Sir Carlton Morley é famoso por ter uma vontade extraordinária, foco singular e um senso impiedoso de justiça. Como homem, ele garantiu sua fortuna e sua proeminência como inspetor-chefe implacável da Scotland Yard. Como um soldado condecorado, ele era uma lenda por seu inabalável dedo no gatilho, sua precisão na batalha e sua força imperturbável. Mas como garoto, ele tinha sido outra pessoa. Um gêmeo, um ladrão e um assassino, até que a tragédia o remodelou. Agora ele persegue a noite, em busca de redenção e retribuição, prometendo nunca ceder à tentação, pois é apenas outra forma de fraqueza. Até que a tentação cai, literalmente, em seu colo, assumindo a forma de Prudence Goode. Espera-se que a prudente e adequada Pru se case e tenha uma pacata vida doméstica, mas antes de sucumbir ao seu destino, ela deseja apenas uma noite de paixão. Na noite em que ela a procura, se depara com um homem feito de sombras, músculos e ira… E decide que ele será o único.
Quando sua tempestade de paixão queima fora de controle, Morley descobre, tarde demais, que ele estava certo. A mulher tentadora tornou-se sua fraqueza. Uma fraqueza que seus inimigos podem usar contra ele.
Capítulo Um
Londres, 1880,
Prudence não desejava mais ser boa.
Ou melhor, ser uma Goode.
Foi por isso que ela parou no portão da Escola da Srta. Henrietta para Jovens Cultas à meia-noite, com o peito arfando e sua determinação desmoronando. Ela veio até aqui. E ela queria isso. Não queria?
Apenas uma última noite de liberdade. Uma noite criada por ela mesma. Uma escolha sua.
Uma noite de prazer antes de seu pai impingi-la ao nobre de mais alto escalão, desesperado o suficiente para tê-la aos vinte e nove anos.
Três meses. Três meses até que sua vida estivesse irreparavelmente arruinada, e ela teria que amar, honrar e obedecer ao mais notório idiota espírito-beberrão, amante, tagarela e rebelde de toda Blighty.
George Hamby-Forsyth, o sexto conde de Sutherland.
Ele se casaria com ela porque ela tinha um dote obsceno o suficiente para cobrir suas dívidas e ainda manter uma ou duas gerações.
Não porque ele a amasse.
Deus, que tola ela tinha sido!
Pela enésima vez, a tragédia de sua natureza ingênua a esbofeteou até que suas bochechas queimassem. Será que foi ontem que ela descobriu que seu noivado feliz era uma farsa? Que todos ao seu redor sabiam que ela seria infeliz e humilhada, e ainda esperavam que ela continuasse com aquilo?
Que as duas pessoas mais próximas dela no mundo não a amavam o suficiente para lhe dizer.
A cena a atormentaria para sempre, iluminada com a mesma nitidez do brilho do sol do fim da tarde do dia anterior. Cada decisão que ela tomou foi uma mistura perfeita de oportunidade e sorte, até que ela tropeçou em sua própria tragédia.
Pru estava agradavelmente exausta depois de passar um dia com as costureiras para preparar seu lindo enxoval de casamento. Acompanhada por sua irmã Honoria, e por sua melhor amiga e vizinha, a Sra. Amanda Brighton, de Farley-Downs Brightons.
— Vamos ao Hyde Park — Pru gesticulou expansivamente em direção ao parque em questão, balançando o braço de Amanda em sua ansiedade. — Estou morrendo de vontade de passar por Rotten Row e dar algumas voltas em Oberon.
— Estou pronta para isso. — Honoria, sua irmã mais velha – já casada – ergueu o nariz e semicerrou os olhos para a distância, onde a pista de cavalos coloquialmente conhecida como Rotten Row fervilhava com a aristocracia do império, tanto humana quanto equina.
Amanda tinha a idade mais próxima de Honoria que de Pru, que era três anos mais velha, mas ela e Amanda compartilhavam uma natureza alegre e enérgica que as tornava naturalmente travessas e, portanto, as amigas mais rápidas.
Honoria, embora fosse uma beleza, nasceu para ser uma matrona sombria e cumpria sua vocação com terrível autoconfiança.
— Eu não me importaria nem um pouco de examinar os novos cervos do mercado — Amanda disse com um sorriso alegre levantando sua miríade de sardas. Ela colocou um braço no de Pru e o outro no de Honoria, e quase arrastou as duas para a praça.
O passeio de Prudence ao longo da pista foi tão estimulante e satisfatório quanto ela imaginara. Amigos e conhecidos lhe deram sinceros parabéns, o que produziu o tipo de sorriso que ela sentia por inteiro.
A sensação diminuiu quando ela teve um breve encontro com Lady Jessica Morton, que era a razão pela qual todos a chamavam de “Prudunce” uando concluiu a escola. Mas até mesmo sua inimiga solteirona havia felicitado-a. Se o sorriso de Jessica fosse um cachorro, teria sido chamado de rosnado, e Prudence teve que lutar contra um surto de maldade vitoriosa.
O ciúme era uma cor tão pouco lisonjeira.
Ah, essa não era sua melhor qualidade, mas foi indescritivelmente bom ganhar, por falta de palavra melhor. Durante toda a sua vida, ela ficou em segundo lugar. A segunda mais velha e a segunda mais bonita das quatro, chamadas… garotas Goode.
Segunda casada também.
Mas com um conde!
Prudence não desejava mais ser boa.
Ou melhor, ser uma Goode.
Foi por isso que ela parou no portão da Escola da Srta. Henrietta para Jovens Cultas à meia-noite, com o peito arfando e sua determinação desmoronando. Ela veio até aqui. E ela queria isso. Não queria?
Apenas uma última noite de liberdade. Uma noite criada por ela mesma. Uma escolha sua.
Uma noite de prazer antes de seu pai impingi-la ao nobre de mais alto escalão, desesperado o suficiente para tê-la aos vinte e nove anos.
Três meses. Três meses até que sua vida estivesse irreparavelmente arruinada, e ela teria que amar, honrar e obedecer ao mais notório idiota espírito-beberrão, amante, tagarela e rebelde de toda Blighty.
George Hamby-Forsyth, o sexto conde de Sutherland.
Ele se casaria com ela porque ela tinha um dote obsceno o suficiente para cobrir suas dívidas e ainda manter uma ou duas gerações.
Não porque ele a amasse.
Deus, que tola ela tinha sido!
Pela enésima vez, a tragédia de sua natureza ingênua a esbofeteou até que suas bochechas queimassem. Será que foi ontem que ela descobriu que seu noivado feliz era uma farsa? Que todos ao seu redor sabiam que ela seria infeliz e humilhada, e ainda esperavam que ela continuasse com aquilo?
Que as duas pessoas mais próximas dela no mundo não a amavam o suficiente para lhe dizer.
A cena a atormentaria para sempre, iluminada com a mesma nitidez do brilho do sol do fim da tarde do dia anterior. Cada decisão que ela tomou foi uma mistura perfeita de oportunidade e sorte, até que ela tropeçou em sua própria tragédia.
Pru estava agradavelmente exausta depois de passar um dia com as costureiras para preparar seu lindo enxoval de casamento. Acompanhada por sua irmã Honoria, e por sua melhor amiga e vizinha, a Sra. Amanda Brighton, de Farley-Downs Brightons.
— Vamos ao Hyde Park — Pru gesticulou expansivamente em direção ao parque em questão, balançando o braço de Amanda em sua ansiedade. — Estou morrendo de vontade de passar por Rotten Row e dar algumas voltas em Oberon.
— Estou pronta para isso. — Honoria, sua irmã mais velha – já casada – ergueu o nariz e semicerrou os olhos para a distância, onde a pista de cavalos coloquialmente conhecida como Rotten Row fervilhava com a aristocracia do império, tanto humana quanto equina.
Amanda tinha a idade mais próxima de Honoria que de Pru, que era três anos mais velha, mas ela e Amanda compartilhavam uma natureza alegre e enérgica que as tornava naturalmente travessas e, portanto, as amigas mais rápidas.
Honoria, embora fosse uma beleza, nasceu para ser uma matrona sombria e cumpria sua vocação com terrível autoconfiança.
— Eu não me importaria nem um pouco de examinar os novos cervos do mercado — Amanda disse com um sorriso alegre levantando sua miríade de sardas. Ela colocou um braço no de Pru e o outro no de Honoria, e quase arrastou as duas para a praça.
O passeio de Prudence ao longo da pista foi tão estimulante e satisfatório quanto ela imaginara. Amigos e conhecidos lhe deram sinceros parabéns, o que produziu o tipo de sorriso que ela sentia por inteiro.
A sensação diminuiu quando ela teve um breve encontro com Lady Jessica Morton, que era a razão pela qual todos a chamavam de “Prudunce” uando concluiu a escola. Mas até mesmo sua inimiga solteirona havia felicitado-a. Se o sorriso de Jessica fosse um cachorro, teria sido chamado de rosnado, e Prudence teve que lutar contra um surto de maldade vitoriosa.
O ciúme era uma cor tão pouco lisonjeira.
Ah, essa não era sua melhor qualidade, mas foi indescritivelmente bom ganhar, por falta de palavra melhor. Durante toda a sua vida, ela ficou em segundo lugar. A segunda mais velha e a segunda mais bonita das quatro, chamadas… garotas Goode.
Segunda casada também.
Mas com um conde!
1-Seduzindo um estranho
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!