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13 de agosto de 2010

Série Família Griffin

1 - MARIDO POR ENCOMENDA



A espera de um marido sedutor....

Eleanor Griffin sabe que um dia terá de se casar, mas até que esse dia chegue, ela quer flertar e namorar, como qualquer outra jovem de sua idade.
Entretanto, temeroso de que a irmã se envolva em um escândalo, o duque de Melbourne pede a seu melhor amigo, Valentine, que fique de olho na espevitada Eleanor....
Não poderia existir, em toda Londres, um acompanhante menos qualificado do que Valentine Corbett, um homem tão libertino e devasso quanto bonito e atraente.
Um conquistador incorrigível...e por quem Eleanor é apaixonada desde desde menina! Mas quem diria que Valentine seria capaz de se comportar de maneira tão honrosa e respeitável, como um perfeito cavalheiro, apesar do brilho de desejo que ilumina seus olhos sedutores? E Eleonor precisa tomar cuidado, pois ela prometeu se casar imediatamente com o homem escolhido por seus irmãos, ao menor sinal de escândalo...

Capítulo Um

Valentine Corbett, o marquês de Deverill, tomou um gole de uísque.
— Vamos ter encrenca, Lydia — ele murmurou.
— Não por parte de meu marido, suponho. — Lady Franch levantou a cabeça, interrompendo o que fazia naquele momento.
— Não, seu marido continua ocupado com Geneviève DuMer.
— Safado. — Lady Franch abaixou a cabeça novamente. Depois, olhou, curiosa, para o marquês.
— A que está se referindo, Valentine?
— John Priestley está colocando um bracelete de pérolas no pulso de Eleanor Griffin. — o marquês afastou mais a cortina, por onde podia ver o que acontecia no salão. — Os dois estão parados na frente de todos, incluindo os três irmãos de lady Griffin. Duvido muito que o duque de Melbourne aprove que a irmã aceite presentes de um cavalheiro em público, principalmente de um idiota que não pode nem ser considerado um pretendente à mão de Eleanor.
— Está mais interessado no que acontece no salão do que em mim? — lady Franch reclamou. — Não mais o satisfaço, Valentine?
O marquês suspirou. Mesmo excitado, nunca perdia o controle das emoções.Nem mesmo fechava os olhos quando uma mulher o estimulava sexualmente, por mais que tal atitude lhe desse prazer.
Lydia se recompôs e aceitou o copo de uísque que o amante estendia.
Valentine voltou a atenção ao que acontecia no salão.
— Acredito que seu marido possa estar procurando a esposa.
— Oh, sim, mas, já que ele não enxerga bem, não precisamos nos preocupar. Oh, querido, estarei na festa dos Beckwith na quinta-feira. — Lady Franch ajeitou o vestido. — E eles têm um jardim tropical adorável.
— E com muito pouca iluminação, pelo que ouvi dizer. — Dando um passo para o lado, Valentine permitiu que lady Franch retornasse ao salão primeiro.
Encostou-se na parede por um momento, ainda observando o que atraíra sua atenção havia pouco.
Eleanor Griffin era uma tola. Não apenas continuava com o bracelete em seu pulso, como parecia encorajar o rapaz, rindo com o que ele dizia.
Valentine deu uma olhada para o lado, localizando o irmão mais velho de Eleanor. Sebastian, o duque de Melbourne, continuava a conversar com lorde Tomlin, mas Deverill o conhecia o suficiente para saber que não estava satisfeito.
Talvez a noite ainda oferecesse alguns momentos interessantes.
— Ele é um louco!



2 - COMO FISGAR UM MARIDO


Infalível sedução!

Para Zachary Griffin, nada pode ser mais interessante do que ensinar às lindas irmãs Witfeld algumas técnicas especiais para conquistar o coração de um homem e levá-lo ao altar...
Além disso, instigar a encantadora Caroline à tentação será incrivelmente delicioso!
Caroline é mais inteligente e a menos fútil das irmãs, mas Zachary ainda não se deu conta de que os insistentes olhares dela nada têm a ver com atração e sim com a oportunidade de ser admitida num ateliê de arte. Se ela conseguir retratar na tela aquele rosto másculo, aquela expressão aristocrática e aqueles ombros fortes, talvez seu sonho se torne realidade. Caroline, porém, logo começa a ter outro tipo de sonho...Um comportamento não muito apropriado para uma dama dedicada à sua arte...a menos que ela se dedique a amar!

Capítulo Um

— Por Deus, depressa com isso — murmurou para si lorde Zachary Griffin um segundo antes de, sem tirar os olhos do par que rodopiava pelo recinto, servir-se de uma taça de clarete da bandeja que o criado lhe oferecia.
Embora outros trinta casais dançassem no salão de baile de Tamberlake, era como se Zachary não os visse.
Assim como também mal reparava no grupinho de jovens que, coladas à parede, vinham se aproximando dele aos pouquinhos.
Em circunstâncias normais, dançar com mocinhas encantadoras seria a ordem do dia num evento como aquele. Nessa noite, porém, a prioridade era outra.
Dançar ficaria para mais tarde.
Do outro lado do salão, seus irmãos mais velhos, Sebastian, o duque de Melbourne, e Charlemagne, também haviam declinado da valsa.
Ambos conversavam com lorde Harvey, certamente finalizando as negociações que visavam à aquisição da participação do visconde na empresa de navegação marítima da família. Mas, por mais que desejasse que tudo corresse bem, só de imaginar o emaranhado de cifras e percentagens típicas de uma transação como aquela, Zachary já sentia dor de cabeça.
A valsa afinal chegou ao fim.
A maioria dos dançarinos retornou para junto de seus acompanhantes ou se encaminhou para a mesa de petiscos, e o par em que ele havia grudado os olhos só foi se separar diante das taças de creme de chocolate.
Após uma última espiadela nos irmãos, Zachary se aproximou da mesa e, colocando a mão sobre o ombro agasalhado pelo vistoso uniforme vermelho do cavalheiro, observou:
— É uma satisfação saber que o senhor ainda se encontra em Londres, major.
Virando-se para ele, John Tracey o cumprimentou:
— Zachary. — Então lhe estendeu a mão.
— O senhor me parece muito bem. — Zachary apertou a mão dele com força.
— E por que motivo não haveria de estar? Isto é, tirando o fato de sua irmã ter decidido que não queria casar-se comigo.
— Ninguém contava com aquele imprevisto. — Zachary sentiu o sorriso murchar.
Praga de Eleanor. Ele já tinha complicações de sobra naquela noite. — À exceção de Melbourne, talvez. Parece que ele sempre sabe de tudo.
— Nesse caso, seu irmão bem que podia ter me avisado de que lady Eleanor pretendia casar-se com o marquês de Deverill antes de me perguntar se eu gostaria de me unir à família.



3 - A PRINCESA INDIANA



Londres, Século XIX
Desejo à primeira vista!
Ela era uma visão, uma princesa exótica que flutuava pelo salão de baile, evocando imagens de noites quentes e lençóis de seda, e Charlemagne Griffin sentiu como se tivesse sido atingido por um raio, e... Bem, ficou muito interessado. A dama não se enquadrava nos parâmetros exigidos pela aristocracia inglesa, como ele logo descobriu, mas seu rosto de beleza incomum e seu corpo tentador compensavam essa falha. E antes que se desse conta, Charlemagne começou a se vangloriar de um negócio que pretendia fechar, apenas para impressionar aquela jovem encantadora...
Sarala Carlisle podia parecer ingênua, porém, tarde demais, Charlemagne descobriu que ela encobria uma inteligência aguçada e uma intuição infalível... e que lhe passara a perna! Entretanto, tratava-se de um jogo para dois participantes, e uma das muitas habilidades de Charlemagne era a arte da sedução. Naquele duelo, porém, a única coisa que estava em risco ea o coração do perdedor...

Capitulo 01

Caine! Onde estão minhas botas? Charlemagne Griffin se inclinou para olhar debaixo da cama, afastando para longe os cobertores. Seus dedos encontraram apenas um livro.
— Logo estarão aqui, milorde — respondeu o valete com seu animado sotaque irlandês, ficando horrorizado ao ver o amo de cócoras, procurando debaixo da cama. — Foi difícil limpar a lama, depois de sua viagem a Tatterswall.
Charlemagne endireitou o corpo, retirou com a mão o pó das calças, e examinou o livro que pegara sob a cama. Cem Dias em Roma. Então fora lá que deixara, pensou.
— Vá dizer para os outros se apressarem — murmurou, distraído, sentando na beira do colchão e abrindo o volume. — Não quero ser motivo de chacota por não me vestir mais depressa que uma mulher.
— Já estou indo.
Uma batida na porta do quarto fez Charlemagne parar de folhear o livro, justamente no trigésimo sétimo dia da aventura em Roma.
— Entre.
Era seu irmão mais novo, Zachary.
— Não pode ir a uma festa só de meias, Shay.
— Obrigado — replicou Charlemagne com ironia. — Seria uma nulidade social se não fosse por você e seus conselhos.
— Ainda bem que reconhece isso... Dizem que esteve ocupado, hoje.
— Já soube que comprei o cavalo de Dooley?
— Encontrei Dooley no White's, e ele estava quase chorando por ter vendido o animal tão barato. Então adivinhei que fora você o comprador.
Charlemagne sorriu.
— Foi, de fato, um bom negócio.
— Conte-me seu segredo, Shay! Usa magia negra para enfeitiçar as pessoas? Não posso pensar em outra coisa quando vejo homens inteligentes e de bom senso vendendo a lua para você por quase nada.
— Não saberia o que fazer com a lua.
O valete bateu à porta, de modo discreto, e entrou.
— Suas botas, milorde. Ficaram novas.
Enquanto Caine o ajudava a calçá-las, Charlemagne riu.
— Já que perguntou, Zach, o segredo é paciência e espírito de observação. Um cavalo de raça, como o que comprei, de nada serve para seu dono se este não tem dinheiro nem para pagar as despesas de casa.
— Isso parece um tanto frio e desumano.
— Por isso chamamos de negócios e não de prazer. — Charlemagne se levantou. — Além disso, o cavalo de Dooley era meu único objetivo de hoje.
— Pelo amor de Deus! — exclamou Zachary, rumando para a porta. — Vamos para uma festa. Espero não estar olhando para uma série de convidados que meu irmão "levou na conversa" pela manhã...
Charlemagne balançou a cabeça. Não sabia como seu irmão caçula chegara a se casar diante da aversão que sentia pelos negócios. Afinal, casamento era um negócio também.
— Sei que os detalhes estratégicos do comércio não lhe agradam, Zach.
— É verdade. Converse sobre isso com alguém mais versado no assunto.
— O fato de não lidar com esses assuntos não tira sua esperteza.
Ouviram o rumor de passos nas escadas, o que indicava que o restante do clã dos Griffin chegara. No último ano, a família recebera dois novos membros: o marido de Eleanor, Valentine Corbett, marquês de Deverill, e a esposa de Zachary, Caroline. Por mais que amasse seus irmãos, às vezes Charlemagne não aguentava o barulho que faziam.
— Shay — disse Eleanor, quando o viu descer.
— Está linda, Neil; e você também, Caroline.
O olhar de Charlemagne encontrou Sebastian, duque de Melbourne, seu irmão mais velho. Sebastian era o único que compartilhava seu gosto pelos negócios.
— Como foi sua reunião com Liverpool?
— Promissora — respondeu o duque. — Creio que começa a perceber que o orgulho não é motivo para não comerciar com as colônias.
— Talvez orgulho não seja uma razão, mas falta de imaginação, sim; e esta é ainda mais difícil de vencer — ponderou Charlemagne.
— Concordo. E como foi o seu dia?
Zachary surgiu por trás dele e bateu em seu ombro.
— Fez Dooley chorar.
Apesar de a compra do cavalo ter sido excelente, Charlemagne tivera outro encontro naquela manhã, que lhe parecia muito mais interessante e com grandes possibilidades.
— Dooley não precisava aceitar minha oferta. Quanto à minha conversa com...
— Valentine já lhe contou as novidades? — interrompeu Sebastian. 


4 - O ESCÂNDALO DA PRINCESA



Inglaterra, 1813.

Pecados de um duque...
Sebastian Griffin, o Duque de Melbourne, criou os irmãos mais novos, educou-os muito bem e cuidou para que os três fizessem um bom casamento.
Considerado o homem mais poderoso da Inglaterra, Sebastian tem uma reputação impecável, de homem íntegro, que nunca se envolveu em escândalos. Até agora.
Josefina Katarina Embry é uma jovem belíssima, que afirma ser a princesa de um país longínquo. Enquanto ela deslumbra a alta sociedade com sua graça e encantos, Sebastian desconfia de que ela está tramando alguma coisa e decide desmascará-la... Sem imaginar que iria se sentir irresistivelmente atraído pela sensualidade de Josefina e por seus beijos apaixonados.
Ele sabe que um caso amoroso entre ambos provocará um escândalo, mas o homem mais poderoso da Inglaterra arriscará sua reputação por uma suposta princesa, ou permitirá que o mais pecaminoso desejo governe seu coração?

Capítulo Um

Junho de 1813.
A julgar pelo semblante dos soldados da Guarda Montada, alguém planejava algum banho de sangue... Após praguejar baixinho, Sebastian Griffin, duque de Melbourne, incitou o cavalo e, deixando o pelotão para trás, foi chegar a seu destino meio quilômetro à frente dos militares. O tempo urgia, e tempo era algo que ele não tinha para desperdiçar.
Alheio aos irmãos e ao cunhado que vinham no seu encalço, Sebastian saltou para o chão assim que o cavalo estacou para ir bradar diante da alvoroçada multidão:
— Quem está no comando aqui?
— Eu. — O sujeito atarracado em vestes surradas, como a maioria dos lavradores e demais trabalhadores reunidos ali, abriu espaço por entre os companheiros para puxar Sebastian de lado. — O que deseja, rapaz?
Rapaz. Ninguém falava assim com ele havia dezessete anos, ocasião em que herdara o ducado.
— Quero saber por que acham que pôr abaixo os portões de Carlton House irá trazer comida ou simpatia à causa de vocês. — Sebastian virou-se para seu secretário. — Compre tudo o que houver de alimentos no mercado da Piccadilly e mande entregar na Abadia de Westminster.
— Pois não, Vossa Graça. — Com isso, Rivers fez o cavalo dar meia-volta. — Vá com ele, Jennings. Também quero cobertores e roupas para quem estiver precisando.
— Sim, Vossa Graça.
— Então acha que bastam um pedaço de pão e uma camisa para nos mandar embora daqui?
— o líder da revolta interpelou Sebastian. — Ora, isso não...
— Vocês são em quantos, uns trezentos? — Sem esperar pela resposta, passou os olhos pelos rostos sujos e famintos da aglomeração às costas do grandalhão. — Vá para Westminster; vou encontrá-lo lá, e então discutiremos formas de manter sua gente em condições decentes até o replantio das lavouras e a melhora do sistema de irrigação.
— Mas nós...
— Insistir na ameaça à residência do príncipe regente só irá fazer com que ele se veja obrigado a chamar soldados para defendê-lo. De mais a mais, há crianças por aqui; não é justo colocá-las em perigo.
— Ainda não sei qual é o seu nome, sr... Vossa Graça. Nem se devo confiar num aristocrata.
— Sou o duque de Melbourne; se já ouviu falar de mim, você sabe que não volto atrás no que digo.


Série Família Griffin
1 - Marido por Encomenda
2 - Como Fisgar um Marido
3 - A Princesa Indiana
4 - O Escândalo da Princesa

Série Concluída