1 de dezembro de 2009

Coração Audaz

Série Highlanders
Ela nasceu uma inglesa, mas ele a tornou uma escocesa, empenhada em lutar por seu amado marido - mesmo contra o país em que nasceu.

Catherine Ashbrooke Cameron cometeu o pecado imperdoável de se apaixonar por seu marido - um espião escocês com quem se casou em seu lar inglês. Agora, enquanto corria para as Terras Altas, para os braços fortes e afetuosos de Alexander Cameron, a inocente beleza inglesa aprenderia sobre as paixões da guerra - e o preço do amor...

Ele lutou para mantê-la segura enquanto lutava contra o inimigo inglês - e traidor.

Alexander Cameron era um homem com um preço sobre sua cabeça e inimigos para queimar. O amor deixara o lendário guerreiro vulnerável. Agora ele tinha que proteger Catherine dos perigos que os ameaçavam. Mas quando ele entrou na batalha contra os ingleses, ela se recusou a ficar para trás. Ele a reivindicou, a tocou, a amou e ela jurou que nada os separaria de novo.

Capítulo Um

Derby, setembro de 1745

Catherine Ashbrooke Montgomery inclinou sua formosa cabeça loira e enxugou com um delicado lenço de fino bordado as lágrimas que não cessavam de amontoar-se em seus cílios. Nenhum dos presentes na abarrotada capela se deu conta disso e, se o notaram, sorriram comprensivamente.
Além do mais, não era tão estranho que uma jovem derramasse um par de lágrimas no casamento de seu irmão com sua melhor amiga.
A rapidez com que o matrimônio se celebrou, desde dia em que se anunciou, era, por outro lado, motivo mais que suficiente para que alguns se dedicassem a menear a cabeça e estalar a língua, como amostra de sua desaprovação.
Apesar das escandalosas circunstâncias, Harriet Chalmers estava realmente radiante, com seu vestido de noiva.
Tinha sido o de sua mãe, e era de cetim, de cor nata prateado, com vários babados e botões de pérolas. Tão somente um extremamente ávido observador especializado perceberia que a costura da cintura que servia de armação da saia tinham sido ligeiramente alargadas,até ultrapassar um pouco os quadris, para minimizar qualquer possibilidade de que as várias capas de roupa caíssem com insuficiente verticalidade da estreita cintura.
Só as matronas engravatadas e rígidas defensoras da virtude criticariam o ligeiro rubor das faces de Harriet ou sorririam malé-volamente ante o fato de que seus enormes e redondos olhos de cor avelã não des-viassem nem por um instante seu intenso olhar do rosto do noivo.
Catherine conhecia Harriet desde os dezoito anos, a idade que ambas tinham, e se dava perfeita conta da angústia que afligia a sua amiga, mas não era isso o que fazia que em seus olhos violeta houvesse o constante brilho das lágrimas.
Se alguém se inco-modasse em analisar com esmero os visíveis sinais de sua agitação, teria descoberto uma jovem mulher sofria com as muitas lembranças que pouco tinham a ver com o ca-samento de Harriet, mas muitíssimo consigo mesma.
-Toma a esta mulher como esposa...
Catherine ouviu estas palavras como se ressonassem dentro de um comprido túnel.
Seu olhar vagava para cima, aos vitrais multicoloridos que emolduravam o altar. Tinham sido concebidos para aproveitar a luz do sol e lançá-la para o interior em tons de vermelho, ouro, azul e verde.
Dezenas de bolinhas de pó flutuavam lentamente no feixe de raios, e parecia que o feliz casal de noivos, que inclinavam a cabeça reveren-temente para receber a bênção, estivesse ajoelhada em um pequeno lago de luzes de cores.
Respirava-se um ambiente denso e doce, devido ao aroma dos perfumes.
Um convidado tossia discretamente, outro, respondia com uma risada afogada ao comen-tário que lhe sussurrava alguém... ou despertava com um pulo, reagindo a uma cotove-lada certeira e indignada.
O padre tinha o aspecto e o tom mais piedosos enquanto debulhava as palavras apropriadas, e Catherine tirou o chapéu olhando fixamente as largas e ossudas mãos do homem, e perguntando-se por que pareciam mover-se imersas em água, e não em ar.
-Declaro-lhes marido e mulher.
Damien e Harriet ficaram em pé e sorriram mutuamente, mergulhando-se cada um no brilho amoroso dos olhos do outro.
Os convidados começaram a se movimentar, a murmurar entre eles e a alisar as saias ou golas bordadas.
Em poucos minutos, sairiam da capela e seguiriam aos radiantes recém casados com o passar do pátio banhado pela luz do sol, até as carruagens que esperavam para levá-los até a casa dos Chalmers.
Para celebrar o casamento de sua única filha, Wilbert Chalmers não tinha economizado em comida, espetáculo e luxuosa ornamentação.
O casal passaria a noite na fazenda e, na manhã seguinte, partiria para Londres, onde ambos desfrutariam de umas curtas mas indubitavelmente deliciosas férias, antes de que o dever reclamasse a Damien para que voltasse para seus assuntos.
Que diferente de sua própria experiência, pensou Catherine amargamente.
Um tenso intercâmbio de frias palavras na biblioteca de seu pai, e uma fugaz visita as seus aposentos para empacotar seus pertences e abandonar furtivamente, a toda pres-sa, Rosewood Halls.
Sua «deliciosa» lua de mel consistiu em uma prova de resistência de duas semanas, a bordo de uma desmantelada e cansativa carruagem; em agüentar o estalo continuado enquanto circulavam por estradas militares que nem por indício tinham sido desenhadas pensando nas rodas de elegantes carros; em despistar as várias patrulhas de soldados; em manter-se com seu cinco sentidos alerta contra um marido decidido a fazê-la sofrer cada um dos malditos minutos da viagem.


Série Highlanders
1 - Orgulho Casto
2 - Coração Audaz
3 - Em Nome da Honra
Série Concluída

8 comentários:

  1. Impressionante...Profundo...Sensual...Certamenteum romance INESQUECÍVEL!!!

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  2. UMA EMOCIONANTE E PODEROSA HISTÓRIA DE AMOR...um livro para suspirar...e lembrar por muito tempo...

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  3. Ah!!! Concordo contigo, um casal que não dá pra esquecer e sim suspirar ao lembrar trechos tão bem escritos.

    Bjs!

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  4. Olá jenna não encontro este livro na biblioteca, você pode por favor colocá-lo lá....obrigada

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    1. xstrecht, está em Séries, Highlands M.C, qdo não achar em títulos procure pelo nome da série.

      bjs

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  5. obrigada Jenna, pela simpatia e disponibilidade

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!