Louisa Wentworth sabe que nunca encontrará um bom partido, por causa da precária condição financeira de sua família. Resignada a permanecer solteira, a linda e orgulhosa dama concorda em ser acompanhante de uma jovem herdeira americana que está à procura de um marido nobre nos conturbados círculos sociais de Londres.
O atraente duque de Hawkhurst precisa se casar com uma herdeira rica para beneficiar a própria família, e a abastada jovem americana, sita. Jenny Rose, é a noiva ideal. Mas a irritante dama de companhia da moça parece determinada a manter os dois afastados. E o pior de tudo é que Hawk se sente muito mais atraído pela estonteantemente bela Louisa do que por Jenny!
Desesperado, ele arquiteta um plano para forçar Jenny a desposá-lo. Mas quando é a adorável Louisa quem cai em sua sensual armadilha, aquele jogo romântico toma um rumo dos mais inesperados...
Capítulo Um
Londres, 1888
Dama de origem nobre oferece-se como companhia para jovens americanas. Excelentes referências. Favor enviar pedido de entrevista aos cuidados de lady Louisa Wentworth.
O que significa isto?! Louisa esquivou-se da folha de jornal que o irmão agitava à frente dela, zangado. Com uma calma estudada, limpou os lábios com o guardanapo e o pousou ao lado do prato de mingau.
— Um anúncio.
— Um anúncio — repetiu ele, com um sarcasmo que provocou em Louisa um arrepio na espinha. — Para ser dama de companhia!
— Isso mesmo. Inclusive, já tenho uma entrevista marcada para agora de manhã. Portanto eu agradeceria se me deixasse terminar meu desjejum.
— Não vai ser dama de companhia coisa nenhuma!
Louisa sentiu o estômago se apertar. Depois de ter pesado todos os prós e contras daquela decisão, e ter concluído que não dispunha de melhor alternativa, não permitiria que o irmão nem ninguém a impedisse de concretizar aquele plano.
— Tenho vinte e seis anos, Alex. Já sou madura o bastante para tomar minhas próprias decisões. Ser acompanhante é uma posição mais do que respeitável para a filha de um lorde.
— Como pode ser acompanhante se você mesma precisa de uma?
Ela afastou a cadeira da mesa e se pôs em pé para encarar os olhos azuis e faiscantes do irmão. Por um segundo, perguntou-se se os dela adquiriam o mesmo tom escuro em meio à raiva.
— Uma dama precisa manter a própria reputação quando tem a mínima chance de ser cortejada. Não é o meu caso e você sabe muito bem disso!
Alex deixou cair o queixo diante da explosão, porém não retorquiu.
— Não tenho nenhum dote, meu irmão. Já é hora de encararmos a realidade... Não possuímos nada de valor.
— Temos a nós mesmos!
— Permita-me colocar melhor as palavras: você tem seu valor. Pelo menos possui um título. Eu não tenho nada. Nenhum dote, nenhuma propriedade, nenhuma esperança de atrair um marido apenas pelos meus lindos olhos.
— Não é possível que não exista um homem inteligente neste mundo capaz de lhe dar o valor que você merece!
Capítulo Um
Londres, 1888
Dama de origem nobre oferece-se como companhia para jovens americanas. Excelentes referências. Favor enviar pedido de entrevista aos cuidados de lady Louisa Wentworth.
O que significa isto?! Louisa esquivou-se da folha de jornal que o irmão agitava à frente dela, zangado. Com uma calma estudada, limpou os lábios com o guardanapo e o pousou ao lado do prato de mingau.
— Um anúncio.
— Um anúncio — repetiu ele, com um sarcasmo que provocou em Louisa um arrepio na espinha. — Para ser dama de companhia!
— Isso mesmo. Inclusive, já tenho uma entrevista marcada para agora de manhã. Portanto eu agradeceria se me deixasse terminar meu desjejum.
— Não vai ser dama de companhia coisa nenhuma!
Louisa sentiu o estômago se apertar. Depois de ter pesado todos os prós e contras daquela decisão, e ter concluído que não dispunha de melhor alternativa, não permitiria que o irmão nem ninguém a impedisse de concretizar aquele plano.
— Tenho vinte e seis anos, Alex. Já sou madura o bastante para tomar minhas próprias decisões. Ser acompanhante é uma posição mais do que respeitável para a filha de um lorde.
— Como pode ser acompanhante se você mesma precisa de uma?
Ela afastou a cadeira da mesa e se pôs em pé para encarar os olhos azuis e faiscantes do irmão. Por um segundo, perguntou-se se os dela adquiriam o mesmo tom escuro em meio à raiva.
— Uma dama precisa manter a própria reputação quando tem a mínima chance de ser cortejada. Não é o meu caso e você sabe muito bem disso!
Alex deixou cair o queixo diante da explosão, porém não retorquiu.
— Não tenho nenhum dote, meu irmão. Já é hora de encararmos a realidade... Não possuímos nada de valor.
— Temos a nós mesmos!
— Permita-me colocar melhor as palavras: você tem seu valor. Pelo menos possui um título. Eu não tenho nada. Nenhum dote, nenhuma propriedade, nenhuma esperança de atrair um marido apenas pelos meus lindos olhos.
— Não é possível que não exista um homem inteligente neste mundo capaz de lhe dar o valor que você merece!