Desde criança, Kenna sempre acreditou que Rhys Canning fosse o responsável pela morte de seu pai.
Entretanto, no momento em que se depara com Rhys, depois de tantos anos. Kenna fica sem ação, fascinada diante daquele homem atraente e carismático de olhar penetrante e sedutor...
E tudo o que ela consegue fazer é entregar apaixonadamente seu coração...
Seria melhor Rhys não ter encontrado aquela jovem tão linda e provocante. Durante anos ela povoou seus sonhos e pensamentos, e agora é chegada a hora de compensar isso. Ele já esperou tempo demais para deixar escapar a oportunidade de tê-la em seus braços, e esta será a noite perfeita para realizar um desejo há muito adormecido... Mas ele não pode revelar á verdade a Kenna sem pôr em risco sua importante missão...
Prólogo
Novembro de 1805
Kenna Dunne encostou-se no corrimão, mantendo-se nas sombras junto à escadaria. Por entre os dois pilares entalhados de madeira, que cheiravam vagamente a cera de abelha, podia observar a movimentação no salão lá embaixo. Segurou uma risadinha ao ver o mordomo, Henderson, auxiliando mais uma recém-chegada com detalhes da fantasia. E, ao segurar-lhe a capa de veludo, o criado, muito mais alto, teve uma bela visão do colo descoberto pelo vestido de camponesa que a mulher usava. Por trás dela, as sobrancelhas grisalhas de Henderson se ergueram avaliadoras.
— Coitado... — Kenna segredou à sua meia-irmã. —Aposto que a Sra. Henderson vai furar-lhe os olhos antes do fim da noite. Essa é a terceira camponesa que chega e que tem o corpete tão apertado que seus seios quase saltam para fora.
— Kenna! — Yvonne repreendeu-a. — Cuidado com a linguagem! E esta é a terceira vez que contei até agora. — A garota parecia tensa. — Olhe, acho que devemos sair daqui. Alguém vai acabar nos vendo. — Começou a se levantar, mas foi puxada com força para que tornasse a se abaixar.
— Ainda não! Quero ver tudo! Nunca houve uma festa assim em Dunnelly! Você contou lady Dimmy como uma das camponesas?
— Não.
— Ah, então foi isso.
— Mas ela parecia mais uma governanta.
Kenna cobriu os lábios para abafar a risada, porém não deixou de olhar para baixo.'
— E, parecia mesmo — concordou. — Mas acho que a fantasia de lady Dimmy era para ser de camponesa. Então devemos contá-la como se fosse uma. Pelo menos, acho que era a intenção dela. Afinal, ninguém viria a um baile a fantasia usando roupas de governanta. Embora eu também não consiga imaginar por que tantas mulheres acabam vindo como camponesas.
Yvonne sorriu.
— Acho que é por ser romântico.
— Bobagem. Não há nada de romântico em cuidar de carneiros. Devem cheirar mal. Mas acho que nenhuma delas pensou nisso. — Kenna acompanhou a mais nova "camponesa" com os olhos, vendo-a ser escoltada pelo mordomo até o salão principal. — O que acha que aconteceria se soltássemos umas dez ovelhas?
— Acho que ficaríamos presas na sala de estudos pelo resto das nossas vidas, Kenna! Pode não acreditar, mas mamãe disse que vai ser dura com você e obrigá-la a estudar como nunca. Acho que eu morreria se tivesse de decorar a geografia da índia outra vez.
Palavras tão dramáticas fizeram Kenna encarar a irmã; por gostar tanto de estudar, nunca lhe ocorrera que isso pudesse ser uma tortura para Yvonne. Sua mente jovem e curiosa não admitia tal idéia. Pensativa, colocou uma mecha fina de cabelos entre os lábios, como sempre fazia quando ficava absorta. Aos treze anos, não eram freqüentes momentos assim, porém Kenna estava ciente de todas as boas qualidades que possuía, bem como das que lhe faltavam...
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!