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21 de setembro de 2009

Um Novo Amanhecer

Série Família Grahan


Uma noiva rebelde

Quando a Escócia foi ameaçada, o rei David arregimentou guerreiros dispostos a dar a vida pela pátria.
Dentre esses homens, destacou-se Waryk de Graham, que foi condecorado com o título de cavaleiro Lorde Lion.
Mas para assumir sua posição, Warik teria de pagar um preço: casar-se com a jovem viking que jurara resistir a ele de corpo e alma!
Mellyora MacAdin, filha de uma nobre gaélica e de um vice-rei viking, governava suas terras com determinação e coragem. Sabia manejar armas e não se amedrontava perante homem algum...
Até o momento que se viu cativa do irresistível poder de lorde Lion! 

Dividida entre o desafio e a devoção, Mellyora teria de decidir a quem devia lealdade... e descobrir os segredos do coração daquele homem sedutor que se tornara seu marido...

Prólogo 

Fronteira da Escócia, 1127.
Ele imaginou que estivesse morto, abatido pela imensa acha-de-armas do oponente.
Apesar do cenário circundante não lhe ser estranho, calculou que estivesse no céu.
O inferno não teria essa fragrância doce de flores, nem lagos cristalinos que se espalhavam pelas planícies verdes, nem o cheiro fértil da vegetação.
A lua na fase quarto crescente – refletia-se nos arredores com brilho fantasmagórico. Vermelho. Cor de sangue.A dor imensa o fez supor que não houvesse morrido.As marteladas na cabeça davam a impressão de que o crânio fora partido ao meio.O instinto o avisou para não gemer.
Apertou os dentes, apoiou-se em um dos cotovelos e olhou ao redor.Corpos em quantidade jaziam em uma miscelânea brutal de sangue e pálidos membros espalhados.
As sombras da noite aumentavam o aspecto horripilante.O cheiro não se devia apenas às flores, mas à terra ensangüentada. A carnificina se repetira e tornaria a acontecer. O sofrimento aumentava e ameaçava roubar outra vez sua consciência.
Deitado na grama úmida experimentava o ardor do fogo em cada um dos seus ferimentos.
Presumiu que ele houvesse morrido, e que amigos e inimigos o haviam esquecido.Não longe dali, viu uma pequena cabana feita de barro e pedra.Dentro, as chamas denunciavam a presença de sobreviventes que poderiam estar curando ferimentos ou fazendo planos.
Onde estaria seu pai? Ele jamais o deixaria, vivo ou morto. Virou os olhos para a esquerda, ao perceber que sua mão estava sobre um corpo frio.Sentiu um aperto no coração e lágrimas vieram-lhe aos olhos. Tremores o sacudiram.William, o Grande, estendido ao seu lado, tinha o peito atravessado pela espada de um inimigo e os olhos azuis esbugalhados.
- Pai! – sussurrou, imerso em desespero. Acariciou os cabelos ruivos. – Não pode ser! Não me deixe, meu pai....
Recriminou-se. A idade não importava. Nada traria seu pai de volta. Teria de tornar-se um guerreiro, a qualquer custo e honrar o nome dele.
As nuvens se afastaram, permitindo uma visão mais ampla do morticínio.A alguns passos, viu Ayryn, o irmão do pai. Sempre fora bonito, sorridente, orgulhoso e muito ligado a William.
- Oh, tio, o senhor não poderia ter me abandonado! – tornou a sussurrar. – Por que se foi?
Um grito selvagem de fúria e impotência parou, sufocado na garganta.
Teria de ficar imóvel e mudo. Escutou passos furtivos que se aproximavam pela relva. As silhuetas rodearam a cabana onde os escoceses que haviam escapado se reuniam após a selvageria da batalha.
Prendeu a respiração. Os inimigos passaram por ele.
Teve vontade de gritar para o pai e o tio tomarem cuidado. Que absurdo!
Nada mais os atingiria.
A mais dolorosa de todas as verdades cruzou seu cérebro. Estava sozinho. Aqueles que o haviam amado jamais tornariam a falar com ele. Esperou.
Quando o último inimigo desapareceu atrás da cabana antes de tomá-la de assalto, ele começou a se erguer.
Cambaleou e pensou que fosse desfalecer por causa da dor lancinante na cabeça. Respirou fundo e procurou se controlar.
Aos poucos, juntou as poucas forças que lhe restavam. Caminhou pelo relvado em sentido oposto, de maneira sub-reptícia.
Michel, chefe do clã MacInnish das Terras Baixas, escutava as conversas ao redor do fogo. Nascera em Dunkeld, o berço mais antigo dos celtas e gaélicos.
Filho mais novo, viera para fronteira exuberante ao se casar com a última descendente do clã dos MacNees, tradicionais proprietários dessa bela faixa de terra e que, desde o começo, se opuseram às sucessivas invasões.


Série Família Grahan
1 - Um Novo Amanhecer
2 - O Conquistador
3 - A Dama e o Guerreiro
4 - Dama do Castelo
5 - Sublime Rendição
6 - Fagulhas da Paixão
7 - A Dama da Rainha
Série Concluída

O Conquistador

Série Família Grahan


Escócia, 1297

Uma mulher indomável!

Arryn Graham queria vingança pelos atos sanguinários que Kinsey Darrow cometera contra os rebeldes das Terras Altas.
Um dos meios de alcançar seu intento era tomar para si a bela noiva de Darrow.
Mas..., Arryn não sabia que Kyra era uma mulher que jamais se submeteria à vontade alheia.
Cativada pelo corajoso cavaleiro que a raptara, Kyra se apaixona, uma paixão selvagem, mesmo sabendo que isso a colocaria à mercê da fúria do desprezível lorde Darrow, a quem fora prometida em casamento, seu destino seria a condenação à forca.
Com a vida por um fio, sua última esperança era Arryn, o único homem que, com sua audácia e poder, seria capaz de salvá-la!
E de redimir a própria alma através de um intenso e verdadeiro amor.

Capítulo Um

Castelo de Seacaim, cercanias da floresta de Selkirk, ano de 1297.
Kyra estava diante da lareira no salão principal da velha fortaleza de pedras.
Observava as chamas arderem em tons de vermelho e dourado, crepitando numa exótica dança orquestrada pelas correntes de ar que invadiam incansavelmente a fortaleza.
Não. Não. Nunca.
Quis gritar, gritar tão alto a ponto de fazer as vigas vibrarem, a ponto de sacudir as velhas pedras adormecidas com seus berros desatinados, a ponto de...
Afastou-se da lareira num ímpeto e subiu correndo a escadaria que levava à capela no piso superior.
Cruzou a entrada acanhada, olhou rapidamente para o altar e depois se encaminhou para um nicho nos fundos da pequena nave, onde havia uma imagem da Virgem.
Ah, caiu de joelhos, murmurando:
— Maria Abençoada, dê-me forças! Faço o que for preciso, até mesmo barganhar com o próprio demônio... perdão, minha Santa, mas juro fazer qualquer coisa paia escapar ao destino que me aguarda. Prefiro morrer a...
Um estrondo pavoroso no portão do castelo a fez engolir as palavras.
Aquela era uma construção muito antiga, localizada nos limites do país escocês, aumentada e fortalecida por cada senhor que ali habitara ao longo dos tempos; agora, por uma determinação de Eduardo I, o castelo encontrava-se sob domínio inglês.
Com a Escócia varrida por turbulências desde a morte da Dama da Noruega, batalhas terríveis podiam eclodir a qualquer momento, pois um homem que conquistasse uma fortificação acabaria por governá-la independentemente de sua nacionalidade.
— Milady!
Kyra levantou-se e virou-se para sua dama de companhia Ingrid, que entrara feito um tufão na capela. Ingrid era uma moça criada num convento, convicta de que boa parte dos homens eram uns selvagens... e de que os escoceses conseguiam ser ainda mais bárbaros do que os demais. Embora soubesse a resposta, Kyra perguntou:
— O que está acontecendo?
— Eles chegaram, milady! Saqueadores, assassinos, selvagens! Homens medonhos, ferozes escoceses vindos das Terras Altas!
Kyra correu até a fenda da seteira e espiou lá embaixo.
Havia cavaleiros por todo o pátio, alguns em armaduras de metal e correntes, outros vestindo couro, uns poucos brandindo pás e foices como se fossem armas, todos eles gritando feito furiosos, preparando-se para invadir o castelo.
Já tinham aberto uma brecha no grande portão levadiço e agora se encontravam no pátio, em luta renhida contra as parcas forças deixadas por lorde Kinsey Darrow, o inglês que Eduardo enviara para tomar conta do castelo após a morte do pai dela.
De onde estava, Kyra podia ver o combate homem a homem que se travava na entrada da fortaleza; ouvia os gritos dos moribundos, via as manchas de sangue nos martelos de guerra e as espadas que rasgavam carne e ossos. Alguém gritou prometendo misericórdia aos que se rendessem...
Uma misericórdia que os ingleses não haviam tido para com os escoceses.

Série Família Grahan
1 - Um Novo Amanhecer
2 - O Conquistador
3 - A Dama e o Guerreiro
4 - Dama do Castelo
5 - Sublime Rendição
6 - Fagulhas da Paixão
7 - A Dama da Rainha
Série Concluída

A Dama e o Guerreiro

Série Familia Grahan


Inglaterra, Escócia e Irlanda, 1298

A grande batalha... uma linda dama... um bravo guerreiro

Havia certa magia na guerra, as flechas adejavam ao céu como se fossem damas da morte procurando pela próxima vítima. Nem mesmo um bravo guerreiro como Brendan Graham estava a salvo!
Para salvar o castelo de Clarin, Eleanor estava disposta a tudo, até mesmo lutar em uma batalha sangrenta, vestida como soldado da Casa de York.
Mas quando Brendan a fez prisioneira, ela viu-se forçada a rever suas convicções. 
Como lutar contra um inimigo que a fazia tremer de paixão?
Haveria alguma chance de o amor entre uma nobre inglesa e um guerreiro escocês sobreviver aos horrores daquela guerra cruel?
Talvez sim... Afinal, Brendan era um bravo guerreiro, e Eleanor, uma mulher inesquecível!

Prólogo

Falkirk, Escócia, 22 de julho, 1298
Por mais incrível que pudesse parecer, havia uma certa magia na guerra.
Verdade que era uma magia macabra e sórdida, mas o fato era que ela estava lá e era capaz de hipnotizar um homem, deixando-o à mercê da própria sorte, o que, em muitos casos, também significava morte.
A visão das flechas cruzando o céu era impressionante, algo que um homem jamais esqueceria, por mais que vivesse.
Nem mesmo um guerreiro experiente poderia lhes ser indiferente.
Elas apareciam de repente no céu azul, como se vindas do nada, ou quiçá de algum reino misterioso perdido entre o céu e o inferno.
Eram ágeis, certeiras e... mortais. A princípio, assemelhavam-se a uma bem coordenada revoada de pássaros adejando em busca das alturas, e então, quando menos se esperava, transformavam-se em audaciosas damas da morte, invertendo seu curso e caindo como uma chuva fatal à procura de novas vítimas.
Um zunido mágico e ensurdecedor as precedia naquela jornada. Pouco depois, gritos... mais gritos e gemidos dos desafortunados por elas atingidos.
E era exatamente isso que o jovem guerreiro Brendan Graham ouvia agora: gritos desesperados de seus bravos irmãos e companheiros escoceses que tinham sido atingidos pelas flechas dos inimigos.
Ainda que quisesse ajudar, a experiência lhe dizia que quase sempre era tarde demais para se fazer alguma coisa pelos infelizes.
Flechas mergulhavam-lhes nas carnes, fazendo o sangue jorrar em profusão, partindo ossos e ferindo órgãos vitais. Alguns gritavam, outros gemiam, então caíam agonizantes.
Impiedosas como todo inimigo o é, as flechas inglesas também feriram centenas de cavalos do Exército escocês, levando um infindável número de guerreiros ao chão e diminuindo as chances de vitória dos aliados de sir William Wallace, mais conhecido como Coração Valente.
No entanto, Brendan não tinha tempo para devaneios ou considerações filosóficas sobre a guerra, pois naquele instante a infantaria começou a espalhar-se pelo terreno e a cavalaria tomou seu lugar na sangrenta frente de batalha.
— Agüentem firme! Protejam suas retaguardas! — John Graham gritou do alto de seu corcel negro.
Apesar do medo, Brendan sabia que tinham uma certa vantagem sobre os ingleses. William Wallace, líder escocês, tinha experiência e conhecimento o bastante para escolher o campo de batalha que mais favorecia seus homens, embora o rei Eduardo I da Inglaterra tivesse um imenso Exército formado por cavalaria e também por combatentes em terra.
Naquele dia, sir William havia escolhido lutar do lado de Callander Wood.
Ali, as água de um riacho se encontravam com as de outra corredeira que serpenteava pelo vale desde Glen Village, o que tomava o terreno pelo qual os ingleses tinham de passar alagadiço e escorregadio, servindo não só para retardá-los, mas também para impedir que muitos guerreiros e animais continuassem na batalha.
No entanto, contrariando todas as expectativas dos líderes escoceses, nesse dia os ingleses estavam conseguindo vencer aquela barreira natural e chegavam aos milhares para atacar os insurgentes, que agora precisavam recuar para evitar um massacre ainda maior.
— Recuem, recuem! — John Graham gritou novamente.
Brendan se voltou para o primo mais velho. Quem seria idiota o bastante para avançar em direção ao inimigo? Era óbvio que eles estavam com uma grande vantagem sobre os escoceses.
Além do quê, qualquer um podia ver a salva de flechas e a destruição que ela causara. E pensar que a batalha mal havia começado!
Em meio aos gritos e gemidos, Brendan podia ouvir o som das patas dos animais batendo contra o solo, e também o tilintar dos arreios e selas usados pelos guerreiros mais ricos, cujas posses lhes permitiam tais regalias.
Seu próprio animal, Aquiles, batia nervosamente as patas no chão, enquanto o caos se espalhava ao redor deles.
Mais flechas tinham sido lançadas pelos arqueiros ingleses e galeses.
Homens e animais continuavam a cair por terra, vítimas da ignomínia e ânsia pelo poder dos ingleses.
Ainda assim, era preciso admitir que Eduardo I da Inglaterra não era tolo, e muito menos covarde.
Aliás, era óbvio que o rei inglês e seus aliados haviam planejado tudo com muito cuidado. Primeiro, ele atacara e conquistara o País de Gales, do qual herdara os famosos arqueiros que agora lhes conferiam vantagem naquela batalha.
Como se não bastasse, Eduardo também trouxera outros guerreiros experientes consigo, alguns mercenários germânicos, italianos e até mesmo normandos, com os quais costumava estar em constante disputa pelo poder e pelo trono.
Mas por que tentar compreender a lógica bélica, se a guerra era algo que, por si só, fugia à compreensão humana, Brendan ralhou consigo mesmo.
Uma prova de tal incongruência era o fato de muitos escoceses estarem agora marchando ao lado do Exército inglês para destruir os próprios irmãos.
Brendan acreditava que esses seus compatriotas eram covardes que temiam que William Wallace não tivesse a menor chance contra o Exército de Eduardo I, homens que não lutavam por convicção, mas por fortuna e poder.
— Que Deus nos ajude! 

Série Família Grahan
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2 - O Conquistador
3 - A Dama e o Guerreiro
4 - Dama do Castelo
5 - Sublime Rendição
6 - Fagulhas da Paixão
7 - A Dama da Rainha
Série Concluída

A Dama do Castelo

Série Família Grahan


Igrainia escapou da epidemia que assolava o país e que tirara a vida de seu marido, senhor do Castelo de Langley, mas não conseguiu fugir de Eric Graham.

A esposa e o filho do rebelde escocês, prisioneiros de lorde Langley, também foram vítimas fatais da doença, mas, para Graham, tomar o castelo e fazer de Igrainia sua refém era meramente um golpe político que lhe possibilitaria negociar com o rei inglês.
Porém, quando o rei se negou a entregar a esposa do monarca escocês Robert the Bruce em troca da prisioneira, Graham obrigou Igrainia a casar-se com ele, mesmo sabendo que a bela viúva preferiria morrer no calabouço a aceitar qualquer coisa que ele tivesse para oferecer.
Graham não contava com o efeito que sua orgulhosa noiva causaria em seu corpo e em seu coração...
E depois que Igrainia descobrisse a verdadeira índole e o caráter do temível rebelde, sua vida...
Bem como sua lealdade e convicções... Nunca mais seriam as mesmas!

Capítulo Um

Da colina, Igrainia de Langley via o grupo de rebeldes escoceses avançando.
Ostentavam as bandeiras de Robert Bruce.
Ela cavalgava escoltada por um grupo de vinte homens, escolhidos cuidadosamente pela coragem e experiência. Usavam armadura e carregavam lanças que sabiam manusear com habilidade.
Não eram muitos os cavaleiros que se aproximavam. Nove ou dez, talvez. Um bando patético de gentalha subindo pela colina.
— Milady? — Sir Morton Hamill, o chefe da patrulha, olhou-a com expressão interrogativa.
— Podemos nos esquivar deles? — Igry perguntou.
— Esquivar-nos deles? São criaturas desclassificadas. Milady, não há razão para fugirmos.
— Não há razão? Exceto que mais homens morrerão. Estou cansada de tantas mortes.
Os cavaleiros vinham na direção deles em grande velocidade. Sir Morton esforçava-se para controlar a impaciência.
— Milady, entendo perfeitamente a dor que fere seu coração, mas esses homens são renegados que levaram o terror para dentro da sua casa, roubando-lhe tudo.
— Nenhum homem ou mulher pede pelas pragas, sir Morton. Fomos prevenidos das doenças, mas nos recusamos a acreditar nos avisos dos inimigos. — Igry falava com emoção e voz embargada. — Neste momento, se fugirmos desses renegados, será por minha escolha, e não por sua culpa. Não foi por vontade minha que deixei Langley. Não quero mais saber de mortes aos meus pés.
— Oh, meu Deus! Não podemos fugir! — sir Morton justificou-se. — Eles estão quase em cima de nós!
Igry fitou-o com expressão furiosa.
— Parece que você está mais ansioso para enfrentá-los do que para cumprir sua missão de me proteger.
— A senhora está perturbada pela dor e não pensa com clareza. Vou enfrentar esses rebeldes, sim, porque essa é a minha missão.
— Estou em meu juízo perfeito, capaz de pensar com coerência...
Ignorando-a, Morton gritou uma ordem aos seus soldados. Não pretendia esperar os inimigos. Iria atacar antes.
— Sir Morton! — ela ainda esbravejou, em vão. Com o coração apertado, viu os homens esporearem os cavalos, obedecendo às ordens do chefe. Em segundos, estavam descendo a colina em disparada, ignorando suas ordens.
Avançando na direção deles, os homens que sir Morton chamara de renegados.
Mesmo a distância, Igry viu o líder do grupo. Franziu o cenho, perguntando-se que loucura faria um homem enfrentar o risco certo de morte. Apertou os olhos contra o sol, observando o homem. Deixou escapar um som de espanto.
Já o vira antes. Reconhecia-o, pois ele cavalgava sem nenhuma proteção.
Não usava elmo para proteger a cabeça. O cabelo brilhando ao sol quase tanto quanto os elmos de aço dos soldados de Morton.
Vira-o com outros homens capturados, algemados a ferro.
Naquele dia, ele parecera selvagem, bárbaro, um homem incivilizado.
Por um breve instante, os olhares de ambos tinham se cruzado, e Igry reparara que havia alguma coisa de assustador nos olhos dele. 

Não saberia explicar o motivo, mas tivera a estranha impressão de que ele se permitira ser capturado. Talvez ela até soubesse a razão.
O castelo de Langley, como era chamada a propriedade de seu marido, lorde Afton de Langley, transformara-se em alojamento dos soldados do rei Eduardo que ali mantinham como reféns os familiares de rebeldes escoceses, até que estes se rendessem.
E oferecessem seus pescoços ao machado do carrasco.


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Sublime Rendição

Série Família Grahan

Grã-Bretanha, 1307

Quando Jamie Graham chega à Escócia não tem em mente capturar nenhum refém nem mesmo a graciosa castelã Christine. E
la, porém tem outros planos.
Depois de tentar por todos os meios dificultar o progresso de Jamie, Christine insiste em que ele a leve como refém. Convencido de que ela está tentando fazê-lo de tolo, Jamie concorda com a farsa, determinado a exigir as doces tentações que aquela jovem promete oferecer...
Christine tem um único objetivo: libertar seu irmão da fortaleza do rei inglês.
No entanto, ela não pode deixar que a paixão que sente por seu atraente captor a detenha. 
Apesar de toda sua garra, Christine não pode prever a reviravolta do destino que ameaçará tudo que mais ama: suas terras e o homem que aprisionou seu coração!

Prólogo

O rei está morto!
Em 11 de julho de 1307, Eduardo I morreu.
Um rei guerreiro, um homem que conquistou respeito e admiração por sua força, bravura e pela determinação de sua vontade. Sábio, astuto e hábil, brutal com seus inimigos, trouxe a Inglaterra à lei e ao poder, reinou por longo tempo e deu a seu país uma posição de proeminência na Europa.
O rei está morto!
O povo lamentou. Os inimigos se regozijaram.
Vida longa ao rei!
Eduardo II começou seu governo ignorando o pedido do pai, no leito de morte de que seus ossos fossem carregados com a vanguarda em marcha contra os escoceses e levados pela guerra até que aqueles bárbaros desregrados estivessem de joelhos, completamente subjugados, prontos para se curvarem a seu suserano, o monarca inglês.
Eduardo, o pai, foi mandado para a Abadia de Waltham para aguardar um enterro mais régio, e o novo rei imediatamente chamou para perto de si o amante predileto, Piers Gaveston, um homem profundamente detestado pelos nobres.
A Inglaterra acabara de perder um de seus mais poderosos monarcas, que fora substituído por um homem de mente frívola que dava mais importância aos prazeres pessoais que ao poder de seu reinado. Enquanto isso, a Escócia vinha nutrindo um homem muito diferente.
Além de reclamar o trono, Roberto Bruce lutava pelo direito de ser reconhecido como rei. 
Vira-se obrigado a percorrer as florestas da Escócia com alguns poucos homens, enquanto muitos dos grandes barões da terra lhe eram contrários. 
Na penúria e aflição, adquiriu a têmpera do homem comum da Escócia, e cresceu na sabedoria de seu povo mais simples.
O poder nem sempre se origina na força das armas e pode estar nos corações e almas de seus conterrâneos. Era por uma glória maior que ouro, poder, propriedade ou prestígio que eles lutariam, lutariam pelas glórias mais fugidias de liberdade e nacionalidade.
Diante de seu povo, ele se pôs à prova, arriscando a própria vida, tornando-se o rei guerreiro tão desesperadamente necessário a um país havia tanto tempo forçado a ficar de joelhos. 
O preço que pagou por sua coroa foi pesado: membros da família executados, sua esposa e filho levados pelos ingleses e mantidos em cativeiro por longos anos.
A despeito das crueldades feitas a ele e das forças que conquistara, permanecera sempre um homem excepcionalmente misericordioso para sua época.
Conquistou seu poder lentamente, passo a passo. E assim como se decidiu por um caminho de benevolência, também nunca se esqueceu daqueles que o apoiaram, especialmente nos dias iniciais e, chegada a hora, aqueles que avançaram a seu lado foram ricamente recompensados.
A morte de Eduardo I trouxe aos escoceses algo de que precisavam muito. Tempo.
E o tempo tomou-se o maior aliado de Roberto Bruce.
Ele era um brilhante estrategista, capaz de usar qualquer arma à mão, fosse essa arma tato e diplomacia, ou um ataque bélico.
Em poucos anos, começou a cerrar as fileiras de seu reinado em tomo de si mesmo.
Eduardo defrontou-se com o dilema de manter o querido companheiro a seu lado, e, como conseqüência, de manter a distância aqueles que se ressentiam profundamente de Gaveston.
O problema chegou a um impasse, e Gaveston foi banido para a Irlanda.
Eduardo convocou um exército para invadir a Escócia, com planos de travar batalha pelo coração do país.
Bruce, porém, não levou seu exército para uma batalha pontual.
Esperou os ingleses, mas então investiu contra os condados de seus inimigos ao norte.
Os senhores ingleses daqueles condados do norte tomaram uma medida extrema e mandaram emissários para pagar tributo ao rei escocês para que os deixassem em paz. O país de Eduardo foi dividido em dois quando um exército dos próprios ingleses se insurgiu contra ele. Gaveston, que retomara secretamente à Inglaterra, foi capturado e executado.
Amargura e uma grande cisão tiveram lugar na Inglaterra, e, nas terras fronteiriças, a vida tomou-se inferno.
Não eram mais os escoceses que pagavam tão duramente pela luta por poder e liberdade. Eram os ingleses da região que se descobriam, de repente, vivendo em mortal perigo.
Roberto Bruce, conhecido como o leão da Escócia, estava determinado a ser o rei de uma nação livre e soberana.
E o leão começava a se alçar à sua glória.

Capítulo Um

– Eles estão chegando, minha senhora!
Christina sentiu um calafrio percorrê-la. Não poderia se deixar intimidar, e sabia disso. Muitas coisas estavam em jogo, recordou-se.
– Ralph os viu? – perguntou a sir Alfred Cheney, o homem de cabelos grisalhos, portador das boas-novas.
– Sim, perto do riacho na floresta.
– Quantos?
– Quarenta... cinqüenta, talvez.
– Mesmo com um grupo tão pequeno, eles esperam submissão. E, é claro, deve parecer que nós nos renderemos. Avise a todos.
Sir Alfred hesitou.
– Talvez devêssemos apenas pagar o tributo.
– É tarde demais para alterar nosso plano agora. Não temos a quantia exigida.
O assunto foi decidido, e gente demais morreria se de repente nós recuássemos. E... bem, sabemos o que pode acontecer a Steven..
– Muitos pagaram o tributo, o rei não pode punir a todos do norte de seu país.
– Steven corre sério perigo. Não podemos fazer nada que aumente esse risco.
Sir Alfred endireitou os ombros alquebrados.
– Tem certeza? Verá tudo na cozinha?
– Pessoalmente – Christina lhe assegurou.
– Vai correr um grande risco. Se Steven soubesse...
– Mas não sabe e, quando souber, será porque nós exigiremos sua libertação em troca dos homens que levaremos à presença do rei..
Sir Alfred saiu sem mais palavras. Lauren chegou correndo ao saguão.
– Meu Deus! É hora. Estão vindo!
– Tudo está pronto.
Lauren meneou a cabeça.
– Esse é o melhor vestido que tem? Vamos parecer mendigos.
Precisamos impressioná-los. Você deve estar completamente serena, altiva, além disso, sabendo exatamente quem é... Meu vestido!

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7 - A Dama da Rainha
Série Concluída

A Dama da Rainha

Série Família Grahan

Desejava-o sobre todas as coisas, mas… acabaria sendo seu carrasco?

Lady Gwenyth Macleod tinha posto em jogo sua fortuna e sua reputação para ajudar que Mary da Escócia ocupasse seu lugar legítimo no trono.
Entretanto, seu esforço por guiar a desafiante e ousada rainha a enfrentou com Rowan Graham, um lorde perigosamente perito tanto em assuntos de paixão como de estado, e quanto mais o desafiava, mais se rendia ele ante o desejo que ardia entre os dois.
Seu país estava imerso no caos e a deslealdade a seguia a toda parte, assim correr um último e audaz risco possivelmente a levasse a uma traição demolidora… ou a um destino mais grandioso do que jamais teria podido imaginar.

Prólogo

Diante do fogo
Ao ouvir o som de passos e o tamborilar de algo metálico, Gwenyth soube que os guardas se aproximavam de sua cela. Tinha chegado a hora.
Apesar de que sabia desde o começo estava condenada, estava decidida a morrer desafiante, sentiu que lhe gelava o sangue nas veias. Era fácil ser valente, mas estava aterrorizada diante da hora da verdade.
Fechou os olhos, e tentou reunir todas as suas forças. Ao menos podia manter-se em pé. 

Não teriam que se arrastar até a fogueira, como a tantas pobres almas às que tinham «induzidas» a confessar.
Os que se deram conta do engano de suas ações graças às torturas ou a qualquer um dos variados métodos que se empregavam para conseguir que um prisioneiro confessasse, quase nunca podiam manter-se em pé.
Ela havia dito a seus inimigos o que queriam desde o começo, manteve-se erguida e orgulhosa enquanto se burlava de seus juizes com sua irônica confissão. 
Tinha-lhe economizado uma boa soma de dinheiro à Coroa, já que os monstros que torturavam aos prisioneiros para lhes tirar a verdade recebiam dinheiro por seu detestável trabalho. E se tinha economizado a si mesma a ignomínia de ter que ser arrastada até a fogueira sangrando, desfeita e desfigurada.
Ouviu-se outro tamborilar metálico, e os passos foram aproximando-se cada vez mais. Disse a si mesma que tinha que respirar. 
Podia morrer com dignidade, e isso era o que ia fazer. Estava preparada e depois de ter visto do que eram capazes, sabia que tinha que se sentir agradecida por poder ir caminhando para sua execução.
Mas o terror…
Permaneceu completamente erguida, mas não graças ao orgulho, mas sim por que estava tão gelada como o gelo e se sentia incapaz de inclinar-se sequer. Embora isso não durasse muito, já que as chamas a envolveriam logo em um abraço profundo e mortal.
O fogo servia para que os condenados ficassem completamente destruídos… cinzas as cinzas, pó ao pó… mas não se usava para incrementar a agonia do castigo nem para torturar ainda mais às almas destroçadas, já que antes que se acendesse a fogueira estava acostumado a estrangular aos condenados… por regra geral.

Capítulo Um

19 de agosto, ano 1561 de Nosso Senhor
—Quem é esse? —sussurrou uma das damas que foram atrás da rainha Mary, quando chegaram a Leith antes do esperado.
Gwenyth não soube quem tinha falado. Mary, a rainha dos escoceses, tinha abandonado ainda menina sua pátria natal junto a quatro damas de companhia que compartilhavam seu nome: Mary Seton, Mary Fleming, Mary Livingstone, e Mary Beatón. Todas elas lhe caíam muito bem, já que eram doces e encantadoras.
Embora cada uma tinha sua própria personalidade, as conhecia como «as quatro Marys» ou «as Marys da rainha», e às vezes dava a impressão de que se converteram em uma pessoa coletiva, como nesse momento.
Todas, incluindo à rainha, estavam olhando para a borda, e tinham o olhar fixo no contingente que as esperava.
A Gwenyth pareceu que os preciosos olhos escuros da soberana estavam tão úmidos como o dia, e pensou que não tinha ouvido a pergunta até que comentou:
—É Rowan. Rowan Graham, o senhor de Lochraven.Veio à França faz alguns meses com meu meio irmão, lorde Jacobo.
Gwenyth já tinha ouvido aquele nome, porque Rowan Graham era um dos nobres mais capitalistas de toda Escócia. Pareceu-lhe recordar que havia alguma estranha tragédia associada a ele, mas não pôde recordar do que se tratava. Também sabia que tinha fama de falar sem disfarces, se dizia que tinha tanto o poder pessoal como a força política necessária para obter suas opiniões se tivesse em conta.
Nesse momento, intuiu que aquele homem ia marcar sua vida.
Estava junto ao meio irmão da rainha, o regente lorde Jacobo Estuardo, e seria impossível passar despercebida. A rainha era mais alta que a maioria dos homens que estavam a seu serviço, o mesmo Jacobo era mais baixo que ela, mas embora tivesse maior estatura que a soberana, o homem que estava a seu lado era ainda mais alto.
A luz era tênue, mas iluminava o cabelo loiro como o trigo de Rowan Graham parecia um guerreiro dourado que recordava os vikings de antigamente. 
Vestia as cores azul e verde de seu clã, e apesar das fastuosas roupas do grupo que foram receber à rainha, todos os olhos se voltavam a ele.
Lochraven estava nas Terras Altas. Da Escócia, os habitantes daquele lugar se consideravam uma estirpe por direito próprio. 
Gwenyth conhecia a Escócia melhor que a rainha, e sabia que um senhor das Terras Altas podia ser um homem perigoso. Ela nasceu na Escócia, e era mais que consciente do poder que tinham os distintos clãs. Seria melhor não perder de vista Rowan Graham.

Série Família Grahan
1 - Um Novo Amanhecer
2 - O Conquistador
3 - A Dama e o Guerreiro
4 - Dama do Castelo
5 - Sublime Rendição
6 - Fagulhas da Paixão
7 - A Dama da Rainha
Série Concluída

Fagulhas Da Paixão

Série Família Grahan


Londres, século XIX

Entre o dever e o desejo...

Casar-se com o visconde Charles Langdon é a única maneira de Maggie pagar as dívidas de seu irmão irresponsável.
Seria fácil amar um homem tão generoso e compreensivo... não fosse o fato de ele ter idade para ser seu avô.

James Langdon não aprova o casamento do tio com uma jovem, empenhada em desmascarar videntes vigaristas que se aproveitam dos crédulos e pobres.
Porém, com as investigações policiais em andamento para capturar um perigoso bandido que aterroriza a população,
James se sente no dever de acompanhar a futura tia em suas incursões ao submundo londrino.
À medida que se conhecem melhor, uma forte atração nasce entre eles, levando-os a descobrir uma paixão tão intensa quanto indesejada.
Maggie está decidida a cumprir seu dever e sua promessa de desposar Charles, embora saiba que seu coração pertencerá a James para sempre...

Capítulo Um


Londres, 1888
Ao se aproximar da Graham House, sua casa em Londres, Maggie Graham, filha do falecido barão Edward Graham, avistou a carruagem ostentando na porta o brasão da família e teve um estranho pressentimento.
Tio Angus havia chegado e, uma vez que ele nunca deixava de enviar uma mensagem anunciando que pretendia visitá-los, sua vinda inesperada era sinal de problemas.
Maggie praguejou baixinho e imediatamente censurou-se.
Esse linguajar era impróprio para uma lady. E ela, filha de um barão, era uma lady, mesmo tendo sido casada com um plebeu. Não que desse importância a títulos.
Também não se importava de ser considerada pelo tio e pelos primos esnobes a ovelha-negra da família.
"Tio Angus, com certeza lamenta que o irmão mais velho, depois de um casamento de vários anos sem filhos, tivesse sido pai de um casal de gêmeos", ela pensou com humor.
Na Grã-Bretanha, de acordo com a lei, o nascimento dela, sendo mulher, pouco importava.
Mas, segundos depois que viera ao mundo, Justin nascera. Isso destruíra a esperança de Angus de herdar o título do irmão. De fato, era espantoso que, apesar de Justin já ser homem feito, tio Angus continuava agindo como o chefe da família.
— O bicho-papão chegou! — disse Mireau baixinho.
— Não diga isso — aconselhou Maggie, sorrindo para o amigo.
Jacques Mireau havia entrado na vida de Maggie numa época muito feliz.
Desde então decidira defendê-la. Ele também era escritor e precisava de apoio financeiro enquanto escrevia seus preciosos volumes.
Havia entre Jacques e Maggie grande amizade e auxílio mútuo.
No entanto, alguns viam naquele relacionamento muito mais do que na verdade existia. Maggie não se importava com a opinião dos outros.
Também não fazia questão de luxo ou de aparências. Considerava-se afortunada por saber apreciar a magia da vida. Por reconhecer a beleza que havia na verdade.
Por ver o sofrimento causado pela hipocrisia.
Por ter consciência de que de nada adiantava esforçar-se na busca de uma vida que era, normalmente, não mais do que falsidade e miragem.
— Você também se refere a Angus como um ogro — Jacques lembrou-a.
— Somente quando estamos sozinhos.
— Ainda estamos aqui fora. Você está andando devagar, como se odiasse entrar em casa.
— Admito que tio Angus não é a pessoa de quem mais gosto.
— Devemos enfrentar o pelotão de fuzilamento o mais depressa possível.
Quanto mais demorarmos maior será a agonia. — comentou Jacques passando o braço pelos ombros de Maggie.
— É isso mesmo. Vamos. Sei lidar com um ogro — Maggie retrucou, apressando o passo.
Parou ao alcançar os degraus de entrada da casa. Clayton, o mordomo, estava à porta e inclinou a cabeça.
— Lorde Angus está em casa, lady Maggie.
Maggie sorriu.
— Obrigada, Clayton — ela respondeu, desabotoando os botões da capa, tirando as luvas e entregando-as ao mordomo.
— Estávamos esperando pela senhora, milady, para servir o chá.
— É muita gentileza de tio Angus ter-me esperado — tomou Maggie. — Monsieur Mireau e eu iremos até a sala de estar.
Clayton adiantou-se, ficando na frente de Maggie, e falou-lhe baixinho:
— Apenas a família, milady. — Com um movimento dos olhos o mordomo indicou que monsieur devia ficar para trás.


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1- Um Novo Amanhecer
2- O Conquistador
3- A Dama e o Guerreiro
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