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29 de setembro de 2011

A Intrusa



Dama Mascarada...

Kate Brantley se disfarça de rapaz para espionar Alexander Cale, o lorde inglês que o pai dela suspeita estar envolvido no bloqueio do transporte de certos carregamentos para a França.
Não demora para Alex descobrir que atrás das roupas amarfanhadas e do linguajar grosseiro, esconde-se uma jovem adorável, embora petulante demais para seu gosto. Alex está determinado a descobrir o verdadeiro motivo que levou o pai de Kate a lhe pedir para hospedar o "filho" por duas semanas, pois o pretexto utilizado não o convence.
À medida que a teia de conspiração se enrosca à volta de Alex, ele se rende aos encantos da intrigante Kate, antes mesmo de vê-la vestida como mulher, pela primeira vez. num baile de máscaras.
Apaixonado por uma espiã inimiga, Alex precisa escolher entre o senso de dever e o anseio de proteger a mulher que ama...

Capítulo Um

— Ande direito, Kit. Estamos perto. — Stewart Brantley virou a cabeça para trás, olhou para a filha com expressão aborrecida e enterrou o chapéu encharcado na cabeça.
No meio da noite, Kate seguia o pai desajeitadamente pelas ruas molhadas. Stewart hesitou antes de enveredar por uma avenida larga, iluminada por lampiões a gás e por relâmpagos ocasionais. Desde que haviam desembarcado em Dover, a tempestade não amainara. No escuro e debaixo de chuva, Kate mal reconhecia a cidade de Londres, que havia muito tempo não visitava.
— Não consigo. Estou congelada — disse, batendo os dentes.
— Achei melhor não vir a Mayfair de carruagem alugada e pedir ao cocheiro para nos levar a Park Lane a esta hora...
— Eu sei. Despertaria suspeitas. — Kate passou a mão enluvada no rosto molhado pela chuva. — Acha que o conde de Everton nos receberá?
— Claro. Ele está em grande dívida comigo. Um trovão ribombou sobre os telhados das mansões mais nobres e abastadas da Inglaterra.
— É o que espero. Sejria lastimável ter saído de Paris para nada.
— Eu não teria vindo, se não tivéssemos um excelente motivo. Você sabe muito bem do que se trata.
Kate fungou e fez uma careta.
Esperava não se resfriar.
O pai detestava a Inglaterra e os ingleses. Aceitar ir para Londres era um sinal de como aquela viagem era importante. Segundo ele mesmo dissera, era uma questão de vida ou morte.
— Eu sei. — Kate teve de correr para seguir o pai que apressara o passo. — Mas não gosto da idéia de agir como espiã.
— Não será espiã, Kit. — O desconforto causado pela chuva ajudava a dissipar a já escassa paciência de Stewart. — Fouché vai cortar a minha cabeça... e a sua também...

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