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15 de janeiro de 2012

Destinos Cruzados





Amante ou inimigo?... 


Com sua beleza deslumbrante e irresistível ar de inocência, lady Violet Rochelle tem um sem-número de admiradores ilustres. 
Nenhum deles, porém, faz seu coração bater mais forte. Apesar da postura recatada, Violet nutre o anseio secreto de viver uma aventura... de encontrar um homem que desperte nela emoções novas e desconhecidas! 
O oficial da Marinha Real, capitão Trevor Dane, é conhecido por sua bravura e por suas vitórias em batalhas.
Quando, porém, numa furtiva missão de seu próprio interesse, ele irrompe no quarto de Violet e imprudentemente a toma nos braços para roubar-lhe um beijo, desencadeia uma paixão que irá selar o destino de ambos... 


Capítulo Um 


O capitão Trevor Dane puxou as rédeas de sua montaria à fímbria do bosque e saltou para o chão. De seu ponto de observação, tinha uma vista desimpedida da imponente mansão Tudor iluminada por reluzentes candelabros por dentro e, por fora, pela lua cheia. 
Os músculos da dura linha de seu queixo saltaram quando os acordes da música chegaram a seus ouvidos pelas asas da brisa fria. 
— Maldição! — praguejou. 
Seria um arrematado idiota de se confrontar com Henry Granville agora, diante de uma casa cheia de convidados, não importava que tivesse viajado de coche por três dias com o expresso propósito de exigir uma audiência com o homem. 
A razão o alertava para conter a impaciência e retornar a Exeter e permanecer em seus aposentos na pousada de White Hart até uma hora mais propícia. 
Sir Henry, afinal, dificilmente deixaria seus convidados para conversar com um homem cujo nome ele sujara e cuja integridade pusera em dúvida. 
Por outro lado, também fizera questão, até agora, de negar a Dane qualquer oportunidade de encarar seu acusador. 
Nos três meses em que Dane estivera quase às portas da morte, sir Henry fizera bem o seu trabalho. A despeito da vitória do Antiope, de 62 canhões, sobre uma nau francesa de 74, o capitão Trevor Dane fora esquecido na hora da promoção. 
Muito mais importante: pela primeira vez em seus dezenove anos no mar, tinham lhe negado um navio. 
Que diabo Granville esperava ganhar ao ver Dane encalhado na praia, a carreira encerrada, a reputação em ruína? 
Granville poderia não saber do encontro com Philippe Lambert. 
Aquele demônio tomara todas as precauções para se certificar de que ninguém soubesse. Infelizmente, o mesmo não poderia ser dito sobre aquela outra visita mais perigosa à catedral de São João. Alguém esperava por ele ao sair da igreja. 
O ataque, vindo dos degraus que conduziam à catedral, fora rápido e silencioso. 
Apenas por uma chance remota não terminara com uma faca nas costas. 
Mesmo assim, se houvesse algum tipo de evidência de que Dane tivesse falhado com seu dever, por que não fora levado diante de uma corte marcial? 
Essa era, talvez, a parte mais enervante de tudo, Dane concluiu, puxando a capa com mais firmeza junto ao corpo para se proteger do intenso frio da noite de meados de fevereiro. 
O maldito silêncio!
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