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16 de dezembro de 2008

Um Heroi Sedutor


Normandia e Inglaterra, seculo XIII

Eram tempos difíceis...E ninguem estava mais ciente disso que Brys de Balleroy que travava um jogo mortal a serviço de sua rainha. Levava uma vida honrada porém solitária, até a noite em que lady Gisele surgiu ao lado de sua cama....
Gisele de l'Aigle não seria propriedade de homem algum, apesar de ter se curvado ao decreto real que ordenava que se casasse com o barão de Balleroy.
Embora seu coração se rebelasse, Brys a salvara da morte certa e despertara nela uma paixão que nenhum homem jamais conseguira.

Prólogo

Normandia, 1141
— Ele rejeitou-me?! O barão de Hawkswell rejeitou a mim, Sidonie Gisele de l’Aigle?! Ele será tão rico que não tem in¬teresse em se casar com uma herdeira?! — A voz de Gisele estava cheia de indignação, e o pescoço e a face, corados de raiva. Jamais sobreviveria àquela vergonha! Aquela humilhação! Seu pai, Charles, conde de l'Aigle, deu um sorriso sem graça.
— Não, o barão é apenas um tolo. Alain de Hawkswell está longe de ser milionário. O fato é que trocou você por uma moça cuja família é aliada de Stephen! Com o choque, Gisele ficou boquiaberta, esquecendo-se, por um momento, da afronta a seu amor-próprio.
Era inadmissível que um dos lordes da imperatriz Matilda se recusasse a tê-la como noiva. Ela, a herdeira de uma família normanda cuja aliança com a imperatriz era sólida como uma rocha. Aquilo era mais que tolice, a menos que...
— Então, Hawkswell está mudando de lado, papai? Agora pretende aliar-se ao rei Stephen? Charles franziu as sobrancelhas e cocou o queixo. — Não, e é aí que está o mistério. Ouvi dizer que Alain continua tão fiel a Matilda quanto antes e que resolveu casar-se com a outra mulher com a bênção da imperatriz. Gisele respirou fundo, sentindo a dor da rejeição mesclar-se à inveja em sua alma.
Não era um mistério tão grande assim. Não para ela. Lorde Alain havia se casado por amor. Alain amava a outra mulher a ponto de arriscar-se a desagradar Matilda, e seu prêmio havia sido a aprovação real. Ah, como Gisele gostaria de ter um homem que a amasse daquela forma! Por algum tempo chegara a pensar que Alain seria essa pessoa.
Acreditara que o lorde fosse capaz de compreendê-la, valorizá-la pelo que era, e não apenas pelo que ela poderia lhe proporcionar através do casamento. Seu coração estava apertado pelo sonho desfeito.
— Deve haver algo mais por trás dessa história, filha. Algo que não sabemos. Mas, de qualquer forma, o meu problema continua. Aqui estou eu, um homem velho, sem herdeiros para as minhas terras. Tudo o que tenho é uma simples garota.
Uma moça que tem idade para se casar, mas nenhum marido à vista. Ser encarada pelo pai como um ser sem valor era uma mágoa antiga para Gisele. Charles sempre agira como se o fato de Gisele ter nascido mulher fosse um erro que ela pudesse ter sido corrigido ainda no útero, se fosse minimamente inteligente.
Gisele queria gritar que podia ser apenas uma mulher, mas que merecia o amor do pai. Contudo, sabia que não adiantaria. Charles não podia amá-la. Jamais a amaria como se ela fosse o filho que ele tanto desejara.