5 de fevereiro de 2012

A Glória Do Amor



Daniela Colwyn ouviu, com horror,seu padrasto comunicar-lhe que devia se casar com um homem a quem desprezava.


Sem pensar, juntou seus poucos pertences e fugiu de casa. Desprotegida, sem dinheiro ou amigos que a socorressem, Daniela viu-se forçada a integrar um grupo de cantores que iam ao castelo do conde de Huntingforde alegrar uma festa exclusivamente masculina. 
Lá, ela cantou, traduzindo em sua canção toda a tristeza e solidão de que estava possuída. 


Arrebatado, o conde se declarou a ela,oferecendo mais do que amor a quem estava só e sem destino ... 


Capítulo Um 


1869 
Daniela sentia-se feliz ao chegar em casa. 
Voltava de um adorável passeio a cavalo pelo parque. Nada, ela pensava, poderia ser mais lindo do que os narcisos florescendo sob as árvores, e as prímulas e as violetas se mesclando entre o musgo. Quando ia entrando na casa pela porta principal, o mordomo veio-lhe ao encontro. 
— Sir Marcus deseja falar-lhe, Srta. Daniela. 
Daniela estremeceu involuntariamente. Tentava imaginar o que poderia ter feito para provocar o desagrado de seu padrasto. 
Deveria ser algo importante ou ele não teria dado ordem ao criado para chamá-la. 
Sabia que deveria estar esperando-a em seu estúdio. 
Daniela sempre associava aquela sala com algum tipo de problema. 
Todas as vezes que sir Marcus queria chamar a atenção de algum empregado ou dela própria, ele usava aquele local. 
Esperava que não fosse nada muito sério, pois gostava do padrasto porque ele fazia sua mãe feliz. Quando o capitão Angus Colwyn naufragara com seu navio durante uma violenta e incomum tempestade na baía de Biscaia, sua esposa sofrera muito. 
Custou tanto a se recuperar, que Daniela chegou a pensar que ela o seguiria para o outro mundo. Além do fato de adorar o marido e não suportar sua perda, ela ficara praticamente na miséria. 
O soldo de um capitão naval era baixo e a pensão que foi destinada à viúva e à filha era ainda menor. 
— Não sei o que será de nós, Daniela — a mãe lhe dissera entre lágrimas. 
— Daremos um jeito — Daniela afirmara. — Papai detestaria vê-la chorar e adoecer. 
A Sra. Colwyn precisou reunir uma enorme coragem para enfrentar a situação e amparar a filha. 
Amava-a e sabia que ela se tornaria uma linda mulher. 
Pensava com freqüência que Daniela merecia muito mais do que viver numa casa alugada num porto marítimo.
Havia poucas residências confortáveis em lugares como aquele, e as pessoas que lá viviam não se sentiam particularmente interessadas por um capitão do mar e sua esposa. 
A família da Sra. Colwyn vivia em Northumberland. 
Era filha de um popular e respeitado proprietário rural. Membro de uma família grande e importante, ela pudera participar de inúmeras festas e bailes. 
Embora nunca houvesse sido formalmente apresentada à rainha, ela tivera a possibilidade de conhecer muita gente da sociedade. 
Por ser dona de uma grande beleza, o pai sempre julgara que ela faria um bom casamento, de preferência com um de seus ricos e distintos vizinhos. Infelizmente para ele,
Mary Acton, como ela se chamava naquela época, conheceu o capitão Angus Colwyn em uma visita ao Hall, onde se realizaria um grande baile. 
No momento em que a viu, o capitão se apaixonou perdidamente pela primeira vez em sua vida. Apesar de todos os protestos do pai, Mary se casou com o capitão antes que ele tivesse de voltar ao mar. 
Decidiram mudar-se para o sul, de forma que ela pudesse esperá-lo em qualquer um dos portos em que fosse escalado para ancorar. 
A Sra. Colwyn e Daniela estavam morando em Portsmouth quando receberam a notícia da morte do capitão. 
Haviam alugado uma pequena casa mobiliada provisoriamente, pois de tempos em tempos eram solicitados a se mudarem para outras partes da costa. 
Após a morte do marido, a Sra. Colwyn sentiu-se incapaz de continuar vivendo próxima ao mar. Como poderia ficar observando os navios se aproximarem do porto, sabendo que nenhum deles estaria lhe trazendo o marido amado? 
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