15 de setembro de 2012

Inocente Pecado

Um ardil inocente... ou uma teia de mentiras? 

Quando a astuta Emily se vê comprometida com dois pretendentes no mesmo dia, sua irmã gêmea, Elizabeth, ingenuamente, concorda em se fazer passar por ela. 
Convencida de que desfrutar de uma tarde com o galante Randall Thorpe será inofensiva, Elizabeth representa tão bem o papel de Emily, que fica arrasada ao saber que o garboso magnata pediu a mão de sua irmã em casamento. 
O ardil lhe custou uma chance ao amor... até que um mal-entendido providencia uma oportunidade irresistível de estar com o homem que lhe roubou o coração. 
Randall não consegue entender o que aconteceu à dama charmosa e atraente que ele cortejou. 
Uma vez casada, Emily se tornou cruel e vingativa. 
Afastá-la da vida social de Londres, que ela tanto ama, lhe parece um castigo adequado. 
Mas assim que viajam, sua esposa se mostra novamente a mulher doce e encantadora que ele conheceu. 
Agora, Randall está determinado a decifrar de uma vez por todas o estranho comportamento da esposa e descobrir a verdade sobre a mulher que ama tão apaixonadamente... 

Capítulo Um

Londres, Inglaterra, 1840 

—Você quer que eu faça o quê? — Elizabeth Worth encarou a irmã, Emily, com espanto. 
— Não precisa ficar tão chocada — Emily rebateu. — Afinal, não estou pedindo que doe a mim seu primeiro filho. 
— Não seja má, Emily. — Elizabeth sentou-se na beirada de sua cama. — Não me neguei a ajudá-la. 
— Então vai fazer o que lhe pedi? 
— Ainda não sei. Não me parece justo.
— Eu faria isso por você, se me pedisse! 
— Mas eu pedi, lembra-se? E você atirou um vaso de flores em mim! — Elizabeth recordou. 
O pai delas sempre dizia que as achava tão idênticas que sequer conseguia diferenciá-las. 
Porém, jamais afirmava tal coisa diante de Emily. 
Afinal, ela se ressentia por ter de partilhar tudo com Elizabeth, desde a atenção dos pais a aniversários e a própria imagem.
— Essa vez não conta. Tínhamos apenas seis anos. — Sem se preocupar com o tecido delicado do vestido de baile, Emily se jogou na poltrona. 
— Por que você sempre dificulta minha vida? 
— Por que sempre me culpa por seus problemas? 
Ser desperta de um curto, mas abençoado, sono foi mais um acréscimo ao desastroso dia de Elizabeth. Passara horas se enfeitando para um baile, ao qual não desejara comparecer, só para voltar pouco tempo depois porque o pai se sentira mal. 
Suas costas doíam após passar horas atendendo às ne-cessidades dele, na tentativa de lhe proporcionar conforto até que sua respiração voltasse ao ritmo normal. 
Emocional e fisicamente exaurida, Elizabeth enfim se recolhera havia menos de duas horas. 
— Durante dezoito anos, você gritou e esbravejou cada vez que uma pobre alma acidentalmente a confundia comigo ou vice-versa. Agora, às quatro horas da manhã, você entra em meu quarto para propor que troquemos de lugar. Não estou dificultando sua vida, Emily. Só estou estranhando a mudança tão repentina! 
Elizabeth atravessou o quarto e parou diante da bacia e do jarro de porcelana. Resignada, jogou água fria no rosto. O choque térmico reavivou sua disposição, tal qual pretendera. 
— Desculpe-me, Emily, não devia ter sido ríspida com você — Depois de atribuir aquele rompante de agressividade à fadiga, prometeu a si mesma descansar ao final da tarde. 
— Claro que não devia ter sido ríspida comigo. — Emily se levantou. 
— Se não quiser fingir que sou eu, basta dizer. 
— Fingir... 

Um comentário:

Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!