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4 de dezembro de 2011

Um Homem Uma Lenda

A história de uma vida... Inspirou a história de um amor! 


Ethan King era a inspiração perfeita para o romance que Maggie desejava escrever.
Disposta a correr riscos para realizar seus sonhos, ela aventurou-se a viajar sozinha para Gila City, onde o homem mais temido de todo o Arizona se isolara do mundo. 
Mas em vez do temível e legendário "fora-da-lei" que esperava encontrar, Maggie se deparou com um homem atormentado pelo passado... e destinado a atormentar seu coração! 
Ethan perdeu o respeito pela imprensa depois que a reputação de seu pai foi arruinada por manchetes sensacionalistas ameaçando pelo mesmo destino, refugiou-se em uma cidade-fantasma perdida no deserto, onde pretendia executar seu plano de vingança. 
No entanto, ele não contava com a presença da linda e sensual Maggie O'Shea, uma repórter determinada a invadir seu santuário e sua vida... 


Capítulo Um 


Nova York, 1875 
Maggie O'Shea suspirou entediada e se pôs a tamborilar sobre o tampo da mesa de trabalho o lápis cuidadosamente apontado. 
Olhou ao redor da sala de redação com inúmeras escrivaninhas. 
Todas estavam ocupadas por homens atarefados com as matérias que seriam publicadas no dia seguinte, enquanto ela não tinha nada para fazer. 
Ninguém morrera desde a semana anterior, e não havia nenhuma festa nem nascimento para ser notificado. 
Se a situação não mudasse, perderia o emprego. 
Voltou a atenção para a mesa e apontou os lápis pela centésima vez. 
A brisa quente de abril trazia os primeiros aromas da primavera junto com os ruídos da rua movimentada. 
O burburinho de vozes se confundia com o motor dos automóveis. 
Maggie vivera em Nova York a maior parte da vida. 
Em todos os lugares por onde passava, percebia o sotaque familiar da terra natal. 
Entretanto, mesmo em meio a inúmeros imigrantes irlandeses como ela, nunca se sentira em casa. — Com mil diabos, Maggie! Nunca vi um calor como esse! — Ela deu um pulo na cadeira e se viu face a face com Gus Murphy, editor-chefe e dono do The Journal. 
Gus fora o primeiro a contratar uma mulher para trabalhar em um jornal, e causara polêmica ao aceitá-la para a vaga na coluna de obituários. 
Era óbvio que a atitude arrojada de incluir uma representante do sexo frágil num ambiente onde só havia homens se devia à influência de irmã Agatha. 
Gus não media esforços para atender a um pedido da benfeitora que o salvara das ruas de Nova York. 
Irmã Agatha já havia tirado das ruas incontáveis imigrantes órfãos, incluindo Maggie. 
Gus sabia que a jovem e ambiciosa compatriota acalentava desde criança o sonho de se tornar uma grande escritora. No entanto, impusera a condição de que ela se limitasse a escrever obituários e notas sobre nascimentos e festas. 
Era o melhor que podia conseguir para uma mulher. 
— Sei que prometi à irmã Agatha não blasfemar diante de você — o editor-chefe se justificou, erguendo os ombros. — Mas tem de se acostumar com isso se quiser trabalhar na redação de um jornal. 
— Não se preocupe Gus. Já ouvi coisas piores. — Maggie sorriu para o gigante de cabelos ruivos com carregado sotaque irlandês. 
— Não direi nada à irmã Agatha. Será um segredo nosso. 
— Ótimo. Não quero que nossa bondosa salvadora se aborreça comigo. 
O homenzarrão lançou um olhar furtivo ao redor da sala para ver se os outros redatores haviam notado que conversava com a jovem, como se estivesse cometendo um crime ao dirigir a atenção a uma mulher. 
— Tenho algo para você — ele disse. Maggie endireitou a coluna, cheia de esperança. 
— Uma história? Vai permitir que eu saia para investigar um incêndio? Um assassinato? Quem sabe, um roubo...
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