21 de setembro de 2009

Sublime Rendição

Série Família Grahan

Grã-Bretanha, 1307

Quando Jamie Graham chega à Escócia não tem em mente capturar nenhum refém nem mesmo a graciosa castelã Christine. E
la, porém tem outros planos.
Depois de tentar por todos os meios dificultar o progresso de Jamie, Christine insiste em que ele a leve como refém. Convencido de que ela está tentando fazê-lo de tolo, Jamie concorda com a farsa, determinado a exigir as doces tentações que aquela jovem promete oferecer...
Christine tem um único objetivo: libertar seu irmão da fortaleza do rei inglês.
No entanto, ela não pode deixar que a paixão que sente por seu atraente captor a detenha. 
Apesar de toda sua garra, Christine não pode prever a reviravolta do destino que ameaçará tudo que mais ama: suas terras e o homem que aprisionou seu coração!

Prólogo

O rei está morto!
Em 11 de julho de 1307, Eduardo I morreu.
Um rei guerreiro, um homem que conquistou respeito e admiração por sua força, bravura e pela determinação de sua vontade. Sábio, astuto e hábil, brutal com seus inimigos, trouxe a Inglaterra à lei e ao poder, reinou por longo tempo e deu a seu país uma posição de proeminência na Europa.
O rei está morto!
O povo lamentou. Os inimigos se regozijaram.
Vida longa ao rei!
Eduardo II começou seu governo ignorando o pedido do pai, no leito de morte de que seus ossos fossem carregados com a vanguarda em marcha contra os escoceses e levados pela guerra até que aqueles bárbaros desregrados estivessem de joelhos, completamente subjugados, prontos para se curvarem a seu suserano, o monarca inglês.
Eduardo, o pai, foi mandado para a Abadia de Waltham para aguardar um enterro mais régio, e o novo rei imediatamente chamou para perto de si o amante predileto, Piers Gaveston, um homem profundamente detestado pelos nobres.
A Inglaterra acabara de perder um de seus mais poderosos monarcas, que fora substituído por um homem de mente frívola que dava mais importância aos prazeres pessoais que ao poder de seu reinado. Enquanto isso, a Escócia vinha nutrindo um homem muito diferente.
Além de reclamar o trono, Roberto Bruce lutava pelo direito de ser reconhecido como rei. 
Vira-se obrigado a percorrer as florestas da Escócia com alguns poucos homens, enquanto muitos dos grandes barões da terra lhe eram contrários. 
Na penúria e aflição, adquiriu a têmpera do homem comum da Escócia, e cresceu na sabedoria de seu povo mais simples.
O poder nem sempre se origina na força das armas e pode estar nos corações e almas de seus conterrâneos. Era por uma glória maior que ouro, poder, propriedade ou prestígio que eles lutariam, lutariam pelas glórias mais fugidias de liberdade e nacionalidade.
Diante de seu povo, ele se pôs à prova, arriscando a própria vida, tornando-se o rei guerreiro tão desesperadamente necessário a um país havia tanto tempo forçado a ficar de joelhos. 
O preço que pagou por sua coroa foi pesado: membros da família executados, sua esposa e filho levados pelos ingleses e mantidos em cativeiro por longos anos.
A despeito das crueldades feitas a ele e das forças que conquistara, permanecera sempre um homem excepcionalmente misericordioso para sua época.
Conquistou seu poder lentamente, passo a passo. E assim como se decidiu por um caminho de benevolência, também nunca se esqueceu daqueles que o apoiaram, especialmente nos dias iniciais e, chegada a hora, aqueles que avançaram a seu lado foram ricamente recompensados.
A morte de Eduardo I trouxe aos escoceses algo de que precisavam muito. Tempo.
E o tempo tomou-se o maior aliado de Roberto Bruce.
Ele era um brilhante estrategista, capaz de usar qualquer arma à mão, fosse essa arma tato e diplomacia, ou um ataque bélico.
Em poucos anos, começou a cerrar as fileiras de seu reinado em tomo de si mesmo.
Eduardo defrontou-se com o dilema de manter o querido companheiro a seu lado, e, como conseqüência, de manter a distância aqueles que se ressentiam profundamente de Gaveston.
O problema chegou a um impasse, e Gaveston foi banido para a Irlanda.
Eduardo convocou um exército para invadir a Escócia, com planos de travar batalha pelo coração do país.
Bruce, porém, não levou seu exército para uma batalha pontual.
Esperou os ingleses, mas então investiu contra os condados de seus inimigos ao norte.
Os senhores ingleses daqueles condados do norte tomaram uma medida extrema e mandaram emissários para pagar tributo ao rei escocês para que os deixassem em paz. O país de Eduardo foi dividido em dois quando um exército dos próprios ingleses se insurgiu contra ele. Gaveston, que retomara secretamente à Inglaterra, foi capturado e executado.
Amargura e uma grande cisão tiveram lugar na Inglaterra, e, nas terras fronteiriças, a vida tomou-se inferno.
Não eram mais os escoceses que pagavam tão duramente pela luta por poder e liberdade. Eram os ingleses da região que se descobriam, de repente, vivendo em mortal perigo.
Roberto Bruce, conhecido como o leão da Escócia, estava determinado a ser o rei de uma nação livre e soberana.
E o leão começava a se alçar à sua glória.

Capítulo Um

– Eles estão chegando, minha senhora!
Christina sentiu um calafrio percorrê-la. Não poderia se deixar intimidar, e sabia disso. Muitas coisas estavam em jogo, recordou-se.
– Ralph os viu? – perguntou a sir Alfred Cheney, o homem de cabelos grisalhos, portador das boas-novas.
– Sim, perto do riacho na floresta.
– Quantos?
– Quarenta... cinqüenta, talvez.
– Mesmo com um grupo tão pequeno, eles esperam submissão. E, é claro, deve parecer que nós nos renderemos. Avise a todos.
Sir Alfred hesitou.
– Talvez devêssemos apenas pagar o tributo.
– É tarde demais para alterar nosso plano agora. Não temos a quantia exigida.
O assunto foi decidido, e gente demais morreria se de repente nós recuássemos. E... bem, sabemos o que pode acontecer a Steven..
– Muitos pagaram o tributo, o rei não pode punir a todos do norte de seu país.
– Steven corre sério perigo. Não podemos fazer nada que aumente esse risco.
Sir Alfred endireitou os ombros alquebrados.
– Tem certeza? Verá tudo na cozinha?
– Pessoalmente – Christina lhe assegurou.
– Vai correr um grande risco. Se Steven soubesse...
– Mas não sabe e, quando souber, será porque nós exigiremos sua libertação em troca dos homens que levaremos à presença do rei..
Sir Alfred saiu sem mais palavras. Lauren chegou correndo ao saguão.
– Meu Deus! É hora. Estão vindo!
– Tudo está pronto.
Lauren meneou a cabeça.
– Esse é o melhor vestido que tem? Vamos parecer mendigos.
Precisamos impressioná-los. Você deve estar completamente serena, altiva, além disso, sabendo exatamente quem é... Meu vestido!

Série Família Grahan
1 - Um Novo Amanhecer
2 - O Conquistador
3 - A Dama e o Guerreiro
4 - Dama do Castelo
5 - Sublime Rendição
6 - Fagulhas da Paixão
7 - A Dama da Rainha
Série Concluída

3 comentários:

  1. Anônimo disse...

    Achei maravilhosooooooooooooooooooo o teu blog amei não tenho palavras,eu gostaria de receber ou vc me indicar alguns romances historicos onde os mocinhos tem que casar para ficarem com a guarda dos sobrinhos orfão ja li u m e amei mais não lembro o nome.
    ...Gracinha

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  2. Olá Gracinha,

    Eu vou ver se tenho algo assim.
    Caso tenho te escrevo já que vc me enviou seu e-mail ok?

    BJs

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  3. Jamie Graham meu Deus..juro que teve momentos que me deu vontade de colocar ele no tronco. BRUTO...fato que ocorre quando chegam ao destino. A mantém trancada em todos os sentido SEM NECESSIDADE ou 'quase'.
    E quando descobre a gravidez dela..é um Deus nos acuda. O homem é meio tantan só pode. O plano que ele arquiteta para o periodo da gestação vai deixar as leitos com vontade e coloca-lo no tronco mesmo...Querem saber? Tive pena de Christine..eita meu Jesuis Cristim...tem Escola pra mocinhos históricos?

    Ainda bem que a chama do amor tudo vence..né?

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!