Capturado e torturado pelos franceses, Christian Severn, duque de Mercia, sobrevive prometendo se vingar de seus algozes. Antes que o duque possa buscar sua versão de justiça, Gillian, Condessa de Greendale, lembra-lhe que sua filhinha sofreu muito em sua ausência e precisa desesperadamente de seu pai.
Até que ele entrega seu coração… Gilly suportou seu casamento difícil evitando confrontos e mantendo a paz a qualquer custo. A devoção de Christian a sua filha e sua bondade para com Gilly lhe dão esperança de que ela possa desfrutar de um futuro com ele, pois certamente ele, de todos os homens, compartilha de seu ódio pela violência de qualquer forma. Mal sabe Gilly, a batalha pelo coração de Christian está apenas começando.
Capítulo Um
Em seu inferno pessoal, Christian Donatus Severn, oitavo duque de Mercia, considerou os dias pedagógicos os piores de um lote horrível… também os mais preciosos. Os dias em que seus captores usavam seu sofrimento para ensinar a arte arcana do interrogatório podiam custar-lhe sua sanidade, até mesmo sua honra, mas também garantiam que algum dia, alguma noite, em alguma eternidade se necessário, teria a mais doce das satisfações… vingança.
— Você vê diante de você a forma mortal de um homem outrora grande e poderoso, soldado — disse Girard, andando lentamente entre a mesa em que seu prisioneiro havia sido amarrado e a parede de pedra úmida onde o soldado estava em posição de sentido.
Girard não tinha pressa, uma característica necessária em um torturador. Grande, moreno e magro, parte dos corsários. Girard via como Christian entrava no caminho desesperador das mentes daqueles que ele torturava.
— Nosso duque ainda é grande, a meu ver — continuou Girard — porque Sua Graça não quebrou, como dizem os ingleses.
Girard tagarelava em seu francês com sotaque sutil e, apesar de querer o contrário, Christian traduzia facilmente. Enquanto os elogios irônicos e a devoção patriótica de Girard se misturavam em uma conversa curiosamente hipnotizante, o superior de Girard, Henri Anduvoir… o aspirante a intendente… se escondia nas sombras.
A má conduta dos superiores de um soldado não era algo exclusivo do exército de Wellington. Girard se aperfeiçoou a extrair a verdade daqueles que relutavam em se separar dela, e a dor era apenas uma ferramenta à sua disposição.
Anduvoir, uma alma mais simples e de certa forma mais maligna, era claramente viciado em ferir os outros para seu próprio entretenimento.
Christian encheu sua mente com a adorável verdade de que um dia Anduvoir também sofreria, e sofreria, e sofreria.
— Mesmo assim. Nosso duque ainda não quebrou — continuou Girard. — Eu o desafio, soldado, a inventar o tormento ou o prêmio que o quebrará, mas tenha em mente que nosso desafio cresce quanto mais Sua Graça se calar. Quando o bom Deus do alto colocou Mercia em nossas mãos há tantos meses, procuramos saber por qual passagem Wellington passaria suas tropas. Nós sabemos agora, então qual, eu lhe pergunto, é o objetivo do exercício? Por que não simplesmente jogar esta carcaça viva para os lobos?
Sim, por favor, Deus, por que não?
Capítulo Um
Em seu inferno pessoal, Christian Donatus Severn, oitavo duque de Mercia, considerou os dias pedagógicos os piores de um lote horrível… também os mais preciosos. Os dias em que seus captores usavam seu sofrimento para ensinar a arte arcana do interrogatório podiam custar-lhe sua sanidade, até mesmo sua honra, mas também garantiam que algum dia, alguma noite, em alguma eternidade se necessário, teria a mais doce das satisfações… vingança.
— Você vê diante de você a forma mortal de um homem outrora grande e poderoso, soldado — disse Girard, andando lentamente entre a mesa em que seu prisioneiro havia sido amarrado e a parede de pedra úmida onde o soldado estava em posição de sentido.
Girard não tinha pressa, uma característica necessária em um torturador. Grande, moreno e magro, parte dos corsários. Girard via como Christian entrava no caminho desesperador das mentes daqueles que ele torturava.
— Nosso duque ainda é grande, a meu ver — continuou Girard — porque Sua Graça não quebrou, como dizem os ingleses.
Girard tagarelava em seu francês com sotaque sutil e, apesar de querer o contrário, Christian traduzia facilmente. Enquanto os elogios irônicos e a devoção patriótica de Girard se misturavam em uma conversa curiosamente hipnotizante, o superior de Girard, Henri Anduvoir… o aspirante a intendente… se escondia nas sombras.
A má conduta dos superiores de um soldado não era algo exclusivo do exército de Wellington. Girard se aperfeiçoou a extrair a verdade daqueles que relutavam em se separar dela, e a dor era apenas uma ferramenta à sua disposição.
Anduvoir, uma alma mais simples e de certa forma mais maligna, era claramente viciado em ferir os outros para seu próprio entretenimento.
Christian encheu sua mente com a adorável verdade de que um dia Anduvoir também sofreria, e sofreria, e sofreria.
— Mesmo assim. Nosso duque ainda não quebrou — continuou Girard. — Eu o desafio, soldado, a inventar o tormento ou o prêmio que o quebrará, mas tenha em mente que nosso desafio cresce quanto mais Sua Graça se calar. Quando o bom Deus do alto colocou Mercia em nossas mãos há tantos meses, procuramos saber por qual passagem Wellington passaria suas tropas. Nós sabemos agora, então qual, eu lhe pergunto, é o objetivo do exercício? Por que não simplesmente jogar esta carcaça viva para os lobos?
Sim, por favor, Deus, por que não?
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Oiii você não vai sair sem comentar nada vai? Ou que tal indicar o que leu. Ou então uma resenha heheheheh...Todo mundo agradece, super beijo!