Um duque, uma solteirona, um falso noivado. O que poderia dar errado?
Por quatro temporadas, Lady Eunice ficou bastante satisfeita em ser uma solteirona invisível. Com óculos, desalinhada e maltratada por sua mãe autoritária, tudo o que ela realmente desejava era desaparecer de Londres quando atingisse a maioridade para herdar sua fortuna. O repentino reaparecimento de seu amor de infância, o arrojado Theodore Belhurst, logo a faz mudar de ideia, e Lady Eunice decide que deseja se casar, afinal. Mas como é que uma garota tão comum, que muitas vezes é chamada de "Lady Quem?" pode atrair a atenção do favorito da sociedade? Ora, ela pede a ajuda de um duque, é claro! Um falso noivado com o arrogante, abrasivo e pecaminosamente belo duque de Belmont certamente fará Theodore notá-la. Não importa que ela tenha que subornar o homem para concordar com sua proposta, nem o fato de que ela não aguenta seus modos arrogantes, desde que ele a ajude a conquistar o coração de Teodore, Eunice decide que pode suportar fingir ser sua noiva por enquanto. Mas, quando ela começa a ver por baixo do exterior duro do duque, e a enxergar o homem ferido, Eunice começa a se perguntar se realmente não está perseguindo o homem errado... Aubyn Euripides Charles Cantwell, Sexto Duque de Belmont, não estava procurando entrar em um falso noivado, mas quando uma solteirona intrometida sugere tal coisa e ameaça sua operação como um espião da Coroa, ele se encontra nessa situação. Apesar de sua relutância inicial para o esquema da "cérebro de lebre", Aubyn logo se encontra encantado pela amável e corajosa Lady Eunice. Uma infância turbulenta o deixou com cicatrizes e incerto se poderia se casar, mas quando Eunice se delicia em revelar seu lado suave, Aubyn se pergunta se ela pode ser a mulher que o ajudará a libertar-se de seu passado sombrio. Conforme as semanas passam e Eunice fica cada vez mais perto de conquistar o charmoso, mas irresponsável, Theodore, Aubyn percebe que deve agir rapidamente para garantir que não perca sua falsa noiva.
Capítulo Um
Série Gêmeas Fairfax
Capítulo Um
Aubyn Euripides Charles Cantwell, sexto duque de Belmont, olhava seu arqui-inimigo friamente do outro lado da sala. Seus olhos azuis ficaram quase castanhos, quando Aubyn e seu mais odiado inimigo se enfrentaram em uma batalha de vontades. Ele não seria o primeiro a piscar, Aubyn pensou teimosamente, sua boca generosa definida em uma linha sombria. Ele era um duque. Não permitiria que algum inimigo mal-educado o fizesse se sentir mal recebido na casa de sua própria mãe.
— Oh, por Deus, Aubyn — Beatrice, Duquesa viúva de Belmont, disse com um suspiro, ao entrar na sala de estar e avistar seu único filho olhando carrancudo para seu amado Lilliput. — Sente-se em outro lugar. Você sabe que Lily gosta de sentar-se na espreguiçadeira
— Lilliput é um cachorro mãe — Aubyn respondeu com um suspiro. — A escolha de seus assentos preferidos não precede a minha. E, além disso, você não deve permitir que ele suba na mobília, esta é uma Hepplewhite original que ele está babando toda.
— Ele se senta onde quiser — Beatrice disse, enquanto ela mesma se sentava no sofá e acenava para uma empregada que esperava para buscar o chá. Como se para corroborar o argumento dela, Lilliput levantou-se de sua posição régia no sofá Confidante, caminhou pela sala e subiu no sofá ao lado de Beatrice, antes de pousar a cabeça gigante em seu colo.
— Ele é muito grande para achar que pode subir em você — Aubyn resmungou, enquanto se sentava no assento que o São Bernardo acabara de desocupar.
— Não é sua culpa se ele acha que é pequeno — sua mãe replicou, olhando carinhosamente para a besta gigantesca descansando em seu colo. Ela estava certa, Aubyn pensou, com uma careta de aborrecimento. Ele havia ganhado Lilliput alguns anos atrás, de um homem bastante inescrupuloso no Crockford's, que jurara solenemente que o filhote seria como um cãozinho de estimação. Aubyn, que não sabia nada sobre cães e estava profundamente embriagado, havia aceitado a palavra desse sujeito como verdade, pois na época o pequenino Lilliput cabia na palma de sua mão.
Pensando que o cachorro poderia ser um bom companheiro para sua mãe, Aubyn o deixara com ela no dia seguinte, apenas para retornar uma semana depois e descobrir que o filhote havia crescido até o tamanho de uma ovelha. Algumas semanas depois, Lilliput estava do tamanho de uma cabra. Um mês depois disso, do tamanho de um pônei. Então, finalmente, com três anos de idade, o pequeno Lilliput tinha crescido completamente e agora era de um tamanho que não era muito diferente de uma vaca pequena. Apesar de suas enormes proporções, no entanto, o pobre cão nunca tinha esquecido aquelas primeiras semanas de sua vida quando fora criado como um cachorrinho de colo e, como tal, ainda parecia pensar que era pequeno o suficiente para caber em qualquer lugar. Quaisquer esforços da parte de Aubyn para treinar o cão tinham encontrado forte resistência e agora a besta, babando, detestava a própria visão do duque e rosnava toda vez que o via.
— Você não comparecerá ao baile de lorde Belhurst? — Beatrice perguntou ao filho, quando a empregada voltou com uma bandeja de refrescos. Aubyn esperou que a garota servisse duas xícaras, antes de responder
— Eu não devo ir, mãe — ele disse, enquanto a empregada discretamente desaparecia no fundo. — O boato é que Belhurst está usando o baile como um meio de exibir seu filho mais novo diante de todas as solteiras de Londres, com o objetivo de casá-lo. O mercado de casamento não é exatamente o meu tipo de cenário, como você sabe.
— Sim, Deus o proteja de ser visto na mesma sala que um grupo de respeitáveis moças — sua mãe concordou com uma grande dose de sarcasmo em seu tom. Aubyn a ignorou e tomou outro gole de chá, desejando silenciosamente que fosse misturado com algo um pouco mais forte do que limão.
Sua mãe era uma mulher calma e agradável, mas quando ficava aborrecida com alguma coisa, ficava muito teimosa. Ultimamente, ela havia demonstrado desdém pela decisão de Aubyn de permanecer solteiro, deixando seu primo Barty herdar o título ducal. Essa desaprovação tornara suas visitas semanais, geralmente agradáveis, bastante conflitantes. A mãe de Aubyn conhecia muito bem o porquê dele não se casar e deixar alguma pobre garota gerar um par de filhos para ele.
Ela sabia melhor do que a maioria, na verdade, porque se casara com um homem igual a Aubyn e vivera com as consequências disso por mais de uma década. Ninguém pensaria, olhando para ela agora, que Beatrice havia sofrido um dia em sua vida, mas desde o momento em que se casara com o quinto duque, o pai de Aubyn, até o dia em que o enterrara, sua vida fora cheia de sofrimento. Para o mundo lá fora, o falecido duque de Belmont era considerado uma figura charmosa e carismática, mas a portas fechadas era algo totalmente diferente. A infância de Aubyn fora prejudicada pelo temperamento agressivo de seu pai, que podia ser desencadeado pelas menores coisas. Uma almofada fora do lugar, ou uma marca de arranhão no chão, muitas vezes era o suficiente para desencadear uma reação cruel do duque.
Série Gêmeas Fairfax
03- A importancia de ser Eunice
Série concluída
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!