16 de maio de 2011

Sedução Diabólica



Quando lady Circe Langstone botava as garras num homem, era a ruína
dele.

Dizia-se até que a chama daqueles olhos verdes não era o fascínio do amor, mas o feitiço da magia negra.

Dizia- se, também, que só um homem, em toda a corte, seria capaz de resistir a ela: o galante e cínico conde de Rochester.

Por isso, Circe estava disposta a tudo para conquistá-lo.
Mas uma rival inesperada atravessou em seu caminho: sua própria enteada, Ofélia Langstone.

De repente, o conde se viu preso numa armadilha: para salvar Ofélia do ódio assassino da madrasta, teria que se tornar amante da diabólica Circe.
Ou então... seria a sua morte.

Capítulo Um

O conde de Rochester dirigiu seus quatro cavalos, fazendo-os parar, enquanto observava a admiração no rosto do ajudante.
— Tome conta deles, Jason! — ordenou, enquanto descia da carruagem.
O empregado tocou a campainha e a pesada porta da residência de lorde Langstone, em Park Lane, foi aberta imediatamente por um mordomo, vestido com as cores da família, azul e amarelo.
O conde conhecia muito bem aquelas cores. Lorde Langstone sempre competia nas corridas, onde invariavelmente Rochester o vencia.
Era assim em todos os esportes que praticava.
O empregado continuava olhando, admirado, assim como todos os outros criados que permaneciam parados na entrada de mármore da mansão.
Não havia nada que os ingleses admirassem mais do que um desportista.
Para os as das corridas, o conde era o "rei dos esportes".
Comentava-se muito também seu desempenho excelente em outras atividades.
Mas, destas, as pessoas só falavam aos cochichos.
Quando o mordomo se aproximou, o conde perguntou:
— A senhora está?
— Sim, senhor. Vou informá-la da sua chegada.
O mordomo seguiu adiante, subindo por uma escadaria pela qual já tinham passado muitas pessoas ilustres, e conduziu o conde a um salão que tomava toda a extensão da casa.
Parecia um aposento construído especialmente para festas.
Os candelabros de cristal refletiam à luz do sol que vinha das janelas.
As flores, sem dúvida trazida da fazenda de lorde Langstone, enchiam o ar com seus perfumes.
O conde caminhou, preguiçosamente, pelo tapete e, só depois que o mordomo fechou a porta atrás de si, viu que não estava sozinho.
No outro extremo do salão, arrumando algumas flores, havia uma jovem.
Distraída, só percebeu sua presença quando ele chegou ao meio do aposento. Virou-se e o olhou diretamente nos olhos.
A expressão, para surpresa dele, era de medo.

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