29 de abril de 2010

Prazeres Encantados

Trilogia Prazeres
―Bem-vinda a Inglaterra, senhorita Jerningham.

Quill Dewland vai ao porto receber a sua futura cunhada que chega da Índia e mal pode dissimular sua surpresa; esperava ver uma herdeira e quem desce do navio em seu lugar é uma jovem despenteada e gordinha, cuja espontaneidade se choca com os estritos costumes da sociedade vitoriana.
De fato seu irmão Peter, o noivo, esta horrorizado.
É impossível que acreditem que realmente vai se casar com esse espantalho que não sabe comportar-se. Se o fizer se converterá no bobo de toda Londres.
Quill por sua parte não pensa o mesmo. Desde que a conhece, essa voluptuosa sereia embota seu sentido fazendo desejar estar no lugar de seu irmão Peter… Se não fosse pelo terrível segredo que o impede de ter qualquer tipo de intimidade com uma mulher.

Capítulo Um

St James Square, Londres, 1806.

A sorte acabava de dar ao visconde Dewland um golpe que teria derrubado um indivíduo menos forte, ou mais sensível, que ele. Olhava seu filho mais velho com a boca aberta sem fazer caso do balbuceio de sua esposa.
Depois passou pela sua cabeça uma ideia: essa mesma esposa tinha lhe dado dois filhos varões.
Sem dar mais voltas, girou sobre seus calcanhares e ladrou dirigindo-se a seu filho mais novo:
―Já que seu irmão não pode sacrificar-se no dever conjugal, será você o que se encarregue. Por uma vez em sua vida, comportará-se como um homem.
A Peter Dewland pegou de surpresa esse ataque. Acabava de levantar-se para comprovar no espelho do salão o estado do nó de sua gravata, evitando desse modo encontrar-se com o olhar de seu irmão. Em nome de Deus que se podia fazer diante uma revelação como essa?
Foi sentar no sofá.
―Suponho que esta sugerindo que me eu case com a filha de Jerningham.
―Evidentemente! ― Gritou o visconde ― Algum dos dois tem que fazê-lo e seu irmão acaba de declarar-se incapaz.
―Rogo que me perdoe ― Disse Peter com expressão realmente enojada ― Mas não tenho nenhuma intenção de me casar só para agradar você.
―E que quer dizer com isso? Casar-se-á com ela se eu lhe ordenar isso!
―Não tenho pensado me casar, pai, ordene você ou qualquer outra pessoa.
―Tolices! Todo mundo se casa.
―Isso não é certo ― Suspirou Peter.
― Foi o acompanhante de um montão de garotas apropriadas durante seis anos, se alguma tivesse gostado cederia a seus desejos, mas como esse não parece ser o caso, casar-se-á com a filha de Jerningham. E o fará porque seu irmão está incapacitado. Tive muita paciência contigo; neste momento poderia estar no sétimo de infantaria, tinha ocorrido pensá-lo?
―Preferiria isso antes que tomar uma esposa ― Decretou Peter.
―Nem pensar! ― Grunhiu o visconde dando a volta ― Seu irmão esteve entre a vida e a morte durante anos.
Fez-se um pesado silêncio. Peter fez uma careta em direção a seu irmão mais velho.
Quentin Dewland, que estava um momento olhando a ponta das botas, levantou os olhos para seu pai.
―Se Peter tiver decidido não casar-se, eu o farei ― Disse com sua grave voz.
―Para que? Não poderia fazer frente a suas obrigações como marido, e essa pequena tem direito a ter um digno de tal nome, diabo!
Quentin, a quem seus amigos chamavam Quill, abriu a boca para responder, mas a voltou a fechar.
Podia consumar o matrimônio, mas certamente não seria uma agradável experiência. Qualquer mulher merecia algo melhor que o que ele podia oferecer.
Embora suas feridas tivessem deixado de fazê-lo sofrer, as enxaquecas de três dias de duração que implicava qualquer tipo de movimento repetitivo, certamente não favoreciam uma união agradável.
―Não responde? ― Disse o visconde, triunfante ― Não estou falando por falar, nem tento fingir que é um garanhão quando não é assim. Dá conta de que poderia fazê-lo já que a garota não saberia nada até que fosse muito tarde.
E seu pai se tornou tão miserável que nem sequer a acompanhou a Inglaterra. Seja como for ― Prosseguiu dirigindo-se de novo a seu filho mais novo ― Ela vem para casar-se. E se não poder ser com Quill, será contigo. Enviarei-lhe teu retrato no próximo navio.
―Não quero me casar, pai ― Insistiu Peter marcando cada sílaba.
O visconde ficou vermelho como um tomate.
―Já vai sendo hora de que deixe de se divertir. Por Deus que me obedecerá!


Trilogia Prazeres
1 - Poderosos Prazeres
2 - Prazeres Noturnos
3 - Prazeres Encantados
Trilogia Concluída

4 comentários:

  1. Oi Jenna !
    Gostaria de saber se tem no blog a continuação da série DUQUESAS OUSADAS, li o primeiro e gostaria de ler os outros.
    Valeu ! Xero !

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  2. Oi Jenna, adorei os livros da Eloisa James. Li toda a série Duquesas e a Trilogia Prazeres. As histórias são românticas, divertidas, inteligentes. Adorei. Bjs.

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    1. Oi Ana Maria, a Eloisa James é uma das minhas favoritas, todos q li dela gostei, comente sempre, bjs

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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!