15 de setembro de 2012

Uma Rosa Com Amor

Entregando o coração... 

William Kent estava certo de que passaria um verão tranquilo em sua casa de campo. 
Porém seus pequenos sobrinhos e a chegada inesperada de hóspedes, se encarregam de acabar com o tão sonhado sossego, levando-o à beira do desespero! 
Quem poderia ajudar o pobre William? Emma Snow, a nova governanta, felizmente é uma jovem sensata e bastante jeitosa com crianças... 
Além de ser linda, inteligente e encantadora! 
Pensando bem, aquele verão poderá se tornar uma experiência bastante interessante, pois William está decidido a conquistar aquela jovem que cativou seu coração! 

Capítulo Um 

Devon, Inglaterra, 1820 

Nefret tomou posse da poltrona predileta de lorde William, e ele nada pôde fazer, exceto olhar zangado para a linda gata egípcia, de pêlo liso, brilhante, da cor da areia do deserto. 
Em resposta, ela fixou nele os olhos dourados, depois bocejou, curvou-se e acomodou o focinho na elegante cauda. 
Pelo menos a poltrona e os outros móveis estavam cobertos com tecido grosso de algodão, e as unhas aguçadas da gata não podiam rasgar o tecido. 
Nesse momento, os criados faziam rigorosa limpeza em Cranley Hall. Fred, um dos lacaios, por pouco não atingira lorde William com o batedor que manejava com energia no tapete pendurado em um varal, nos fundos da casa. 
O robusto Fred desculpara-se com veemência. Não tinha visto o patrão aproximar-se. 
Lorde William lembrou-se de que havia escapado de perigos semelhantes em Londres, na casa da mãe, que tinha obsessão por limpeza. 
Não esperava que isso também acontecesse ali no campo, no distante e tranquilo condado de Devon, onde a vida transcorria em ritmo lento. 
Antes da chegada de lorde William, os criados viviam ociosos, uma vez que ninguém aparecia na propriedade. 
Bem, lorde William estava de volta. E viera para ficar. Cansara-se das viagens e da vida fútil que havia tido, até então na sociedade londrina. 
Queria que Cranley Hall, o solar ancestral, voltasse a ter o esplendor do passado. 
Para isso, ele contratara empregados extras. 
Entretanto, os esforços bem-intencionados da criadagem eram, de certa forma, desperdiçados em Cranley Hall, que se deteriorava rapidamente, sem que o pudessem consertar. 
Lorde William achava que certas paredes só estavam de pé por causa da hera que as mantinha seguras pelos cantos. 
Havia goteiras no telhado, tábuas soltas no assoalho e falta de ladrilhos nos pisos. 
Mesmo assim, era sua casa. Uma das muitas que a família possuía e a sua favorita, apesar de semi-arruinada. 
Suas viagens o mantiveram fora da Inglaterra durante vários anos e, nesse período, Cranley Hall não fora bem-cuidado. I
sso, no entanto, iria mudar, graças ao empenho seu e dos criados. 
Até a biblioteca iria sofrer uma boa faxina. 
A governanta, senhora Diggory, e o mordomo, senhor Winkworth, que tinham a ajuda de moças da vila, usavam vassouras, escovas, esfregões e flanelas como se fossem armas de guerra. William sorriu sem humor. —Espere só pra ver, Nefret! 
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