26 de julho de 2011

Aventuras Do Coração






Enviada para ser a governanta da rainha, Sheena descobre que um duque quer governar sua vida!

Quando menos esperava, a jovem escocesa, Sheena McCraggan, foi enviada a uma corte luxuosa, onde os conceitos de moral e os valores humanos eram todos distorcidos!

Sua missão, tentar salvar a educação da jovem rainha da Escócia, que corria o risco de ser corrompida.
Mas ela jamais imaginara que seria o pivô de um plano centra o rei...

E muito menos que se apaixonaria perdidamente por um duque francês rico, charmoso e muito, muito especial!

Capítulo Um

França 1555

— “Pour le nom de Dieu”, feche essa porta! — exclamou o homem, de maneira furiosa, perto da lareira.
O vento marinho invadiu o ambiente com seu sopro gélido, castigando impiedosamente as costas dos quatro cavalheiros, sentados diante das chamas, que aqueciam o pequeno saguão onde os drinques eram servidos.
— Devo me desculpar, Milordes, se estou me intrometendo — respondeu uma voz portentosa, cheia de sarcasmo.
Os quatro jovens se colocaram de pé com rapidez.
Emoldurado pelo portal de entrada da pousada, um local de teto baixo e paredes rústicas, havia um homem de trajes esplêndidos.
Sua sobrecapa de veludo reluzia tanto quanto as jóias que ostentava nos dedos.
Uma pluma adornava o chapéu de feitio luxuoso, colocado de maneira peculiar sobre os cabelos escuros.
As botas de cano alto pareciam não haver enfrentado a lama que cobria todo o pátio que circundava o local.
— Oh, Milorde! — balbuciou um dos jovens — Não esperávamos vê-lo aqui.
— Eu mesmo não imaginei que ainda estaria neste lugar — respondeu o duque de Salvoire, fechando a porta atrás de si e se aproximando deles, enquanto retirava as ornamentadas luvas de pelica.
— Também está esperando o navio da Escócia? — indagou um dos rapazes, em tom respeitoso.
-— Não, nada tão excitante — disse ele — Fiquei em Anet e estou a caminho de Paris, para me encontrar com o rei. Porém, a duquesa de Valentinois, pediu para levar uma mensagem ao Convento das Irmãs Pobres, que fica nesta terra que Deus esqueceu. Só mesmo Ele, a quem essas freiras adoram com tanta devoção, sabe o motivo de haverem se instalado tão longe.
De maneira quase inconsciente, tomado pela força do hábito, o duque se acomodou na cadeira mais confortável do local, situada ao lado da lareira.
Um gesto vago de sua mão determinou que os outros se sentassem também.
Eles o fizeram, mas sem a mesma descontração da qual vinham desfrutando antes da chegada do lorde.
Dali por diante, certa tensão se fez presente, e todos assumiram uma postura mais polida.
Suas faces se voltaram na direção dele, aguardando que dissesse algo.
O duque notou que se tratava de quatro dos mais sóbrios e inteligentes rapazes da corte.

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