Um duque com cicatrizes de batalha.
Uma noiva substituta. Um segredo perigoso que os aproxima. A Birdie de mentalidade prática acaba sendo prática e obediente. Ela fará de tudo para conseguir uma mudança, até mesmo trocar de lugar com uma noiva infeliz e se casar com um completo estranho na Escócia. Mal sabe ela que quando viajar para a Escócia com uma nova identidade, ela encontrará uma aventura, um castelo assombrado… e amor.
Capítulo Um
Capítulo Um
A garota estava chorando desde York. Soluços torturavam seu corpo esguio no ritmo do movimento da diligência do correio. Ela pressionava um lenço no rosto enquanto seus ombros tremiam. Os passageiros restantes ignoravam a garota, ou olhando incisivamente pela janela para os campos encharcados de chuva, ou para baixo em seus livros ou agulhas de tricô.
A honorável Roberta Talbot, conhecida por seus amigos como Birdie, achava isso intolerável. A dor da menina perfurava sua alma. Quando a buzina da diligência soou, anunciando sua chegada à estalagem, Birdie decidiu que teria que fazer algo a respeito. Porque ninguém mais faria. Birdie para o socorro. Como sempre.
— Cuide da bagagem, Mary — disse ela à criada, que esteve olhando pela janela com uma cara azeda pela última meia hora. — Eu a encontro lá dentro. Mary apertou os lábios em uma linha fina. Quando os passageiros desceram, a garota os seguiu, tropeçando no último degrau e quase caindo na lama. Birdie a segurou pelo cotovelo.
— Tenho certeza de que uma boa xícara de chá fará bem a nós duas — Birdie tagarelou enquanto conduzia a garota através da chuva até a entrada da estalagem. O calor e o cheiro da comida as saudaram. — E alguns biscoitos, sim? Olha, eles até têm um bom fogo aceso ali. — Birdie conduziu a garota atordoada pela taverna até uma mesa mais próxima à lareira e a empurrou para uma cadeira. Suas lágrimas pararam e ela encontrou o olhar de Birdie com olhos vermelhos e inchados.
— Qual é o seu nome, criança? — Birdie perguntou, sentindo-se tão velha quanto a própria avó. Ela se sentou em uma cadeira e deu um tapinha na mão da garota. Birdie tinha acabado de fazer 21 anos. Antiguíssima, quando alguém já estava encalhada antes mesmo de debutar. Não que ela já tivesse tido uma chance para começar; ela sentia que tinha nascido velha. Com um suspiro, Birdie tirou o chapéu encharcado e afastou mechas de cabelo desgrenhado da bochecha. Oh, céus. Ela provavelmente parecia uma bruxa, enrolada nesses xales que a faziam parecer ainda mais gorda do que já era. Não admira que nenhum homem olhasse para ela duas vezes.
— Cecily — sussurrou a garota. — Cecily Burns. — Seus lábios tremeram novamente. Ela engoliu em seco e as lágrimas encheram seus lindos olhos azuis de porcelana. Com o fogo tremeluzindo sobre seus cabelos dourados, ela parecia uma princesa de fadas. A menina era uma verdadeira beleza: a pele, a figura esguia, os cachos em espiral. Você poderia enrolar o cabelo ruivo de Birdie até o dia do juízo final, e ele ficaria sem cachos e crespo. Era a desgraça e o desespero de sua criada. Nenhum Leite de Rosas ou Dew Olympian poderia eliminar o punhado de sardas em seu nariz. A moda atual era desfavorável para Birdie; fazia com que sua figura atraente parecesse rechonchuda ou grávida. Ela havia se resignado a tudo isso há muito tempo. Não havia nada a ser feito sobre isso.
— Pronto, pronto. Tenho certeza de que não é tão ruim assim. Oh, aí vem o chá! — Birdie sorriu para a mulher que serviu a elas uma bandeja com chá bem quente e um prato de biscoitos amanteigados. Seu estômago roncou.
— Aqui está, senhora — murmurou a mulher. Até a esposa do estalajadeiro achava que ela era tão velha quanto assim era.
— Ótimo. — Birdie aceitou o chá e os biscoitos com um sorriso. — Obrigada. Mas também vou precisar de algo mais fortificante. Uma boa refeição completa. O que você tem?
— Temos ensopado de cordeiro — ofereceu a mulher.
— Perfeito. Dois pratos, então. Com um pouco de pão fresco — Birdie respondeu. — Vamos precisar de nossos quartos em breve. Certamente eles já estão arejados e o fogo aceso. — Ela sorriu para a mulher. Como filha de um barão forçada a cuidar de sua família composta por duas irmãs, um irmão rebelde, uma mãe extravagante, dois cachorros, um papagaio e um gato, ela sabia como administrar seu ambiente. Caso contrário, nada funcionaria. Seus dias de escola, passados no Internato da Srta. Hilversham para Moças, pareciam férias em comparação. Embora, mesmo lá, ela tenha sido a garota que oferecia soluções para os problemas. Quem organizou o piquenique da meia-noite? Quem pensou em lubrificar a porta que rangia? Quem evitou que duas meninas se afogassem ao cair em um poço? Birdie. Sempre, Birdie.
— Alguns tijolos quentes na cama serão apreciados — acrescentou Birdie. — Vejo que dirige um lugar excelente, aqui.
— Sim, senhora. — A mulher se endireitou. — Vou cuidar disso imediatamente. Virando-se para Cecily, Birdie disse:
— Eu sou a Srta. Roberta Talbot. A garota olhou para ela com olhos tristes. — É tão ruim quanto parece — disse ela em uma voz tão baixa que Birdie mal a entendeu. Curvando-se para a frente, Birdie perguntou: — O quê?
03- Birdie e o Duque Solitário
04- próximo a lançar.
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!