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11 de janeiro de 2015

Amor em Tentação

Série Vikings Proibidos
O guerreiro viking Ragnar Olafsson se conteve quando seu melhor amigo reivindicou Elena, a mulher que ele mais desejava. 
Havia apenas um meio de acalmar a revolta dentro de si: tornando-se impiedoso nos campos de batalha. 
Quando ela é capturada, Ragnar coloca sua coragem à prova e arrisca tudo para salvá-la. 
Ao ficarem isolados, precisam se ajudar para sobreviverem. 
De repente, cada desejo, cada olhar, cada toque se torna proibido. Mesmo um santo poderia cair em tentação por Elena. 
Um pecador como Ragnar sabe muito bem que não conseguirá conter o ímpeto!

Capítulo Um

Irlanda — 875 d.C.
Não existe nada pior do que estar apaixonado pela esposa de seu melhor amigo.
Ragnar Olafsson segurou firme nos remos, puxando-os contra as ondas do mar. Não deveria ter ido para a Holanda com eles. Mas, quando Styr o convidou a ir, acabou aceitando num momento de fraqueza. Mas escondeu todos os sinais de sua obsessão por Elena, a ideia de não vê-la nunca mais era pior do que o tormento de vê-la com o marido.
Até então, nunca tinha deixado nenhum dos dois desconfiar de seu fascínio por ela. Ninguém tinha conhecimento de sua frustração visceral ao presenciar Styr levando a mulher que amava para a tenda. Era uma tortura mortal vê-los juntos.
Por outro lado, não conseguia tirá-la de sua mente. Enquanto remava, Ragnar mantinha os olhos fixos em Elena. O cabelo longo e avermelhado tinha mechas loiras como se fosse ouro sobre o fogo. Ela era uma linda deusa, que ele adorava de longe.
Ela o considerava como um amigo, nada além disso, o que não era surpresa alguma. Uma mulher como Elena merecia um casamento sólido com um guerreiro nobre de nascimento. 
O casamento com Styr tinha sido arranjado havia anos e Ragnar não fazia o tipo de homem que roubava a mulher de alguém, principalmente se este fosse seu melhor amigo.
Ela havia feito sua escolha e Styr fazia tudo para vê-la feliz. Foi por essa razão que Ragnar ficou de lado.
Durante os anos, ele vinha buscando outra mulher. Apesar de ser um guerreiro forte e cobiçado por várias moças solteiras que já tinham lhe lançado olhares de esgueira, nenhuma delas se comparava à Elena. Talvez nunca encontrasse outra igual.
Enquanto remava, ele a estudou observando as águas cinzentas. Alguma coisa tinha mudado naqueles últimos meses. Ela e Styr mal conversavam um com o outro. A esterilidade de Elena corroía sua alma, deixando-a afogar-se na tristeza. Ao fixar o olhar no mar, seu rosto assumiu uma palidez nada natural. 
Não havia palavras para remendar os pedaços do casamento, nada que Ragnar pudesse dizer a ela.
As águas próximas à praia eram mais rasas do que eles haviam imaginado.
— Vamos parar aqui — ordenou Styr. Depois de uma olhadela aos outros, ele se aproximou de Ragnar e, por um momento, olhou para a enseada, avistando uma aldeia. — Você pode ir com Elena depois? Há movimento na praia, não a quero por perto, receio pela segurança dela.
— Vou mantê-la a salvo. — Ragnar banharia sua espada no sangue de qualquer inimigo que ousasse ameaçar Elena, mesmo que ela não lhe pertencesse, tinha de ser seu protetor. Não hesitaria em oferecer a própria vida se isso a salvasse.
Styr pousou a mão no ombro de Ragnar e com um suspiro pesado, admitiu:
— Fico feliz que você tenha vindo conosco. Uma viagem como essa só podia ser suportada com o apoio de amigos.
— Faz três dias que os homens não dormem — concordou Ragnar. — Todos nós precisamos de uma boa refeição e descanso.
As fortes ondas jogavam a embarcação de um lado para o outro, como se os deuses os quisessem em sacrifício. Eles lutaram bravamente contra o vento impiedoso, tentando sobreviver à tempestade. E tinham vencido, mas sem descansar. 
Ragnar estava com o corpo e mente debilitados, era difícil concatenar as ideias e a única coisa que lhe passava pela mente era o desejo de desmoronar na areia.
— É uma pena que você não tenha uma mulher para aquecer sua cama — acrescentou Styr ao encolher os ombros.
— Soube que há mulheres em Erie. Talvez eu encontre alguma — disse Ragnar, olhando para o amigo com amargura.
Ragnar tivera outras mulheres durante os anos passados, mas nenhuma delas era comparável a ela. Por mais que tivesse tentado arrancar Elena de sua mente, havia noites em que acordava encharcado de suor…


Série Vikings Proibidos
1 - Amor em Pecado
2 - Amor em Tentação
Série Concluída

26 de outubro de 2014

Amor em Pecado

Série Vikings Proibidos
Pelo amor de um homem, ela enfrentaria a lei!

Caragh Ó Brannon luta bravamente quando o inimigo aporta, defendendo a si e a sua família. 
Agora, ela se vê sozinha com um viking muito bravo... Styr Hardrata navegou até a Irlanda buscando um recomeço, mas nunca imaginou que acabaria prisioneiro de uma bela dama.
O guerreiro atraente e poderoso assusta Caragh ao mesmo tempo em que a atrai. 
Apesar de ter se apaixonado pelo inimigo, ela deveria se afastar dele, pois... é casado. Contudo, por mais que tentem, eles não conseguem ignorar seus sentimentos... e o desejo!

Capítulo Um

Irlanda — 875 d.C.
O clã estava pouco a pouco morrendo de fome.
Caragh Ó Brannon olhou para o saco de grãos, quase vazio. Restava somente um punhado de aveia, uma quantidade que mal dava para alimentar uma pessoa.
Ela fechou os olhos, pensando no que poderia fazer. Seus irmãos mais velhos, Terence e Ronan, tinham partido 15 dias antes, para tentar conseguir mais comida. 
Ela lhes entregara um broche de ouro que pertencera à sua mãe, com a esperança de que alguém o quisesse trocar por carneiros ou vacas. Mas a penúria era geral, e dificilmente haveria alguém disposto a se desfazer de suas reses.
— Tem alguma coisa para comer, Caragh? — perguntou seu irmão mais novo, Brendan. Com 17 anos, ele tinha um apetite voraz, e ela fizera o possível para evitar que ele sentisse fome. Mas agora era evidente que ficariam sem comida antes do que ela imaginara.
Em vez de responder, ela mostrou o que sobrara. Ele ficou muito sério, o rosto magro encovado pela desnutrição.
— Também não conseguimos pescar nada. Vou tentar novamente hoje.
— Posso fazer uma sopa — ofereceu-se Caragh. — Vou ver se encontro alguma coisa... cebolas, ou cenouras...
Embora ela tentasse falar num tom otimista, ambos sabiam que os campos e florestas tinham sido debulhados fazia tempo. Não havia sobrado nada, com exceção de talos secos de grama.
Brendan estendeu a mão e tocou o ombro de Caragh.
— Nossos irmãos vão voltar, e então teremos comida.
Caragh viu no rosto dele a necessidade de acreditar e forçou-se não só a sorrir como a aparentar que o sorriso era verdadeiro.
— Eu espero que sim.
Depois que Brendan saiu com sua rede de pesca, Caragh olhou ao redor na choupana vazia. Seu pai e sua mãe haviam morrido no último inverno. O pai tinha ido pescar e se afogara. A mãe sofrera muito e nunca se recuperara da perda. Cedera inúmeras vezes seu prato de comida para Brandon, mentindo que já havia se alimentado. Quando eles descobriram o que estava acontecendo, já era tarde demais para evitar que ela definhasse até a morte.
Tantas pessoas sucumbiram à fome, e Caragh sentia o coração confrangido por saber que os pais tinham morrido tentando alimentar os filhos.
As lágrimas inundaram seus olhos quando ela olhou para a forja do pai. Ele era ferreiro, e Caragh estava acostumada a ouvir o som do martelo, a ver o brilho de metal quente conforme ele moldava as ferramentas e armas. Sentiu o coração pesado, sabendo que nunca mais ouviria a risada contagiante dele.
Embora o barco ainda estivesse lá, ela não tinha coragem de enfrentar as ondas mais bravias a mar aberto. Seus irmãos sabiam navegar, mas nenhum deles tinha se aventurado outra vez após a morte do pai. 
Era como se o barco avariado que regressara vazio estivesse envolto por uma energia ruim, e nenhum deles chegava muito perto.
Caragh gostaria que fosse possível ir embora de Gall Tír. Aquela era uma terra desolada e devastada, mas eles não tinham os mantimentos necessários para viajar muito longe a pé. Deveriam ter partido no verão anterior, quando as plantações apodreceram antes de florescer. 
Nessa ocasião, pelo menos, ainda possuíam um estoque suficiente para sobreviver. Agora, mesmo que viajassem pelo mar, não tinham comida suficiente para mais de um dia.
A mão da Morte estava estendida sobre aquele lugar, e Caragh sentia que também começava a perder as forças. Já não conseguia caminhar longas distâncias sem se sentir fraca, e as tarefas mais insignificantes pareciam um fardo. Estava tão magra que a roupa larga caía sobre seu corpo, e os ossos dos pulsos e dos joelhos estavam salientes.
Contudo ela não estava pronta para desistir. Como todos os demais, lutava para viver.
Ela pegou a cesta e saiu para a luz do sol. A aldeia, fortificada por uma muralha circular, estava em silêncio, com poucas pessoas dispostas a gastar energia conversando quando havia algo mais importante e urgente a fazer, que era procurar alimento. Seus irmãos mais velhos não foram os únicos a partir em busca de suprimentos. 
A maioria dos homens também havia ido, principalmente os que tinham filhos. Se voltariam ou não, ninguém sabia.
Algumas mulheres mais velhas, também carregando suas cestas, cumprimentaram Caragh com um aceno de cabeça. Ela pensou na promessa que fizera ao irmão, de procurar legumes para fazer uma sopa, mas sabia que não acharia nada. 
Mesmo que ainda tivesse restado algum tubérculo ou folhagem comestível, era provável que as outras chegassem antes dela. Então resolveu ir até a orla, esperando encontrar alguns mariscos ou algas.
Parou várias vezes para se sentar em alguma pedra ou no chão, quando a visão escurecia e a cabeça rodava, num prenúncio de desmaio. 
Depois de descansar um pouco, respirava fundo e prosseguia. A água estava muito escura naquela manhã, as ondas calmas e silenciosas. Seu irmão estava mais adiante, na faixa de areia, jogando a rede de pesca. Ele acenou quando a viu.
Contudo foi a visão do navio viking no horizonte que despertou o medo em ambos. Era uma embarcação grande, de extremidades curvas, com capacidade para transportar no mínimo uma dúzia de homens. 
Uma massiva vela listrada ondulava no mastro, e escudos ornados com um padrão vermelho e branco se enfileiravam na amurada lateral. Ao sol da manhã, um cata-vento de bronze brilhava no topo do mastro principal, e a cabeça de um dragão estava esculpida na proa. 
Assim que Caragh avistou o navio, seu coração acelerou.
— São os lochlannach? — gritou para o irmão.
Já ouvira contar inúmeras histórias sobre os bárbaros vikings das terras escandinavas que saqueavam as casas de pessoas inocentes. Se aquele navio fosse deles, o clã teria menos de uma hora até que o pesadelo começasse.
Sua pele se arrepiou ante a ideia de ser capturada por um daqueles selvagens. Ou pior, de ser queimada viva se eles tentassem tirá-la de casa à força.
— Volte para casa, Caragh — ordenou Brendan. — Fique lá dentro, e pelo amor de Deus, não deixe ninguém entrar! 

Série Vikings Proibidos
1 - Amor em Pecado
2 - Amor em Tentação
Série Concluída