O país inteiro aguardava o casamento de Judith Revedoune e Gavin Montgomery.
Embora Judith prometesse a si mesma que seu marido a possuiria apenas pela força, o primeiro contato entre os dois, ante o altar florido, ascendeu a chama de uma paixão indisfarçável.
Quando Gavin olhou no fundo dos olhos dourados, sentiu-se consumido pelo desejo....
Mas ele já havia entregue seu coração à outra. Humilhada e sozinha em um castelo estranho, Judith resolve odiar a seu marido, que toma seu corpo, mas rejeita a sua alma. Porem ela sabe que o ama e teme perde-lo.
Prólogo
Inglaterra, 1501.
Judith Revedoune olhou para o pai por cima do livro contábil. Sua mãe, Helen, estava ao seu lado. Judith não sentia medo do homem, apesar de tudo o que tinha feito ao longo dos anos para fazê-la temê-lo. Seus olhos estavam vermelhos, com profundos círculos debaixo deles. Ela sabia que seu rosto devastado era devido ao seu pesar pela perda de seus amados filhos, dois ignorantes, homens cruéis que eram réplicas exatas de seu pai.
Judith estudou Robert Revedoune com uma certa curiosidade. Geralmente não se preocupava com sua única filha. Ele não via utilidade para as mulheres desde que sua primeira esposa morreu e a segunda, uma mulher assustada, tinha apenas lhe dado uma menina.
— O que você quer? — Judith perguntou calmamente.
Robert olhou para a filha como se a visse pela primeira vez. Na verdade, a moça tinha sido mantida escondida a maior parte de sua vida, enterrada com sua mãe em seus próprios aposentos em meio a seus livros e registros contábeis. Ele notou com satisfação que ela parecia com Helen naquela idade. Judith tinha aqueles olhos dourados estranhos que alguns homens adoravam, mas que ele achava desconcertantes. Seu cabelo era castanho-avermelhado. Sua testa era larga e forte, como era seu queixo, seu nariz reto, sua boca generosa. “Sim, servirá”, pensou. Poderia usar sua beleza em vantagem própria.
— Você é a única que me resta, — disse Robert, sua voz pesada de desgosto. — Se casará e me dará netos.
Judith olhou para ele em estado de choque. Durante toda a sua vida, Helen a treinara e educara para o convento de freiras. Não se tratara de uma piedosa educação de orações e cânticos, mas de ensinamentos e práticas, que levam à única carreira aberta a uma nobre. Ela poderia se tornar uma abadessa antes de completar trinta anos. Uma abadessa era tão diferente da mulher comum, quanto o rei de um servo. Ela governava terras, propriedades, aldeias, cavaleiros. Comprava e vendia de acordo com seu próprio critério. Era procurada por homens e mulheres por sua sabedoria. Uma abadessa governava e não recebia ordens de ninguém.
Judith podia contabilizar livros para uma propriedade grande, podia fazer julgamentos justos em disputas, e sabia quanto trigo calcular para alimentar certa quantidade pessoas. Podia ler e escrever, dirigir uma recepção para um rei, dirigir um hospital: Tudo o que ela precisasse, tinha-lhe sido ensinado.
E agora esperava-se que esquecesse tudo e se tornasse a serva de algum homem?
— Não o farei.
A voz estava baixa, mas as poucas palavras não poderiam ter sido mais altas se tivessem sido gritadas do telhado de ardósia.
Por um momento, Robert Revedoune ficou perplexo. Nenhuma mulher jamais o desafiou com um olhar tão firme antes. De fato, se não soubesse que ela era uma mulher, sua expressão teria sido confundida com a de um homem. Quando se recuperou do choque, esbofeteou Judith, jogando-a no outro lado do pequeno quarto. Mesmo deitada no chão, com um fio de sangue escorrendo pelo canto da boca, ela olhou para ele, absolutamente, sem nenhum medo em seus olhos, apenas nojo e um toque de ódio. Sua respiração ficou presa por um momento com o que viu. De certa forma, a garota quase o assustava.
Helen correu para sua filha, sem perda de tempo. Agachou-se ao lado dela, tirou de entre suas roupas um punhal de mesa. Olhando para a cena primitiva, o momentâneo nervosismo de Robert o deixou. Sua esposa era uma mulher que ele podia entender.
Apesar da aparência externa de um animal zangado, no fundo de seus olhos ele percebia fraqueza. Em segundos, agarrou seu braço, a faca voando pelo quarto. Ele sorriu para sua filha enquanto segurava o antebraço de sua esposa em suas poderosas mãos e quebrava os ossos como se quebrasse um galho.
Helen entrou em colapso a seus pés, sem dizer uma palavra.
Robert olhou de volta para a filha onde ainda estava deitada, incapaz de compreender sua brutalidade.
— Agora, qual é a sua resposta, moça? Você se casa ou não?
Judith assentiu brevemente antes de se virar para ajudar a mãe inconsciente.
Helen entrou em colapso a seus pés, sem dizer uma palavra.
Robert olhou de volta para a filha onde ainda estava deitada, incapaz de compreender sua brutalidade.
— Agora, qual é a sua resposta, moça? Você se casa ou não?
Judith assentiu brevemente antes de se virar para ajudar a mãe inconsciente.
Série Velvet Montgomery
Bom dia.
ResponderExcluirParece interessante, vou baixar e ler, depois digo se gostei ou não.
É é interessante, fazia tempo que não lia um romance que o mocinho ogro apaixonante feito Gavin e Judith uma mocinha inteligente capaz de ser amada por todos à sua volta!
ExcluirGavin é um ogro-menino no corpo musculoso de um guerreiro. Ele luta feroz para domar ou compreender um sentimento completamente desconhecido para ele. Ele acreditar amar Alice a dona de sua alma, mas o amor que ele imagina conhecer não é nada comparado a este novo sentimento que se apodera de sua mente e coração.
ResponderExcluirJudith é uma mocinha forte e que igual ao bambu: verga mas não quebra. Ela vai superando as adversidades e ganhando espaço da vida deste homem, que nunca soube o que era adolescência. Ela está a frente de Gavin em todos os sentidos, vencendo, sistematicamente, todos os seus argumentos.
Pensa em um livro bom
ResponderExcluirAmei, nao deixou pontas soltas, é maravilhoso, ainda mais para quem, assim como eu, ja estava tendo uma overdose literária,
Jude Deveraux é uma das poucas autoras completas que conheço, consegue juntar um pouco de tudo em seus livros, sua escrita é simples e te cativa a maioria das pessoas logo de começo, por isso frequentemente seus livros estão lista dos mais vendidos do New York Times e são bestsellers em vários países, claro que vai ter livros que não vão agradar a todos pois como sempre digo, nem todo mundo tem bom gosto mas respeito é bom e todos gostam. Obrigada pelo lançamento, pela tradução e revisão que estão como sempre impecáveis. Obrigada Jenna!
ResponderExcluirAh! Amiga Nábila... Saber entender cada personagem é para poucos. Tem que pesar a época, o sistema, a maturidade, o caráter, o momento e a evolução dos fatos, além, de ser 'apaixonada' pelos históricos.
ResponderExcluirJude Deveraux é uma autora de grande porte e dedicou toda a Série VELVET ( veludo ) as personagens femininas. Não são os mocinhos o ponto alto, senão as mocinhas que são fortes, turronas, briguentas, tímidas, OGRAS ( sim tem duas ogrinhas ), vencedoras e super apaixonadas. Se não souberem ver isso...terá truncada a opinião e perderá grandes livros.
AMODORO GAVIN MONTGOMERY apesar da cegueira emocional que tem e AMODORO JUDITH pelo que ela é e representa.
Gostei muito da história, estou louca para ler o resto da serie.
ResponderExcluirAmei todos os irmão e a Judith e uma guerreira do começo ao fim.
Eu adoro esse tipo de livro quando a donzela apanha por causa da amante fiquei um pouco brava,mais entendo que tem a ver como eram as coisas na época,mais o livro é lindo gosto da ilustração da capa q mostra perfeitamente como eles são...
ResponderExcluirlivro maravilhoso. história que te envolve do começo ao fim.
ResponderExcluirDe todos os livros o mais completo.
ResponderExcluirEsse livro é maravilhoso, se não fosse pela cegueira do mocinho em relação a outra seria perfeito, mas mesmo assim que historia bela, amo esses personagens, adorei a mocinha, super forte, decidida sem ser irritante. Adoro esse blog, obrigado pelos ótimos livros
ResponderExcluirExcelente! Tive sentimentos diversos como raiva, choro, tristeza pela situações que a Judith passou. Nota 10 para esse Livrao!
ResponderExcluirEu não estou conseguindo baixar.
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