seu irmão?

Capítulo um

Londres, Dezembro de 1818
- você não ousaria!
Então ela disse isso? O que ela estava pensando? Que ele era algum moleque incapaz de resistir a um desafio?
Provavelmente. E até certo ponto estaria certa. Suas palavras o espicaçaram, mas seria preciso mais do que uma aguilhoada para impedi-lo a agir. Wynthrope voltou-se para sua acompanhante com um sorriso frio mas encantador.
- Receio não poder aceitar esse desafio.
A mulher de seios fartos agitou sedutoramente o leque na altura do colo.
Sua surpresa diante da recusa estava estampada no lindo rosto.
- Céus! Por que não pode aceitá-lo?
Voltando a atenção para os pares que rodopiavam diante deles, Wynthrope sorriu de modo ainda mais frio.
Era por isso que não gostava de festas no inverno – a tagarelice era inevitável.
- Porque já sei o que aconteceria se convidasse a senhora em questão para dançar.
Lady Dumont não estava satisfeita com uma resposta tão indefinida.
- E o que quer dizer isso, caro senhor?
Polidamente, ele terminou de beber seu champanhe e em seguida respondeu, gesticulando com a taça vazia:
- A irmã dela sem dúvida teria um ataque histérico.
Isso era melodramático demais para ser real, mas as palavras não conseguiam esconder a verdade.
A maioria das mulheres se sentia intimidada por ele – o que ele achava ótimo.
As que acabavam sendo-lhe apresentadas, como muitas dessas tolas que apareciam no Natal, geralmente estavam em dificuldades financeiras ou simplesmente circulavam em busca de relacionamento.
Obviamente, bons relacionamentos estavam fora de cogitação quando se tratava da família dele.
Os Rylands, mesmo os ramos mais distantes, não eram conhecidos como “boa” aristocracia.


Série Irmãos Ryland
1 - Paixão Esquiva
2 - Pela Primeira Vez
3 - De Novo em Teus Braços
4 - Na Escuridão da Noite
5 - Ainda Te Amo
Série Concluída