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1 de junho de 2015

Louco Desejo

Série Irmãs Dennehy

Ela jamais escaparia da sedução daquele homem...

A gangue dos assaltantes de trens jurava que poderia farejar uma repórter a milhas de distância. 
E talvez tenha sido mesmo o perfume de Mary Michael Dennehy o que a salvou do destino brutal sofrido por seus colegas da redação do jornal, no trem para o Colorado. Em vez de ser morta, ela foi raptada por Ethan Stone, um homem cujo sorriso sarcástico era perturbador, e também estranhamente familiar. 
Michael gostaria de ser indiferente ao magnetismo sensual e aos beijos de Ethan, que lhe despertava uma paixão que era a um só tempo doce e explosiva...Era impossível esquecê-la... nem de seu próprio desejo!
Ethan reconheceu Michael de imediato. Desde que a viu pela primeira vez, na redação do jornal, com seu ar profissional, os lindos olhos verdes atrás dos óculos de aro dourado, ele imaginara como seria beijar aqueles lábios. 
Lábios que ele agora tinha de fazer de tudo para que não se abrissem e falassem o que não deviam, caso ela também o reconhecesse como o detetive disfarçado que ele era. Além do mais, não seria sacrifício algum aproveitar a oportunidade e realizar suas fantasias secretas com aquela mulher que ele nunca conseguira esquecer...

Capítulo Um

Estados Unidos, Outono de 1875
trem349, cujo destino final era a cidade de Sacramento, na Califórnia, atravessava as Montanhas Rochosas rumo ao oeste dos Estados Unidos, região bem menos desenvolvida do que a costa Leste do país.
Incitados pelo condutor, foguistas alimentavam a fornalha da locomotiva com o carvão que produzia vapor, a energia que a punha em movimento. 
Com um apetite insaciável, a engrenagem produzia uma coluna de fumaça que ia assinalando o percurso percorrido por entre as montanhas e também tingindo, com uma fina película de pó preto, os trajes de quem viajava naquele comboio da Union Pacific Transportes.
O trem carregava 158 passageiros, em sua maior parte pessoas que não gastariam mais de um dia ou dois para chegar a seus destinos, as pequenas estações secundárias ao longo do caminho até o outro lado do país. Eram indivíduos que preferiam enfrentar os desconfortos dos vagões da segunda classe a fazer o penoso trajeto pelas encostas e desfiladeiros no lombo de cavalos ou mulas, sobretudo quando a neve vinha mais cedo do que o esperado.
Nesse grupo se encontravam vaqueiros, fazendeiros, famílias de pequenos comerciantes e, principalmente, mineiros à procura de distração em uma parada qualquer. Na terceira classe achavam-se os emigrantes estrangeiros, em sua maioria cidadãos de parcos recursos que, vindos de Nova York, Filadélfia e outras cidades dos estados mais próximos da costa voltada ao Oceano Atlântico, sonhavam com uma vida melhor numa região que prometia um sem-número de oportunidades.
Transportadas como mercadorias, eram pessoas praticamente ignoradas pelos demais viajantes e também pelos funcionários da companhia ferroviária. Na primeira classe, em confortáveis vagões chamados pullman, iam os passageiros mais abastados, em viagem de negócios ou com o intuito de implantar novos empreendimentos no oeste do país. 

Série Irmãs Dennehy
1 - Louco Desejo
2 - Amante do Canalha
3 - Inesquecível
4 - Insinuante!
5 - Fascinação
Série Concluída 

Amante do Canalha

Série Irmãs Dennehy

Embora lhe foi dito que seu pai tinha morrido, Rennie Dennehy recusou-se a acreditar. 

Então, depois de jurar que iria descobrir a verdade que estava escondida em seu estranho desaparecimento, ela foi para os confins do Colorado em busca do único homem que poderia ajudar.
Jarret Sullivan, o caçador de recompensas, um canalha com um sorriso tão irritante quanto irresistível. 
Ambos compartilhavam um passado que Rennie preferiria esquecer, mas ao vê-lo novamente sentiu reacender as chamas de um desejo que não pode silenciar...

Capítulo Um

A noiva não estava corando. O toque de cor em suas bochechas se devia a sua irritação. O brilho em seus olhos, uma cor verde-esmeralda escura, não nascia de ilusão, mas de impaciência, e sua boca carnuda foi reduzida a uma linha séria e severa. Tinha os ombros estreitos rígidos, e sua figura esguia se manteve ereta em uma atitude firme.
 No momento seu encaracolado e rebelde cabelo de um tom ruivo vibrante, que foi domado e agora estava liso, se agarrava ao crânio e depois se trançava na parte de trás de sua cabeça. A mulher parecia pronta para o combate, e não para avançar pelo corredor de uma igreja. Tudo girava em torno dela. Rennie fechou os olhos e agradeceu a escuridão que lhe deu uma paz momentânea. 
Em seguida, tentou pensar em qualquer coisa que não fosse às promessas que não tardariam em compartilhar. Mas era impossível. Não havia mais que imaginar a nave principal, com dezenas de convidados, repetindo as palavras que dissesse o padre... E repeti-las, pensou. Não havia como voltar atrás, mesmo que quisesse. A verdade era que não queria. Hollis Banks... Era um companheiro perfeito, um parceiro, não um marido. A escolha das palavras não a surpreendeu. Seu casamento era um acordo de negócios, e ela admitia isso, mas o orgulho e o bom senso impediram de admitir para os outros.
Ela abriu os olhos. Ainda seguiam a rondá-la..., mas desta vez a visão a fez sorrir. 
De joelhos a frente estava sua irmã, Skye Dennehy fazendo os ajustes de última hora na barra do vestido. Com o pequeno rosto oval sufocado pelos seus encaracolados cachos ruivos que haviam se libertado do laço de fita. Murmurava algo entre os alfinetes que tinha em sua boca, mas ninguém prestava atenção. Maggie, por sua vez, ajustava os ramos de flores novamente para arranjar melhor o buquê. Seus traços, pequenos e delicados, pareciam tensos, e sua boca estava torcida comicamente enquanto se concentrava em seu trabalho. 
Enquanto isso, Mary Francis, com o belo rosto emoldurado pelo seu hábito, acariciou o cabelo de Rennie: ela voltava a colocar os grampos no lugar e ajeitava o véu, enquanto tranquilamente cantarolava a mesma melodia que o organista tocava no salão principal, lembrando a todos, sem querer, que não faltava muito tempo.
A mãe da noiva cobria seus cabelos vermelho escuro com uma echarpe todo rendado. Com a testa franzida de preocupação, Moira alisou o vestido de cetim sem mangas, suas mãos tremiam um pouco. Ocasionalmente observava Rennie com expressão ansiosa. 

Série Irmãs Dennehy
1 - Louco Desejo
2 - Amante do Canalha
3 - Inesquecível
4 - Insinuante!
5 - Fascinação
Série Concluída

5 de abril de 2014

Sob a Lei da Paixão



Um acordo pouco conveniente

Rachel Bailey pode ser apenas mais uma linda forasteira para os moradores de Reidsville, no Colorado, mas o xerife Wyatt Cooper sabe que ela é muito mais que isso. 

Por uma reviravolta do destino, Rachel é a herdeira de um bem muito valioso: a ferrovia que mantém aquela isolada cidadezinha mineira conectada ao resto do mundo. 
Ou melhor, ela será, se concordar com a surpreendente condição estipulada no testamento de seu benfeitor e casar-se com Wyatt.
Rachel não tem escolha: recusar o casamento poderá significar deixar o valioso patrimônio de Reidsville nas mãos de um tirano cruel, justamente o homem de quem ela está fugindo. 
Por outro lado, viver com Wyatt será um enorme desafio, pois, com um homem como aquele, será difícil fazer de conta que o casamento é apenas no papel...
E quando o assustador passado de Rachel vier à tona, as coisas podem se complicar ainda mais, e o perigo se tornar ainda maior...

Capítulo Um

Reidsville, Colorado Setembro de 1882.
Com as mãos apoiadas na balaustrada de madeira do segundo pavimento, Wyatt Cooper ficou a observá-la atravessar a rua, no horário costumeiro, em sua direção. 

Admirá-la era um prazer como poucos, e ele era capaz de apostar que mais de uma dezena de homens diminuía o passo na calçada de madeira entre o Bazar Morrison e a cocheira de Redmond para fazer o mesmo. 
Outros, como Abe Dishman e Ned Beaumont, certamente levantavam os olhos do jogo de damas com que se distraíam todas as tardes em frente à Panificadora Easter para contemplá-la. 
Ou Johnny Winslow, que devia estar varrendo o passeio diante do Restaurante Longabach’s, indiferente ao fato de que a Sra. Longabach talvez estivesse precisando dele para lavar panelas ou carregar água. 
Até o Sr. Longabach sempre encontrava um pretexto para sair à rua, mesmo que fosse só para dizer a Johnny que não se demorasse.
Jacob Reston administrava o banco e empregava dois caixas, que corriam abandonando seus cubículos para esgueirar-se até a porta do estabelecimento. 
Já Jacob tinha uma visão privilegiada do passeio público, uma vez que sua mesa ficava junto à janela e sua poltrona era giratória. 
Ed Kennedy provavelmente fizera uma pausa no trabalho de malhar as ferraduras em sua oficina de ferreiro para admirá-la e, aproveitando a oportunidade para exibir a boa compleição física que Deus e a labuta do dia a dia haviam lhe dado, por certo iria tomar um pouco de ar fresco à porta da ferraria.
Enquanto a via passar diante da Botica Caldwell e pelo gabinete do xerife, Wyatt tamborilou os dedos na cadência dos passos firmes e elegantes. 
E embora ela desaparecesse de seu campo de visão quando o percurso obrigou-a a passar sob o toldo do Bar Miner Key, ele continuou movendo os dedos ritmicamente até vê-la rea­parecer na calçada banhada de sol.
Um pouco antes de ela chegar ao destino, Wyatt perce­beu que já não se encontrava sozinho.
— Você não é nem um pouco ciumenta, não, Rose? — indagou ele.
— Não tenho motivos para ser. E ciúme é um desper­dício de emoções. — Rose também se apoiou no parapei­to, e uma lufada de vento agitou os babados da bainha de suas anáguas. Os pequenos remoinhos de poeira que se ergueram na rua eram um transtorno de mínimas propor­ções em comparação às poças de lama que costumavam aparecer depois de uma boa chuvarada. — Está pensando em cortejá-la?
— Não.
— Então por que a olha com admiração como todos os outros homens da cidade?
— E se ela estiver planejando roubar o banco?
— Ora, você sabe muito bem que ela não vai fazer nada disso. Assaltantes de banco vêm e vão, mal param na cidade. Ela está aqui já faz um ano.
— Quinze meses.
— Eu sabia...



17 de fevereiro de 2012

Desejos

Série Família Hamilton
Muito mais que um sonho... 

O único desejo de Bria Hamilton é retomar de seu implacável padrasto a fazenda de plantação de arroz da família, e sabe que está se arriscando ao contratar Lucas Kincaid para ajudá-la. 
Bria não acredita que alguém, ainda mais um homem atraente como Luke, seja capaz de compreender o que aquelas terras significam para ela. 
Assim como não ousa confiar naquele sorriso caloroso, que parece prometer uma felicidade com a qual ela nunca se permitiu sonhar... 
Luke, entretanto, tem seus próprios motivos para se envolver naquele assunto, motivos que precisam ser mantidos em segredo. 
Por isso precisa impedir que sua atração por Bria o desvie do propósito de reaver a fortuna da família. 
Porém, quando Bria lhe propõe um casamento de conveniência, ele não consegue negar. 
Assim como não consegue negar o êxtase dos doces momentos que passam juntos, da paixão que ele anseia por viver com ela, e de um amor que ele jamais imaginou sentir um dia... 

Capítulo Um 
Julho de 1875 
Ela não o contrataria. Lucas Dearborn Kincaid sempre soubera que havia um risco ao se aproximar daquela maneira, mas se convencera de que havia também uma chance de ser bem-sucedido. 
Fitou o reflexo de sua futura, ou melhor, da ex-futura empregadora na superfície polida da mesa de nogueira que os separava. 
A distorção da imagem dava a impressão de uma suavidade que não existia. 
Perguntou-se em que momento ela perdera o interesse, ou se ele tinha chegado a conquistá-lo. Observara-a desviar a atenção do assunto que discutiam, mas em momento algum ela deixara de fitá-lo. 
Os olhos dela eram lindos, de um azul-escuro que lembrava a cor das safiras, embora as pedras tivessem mais vida. 
Não poucos o haviam avisado, por gestos ou insinuações, que ela era diferente. 
Alguns coçavam a cabeça, outros erguiam as sobrancelhas, procurando fazê-lo desistir da idéia, mesmo sem explicar os motivos da inutilidade de sua intrepidez. Luke não pedira detalhes para não despertar suspeitas. 
Ele observara que Charleston, apesar do potencial de comércio, tinha o comedimento de uma cidade pequena. 
E o fato de ter sido bem recebido devia-se à ânsia da comunidade em querer controlar o inimigo. Afinal, ele era um ianque. 
Bria Hamilton imaginou por que ele supunha que ela contrataria um forasteiro. 
Ianque, ainda por cima. Alguém na cidade se divertira ao enviá-lo para Concord. 
Sem dúvida, apostas estavam sendo feitas, e a soma envolvida devia ser alta. 
Ocorreu-lhe que contratá-lo seria uma excelente maneira de confundir os gaiatos locais. 
Com um leve sorriso, considerou a hipótese tentadora, mas logo desistiu. 
Não fora de maneira irracional que tinha recuperado Concord. 
Luke piscou, espantado com a alteração nas feições dela. 
Por um instante chegou a se sentir encorajado, porém logo percebeu que não era o destinatário daquele breve sorriso. Os olhos, fixos nele, mantiveram-se distantes e frios. 
— Sou um trabalhador enérgico e incansável. — Ele não sabia se estava repetindo a frase, pois os olhos dela — incrivelmente azuis — o desconcentravam. 
— O senhor já disse isso... Várias vezes. 

Série Família Hamilton
1 - O Enigma dos Hamilton
2 - Desejos
Série Concluída

21 de agosto de 2011

Destino Roubado

Trilogia Irmãos Thorne
Para amar aquele homem, ela precisaria de toda a sua coragem... e de toda a força do seu coração! 

Grey Janeway não tinha passado.
Pelo menos não um de que ele se lembrasse.
Mas ali, na resplandecente São Francisco da era da corrida do ouro, o passado de um homem não importava, somente o que ele era e o que fazia, e Grey estava construindo seu império como proprietário do mais próspero cassino e hotel da cidade.
Ao conhecer a jovem enigmática com os mais belos olhos que ele já vira, Grey soube que havia encontrado um verdadeiro tesouro.
Ao mesmo tempo que o dom da premonição de Berkeley Shaw poderia atrair mais clientes ao seu estabelecimento, a ternura daquela mulher preenchia o grande vazio em seu íntimo. No entanto, como Grey logo viria a descobrir, tudo tinha um preço, até mesmo o amor...

Capítulo Um

Boston, maio de 1850
Isto está frio. — Berkeley Shaw abriu os dedos. — Não sei como posso ajudá-los.
— Sabia ser o centro das atenções, pois cinco pares de olhos a observavam atentamente. Com algum esforço levantou o queixo e fitou cada uma das pessoas até se deter naquela que lhe era familiar, com olhar suplicante.
Anderson Shaw mostrou-se atencioso de pronto. Segurou a mão da esposa antes de remover o objeto que jazia na palma.
A primeira coisa que notou era que ele não estava nem um pouco frio.
Levantou uma sobrancelha e o apoio se transformou em censura por um breve instante. Seu desapontamento passou despercebido aos demais, mas Berkeley o notou como uma força tangível.
Ele abaixou os olhos para o brinco que segurava e examinou-o atentamente.
Era mais belo do que imaginara.
Uma pérola estava incrustada em uma coroa de ouro, pendendo de uma gota de ouro no qual as letras ER estavam gravadas.
— ER? — perguntou ao devolver o brinco ao dono.
Decker Thorne curvouos dedos sobre a peça e devolveu-a ao bolso do colete.
Depois passou a mão pelos cabelos escuros e, com certa relutância, olhou de Berkeley para o marido.
— Elizabeth Regina — explicou. Anderson assobiou.
—Isso faz com que o brinco tenha uns...


Trilogia Irmãos Thorne
1 - O Preço da Inocência
2 - Intrépido Coração
3 - Destino Roubado
Trilogia Concluída

20 de agosto de 2011

Inesquecível

Série Irmãs Dennehy
 A noiva virgem... 

Perdida na escuridão, Maggie Dennehy tropeça e cai, apenas para acordar horas depois, numa situação comprometedora... e tentadora... com um desconhecido.
Ela não sabe como foi parar ali, nem por que se sente tão estranha, só sabe que precisa ir embora o quanto antes.
Mas as lembranças daquele homem sedutor a perseguem até mesmo na segurança de sua casa, invadindo seus sonhos.
É somente quando ela e Connor Holiday se reencontram que Maggie compreende tudo...
Connor fica chocado ao descobrir que a jovem com quem passou a noite em Nova York é inexperiente, e mais ainda ao saber que ela é a noiva que lhe foi prometida num casamento arranjado. 
< Depois do que aconteceu, o último desejo de Maggie é casar-se com Connor e ir com ele para o Colorado.
Mas Connor precisa levá-la, e precisa confiar nela, porque amar... ele já a ama, perdidamente! 


Capítulo Um 

Nova York, Março de 1879
— Não quero uma tagarela.
Lisa Antonia Hall considerou o pedido do interlocutor.
Seus clientes em geral tinham preferências por tipos físicos e não por temperamentos. Mesmo assim ela procurava atender a todos na medida do possível.
O homem parado diante dela não parecia fazer questão de cintura fina, busto farto ou quadris proeminentes.
A gravata de seda preta, solta e amarrotada, caía sobre a camisa branca.
O fraque desabotoado deixava entrever o colete de cetim cinza. Impaciente, ele coçou a nuca.
Lisa analisou o abdômen reto e olhou o rosto atraente. Nunca o vira. Era evidente que estava tenso.
Nos cantos da boca estreitada, minúsculas rugas acompanhavam os movimentos musculares da face.
O recém-chegado tinha tez bronzeada de quem trabalhava ao sol.
Felizmente não aparentava descendência indígena ou ela teria de pedir a Samuel para convidá-lo a deixar o estabelecimento. Ele a encarou. Tinha olhos escuros e semblante severo.
As sobrancelhas um pouco arqueadas creditavam-lhe um ar de superioridade que seria intimidador para os mais tímidos.
Os cabelos negros eram grossos e brilhantes e faziam contraste com o colarinho alvo.
Para conter a vontade de sentir a textura das mechas, Lisa brincou com as pulseiras. Ela imaginou o conteúdo da sacola de couro preta que ele deixara no chão. Medicamentos?
Amostras de bebida? Ficaria desapontada se ele fosse um caixeiro-viajante.
— Tenho uma garota que lhe proporcionará um encontro tranquilo. Ela está lá em cima. O senhor confia em meu julgamento ou prefere que eu a traga até aqui? Se não agradar, traremos outra.
— Se ela é de pouco falar, é o que me serve — ele afirmou, sem rodeios, e apanhou a maleta. — De que lado, subindo a escada?
Lisa hesitou antes de estender o braço e tilintar as pulseiras.
— À esquerda e duas portas à direita. O nome dela é...



Série Irmãs Dennehy
1 - Louco Desejo
2 - Amante do Canalha
3 - Inesquecível
4 - Insinuante!
5 - Fascinação
Série Concluída

Insinuante

Série Irmãs Dennehy
Muito mais que uma aventura...

Com seu espírito livre e independente, Mary Skye Dennehy enfrenta sem medo qualquer perigo.
O pedido de seu pai para que espione o inventor de um projeto revolucionário é a oportunidade que ela esperava para viver a aventura com que sempre sonhou.
O único... e intransponível... obstáculo em seu caminho é Walker Caine...
Walker pressente o perigo quando Skye se candidata ao cargo de governanta na Mansão Granville.
Ele sabe que Skye é espiã, e sabe também que já se viram antes, um segredo que ele tem seus próprios motivos para não revelar.
Walker pode esconder de Skye o seu passado, mas não a sua paixão... e isto talvez seja a sua perdição, pois quando um inimigo sorrateiro ameaça a ambos.
Walker tem de arriscar tudo por um amor que poderá ser a mais perigosa de todas as aventuras... 


Capítulo Um

Nova York, 1881
Está me pedindo para fazer espionagem? — Mary Schyler Dennehy arregalou os olhos diante do pai.
— Não seja melodramática. — Jay Mac fez pouco caso. — A palavra é forte demais.
Skye fitou a mãe de esguelha.
— Pois eu não acho — Moira apoiou a filha, com seu sotaque irlandês característico. — Pode ser perigoso, Jay Mac.
— Não me importo com o perigo — Skye falou com superioridade. — Só não posso acreditar que Jay Mac esteja pedindo para eu me tomar uma espiã.
John MacKenzie Worth era um dos homens mais ricos e poderosos de Nova York, ou talvez do país.
Era o fundador da ferrovia Northeast, um sistema de transporte que se expandira para o oeste além do Mississippi até a Califórnia, Nevada e o Colorado, seguindo a trilha das descobertas do ouro e da prata.
Era dono de uma imensa propriedade ao redor do Central Park que lhe dava um retorno centuplicado quando vendia uma faixa de terra para os interessados em construir mansões.
Era uma das pessoas mais influentes da cidade.
Contava entre seus amigos, seis senadores, cinco congressistas e uni presidente. Conseguira até granjear as simpatias do prefeito de início hostil e era considerado um conselheiro por outros industriais.
Financiava projetos de arte, ciência e política. Conhecido como Jay Mac, despertava respeito que muitas vezes beirava a reverência.
Uma das poucas exceções tinha lugar no palácio de granito que construíra na Rua 50 com a Broadway.
Atrás dos muros altos de ferro e dos roseirais impecáveis, a admiração cedia lugar a um grande afeto para a esposa e as cinco filhas.


Série Irmãs Dennehy
1 - Louco Desejo
2 - Amante do Canalha
3 - Inesquecível
4 - Insinuante!
5 - Fascinação
Série Concluída

Fascinação

Série Irmãs Dennehy
Sem regras para amar!

Dividida entre a devoção e o anseio por realização pessoal, Mary Dennehy deixa sua família chocada ao decidir abandonar o convento e trocar a clausura por uma nova vida, em busca de aventura e independência.
Para uma mulher sozinha, no entanto, o Oeste pode ser um lugar perigoso e traiçoeiro. E mais perigoso ainda é o irresistível Ryder McKay...
Sentenciado à forca por um crime que não cometeu, Ryder se agarra à última chance de liberdade.
Levando Mary Dennehy como refém, ele foge para as montanhas, e acaba se descobrindo em companhia de uma jovem que, inesperadamente, o faz sentir-se vivo, vulnerável a desejos e tentações inegáveis.
À medida que o perigo se acerca, a fuga para a liberdade se transforma na jornada para uma paixão proibida, que porá à prova a Fé de um homem e uma mulher, e desafiará seus corações! 

Capítulo Um

Vale do Hudson, Julho, 1884
A quietude o cercava. Ele a recebia com alegria, absorvendo-a como uma folha absorve a luz e a transforma na própria existência. Estava parado sobre uma rocha alguns metros acima do lago.
Preferia manter-se abaixado a sentar-se, pois assim poderia se levantar rapidamente, caso fosse necessário. Mas não se movia. Esperar era um prazer. Não saberia dizer o que esperava. Não era importante.
Esperar não gerava impaciência ou ansiedade. Esperar abria possibilidades e expectativas. Qualquer coisa poderia acontecer no instante seguinte.
Faixas de névoa matinal se erguiam do lago. O perímetro da clareira era marcado por cedros e pinheiros, mas nem os galhos frondosos podiam bloquear os raios do sol.
O calor arrancava da água uma nuvem de vapor, e a luz dançava na superfície do lago.
Ver a luz cintilante e o reflexo que lembrava milhares de estrelas despertava nele a crença de que nesse lugar o paraíso podia ser capturado.
Tolice. Poetas e filósofos podiam alimentar idéias de paraísos capturados em espelhos d'água, mas agentes do Exército Americano deviam se apegar à realidade dos fatos.


Série Irmãs Dennehy
1 - Louco Desejo
2 - Amante do Canalha
3 - Inesquecível
4 - Insinuante
5 - Fascinação
Série Concluída

Intrépido Coração

Trilogia Irmãos Thorne
Apenas um beijo... 

A atitude descontraída de Decker Thorne pouco colabora para fazê-lo cair nas graças de Jonna Remington, a altiva proprietária de uma companhia marítima.
Mas quando ele comanda sua melhor embarcação numa viagem repleta de aventuras e salva a vida de Jonna num só dia, os destinos de ambos parecem se entrelaçar.
Nunca um homem conseguiu fazer aquela mulher sentir-se desejada por si própria, em vez de pelo dinheiro que possui ou pelo poder que representa.
Nunca um homem despertou nela o desejo de ser beijada... ou amada.
Arrebatada numa excitante aventura em alto-mar e nos braços fortes de Decker, Jonna se rende a uma paixão destemida e ao perigo de entregar para sempre o coração!

Capítulo Um

Inglaterra, final do século XVIII
Boston
Jonna Remington estava em pé, no cais coberto de névoa do porto de Boston, à espera da chegada do navio que lhe pertencia.
Tinha apenas vinte e quatro anos.
Estava exausta naquela manhã.
Um vento gelado corria acima da água e era empurrado para o cais pelas ondas agitadas.
Jonna precisou agarrar sua capa para mantê-la sobre os ombros.
Ela segurava o manto de lã cinza-escuro o mais perto possível do corpo, mas a bainha ainda batia contra as pernas.
Sua saia e as quatro anáguas se comprimiram contra sua figura esguia até o vento amainar.
Sob a força do vento, a ampla borda de sua touca se levantou e curvou para trás.
Só ficou em sua cabeça por causa do grande laço apertado embaixo do queixo e, durante um momento humilhante, Jonna acreditou que ia ser sufocada por ele.
Antecipando outra rajada de vento ártico, Jonna tirou uma das mãos de dentro da capa e a colocou com firmeza sobre a cabeça.
Tinha uma penosa consciência da visão que dava aos outros, mas sabia que ninguém ia comentar.
Ao menos não a ponto de serem ouvidos por ela. Afinal de contas, era Jonna Remington.
E estava esperando a chegada de seu navio.
Decker Thorne, capitão do Caçadora, o novo navio da frota comercial da Remington, passou ordens para seu segundo comandante.
Sua voz era calma e clara, como se tivesse feito isso durante seus vinte e oito anos e não apenas nos últimos vinte e oito dias.
Ele ainda ficava um pouco surpreso quando suas palavras eram traduzidas em ação por seus subordinados.
Em pé, ao lado de Decker, Jack Quincy anuiu em aprovação.
— Você nasceu para isto — ele comentou.
Depois mudou de posição para soltar uma das muletas sob o braço e a usou para bater no convés a fim de acentuar sua afirmação.
— Cuidado, Jack. Você vai escorregar e quebrar a outra perna.
Jack deu de ombros.
— Não são essas varas que me mantêm em pé, rapaz. É o vento nas minhas costas e a água salgada em meu rosto.
Havia excesso de ambos esta manhã.


Trilogia Irmãos Thorne
1 - O Preço da Inocência
2 - Intrépido Coração
3 - Destino Roubado
Trilogia Concluída

10 de agosto de 2011

O Preço Do Desejo






Paixão sem limites... 

Olivia Cole fica arrasada ao saber que seu irmão a prometeu em casamento para o dono de um cassino, como pagamento de dívidas.
Ela aceita seu destino, mesmo sabendo que sua reputação será prejudicada pelo fato de viver em meio a apostadores.
Contudo, ao conhecer o misterioso e sensual Griffin Wright-Jones, visconde de Breckenridge, Olivia percebe que terá bem mais do que apenas seu bom nome com que se preocupar.
Pois Griffin lhe desperta pensamentos e fantasias nunca antes imaginados...
Embora deseje Olivia mais do que já desejou qualquer outra mulher, Griffin não a força a partilhar de seu leito, uma tarefa difícil, levando-se em conta a beleza estonteante daquela jovem.
A cada noite, porém, a determinação de ambos enfraquece, até que eles finalmente arriscam a maior aposta de suas vidas numa noite de prazer arrebatador...

Capítulo Um

Londres, 1823
Olivia Cole olhou seu reflexo no espelho da penteadei¬ra e se deteve por um instante. Não era uma mulher vaidosa, mas as circunstâncias requeriam que ela não se apresentasse mal.
Não conseguiria esconder seu aspecto c suas preocupações dos criados, mas tinha esperança de se apresentar do melhor modo possível.
Não havia como ocultar o fato de que estivera chorando. Os olhos estavam inchados e vermelhos, e esfregá-los de nada adiantaria.
Os cabelos ruivos rebelavam-se para fora dos três pentes de tartaruga, mas não tinha ânimo para ajeitá-los.
Uma batida insistente na porta fez com que Olivia se levantasse.
Amarrando melhor o laço do corpete ora folgado em seu corpo, pegou um xale de sobre a poltrona para disfarçar os ossos proeminentes da clavícula, resultados dos últimos quatro dias de parca alimentação.
Empertigou-se e abriu a porta.
— Pois não, Sra. Beck?
— Desculpe por incomodar — disse a governanta —, mas há dois cavalheiros à sua procura.
— Mencionaram o assunto que os trouxe aqui?
— Olivia perguntou-se se teriam sido enviados pelo pai.
— Não, mas acredito que sejam de Bow Street, ainda que nada revelassem.
— Policiais? — Olivia apertou com mais força a maçaneta da porta.
— Vieram por causa de Alastair, então.
Não sentiu alívio com tal conclusão. Por mais que temesse ser ela o alvo, a alternativa era ainda pior.
— Acredito que sim.
Olivia assentiu e pensou em como agir.
— Leve-os à sala de estar.
Respirou fundo, imaginando o pior.
Fechou a porta e se recostou nela.
Podia temer o que se seguiria, mas não havia escapatória.
Obrigando-se a melhorar a aparência de quem passara a noite em claro, desceu e armou-se de um sorriso antes de entrar na sala de estar.
— Senhores...

17 de maio de 2011

Coração Atormentado

Série Família McClellan



Falsos pretextos...

Desesperada para escapar da Inglaterra e salvar a vida da criança que tem nos braços, Jessa Winter se casa às pressas com um homem mortalmente ferido, com intenção de fugir do país como sua viúva.
Contudo, ela não contava com a vontade de Noah McClellan de viver, nem com a determinação dele de cumprir todos os votos matrimoniais.
Mas o pequeno Gideon e seus próprios segredos ocultos precisam ser protegidos, mesmo que as apaixonadas exigências de Noah a deixem tentada a confiar tudo àquele homem: a verdade, sua vida e seu coração... ...
Podem levar a uma paixão verdadeira!
Noah está decidido a tirar o máximo proveito da astuciosa mulher que tentou fazê-lo de tolo.
Na viagem para os Estados Unidos, ele se vê dividido entre a indignação e a crescente ternura por aquela jovem encantadora que da noite para o dia se tornou sua esposa.
O atrevimento de Jessa quase lhe custou a vida, mas apesar disso ele não consegue controlar o desejo de insinuar-se para ela e de persuadi-la a compartilhar com ele mais do que apenas o sobrenome...

Capítulo Um

Março de 1787
Noah McClellan afundou o chapéu sobre os olhos e se recostou no assento duro.
Queria esticar as pernas, mas isso significaria encostar as botas enlameadas na batina do vigário.
Todos na carruagem já o consideravam um colono rude, ou melhor, um americano mal-educado, por isso conteve-se.
Estavam alertas, e na meia hora de trajeto, ninguém lhe dirigiu a palavra.
Não que ele não tivesse dado motivos para tanto.
Seu comportamento na estalagem só fizera confirmar os preconceitos em relação aos americanos. Fora rude e irascível. Por certo escolhera mal as palavras ao se dirigir ao estalajadeiro.
Acomodando-se melhor, refreou uma risada de zombaria de si mesmo.
Sem querer, resvalou no cavalheiro grisalho à sua esquerda e surpreendeu a todos, pedindo desculpas antes mesmo que o senhor se sentisse ofendido.
— Seu animal ficará bem?
Levou um minuto para que Noah percebesse que a per¬gunta fora feita a ele.
Empurrou o chapéu para trás e fitou a mulher que lhe falara.
O casaco e o vestido pretos indicavam que ela estava de luto.
O chapéu, amarrado por uma fita de cetim, era tão rígido que o lembrou das viseiras usadas pelos cavalos.
Seu olhar recaiu sobre o bebê que ela segurava.
Logo imaginou que nem o vigário, nem o lorde loiro com ar de enfado ao lado dela a acompanhavam. Noah chegou à infeliz constatação de que ela era viúva. Por isso a preocupação com a sua situação o comoveu.
— Estou certo de que sim. Só torceu a pata dianteira.
 


Série Família McClellan
1 - Crystal Passion *
2 - Seaswept Abandon*
3 - Coração Atormentado
3.5 - Tidewater Promisse*
*sem edição em português

3 de maio de 2011

O Preço da Inocência

Trilogia Irmãos Thorne
Um homem consumido pela sede de vingança... 

Uma mulher determinada a nunca se apaixonar...
Uma paixão inesperada que poderá mudar o destino de ambos...
Colin Thorne ergueu ao redor do coração uma muralha intransponível ao ser afastado de seus irmãos mais novos quando ainda eram crianças.
Ao longo dos anos, dedicou-se unicamente a missão de reencontrá-los.
Contudo, ele já não tem mais esperança de tornar a vê-los um dia.
Agora, uma sombria sanha de vingança o traz de volta à Inglaterra...
Mercedes Leydon é uma jovem aristocrata, linda e... desesperada.
Colin Thorne está exigindo a propriedade de seu tio, o conde de Weybourne, como pagamento de uma dívida de jogo.
Apesar de ser tratada como uma criada na Estância Weybourne, é ali que ela considera seu lar, bem como dos filhos do conde.
Para proteger a si e aos que ela ama, Merdedes está disposta a recorrer a qualquer coisa... mentiras, promessas e até mesmo seu próprio corpo, se for preciso... para impedir que Colin arruíne suas vidas...

Capítulo Um

Londres, Junho de 1841
O estrondo do trovão o fizera pular da cama, mais para livrar-se do peso da coxa nua sobre suas pernas do que por qualquer outro motivo.
Caminhando até a janela, entreabriu as cortinas amarelas no instante em que um relâmpago riscava o céu e, por uma fração de segundo, seu corpo nu foi envolvido pelo cintilante clarão.
Então colocou a mão espalmada sobre a vidraça e, quando o trovão rugiu ao longe, pouco depois, foi como se a vibração subisse por seu braço.
Passado o momento de singela magia, apanhou a calça que deixara sobre o braço da única poltrona no aposento e a vestiu.
Outro raio rasgou o céu sombrio, iluminando o dormitório no instante em que ele olhava de relance para a cama.
Que bom que a moça ainda dormia, pensou Colin enquanto abria a janela. Assim teria tempo para tentar se lembrar do nome dela.
Uma lufada de ar quente e úmido transpôs o espaço entre as folhas da vidraça, e ele, colocando-se no vão da generosa fresta, sentou-se de lado no peitoril.
As primeiras gotas de chuva atingiram seu ombro antes de alcançarem o chão.
Outros pingos foram se aninhar entre seus cabelos, tingindo o loiro muito claro de um tom quase dourado.
Colín deitou a cabeça de encontro à vidraça, e dessa vez, quando o trovão atroou, o estremecimento percorreu todo o seu corpo. Inspirando uma golfada de ar, sentiu falta da maresia.
Não fazia nem oito dias que estava em terra firme, e já não via a hora de retornar ao seu navio.
A chuva apertou, e os pingos antes arredondados transformaram-se em afiladas lasquinhas d'água.
Essas inocentes ferroadas, porém, eram carícias se comparadas ao que ele tivera de suportar ao leme do Remington Mystic.
A fúria do oceano respingava em jorros cortantes sobre o tombadilho de seu veloz e intrépido veleiro, e as ondas que se chocavam contra o casco e explodiam sobre a amurada da embarcação podiam arrastar ou jogar longe um marujo desprevenido.
No intuito de afastar pensamentos que alimentassem sua saudade do mar, espiou lá embaixo e constatou que, àquela hora da noite, a estrada para Londres achava-se deserta.
Então lembrou que, vindos da capital na última diligência do dia, ele e Aubrey Jones tinham sido os únicos a desembarcarem ali, na Hospedaria Ilusão Passageira, pouco antes do anoitecer.
Seu imediato havia subido para o quarto com a rapa¬riga que lhes servira o jantar, logo após a refeição.
Já ele pretendia dormir sozinho, no entanto a solícita mocinha lhe aparecera com uma irmã.
Ao que tudo indicava, uma inofensiva disputa fraternal proporcionava aos hóspedes alegres momentos de fogosas folias nos dormitórios do segundo piso da pousada.

— Ei, você...


Trilogia Irmãos Thorne
1 - O Preço da Inocência
2 - Intrépido Coração
3 - Destino Roubado
Trilogia Concluída

3 de abril de 2011

O Enigma Dos Hamilton

Série Família Hamilton

Mais do que um sonho! 

Rand Hamilton pretende reconstruir a fazenda de Charleston com o único meio do qual dispõe: um tesouro há muito tempo perdido, que encantou e amaldiçoou duas famílias durante séculos.
Para financiar o projeto, ele tem de aceitar as condições impostas por seu rico patrocinador e permitir que a afilhada deste o acompanhe.
Embora cauteloso, Rand concorda em levar a jovem consigo, sem saber que é ela quem tem a chave para o enigma que o levará ao precioso tesouro... e a uma paixão que ele jamais imaginara existir!
Claire Bancroft quer, mais do que tudo, descobrir o significado oculto para a sina terrível que destroçou sua vida.
Determinada a encontrar o irmão desaparecido e a desvendar os segredos de seu passado, ela precisa confiar em Rand, apenas para descobrir-se arrebatada de paixão por ele... e pela promessa de um futuro radiante juntos!

Capítulo Um

Londres, abril de 1875
Ele não estava surpreso por não tê-la notado antes.
Além de dar a impressão de preferir ser ignorada, tratava-se de uma jovem de feições extremamente comuns.
Olhos e ca­belos castanhos, rosto fino e expressão séria.
Uma pessoa fá­cil de ser esquecida, o que era excelente. Virou-se de costas para ela, como fizera durante a en­trevista.
Se antes havia sido uma afronta inadvertida, no momento constituía uma brusquidão proposital.
Inclinou-se para frente na poltrona dos visitantes, apoiou os braços na grande escrivaninha de nogueira e avaliou o homem sentado do outro lado.
Não tinha ilusões.
Sua resposta seria tomada com desagrado, mas não pretendia suavizá-la.
— Não. Evan Markham, oitavo duque de Strickland, nem ao menos piscou.
Ainda que não estivesse acostumado a ser desobe­decido, a circunspeção natural deixava a fisionomia impene­trável.
Ergueu as mãos pálidas e juntou as pontas dos dedos finos sob o queixo.
— Creio que o senhor não entendeu, capitão Hamilton. Não estou lhe fazendo um pedido, mas propondo os termos de um acordo. Para conseguir os recursos de que precisa, terá de aceitar a srta. Bancroft como passageira.
Rand Hamilton ignorou o leve sorriso na boca estreita do duque.
Não se importava de servir de diversão para o nobre, mas não pretendia ser forçado a aceitar um ajuste que não lhe era conveniente.
— Não.
Markham fechou as mãos em punho, movimento que foi refletido pela superfície polida da mesa.
Fitou Rand com a mesma expressão indefinível e olhar azul frio, imaginando se houvera engano na avaliação do caráter do jovem.
Tinha deduzido que o capitão Rand Hamilton teria inteligência su­ficiente para entender a importância da oferta e que se en­contraria em grau de desespero considerável para aceitá-la.
No entanto, havia limites para a impertinência de Rand.
Ele se retesou sob o exame atento do duque, mas aparen­tou descontração e passou a mão pelos cabelos acobreados.
Desde o momento em que entrara na mansão londrina de Strickland, teve a impressão de que tudo fora preparado para intimidá-lo e fazer com que se sentisse agradecido.
O que não deixou de diverti-lo.
Preferia ser esquartejado a admitir qual­quer uma das duas emoções.


Série Família Hamilton
1 - O Enigma dos Hamiltons
2 - Desejos
Série Concluída

8 de março de 2011

Série Grantham

1 - O Pecado de Lily

Paris e Londres, 1815

Ao descobrir que a jovem que o atacou para roubá-lo está gravemente ferida, Alexander decide lhe oferecer proteção. 
Intrigado com o fato de tão fina e educada dama ter se tornado uma ladra, ele se propõe a desvendar os segredos da encantadora Lily...
Os cinco anos que transcorreram depois que Lily saiu do convento foram um pesadelo. 
Ela guarda segredos perigosos, e embora o atraente visconde que a socorreu também seja, de certa forma, perigoso, permanecer ao lado dele pode significar a diferença entre viver e morrer. 
A cada dia Alexander transforma sua convalescença numa aventura sensual, colocando Lily diante de um grande desafio... pois ela não pode imaginar nada menos que um futuro nos braços daquele homem!

Capítulo Um

Londres, Abril de 1815 

Os janotas que perambulavam pelo Covent Garden, após a sessão de teatro, mostravam-se tão entretidos com suas acompanhantes que, na maioria das vezes, nem notavam os salteadores que esbarravam neles. Em noites como aquelas, era simples demais esvaziar-lhes as algibeiras.
Eles não encontravam dificuldade naquele tipo de trabalho.
Um pequeno movimento de pulso e dois cortes com uma lâmina afiada. Somente isso. As mais finas bolsas podiam ser cortadas com facilidade. Às vezes, o tinir das moedas denun­ciava o delito. Mas os larápios tinham asas nos pés. Corriam e escondiam-se por entre as saias volumosas ou até por baixo delas.
O cavalheiro inclinou a cabeça para conversar com a dama que levava pelo braço. As palavras não puderam ser entendi­das, mas, de longe, podia se perceber a atração entre eles. A moça arqueou as sobrancelhas e, petulante, franziu os lábios vermelhos.
Aproximou-se aos poucos, observando os outros três que vinham de diferentes direções. Sem pressa, nem ameaçadores. Cautelosos na maneira como preparavam a abordagem. Se não estivesse atenta, nem os teria percebido. Tudo fazia parte do plano deles. Um artifício empregado várias vezes com sucesso. Um deles empurrava a vítima. Outro se desculpava. O terceiro pisava sem querer na saia da acompanhante. Moviam-se rapi­damente, sem correr. Eram gatunos muito jovens, mas expe­rientes. Não atraíam mais atenção de que o necessário. Somente corriam em casos extremos, quando, por exemplo, a vítima percebia que a bolsa fora furtada. Para agarrá-los era preciso mais sorte de que determinação. Os pés eram tão leves quanto as mãos. Escapavam como mercúrio entre os dedos.
Atenta ao momento do ataque, surpreendeu-se ao notar que algo não estava certo. Uma armadilha era preparada. Conhecia muito bem os participantes. Havia um personagem a mais na história, o que a deixou inquieta. Era como se lago, o vilão de Otelo, o hipócrita perigoso, tão bem descrito por Shakespeare, aparecesse, de repente, na comédia Sonhos de Uma Noite de Verão.
Viera até ali com um único propósito. Impedir que os três pequenos rufiões levassem a bolsa de algum cavalheiro. Na­quele instante viu o brilho da adaga do atacante desconhecido. A idéia imediata foi impedir que a garganta da vítima fosse cortada.
Lançou-se para a frente e voou para cima da vítima em po­tencial, jogando-a no chão de pedras.
Lady Geórgia Pendelton, condessa de Rivendale, pressionou as mãos no coração em um gesto dramático com que brindava os amigos mais queridos.
— Sherry, meu querido menino, por favor, não me diga que está ferido. Eu não suportaria saber disso. — Ela continuou a analisar com atenção o afilhado. Não soubera de nada, antes de ele entrar na sala de visrtas.
Alexander Henry Grantham, visconde Sheridan, de vinte e oito anos, continuava sendo o querido menino da madrinha. E aquela inspeção não era novidade. Aos cinco anos se dera conta da maneira de ser de Geórgia. Naquela ocasião, lady Rivendale entrara no quarto das crianças e, diante da mãe de Alexander, sua grande amiga, fizera um estardalhaço. Comentara sobre os cabelos escurecidos do querido menino e aquele topete que mais parecia agulha de bússola, apontando sempre para o norte. Lamentara os olhos castanhos que haviam perdido o tom es­verdeado. Preocupara-se com a palidez do querido menino.
Tecera comentários sobre o nariz que lhe parecia adunco, mas aquilino para a mãe amorosa.
— Igualzinho ao do pai — a mãe insistiu.
— Mas poderá mudar — Geórgia consolou-se.
Nada dissera sobre os lábios trêmulos nem sobre os olhos grandes demais para o rosto miúdo. Parecera admirar a postura orgulhosa do garoto.
— Vamos, dê-nos um abraço — Geórgia levantou-o no colo. Durante muito tempo, Sherry pensara no busto imenso que abraçava como o "nos" a quem a madrinha se referia.
— Pode chamar-me de tia Geórgia.
Como recusar alguma coisa a uma mulher com seios tão imponentes?
Lady Geórgia podia sumir durante meses ou anos. Chegava de repente, sem avisar, e era sempre bem recebida. Presentes chegavam a qualquer hora, para demonstrar que pensava nele, nunca em ocasiões obrigatórias como aniversário ou Natal. Tempos depois, quando sua irmã mais nova completara seis
anos e trocara o quarto das crianças pela escola, lady Rivendale tomou-se de amores também pela menina.
Geórgia era generosa com as afeições. Quanto mais as en­tregava, mais elas pareciam florescer. E logo após o falecimen­to dos pais de Sherry, ela visrtara as crianças em Eton.
Um tio-avô por parte da mãe fora nomeado guardião dos sobrinhos-netos. E se queixara da irresponsabilidade de Sheri-dan e da sobrinha por morrerem e deixarem crianças pequenas nas mãos de outrem. O menino não lhe causava preocupações, segundo ele. Mas a menina não parava de chorar.
Quando lady Rivendale chegara a Eton, encarregara-se ime­diatamente da menina. Fora uma das poucas vezes em que ela não o examinara com atenção, antes de cingi-lo com os braços roliços de encontro aos seios fartos. E, pela primeira vez, o chamara de Sherry.
Visconde Sheridan. O título de seu pai então lhe pertencia. Mas ninguém chamara seu pai de Sherry. Aquele nome era só seu. Durante a visrta, ela anunciara que, dali para a frente, os três formariam uma família. Nem mesmo a irmã mais nova questionou a afirmativa que, felizmente, mostrou-se verdadeira.
— Ainda estou inteiro — Sherry afirmou, voltando ao pre­sente, enquanto a madrinha lhe apalpava a testa. — Os estragos resumiram-se à sobrecasaca que se rasgou na costura do ombro e à parte traseira da calça que ficou esburacada. Kearns disse que o capote será consertado. A calça já foi para o trapeiro.
—  Não duvido das afirmações de seu criado pessoal que sempre se esmera com as roupas. E quanto ao seu traseiro?


2 - Uma Noite Proibida


O pecado de uma mulher

No auge de um baile de máscaras, Cybelline Caldwell se entrega aos braços de um amante desconhecido. 

Na manhã seguinte, a paixão e o desejo dão lugar ao bom senso e à determinação de deixar Londres para trás, bem como as lembranças daquela noite. 
Mas a tentação a persegue... pois Christopher Hollings, um homem notoriamente conquistador e a quem Cybelline tão ousadamente desafiou, está decidido a mostrar a ela que uma noite não foi suficiente...Após uma árdua investigação, Christopher descobre a identidade da mulher misteriosa, e fica surpreso e intrigado ao se ver frente a frente com Cybelline, e ao descobrir também que ela corre perigo e que é o alvo de um inimigo implacável. Incapaz de afastar as lembranças da noite de amor que viveu com ela, Christopher decide desvendar os segredos que assombram os dias de Cybelline, pois somente assim poderá tê-la em seus braços todas as noites de sua vida!

Capítulo Um


Londres, novembro de 1817

Caso fosse possível morrer de tédio, o conde de Ferrin era da opinião que já não pertencia a esse mundo. Horas antes ficara muito aborrecido com a mãe e a irmã.
O baile de máscaras fora idéia de Wynetta, e todos, me­nos ele, a haviam considerado brilhante. Se tivessem pedi­do sua opinião, teria dito que era uma sugestão ridícula.
Mas a família conhecia suas idéias a esse respeito e, por isso mesmo, ninguém o consultara. Nenhum de seus paren­tes duvidava que, sempre que podia, ele ridicularizava suas idéias. Como resultado, criara a reputação de impaciente.
— Ferrin, vai jogar ou ficar sorrindo para as cartas? — perguntou Porter Wellsley.
O conde arqueou as sobrancelhas e redarguiu:
— Por quê? Eu não posso fazer as duas coisas ao mesmo tempo?
Assim dizendo, atirou um quatro de espadas sobre as demais cartas no centro da mesa.
Em frente a Ferrin, Wellsley voltou a analisar seu pró­prio jogo.
— Não sei como consegue fazer isso — resmungou, vol­tando a arrumar as cartas. — Sempre faz a jogada certa.
— Então se dê por satisfeito por ser meu parceiro de jogo.
— Oh! Não estava me queixando.
À esquerda de Ferrin, William Allworthy percorreu as car­tas que tinha nas mãos com um olhar sério, e escolheu uma.
— Chega de falar, Wellsley... Esta não é a mesa de jogo das senhoras.
Wellsley ia responder, mas percebeu a carranca de Ferrin e decidiu permanecer em silêncio. Descartou uma carta e se recostou na cadeira, esperando a movimentação do jogador seguinte.
Bennet Allworthy embaralhou as próprias cartas, bateu com os dedos sobre a mesa em um gesto de impaciência, des­cartou uma, e pediu outra, sem olhar para o primo William.
Ferrin cutucou o pulso de Bennet.
— Espadas não, Allworthy. Não quando ainda tem copas na mão.
Bennet franziu a testa. Ficou quieto, sem erguer os olhos das cartas.
— O que está dizendo? Por acaso milorde está me cha­mando de trapaceiro?
— Não. Apenas tomo providências para que não se torne um. Sabemos que é decente.
— Decente? — Bennet repetiu. — É o máximo que pode dizer a meu respeito? Eu seria mais generoso ao elogiá-lo, sabe disso.
Ferrin lançou um olhar significativo a Wellsley, seu par­ceiro de jogo.
— Isso porque sou mais do que apenas um homem decente,
— Está querendo dizer que é superior?
— Quem sabe. — Ele fez um gesto displicente na direção de Bennet Allworthy. — Jogue copas e vamos acabar com isso.
Por um segundo, só se ouviu o som da orquestra no salão de baile, o rumor de muitas vozes conversando, os risos de damas que começavam novos flertes, enquanto antigos na­moros terminavam.
A partida logo terminou. Os primos Allworthy pediram licença, e se dirigiram à mesa com refrescos e bebidas, no salão de baile, tentando limpar a garganta seca após tanto tempo de concentração.
— Estavam loucos para ir embora — comentou Wellsley, arrumando as cartas com um gesto distraído. — Foi muito duro com Bennet, não acha? Ele pode ter cometido algum erro durante a partida, mas por distração.
Ferrin deu de ombros.
— Se pensava assim, devia tê-lo defendido.
— E perder uma boa discussão?
Wellsley desabotoou o paletó da fantasia que usava e acariciou o revólver.
— Está armado?


3 - O Primeiro Beijo

E, no final a paixão...

Quando Emma Hathaway concorda em encontrar-se com o amante secreto da prima para terminar o relacionamento de ambos, é envolvida num jogo perigoso. 
Agora está convencida de que o envolvimento no escândalo colocou sua vida em risco. 
O problema é que ninguém em quem Emma confia, acredita que lhe estejam tentando causar mal. 
E quando os comentários de uma possível loucura começam a aparecer, Emma se volta para a única pessoa que pode ajudá-la.
Restell Gardner tem a reputação de ajudar as pessoas a sair de situações comprometedoras. Incapaz de dar as costas a uma dama necessitada, ele concorda em ajudar a solucionar a intriga. E, sentindo que há mais do que parece naquela linda jovem, Restell se vê caindo de amores por ela. No entanto, resiste a sucumbir a tal paixão... pelo menos até descobrir a verdade sobre o perigo que a ameaça. Pois, se ceder à tentação cedo demais, poderá perder Emma para sempre...


Capítulo Um


— O senhor tem visita.
Restell Gardner continuou imóvel, escarrapachado na cama, fingindo-se num sono profundo.
— Não adianta, senhor. — Hobbes foi colocar água na bacia de porcelana sobre a cômoda. — Esqueceu que me avisou sobre esse truque, pedindo que eu não me deixasse enganar? Sei que está acordado, portanto não se dê o trabalho de roncar. Nem de se virar para a parede, pois isso, como bem sabe, só iria fazer com eu desse a volta na cama para ir lhe falar. Agora, caso continue a me ignorar, terei de tomar medidas que porventura irão custar meu emprego. E o senhor deve concordar que tal desfecho não se coadunaria com sua promessa de me tratar de maneira justa e generosa.
Restell suspirou e, ainda sem abrir os olhos, indagou: — Vai falar disso por horas a fio, Hobbes?
— Sim, senhor, caso seja necessário.
— Eu não ronco.
— Não sei dizer se ronca ou não, senhor. Posso apenas afirmar que finge fazê-lo.
Ainda de olhos fechados, Restell perguntou:
— Onde foi mesmo que o encontrei, sargento Hobbes?
— Na sarjeta, sr. Gardner. Bebendo gim barato e me lamentando pela perda de minha perna.
— Ah... Bem, presumo que não sinta falta daquela sarjeta, não?
— Não, senhor. Nem do gim. Sinto falta de minha perna, mas esta, de madeira, tem dado para o gasto.
Deitando-se de costas, Restell esfregou os olhos e só então olhou para Hobbes. Quando conseguiu encontrar o foco da visão, viu que o ex-militar se achava em pé ao lado da cama, já pronto para derramar em cima dele o conteúdo da bacia que tinha entre as mãos. Com um gesto, pediu-lhe que se afastasse.
— Estou plenamente desperto, obrigado.
— Por nada, senhor.
— Eu estava sendo irônico.
— Eu também.
Com uma risadinha, Restell sentou-se e enfiou um travesseiro entre suas costas e a cabeceira da cama. Depois, correndo os dedos por entre os desgrenhados cabelos loiros, perguntou:
— Que horas eram quando cheguei?
— Passava das três. O senhor deve ter tido uma noite bem longa, se me permite dizer.
Seria bem melhor se Hobbes não o tivesse lembrado daquele detalhe. Preferia esquecer para sempre que, após tanto tempo, passara horas num antro de jogatina.
— E que horas são? — quis saber.
— Quase oito.
— E já tenho visitas?! — Restell teve de se conter para não deitar novamente e puxar as cobertas sobre a cabeça. — Não é minha mãe, é?
— Não, senhor. Nem qualquer outro parente seu, — Hobbes foi recolocar a bacia sobre a cômoda. Mancava bem pouco naquela manhã. — É uma dama.
— Isso não dá a ela o direito de vir bater tão cedo à minha porta. De quem se trata?
— A moça não quis se identificar, senhor. O sr. Nelson lhe pediu um cartão de visitas, mas ela se negou a entregá-lo.
— Curioso...
O criado assentiu, acrescentando:
— Também achei. — Depois de colocar toalhas junto à lareira, para que ficassem aquecidas, Hobbes foi fazer espuma numa vasilha para o barbear do patrão. — O senhor vai se banhar?
— Sem sombra de dúvida! Ainda sinto o cheiro daquele antro de jogatina em mim.
Hobbes evitou comentar a observação para afirmar:
— Cuidarei do banho, então. — Cruzando o quarto, foi tocar a sineta. — Vai fazer o desjejum aqui mesmo ou no salão?

Série Grantham
1 - O Pecado de Lily
2 - Uma Noite Proibida
3 - O Primeiro Beijo
Série Concluída