1 de dezembro de 2009

Orgulho Casto

Série Highlanders
Era uma aposta atrevida, um flerte ousado destinado a ganhar uma proposta do oficial mais elegível dos Dragões Reais de Sua Majestade. Como foi que a mimada e pomposa Catherine Augustine Ashbrooke conhecera o belo estranho com pensamentos profundos, olhos escuros como a meia-noite que poderia ver através de sua trama e a tornaria o peão do seu próprio jogo perigoso?
Alexander Cameron podia ter ganhado a beldade inglesa de alto nível em um duelo, mas nem mesmo a atração de desejo, há muito esquecido, poderia impedi-lo de se encontrar com o seu destino. Ele não tinha escolha a não ser levar sua relutante noiva às Terras Altas, a um mundo de antigos feudos de sangue e uma rebelião fervilhante - um mundo onde a paixão ardente e a coragem de tirar o fôlego provaria que até os lendários guerreiros poderiam perder seu coração.

Capítulo Um

Com as faces rosadas de excitação, levou um pouco de tempo para apreciar a ironia daquela animada caçada matutina, em que a rapoza só dava a impressão de ser a presa.
Assim, deu por inúteis os esforços dos dois pajens que tinham tentado segui-la através do bosques que ela conhecia tão bem como a palma de sua mão e, com uma presumida piscada de seus olhos violeta com matizes azulados,
inclinou-se para elogiar a sua égua:
-Muito bem , preciosa; parece que os despistamos. Isto merece um prêmio.
Deu uma olhada ao redor para orientar-se e recordou que, a umas poucas jardas de distância, havia uma clareira isolada pelo qual cruzava um riacho, cuja água fria e clara tinha um delicioso sabor de suave musgo verde e a rica terra negra.
-Ambas merecemos beber algo fresquinho, não é? Deixemos que os caçadores sigam vagando em círculos até que se cansem.
Catherine recebeu um suave relincho como resposta, e guiou à égua bosque dentro. Podia ouvir ao longe o desacordado e rouco latido dos cães e o eco estremecedor e grave dos trompetistas que chamavam os cavaleiros a se juntar.
Ignorou aquele som e inclusive preferiu, depois de um breve momento, desmontar e caminhar junto ao animal, com a atenção dividida em partes iguais entre os galhos pequenos que lhe enredavam nas saias e os misteriosos sussurros da brisa entre as folhas de envés prateado que ondeavam sobre sua cabeça.
Era feliz ali em sua casa, em Derby.
A tranqüilidade do campo era uma mudança desconcertante e não tinha nada a ver com a infinita sucessão de bailes, carnavais e festas, mas para falar a verdade, depois de ter passado três meses dançando até o amanhecer e dormindo durante toda a tarde, tinha muita vontade de acabar sua temporada em Londres.
Aqui, na saudável e fresca campina azul e verde que rodeava Rosewood Hall, os dias eram largos e ociosos, e as noites transbordavam de estrelas e cheiravam a rosas e madressilva.
Podia soltar o camafeu que, a modo de broche, sujeitava o pescoço de sua blusa de seda fechado até a garganta (e o fez) sem medo de armar um escândalo.
Podia tirar as luvas, desabotoar os botões de seu traje de montar de veludo azul, inclusive os fechamentos de pérolas de seu entalhado colete de cetim, e ter o prazer de afrouxar as cintas de seu ajustado e enrijecido espartilho.
Estava sozinha, e tinha a intenção de ficar assim durante um longo momento, assim tirou o chapéu, alto e com véu, e tirou as grandes presilhas de marfim que lhe prendiam o cabelo em um severo coque sobre a nuca.
Deixou que a grossa e loira cascata caísse sobre seus ombros e passou os dedos entre os cabelos ondulados enquanto caminhava e, distraída, metia-se em um matagal de sarças a ras do chão.
A prega de sua saia se enganchou em uns espinhos e, ante aquele puxão, Catherine se viu obrigada a parar de repente.
E foi enquanto estava agachada para soltar-se que sentiu um estranho formigamento de alarme lhe percor-rer as costas.
Seu primeiro pensamento foi que a tinham encontrado, e se voltou, totalmente convencida de que veria a cara, o sorriso zombador de um caçador com traje escarlate.
Entretanto, só as verdes árvores que filtravam a luz do sol foram surpreendidas por seu repentino e sobres-saltado olhar, e, enquanto esperava que seu coração se tranqüilizase e se acomodasse de novo no peito, prestou atenção ao gorjeio dos pássaros nos ramos e a silenciosa correria dos esquilos entre a espessa vegetação que a rodeava. Sorriu para seus adentros, imaginando que podia ouvir a estridente voz de sua gorvenanta quando a repreendia:
«Não deve sair a passear sozinha jamais, senhorita.
É um claro convite para arranjar problemas. O bosque está cheio de caçadores de javalis, de dentadura trincada, para quem é tão fácil seduzir a uma garotinha inocente como se parassem para perguntar a hora».
O sorriso de Catherine se entristeceu enquanto continuava caminhando, porque a senhorita Phoebe tinha morrido fazia dois verões.
E embora fosse severa e intransigente, ao menos se preocupou realmente com ela.
Com muita dificuldade podia dizê-lo mesmo da mãe de Catherine, lady Caroline Ashbrooke, ou de seu pai, sir Alfred, um recém eleito membro do Parlamento que poucas vezes tinha mais que um rápido e passageiro pensamento para sua família, e ainda menos para uma filha que parecia decidida a provocar que seus cabelos embranquecessem prematuramente.
Em realidade, Catherine só tinha a seu irmão mais velho, Damien, para procurar consolo e conselhos, e inclusive ele estava se distanciando mais e mais, ultimamente.
Estabeleceu-se como advogado em Londres, e quase nunca encontrava tempo para viajar para Derby.
Agora estava ali, para passar dois curtos dias, mas só porque era o aniversário de Catherine, e lhe tinha insistido de todas as maneiras possíveis (exceto na mira de pistola) para conseguir que estivesse presente.
Não era algo que acontecesse cada dia que uma jovenzinha completasse os dezoito anos, nem tampouco todas as jovenzinhas podiam presumir de ter recebido seis propostas de matrimônio nos últimos vinte e quatro meses... Eram tantas, de fato, que os rostos dos pretendentes começavam a misturar-se


Série Highlanders
1 - Orgulho Casto
2 - Coração Audaz
3 - Em Nome da Honra
Série Concluída

10 comentários:

  1. ESSE É O PRIMEIRO LIVRO DA SAGA DO AMOR DE CATHERINE POR ALEXANDER CAMERON...a evolução da personagem de menina mimada para uma mulher forte e determinada, através do amor por Alexander e as complicações desse amor...UFA!!!!Sem dúvida um romance que fica na cabeça da gente por muito tempo...LINDO...UM DOS MELHORES...

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  2. SIM... esse livro é um dos melhores, se não O melhor...maravilhoso...intenso...sem dúvida uma belíssima história de amor...é de suspirar!!!essa autora tem vários livros mas não os encontro!UMA PENA!Porque ela é ótima...

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  3. uma história de amor deliciosa...super recomendo...

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  4. Esse livro é maravilhoso. Realmente um dos melhores.

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  5. História incrível!! Como já comentaram o ponto alto da trilogia é ver Catherine evoluir de menina mimada e fútil para uma mulher forte e decidida.

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    1. Olá Retiara! Não sei se vc reparou, mas além de seguir o blog, eu sigo você também... kkkkkkkk. Já reparei que seu gosto para leitura combina com o meu, então, vou começar a ler essas série. bjo!

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    2. Deborah, realmente nosso gosto para leitura é parecida, excelente gosto kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk vc viu que saiu a continuação da série vizinhos infernais?? Não é tão bom qto o primeiro, mas é divertido. bjos

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  6. Uau q legal ainda não tinha visto! Vou baixar agora....obrigada, beijos!

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  7. eu estou tentando terminar esse livro porque eu odeio começar algo e não acabar mais a mocinha e muitooo chato meu Deus tomara que melhore se não vou desistir

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  8. terminei de ler, bom o livro fica mais interessante do meio para o fim achei a mocinha muito chata e mimada no começo mais ela amadurece no decorrer da historia,no fim eu acabei gostando da historia

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!