Gades é a escrava do romano que devastou sua cidade, o homem que assassinou seus amigos, familiares e conhecidos.
Ela odeia seu dono, embora nunca tenha sofrido abuso, deixou-a aos cuidados do vilicus da vila, um ancião liberto chamado Orseis, que cuidava dela e da pequena Claudia, a quem Gades se sente obrigada a proteger.
Marco Valerio, de origem plebeia, volta para casa convertido em Pretor.
Após inúmeras façanhas no campo de batalha, para conquistar novos territórios e um lugar entre a classe aristocrática, ele decide parar por um tempo em busca de um pouco de paz e sossego.
Mas os deuses parecem divertir-se muito com ele, ao fazê-lo desejar com uma intensidade desconhecida a uma das escravas hispânicas que não se lembrava de ter em sua casa e que tinha tentado assassiná-lo.
Surge entre eles uma estranha relação de mestre e escravo, homem e mulher, inimigo contra inimigo. Desde o início, ele faz com que pareça que tem o poder absoluto sobre o seu corpo e sua pessoa, embora ela não se entregue facilmente, e apesar de ter de submeter-se a vontade do Romano, sempre consegue fazer algo que lhe dá uma pequena vitória entre a luta de vontades.
Algo inesperado faz com que seja forçado a libertá-la, apesar de que seu coração se recuse a deixá-la ir.
Em pleno século II antes de Cristo, com a primeira revolta de escravos como pano de fundo, esta é a história de um pretor romano, uma escrava hispânica, um amor e um ódio, Marco e Gades. Destinados ao amor, condenados a enfrentar-se.
Capítulo Um
Sabínia, 134 a.C.
-Vamos moça, não te entretenha—gritava outra vez Orseis - O senhor está a ponto de retornar e a vila deve estar preparada, sobre tudo seu dormitório. Faz muito tempo que Marco está fora de casa e tudo deve estar impecável a sua volta.
Gades arrumou os lençóis na cama do amo ou, melhor dizendo, da besta, como mentalmente se dirigia a pessoa que as tinha rebaixado ao status de escravas, o que não significava outra coisa que ser um simples objeto, a mera propriedade de alguém, uma coisa sem outra finalidade do que o uso e desfrute de seu proprietário. Felizmente seu amo se esqueceu delas no primeiro momento, deixando-as ao cuidado do ancião Orseis, que se encontrava a cargo de tudo referente à vila com exceção da gestão dos vinhedos.
O ancião tinha sido um escravo de origem grega, presente do pai da besta a este quando era um adolescente, e a quem, surpreendentemente, o amo tinha concedido à alforria. Suspirou com pesar, ansiando a liberdade. Poderiam alcançá-las algum dia? Duvidava-o. Seu dono nunca as libertaria e isso era algo do que estava bastante segura, embora não saberia dizer por que.
Por muito que tentasse não conseguia compreender o motivo pelo qual Orseis nunca havia querido abandonar o romano, ficando junto a ele uma vez adquirida a condição de liberto, em troca de um salário, depois de tudo se tratava de um assassino, por muito bem que pagasse seus serviços, e duvidava de que tratasse com justiça a seus trabalhadores, muito menos a seus escravos.
Se ela algum dia alcançasse a liberdade, não duvidaria em retornar ao que fora seu lar na Hispânia, ajudaria a reconstruir sua cidade e procuraria a seu pai e a qualquer sobrevivente daquele funesto dia, no qual o romano apareceu em suas vidas para destruir tudo.
Tentaria refazer sua vida, começar de novo… Já basta Gades! Recriminou-se apertando os lábios movida pela frustração. Melhor pensar no que está acontecendo agora. Esticou os lençóis com mais força do que a desejada, depois de tudo, para elas tinha sido um bote salva-vidas que o grego estivesse na casa quando as trouxeram e por isso estava agradecida aos deuses.
Para que questionar os motivos do ancião em sua decisão de ficar junto à besta romana? A deusa Juno o tinha designado para que velasse por elas e aquilo não era a não ser um sinal dos deuses de que condenavam o ocorrido há alguns anos.
Só rezava para que Orseis também pudesse as manter a salvo dele.
Enquanto colocava o último almofadão as lembranças voltaram para ela como tantas vezes. Depois do massacre de Baelo-Claudia tinham sido levadas em um navio rumo a Lácio e, apesar de que em um primeiro momento acreditou que as venderiam em um leilão público, como a todos os outros, foram transportadas até Sabínia, a morada da besta, onde as deixaram aos cuidados de Orseis.
Oi, os livros que são apresentados no blog me faz pirar para lê, porém não consigo baixar... sinto muito...
ResponderExcluirOlá Moreira, o arquivo é um lançamento e vc faz parte do grupo GTR, até o servidor do grupo é o mesmo, então seu comentário é abrangente pode ser várias coisas como no celular que requer um aplicativo, o navegador ou nem vc faz parte do grupo do facebook...leia ajuda ou pergunte novamente dando mais informações o porque não consegue. bjs
ExcluirA história tinha tudo pra ser maravilhosa. Mais sabe falta aquela pitadinha.os dois protagonistas tem uma gênios..uii uii, só que a maior parte do livro se passa no pensamentos deles. Isso deixa vc um pouco cansada. Só tem uma cena hot, as restante São bem resumida. Resumo um livrinho bom.
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