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14 de dezembro de 2020

Regras de um noivado

Série Clube dos Aventureiros

Para jovens senhoras adequadas, o bom comportamento sempre foi a regra... 

O Capitão Bradshaw Carroway adora a vida de navegante, embora preferisse lutar contra bandidos do que sua tarefa atual de transportar um bando de aristocratas mimados. Um passageiro, no entanto, chamou sua atenção: uma jovem atrevida que definitivamente o distrai das regras do decoro de bordo... Algumas regras, obviamente, devem ser quebradas. A senhorita Zephyr Ponsley viajou pelo mundo, mas é completamente inocente nos modos de amar. Ela nunca aprendeu a dançar ou flertar. Mas a observação científica lhe ensinou que as leis da atração ter sem regras, e que nenhuma aventura, em terra ou mar, é mais perigosa, ou deliciosa, que a paixão!

 Capítulo Um

Uma batida veio na porta da cabine de Shaw. —É Potter, senhor.
—Entre— Shaw chamou, tirando a camisa gasta. De acordo com o calendário, era maio, outono, onde o Nemesis estava no hemisfério sul. Por Deus, não se sentia como qualquer outono que ele tivesse experimentado antes. E, como alguém que não gostava particularmente de se aconchegar ao redor de uma lareira enquanto a neve soprava do lado de fora, era muito agradável, se de vez em quando excessivamente quente.
Ele olhou para a caixa na prateleira onde colocou o espelho da Sommerset. Levar um item possivelmente amaldiçoado a bordo de um navio era uma loucura, mas ao mesmo tempo ele se sentia... sem rumo desde a morte de Simon. A tarefa que o duque lhe dera pelo menos lhe dava um senso de propósito, algo que ele poderia ter em mente quando não suportasse considerar seu futuro sombrio por outro maldito minuto. Uma dívida de honra, pode ser que para a Sommerset, mas para ele era quase o último pedaço de madeira flutuante no mar.
—Capitão. Sapatos tão polidos que eu poderia depilá-los.— O aspirante colocou os sapatos em uma cadeira.
—Meus agradecimentos. Me ajude com isso, vai?— Indicando seu casaco formal, Bradshaw vestiu uma camisa limpa e recém passada.
Regras de um noivado – Suzanne Enoch
—Sim. Então, onde você acha que o almirante Dolenz nos estará enviando?— Potter perguntou, segurando o casaco azul escuro com suas dragonas douradas e bordas brancas.
—Pelos suprimentos eu imagino o Taiti, ou talvez Manila.
—Não tem chance de ele nos mandar para as Índias Orientais?
—Uma chance muito pequena. Os holandeses parecem estar se comportando mal. Pelo que li, no entanto, as moças do Taiti usam menos roupas do que as da índia.— Suas ordens não tinham falado de nada específico além da Austrália, então, o que quer que Sommerset tenha parecido saber, era apenas uma suposição. Uma boa, ou ele teria desviado para entrar no Taiti durante a viagem para o oeste. Mas algo estava acontecendo, e ele ainda tinha tempo suficiente para estar disposto a deixar isso acontecer. Agitando ele mesmo, ele sorriu. —Se eles usam qualquer coisa.—
—Por Deus, espero que partamos para o Taiti, então.
—Vou mencionar sua preferência ao almirante.



Série Clube dos Aventureiros
1- Um Patife para Cuidar e Domar

2- O Guia das Senhoritas para comportamentos impróprios
03-Regras de um noivado
Série concluída

 

30 de novembro de 2020

O Guia das Senhoritas para comportamentos impróprios

Série Clube dos Aventureiros
Uma senhora sempre deve ter uma conversa educada ...

Theresa Weller entende as regras do decoro e fica horrorizada quando o coronel Bartholomew James interrompe um jantar perfeitamente civilizado. Esse homem rude e insensível é o completo oposto de tudo que um cavalheiro deveria ser - mas com um beijo ardente, Tess não consegue pensar em mais ninguém.
Uma dama nunca deve perder a paciência ... Agravado além de suportar um homem que fala o que pensa, Tess deseja que haja um guia para homens como Bartolomeu. Certamente, com uma variedade de pretendentes bonitos e educados para escolher, Tess não deveria doer por ele. Uma dama nunca deve perseguir um cavalheiro... Ela o convida para passeios de carruagem e o desafia a dançar, e quase o faz querer voltar à Sociedade. Bartholomew sabe que Tess quer ser vista como uma dama adequada, mas no fundo, ele sabe que ela é exatamente o tipo que desperta seu desejo ... Uma dama muito imprópria.

Capítulo Um

“Ser uma verdadeira dama significa tornar até mesmo um assunto mundano interessante. Um cavalheiro deve querer se aproximar de você, e um cavalheiro não deseja ficar entediado.”
— O que você acha disso, Coronel? Ele trouxe mais um.
Irritado, o Coronel Bartholomew James abriu um dos olhos. No canto mais afastado do cômodo, além das dúzias de mesas e cadeiras confortáveis, depois das mesas de bilhar e da estante repleta de garrafas de bebida, o Duque de Sommerset conversava com um homem alto, de cabelos escuros usando o uniforme de um capitão naval.
— É o clube de Sommerset — ele retrucou, desistindo de dormir; claramente Thomas Easton tinha intenção de conversar com ele, estivesse ele acordado ou não. — Eu suponho que ele possa convidar quem ele queira.
— Malditos marinheiros — Easton grunhiu. — Deixe-o passar um ano no deserto como nós fizemos e veremos como ficará o belo uniforme dele.
— Eu não estive no deserto.
— Parte da Índia é um deserto. — Easton amaldiçoou em voz baixa. — Droga. Eles estão vindo em nossa direção. Finja que está dormindo.
— Isso não parece funcionar muito bem — Bartholomew pontuou, mexendo-se na cadeira e ignorando a dor aguda em seu joelho esquerdo.
— Este é o senhor Thomas Easton — Sommerset apresentou quando os dois homens se aproximaram. — Ele passou um ano na Pérsia para ajudar na expansão do comércio de seda com a Inglaterra. Easton, este é o capitão Bradshaw Carroway.
— Carroway. Então agora o requisito para entrar no Clube dos Aventureiros é o que, sobreviver ao mar turbulento?
— A única qualificação — o duque retrucou ainda despreocupado e tranquilo — é o meu desejo. Vejo que você acordou Coronel.
Bartholomew deu uma olhada de lado para Easton.
— Nas atuais circunstâncias, há pouco mais que eu poderia estar fazendo.
A boca de Sommerset tremeu.
— Capitão Carroway, este é o Coronel Bartholomew James. Tolly serviu por algum tempo na Índia.
Serviu por algum tempo. Interessante como aquelas quatro palavras podiam descrever completamente 10 anos da vida dele. Bartholomew acenou.
— Capitão.
— Coronel. — O oficial naval se endireitou. — Eu soube da sua provação. Minhas condolências.
Então era uma “provação” agora. Melhor do que um “incidente” ou uma “ocorrência desafortunada”, e ele já ouvira aquilo ser descrito de várias formas.
— Obrigado — ele disse em voz alta.
— Vamos, Sommerset — Easton interrompeu — você sempre tem um motivo para admitir outra besta não civilizada em seu clube. Por que nosso querido Capitão Carroway está aqui?
— Isto é para ele contar, se ele assim o desejar — assim como eu só menciono as partes de sua história que são de conhecimento público.



Série Clube dos Aventureiros
1- Um Patife para Cuidar e Domar
2- O Guia das Senhoritas para comportamentos impróprios

 

10 de novembro de 2020

Um Patife para Cuidar e Domar

Série Clube dos Aventureiros 

O aventureiro acidentado Bennett Wolfe, uma vez supostamente morto, retornou a Londres. 

Ele só tem olhos para a excessivamente adequada Phillipa… e então ela deve ensinar-lhe algumas maneiras antes que a tentação a afaste.


 

 

 

 Capítulo Um

Paredes inacessíveis de rocha nos confrontam; não é de admirar que esta costa ocidental da África tenha sido tão mal explorada. Pelos meus cálculos, chegaremos à foz do rio Congo amanhã. Nada me agradará mais que pôr os pés no solo desta terra selvagem e misteriosa. Acho que já a conheço e aprecio mais que toda a Inglaterra.
Cinco meses depois

Bennett Wolfe desceu do carro alugado e jogou um xelim para o motorista. — Meus agradecimentos. — Disse ele, pegando a sacola que o homem jogou para ele e depois tirou uma segunda bolsa de má qualidade do interior do veículo. Não havia muita bagagem para mostrar durante três anos fora, mas seus baús e caixotes de amostras estavam a caminho de Tesling, a pequena propriedade que Prinny lhe dera há seis anos nos arredores de Tunbridge Wells, em Kent.
— Você me deve mais três xelins. — O homem raspou, embolsando o que estava em sua posse.
— Quatro xelins por cinco milhas? — Retrucou Bennett. — Dirija essa coisa sangrenta para o Tâmisa e eu lhe pagarei quatro xelins pelo passeio de barco. E mesmo isso seria excessivo. — Ele ergueu as coisas para fora da estrada e as jogou de novo no último degrau da casa, pairando sobre elas. Esperava que a residência não tivesse sido vendida como um colégio interno desde a última vez que esteve ali.
— Você tem outro passageiro lá. — Disse o motorista rigidamente.
— Humm. — Bennett baixou o ombro e um rosto preto de símio, franzido de pelos brancos e cinzentos, apareceu na janela aberta da carruagem. — Venha aqui, Kero.
Em sua convocação, o jovem macaco-vervet saltou para o antebraço e correu para pousar em seu ombro. De lá gritou para o motorista.
Bennett entregou-lhe um xelim e apontou o braço para o alto da carruagem. — Cima, Kero. — Ele olhou para o motorista enquanto o macaco do tamanho de um gato saltava sem esforço para o telhado e se sentava. — Se você está disposto a tirar isso dele, então é seu.
O motorista abriu a boca, franzindo a testa, até que o macaco-vervet bocejou para ele. Depois de dar uma olhada em seus caninos impressionantes, ele se acalmou, tomando as rédeas novamente. — Afaste essa coisa maldita de mim. Rindo, Bennett estalou a língua e Kero voltou ao ombro, devolvendo a moeda. Claro que ele não queria, porque não era comestível. Virou-se para o motorista. — Dois passageiros, dois xelins.
O sujeito apanhou-o, enfileirando-o no bolso, enquanto enviava o veículo de volta ao tráfego do início da noite de Mayfair. — Eu vou morrer de fome, eu vou.— Ele murmurou enquanto partiu. — Com cada cara que consegue um macaco pensando que é algum tipo de velho Bennett Wolfe e se recusando a pagar a sua parte total. Isso era um pouco inquietante, já que ele era algum tipo de Bennett Wolfe, embora não particularmente maluco ou velho. Que ter um macaco era agora um requisito para ser ele foi inesperado, desde que ele adotou o vervet órfão há apenas um ano e ele esteve longe de Londres por pelo menos três vezes esse tempo. Ele tinha coisas mais urgentes para fazer no momento, entretanto, então deixou de lado essa estranheza para uma contemplação posterior.
Ao subir os degraus e chegar ao pequeno pórtico da casa, a porta da frente se abriu. Um criado de libré azul parou bem na porta, olhando para ele. — Posso ajudá-lo? — Ele perguntou, franzindo a testa para ele ou para o macaco, ou ambos.
Um novo sujeito, não inesperado, já que o velho Peters tinha idade suficiente para ter apertado a mão de Noah. E isso foi há quatro anos. — Estou procurando por Jack Clancy.— Retrucou Bennett. — Ele ainda estaria por aqui, não é?
— Lorde John Clancy está se divertindo aqui em Londres no momento. — Disse o servo, levantando a cabeça para que ele pudesse olhar para o nariz em um grau maior. — Ele está esperando por você?

 




Série Clube dos Aventureiros
1- Um Patife para Cuidar e Domar 

 

21 de outubro de 2017

Alguns Gostam De Escoceses

Série Escândalos nas Highlands

Pode um confronto de vontades...

Quando uma excêntrica moça usando calças atira nele, Munro “Bear” MacLawry não tem certeza do que o impressiona mais - sua pontaria certeira ou suas curvas irresistíveis e tentadoras. 
Catriona MacColl fugiu para as Highlands com sua meia-irmã para escapar de um casamento indesejado, por não querê-lo, ou a qualquer homem. 
Mas ele não poderia abandonar a gata selvagem de cabelos flamejantes e de língua afiada, agora que a encontrou - não quando ela se encaixava perfeitamente em seus braços. Levar a um amor para sempre? Munro tinha mais do que merecido o apelido que tinha: um homem enorme e musculoso, bem-favorecido, com um sorrisinho de bad boy envolvente e uma sucessão de moças bem satisfeitas atrás dele. 
Levar a Catriona comida, cobertores, velas, e tudo o que ela precisava para sobreviver a um inverno em uma abadia abandonada, Munro é um presente inesperado na tentativa imprudente de liberdade dela - e uma complicação inesperada. 
O Clã MacDonald tem planos para ela, e eles não incluem se apaixonar por um MacLawry. Mas este homem a faz se sentir como uma mulher - e ele pode ser sua única chance de viver uma vida sobre a qual só ousou sonhar.

Capítulo Um 

Lorde Munro MacLawry rastejou para baixo, os joelhos expostos cavando o chão macio e musgoso debaixo dele. A brisa fria levantou o cabelo preto de sua testa; tinha se movido a meio caminho ao redor do vale para manter o vento em seu rosto. 
O xadrez preto, branco e vermelho de seu kilt estava gasto e confortável antes mesmo de ter se arrastado através da lama e das silvas, porque não seria tolo o suficiente para vestir seu outro kilt em uma caçada. 
Claro que poderia ter usado calças e ter algo cobrindo os joelhos, mas não era um maldito inglês. Não estava caçando por esporte, e não estava tentando se exibir para qualquer maldito Sassanach, Lorde ou Lady, que pensava que trabalhar até suar fosse normal. Queria uma maldita carne de veado para o jantar, e com o caos atual no Castelo Glengask, a maneira mais simples de obtê-la seria levá-la à mesa ele mesmo. 
Assim que alcançou o cume, parou e abaixou-se, alongando-se para escutar o vento nos pinheiros, os mergulhões aproximando-se dos juncos na margem oeste do Lago Shinaig à sua direita. 
A chuva tinha parado durante a maior parte da manhã, mas com as nuvens agrupando-se contra as montanhas, poderia cair a qualquer momento agora. 
Estava uma manhã linda, apesar de tudo - não os dias calmos e claros que os Sassannach preferiam, ao sul da Muralha de Adriano, mas uma manhã fria, úmida, selvagem e atraente - nas Highlands. 
Quer a chuva se detivesse ou não, provavelmente só tinha mais uma ou duas horas para permanecer no vale. Depois disso, o Marquês de Glengask estaria mobilizando metade do agregado familiar para rastrear seu irmão mais novo. 
Isso seria ainda mais certo do que a tempestade que se aproximava. Simplesmente por ter saído sozinho, tinha violado pelo menos meia dúzia de regras de seu irmão Ranulf - e, consequentemente, do clã MacLawry. Munro se permitiu um sorriso sombrio. 
Inferno, além de estar sozinho na floresta, não se tinha incomodado em dizer a ninguém aonde estava indo, não tinha levado um cavalariço ou um dos cães de caça de Ranulf com ele, não estava usando um casaco quente, não estava à vista do castelo Glengask, e... contava nos dedos.



Série Escândalos nas Highlands
2 -  Um Libertino com Sotaque
3 - Louco, Mau e Perigoso em Tartã
4 - Alguns Gostam de Escoceses
Série Concluída



24 de março de 2017

Louco, Mau e Perigoso em Tartã

Série Escândalos nas Highlands 
O perseguido se torna o perseguidor. 

Depois de anos tendo Rowena MacLawry, a irmã mais nova de seu melhor amigo rondando, o que Lachlan MacTier quer fazer é fugir. Mas, em seguida, Winnie foge para Londres, determinada a esquecer Lachlan no redemoinho de sua temporada de debutante. 
Quando ela retorna, três meses depois, se preparando para o pródigo casamento Highlander de seu irmão mais velho, Rowena é uma mulher mudada. 
Sufocou seu sotaque escocês, se tornando um árbitro das últimas modas de Paris e Londres, e está na companhia de vários jovens e bonitos aristocratas ingleses, todos competindo por seus favores. 
Lach não sabe bem o que fazer com esta beleza espirituosa e sofisticada, que agora tem coisas melhores a fazer do que segui-lo até uma lagoa de pesca. 
Mas, por mais determinada que esteja em provar que não tem necessidade de bajular um ladino escocês vestindo kilt, que não podia sequer se incomodar em escrever-lhe uma única palavra, e quanto mais deseja se afastar, mais interessado ele está em Winnie. 
Está fingindo desdenhá-lo agora, ou será que realmente perdeu a chance com uma dama que está se tornando muito mais agradável e interessante do que jamais imaginou? 

Capítulo Um 

—Paixão. Foi isso. —Rowena MacLawry virou a mão para o par de jovens damas sentadas à sua frente. —Quero dizer, pelo amor de Deus, não conhecia ninguém. Lady Jane Hanover manteve o olhar voltado para fora da janela da carruagem. 
—Acho que ficaria mais convencida se conservasse seus sentimentos por Lorde Gray e gastasse menos tempo falando sobre como não dá a mínima para ele. 
—Não seja rude, Jane —, sua irmã mais velha, comentou. Lady Charlotte sorriu para Rowena. —Falar abertamente de uma complicação, muitas vezes faz maravilhas para se libertar. E considerando que passou dezoito anos vendo Lorde Gray de uma forma particular, espero que isso leve algum tempo para vê-lo de forma diferente. Rowena assentiu, chegando do outro lado da carruagem para apertar a mão da filha mais velha do Visconde Hest. 
—Da mesma forma, ela concordou, cuidadosamente enterrando seu sotaque sob os tons ingleses cultivados, que tinha passado os últimos três meses aperfeiçoando. —É uma nova maneira de pensar sobre as coisas, é tudo. 
—Deslocando-se, olhou pela janela para pegar um vislumbre da longa cauda de carruagens atrás deles. Civilização nos cascos, por assim dizer. O conteúdo desses veículos foi o resultado de três meses passados aprendendo a ser uma dama sensata, de lembrar-se que os cavalheiros pareciam achar divertido que damas conversassem sobre tosquia de ovelhas e pesca e banho em um lago como se fossem pagãos. 
Bem. Não era uma pagã. E agora tinha os amigos e admiradores e guarda-roupa e maneiras, para provar isso. —Todos temos que encontrar uma nova maneira de pensar, não é? 
—Jane comentou, mudando-se para sentar-se ao lado Rowena. 
—Você e eu estamos prestes a nos tornarmos cunhadas. E estamos na Escócia, de todos os lugares! Todos os Highlanders usam kilts? Nunca pensei em perguntar. Por mais que pudesse apreciar um homem impecável nas cores preto, vermelho e branco do clã MacLawry, Rowena continuou a ficar surpreendida com a maioria da paixão de seus amigos ingleses ‘com o traje’. —Hoje todos vão estar em kilts e cores do clã. Ranulf vai querer que sua noiva veja Glengask no seu melhor. 
A cor tocou o rosto de Charlotte, o que foi bastante animador. Rowena não pensou que a filha mais velha de Lorde Hest poderia parecer tão calma quanto tinha estado fingindo ao longo dos últimos dias. Não, quando estava prestes a lançar seus olhos sobre o que seria seu novo lar. Sua nova vida. Sufocou uma careta abrupta. Charlotte estava viajando para o norte, para uma nova vida com um homem que a adorava. 
Tudo o que ela estava fazendo, porém, era voltar para a sua antiga vida, depois de três meses gloriosos em Londres. Nada tinha mudado para ela, exceto ela, é claro. No entanto, quanto tempo duraria isso, de volta nas Highlands com seus irmãos? Não pertencia mais aqui. Pertencia à maravilhosa e sofisticada Londres. —Contudo, seja como for que se sente sobre Lachlan MacTier e, como ele se sente sobre você, imagino que vai ficar muito surpreso ao vê-la novamente, Winnie. 
—Charlotte sorriu. —E o que...

Série Escândalos nas Highlands
2 -  Um Libertino com Sotaque
3 - Louco, Mau e Perigoso em Tartã

11 de novembro de 2016

Um Libertino com Sotaque

Série Escândalos nas Highlands

1817: Preso em um salão de baile de Mayfair, graças a seu irmão apaixonado, o Highlander Arran MacLawry não quer nada mais do que um pouco de distração de um noivado arranjado, e uma moça ruiva inteligente, em uma máscara de raposa, promete apenas isso. . . 

Até que ele descobre que ela é a neta do Campbell, chefe do clã rival dos MacLawry de longa data. 
Apesar da trégua relutante de suas famílias, apaixonar-se pela ardente Mary Campbell é uma noção muito estranha mesmo para este Highlander ...Crescendo com os contos sobre os selvagens MacLawrys, Mary fica chocada ao perceber que o homem impressionantemente na máscara da raposa é um deles. Certamente o inimigo não deve ter um peito tão largo, e um sotaque tão sedutor? Não que sua curiosidade importe, qualquer flerte entre eles é estritamente proibido, e ela está prometida a outro. Mas com a faísca a crepitar entre eles pronta para pegar fogo, o amor vale a pena todos os riscos ...

Capítulo um

O clã MacLawry tinha um velho ditado que, ao longo dos anos, converteu-se em: — Se você quer ver o rosto do diabo, olhe um Campbell.
E havia um outro MacLawry falando sobre Londres e os Sasannach1 fracos e fanfarrões que moravam lá, Arran MacLawry recordou, mas como atualmente estava no centro de um salão de baile em Mayfair, iria mantê-lo para si mesmo. Um bando de jovens, todas elegantemente vestidas curvavam suas máscaras de cisne, passeavam como um bando. Sorriu para elas, interrompendo a formação e espalhando-as, assoviando encantadoramente, e indo em direção a mesa de refrescos.
— Pare com isso, seu diabo.
Arran olhou de relance para seu irmão, sentado a poucos passos de distância e conversando absorto - ou assim pensava - com uma elegante coruja mascarada. — Não fiz nada, apenas sorri. Você disse para ser amigável, Ranulf.
Ranulf, Marquês de Glengask, balançou a cabeça. Mesmo com o rosto parcialmente escondido por uma máscara de pantera negra, provavelmente não havia um único convidado no sarau Garreton esta noite que não soubesse exatamente quem ele era. — Disse para ser educado. Sem brigas, e sem insultos, e não deixar as pequeninas moças Sasannach em frenesi.
— Então, provavelmente deveria ter usado uma máscara de pirata ou uma de pombo, em vez de uma raposa. — Ou talvez não devesse ter comparecido esta noite, mas então, quem manteria um olho nos Campbells ou em outros tipos desagradáveis?
1 Sasannach: Uma palavra escocesa para uma pessoa inglesa ou uma palavra Highlander para uma planície escocesa.
A coruja ao lado de seu irmão riu. — Não acho que o disfarce teria importância, Arran, — disse em seu acentuado inglês educado. — Você ainda teria todas as jovens senhoras te observando.
— Suponho que isso foi um elogio, Charlotte, — retornou, inclinando sua cabeça para a noiva Sasannach de seu irmão mais velho, Charlotte Hanover, — então vou dizer obrigado. — Naquele mesmo instante avistou uma magnífica máscara de pavão diante de um vestido violeta e sorriu, mas sua expressão congelou quando o cisne de verde e dourado ao lado do pavão apareceu. Danação. Os dois jovens pássaros juntaram os braços e viraram-se na sua direção, mas não achava que o haviam visto ainda. Sua graciosa irmã não seria um cisne esta noite, seria? — Perguntou a Charlotte, lentamente inclinando-se contra a parede.
— Sim, — Charlotte retornou. — Coitadinha. Não acho que percebeu que muitas outras estariam usando máscaras de cisne hoje à noite, também.
— Bem, se você a vir e a Winnie, dê meus cumprimentos as moças! — Disse, virando-se para a porta do salão principal. — Vejo Tio Myles, e vejo que quer conversar comigo.
— Mentiroso, — Ranulf disse. — E não vá longe. Os Stewarts estão sendo esperados hoje à noite, e quero que conheça Deirdre Stewart.
Arran parou, embora disfarçasse um pouco, ficando para trás na confusão de máscaras entre ele e o cisne verde-dourado. — Deirdre Stewart? O que diabos isso quer dizer. Seu irmão mais velho não parecia estar brincando, no entanto. — Ouvi que ela é bastante afável, e tem vinte e dois anos. E é sobrinha de Stewart.
Então, esse foi o outro motivo que fez seu irmão dizer-lhe para permanecer em Londres, mesmo após as brigas e sua óbvia… impaciência com a maneira um pouco inglesa com que Ranulf estava comportando-se. — Esse é o meu dever agora, é?

Série Escândalos nas Highlands

14 de dezembro de 2015

O Diabo Veste Kilt

Série Escândalos nas Highlands
Em uma missão para resgatar sua irmã fugitiva da atração por elogios floridos e inúteis, de biltres vestidos de cetim e disfarçados por seus pretensiosos títulos, Ranulf MacLawry, marquês de Glengask, irrompeu na sociedade britânica como uma tempestade através das Highlands. 

Mas ele está prestes a descobrir que o cetim tem seu apelo, especialmente quando abrange as curvas de lady Charlotte Hanover, cuja língua é tão afiada quanto sua pele é macia...
Lady Charlotte Hanover já tinha tido suficiente de homens esquentados, tendo perdido seu noivo em um duelo absolutamente desnecessário. 
Os músculos sempre vão triunfar sobre os cérebros? Mas há algo sólido e atraente sobre o highlander impetuoso que é tão perigoso no salão de baile como na batalha. Às vezes, o mais forte é realmente melhor...

Capítulo Um

- Não há necessidade de se preocupar com essa despesa, Jane acolhe com prazer qualquer desculpa para fazer compras. - Com um sorriso, lady Charlotte Hanover beijou sua irmã no nariz, depois se levantou.
- Não tenho nenhuma vontade de mudar a sua programação. - Lady Rowena MacLawry retornou para seu sotaque suave, melodioso. - Chegar à sua porta com apenas uma nota já foi ruim o suficiente.
- Bobagem. - Lady Jane Hanover agarrou a mão da amiga. - Tenho tentado convidá-la a nos visitar pelo que me parecem ser anos. Sua mãe e a minha mãe foram praticamente irmãs. Não é, mamãe?
- Sim. - Elizabeth Hanover, a condessa de Hest, acenou com a cabeça. - E estou tão contente que você começou a se corresponder com Jane. Você é tão parecida com Eleanor, sabe. - Ela suspirou, oferecendo um sorriso suave. - É bem-vinda aqui, minha querida, por tanto tempo quanto queira ficar. E é claro que patrocinarei sua temporada. É só apropriado que você e Jane estreiem juntas.
Jane bateu palmas.
- Você vê? Deveria ter vindo há muito tempo, Winnie.
- Oh, eu quis, acredite-me. É só que Ran bateu o pé sobre o assunto. Ele pensa que todo inglês é.… - Ela parou, limpando a garganta. - Bem, ele é muito conservador quando se trata de Londres.
Ela sacudiu uma mão, rindo, mas quando olhou para Charlotte, a jovem lady Rowena não parecia totalmente à vontade. Claro que ela estava bastante certa que não iria, também, se viajasse com nada menos que sua empregada pela metade da Escócia e toda a extensão da Inglaterra. Claramente que Winnie queria muito uma temporada em Londres.
Para um irmão superprotetor, este Ranulf MacLawry tinha falhado de forma bastante espetacular. Uma jovem que nunca tinha deixado seu próprio condado, não tinha que atravessar sozinha a Inglaterra. Ou viajar em uma carruagem do correio. Charlotte tinha intenção de escrever para o lorde de Glengask e dizer-lhe exatamente isso. Certamente, ninguém poderia ser tão ignorante a ponto de pensar que não seria necessário enviar uma carta para preceder sua irmã, para garantir que alguém estaria em casa para cumprimentá-la e acompanhá-la na temporada. Era... 

Série Escândalos nas Highlands
0.5 - Um Escocês Sedutor
1 - O Diabo Veste Kilt
2 - Um Libertino com Sotaque
3 - Louco, Mau e Perigoso em Tartã
4 - Alguns Gostam de Escoceses
Série Concluída

19 de novembro de 2015

Um Escocês Sedutor

Série Escândalos nas Highlands


Enquanto participava do casamento de sua tia em Inverness, Julia Prentiss é surpreendida por um homem que a sequestra para poder se apoderar de sua fortuna.

Julia consegue escapar de sua propriedade nas Highlands, apenas para encontrar-se sozinha, perdida, e caçada em uma terra estranha. 
Quando se depara com um homem nu em um lago, acha que sua sorte tem ido de mal a pior... Ou não?
Duncan Lenox vive rodeado de inimigos, um MacLawry em uma terra de Campbells. 
Com três irmãs em casa, que contam com ele, se tornou um homem muito cauteloso. Mas quando uma ruiva beleza inglesa não tem a quem recorrer, ele se sente obrigado a ajudar. 
Quando os dois são forçados a passar a noite em uma casa abandonada, enquanto uma tempestade os assola e inimigos os cercam, eles encontram uma paixão mútua que poderia salvar, ou desgraçar, ambos.

Capítulo Um

Julia Prentiss sentou-se na estrada conforme a cauda de sua égua desaparecia em torno de uma grande pilha de pedras. Em outras circunstâncias, ela provavelmente teria pensado que a vista era bonita, um cavalo preto galopando, sem cavaleiro, no laranja e púrpura do pôr do sol cheio de nuvens. 
Era precisamente o tipo de coisa que tinha imaginado quando ela sugeriu uma visita de verão à Escócia para o casamento de sua tia como um presente de Natal perfeito. 
Tocou a bainha de seu vestido azul rasgado e fez uma careta. Aquilo não era sequer remotamente o que ela tinha pensado.
Nada nos últimos cinco dias, de fato, parecia, como qualquer espécie de presente de Natal que ela teria pedido. Não em mil anos. Então, ela supôs que não deveria ter se surpreendido ao ser arremessada para o chão agora. Tudo corria perfeitamente, juntamente com o pesadelo horrível que este presente tinha se tornado.
Uma vez que recuperou o fôlego, mexeu os dedos das mãos e os dedos dos pés. Seu traseiro com certeza estaria ferido amanhã, mas nada parecia estar quebrado, o que também foi o primeiro pedaço de sorte que ela tinha conseguido nos últimos cinco dias. 
Provavelmente, também seria o último bocado de sorte que ela iria ver. Certamente não podia arriscar ficar no lado da estrada esperando por um rosto amigável. Era muito mais provável que a próxima pessoa que visse seria decididamente hostil.

Série Escândalos nas Highlands
0.5 - Um Escocês Sedutor
1 - O Diabo Veste Kilt
2 -  Um Libertino com Sotaque
3 - Louco, Mau e Perigoso em Tartã
4 - Alguns Gostam de Escoceses
Série Concluída


20 de novembro de 2011

1- O Primeiro Beijo

Série Lady Whistledown Strikes Back

Um elegante caçador de fortunas é cativado pela debutante mais desejada da temporada... e deve provar que está ali para roubar o coração da dama, e não o seu dote.

Um jantar desastroso em que um bracelete de rubis desaparece e quatro casais descobrem ou redescobrem suas almas gêmeas estimulam essa coleção.
Cada história segue um casal enquanto eles tentam lidar com os obstáculos do amor, mas as histórias são habilmente entrelaçadas no ponto onde eles presenciam os mesmos encontros e repetem os mesmos diálogos de diferentes pontos de vista.
Por vezes, referências à outros casais podem parecer forçados, mas os autores são bem sucedidos em unir suas hilárias e, por vezes, tocantes histórias de amor em um delicioso romance.

Similaridades a parte: as heroínas são solteiras e virgens, os heróis solteiros, mas não virgens, e todos estão gratos por terem se encontrado. 
Apenas a história de Hawkins, composto por um casal afastado, mas casados há doze anos, fica estranhamente a parte, onde se exploram as questões sombrias do orgulho, da traição e do perdão. Quem roubou o bracelete de Lady Neeley?
Foi um caçador de fortunas, um jogador, uma criada, ou um malandro? Toda a Londres está zumbindo com as especulações, mas é claro que um dos quatro casais está envolvido no crime.

Capítulo Um

O convite mais desejado desta semana parece ser do Jantar de lady Neeley, que se realizará terça à noite. A lista de convidados não é longa, nem muito exclusiva, mas espalharam-se histórias do Jantar do ano passado, ou, para ser mais específica, do menu, e toda a Londres (especialmente aqueles de uma esfera mais elevada) estão ansiosos para comparecer.
Esta autora não foi agraciada com um convite e por tal deveria sofrer em casa com um jarro de vinho, uma fatia de pão, e esta coluna, mas aí de mim, não sinta piedade, Querido Leitor.
Diferentemente daqueles frequentando o próximo espetáculo degustativo.
Esta Autora não tem que escutar lady Neeley!
Tillie Howard supôs que a noite podia ficar pior, mas realmente, ela não imaginava como.
Ela não quisera frequentar o jantar de lady Neeley, mas seus pais insistiram, e então aqui ela estava, tentando ignorar o fato de que sua anfitriã - a ocasionalmente-temida, ocasionalmente-zombada lady Neeley - tinha uma voz parecida com o arranhar de unhas numa lousa.
Tillie também estava tentando ignorar os ruídos de seu estômago, que esperava alimento pelo menos uma hora mais cedo.
O convite dizia sete da noite, e então Tillie e seus pais, o Conde e Condessa de Canby, chegaram pontualmente meia hora mais tarde, com a expectativa de ser levados para a ceia às oito.
Mas aqui estavam, quase nove, sem sinal de que lady Neeley pretendia em algum momento esquecer a conversa para comer.
Mas o que Tillie estava mesmo tentando ignorar, o que de fato teria feito ela fugir da sala para evitar, se ela tivesse achado uma maneira de o fazer sem causar uma cena, era o homem que estava a seu lado.

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2- O Melhor de dois Mundos

Uma jovem inocente que passou toda sua vida escrupulosamente evitando escândalos está de repente – e secretamente – sendo cortejada pelo mais notório malandro de Londres

Uma coleção soberba de histórias da era regencial que é pontuada por engenhosos e alfinetantes comentários da colunista de fofocas: Lady Whistledown. Um jantar desastroso em que um bracelete de rubis desaparece e quatro casais descobrem ou redescobrem suas almas gêmeas estimulam essa coleção.
Cada história segue um casal enquanto eles tentam lidar com os obstáculos do amor, mas as histórias são habilmente entrelaçadas no ponto onde eles presenciam os mesmos encontros e repetem os mesmos diálogos de diferentes pontos de vista.  
Por vezes, referências à outros casais podem parecer forçados, mas os autores são bem sucedidos em unir suas hilárias e, por vezes, tocantes histórias de amor em um delicioso romance.  Similaridades a parte: as heroínas são solteiras e virgens, os heróis solteiros, mas não virgens, e todos estão gratos por terem se encontrado.
Apenas a história de Hawkins, composto por um casal afastado, mas casados há doze anos, fica estranhamente a parte, onde se exploram as questões sombrias do orgulho, da traição e do perdão.
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3- Única pra Mim

Um visconde viajante retorna ao lar para reacender as labaredas apaixonadas de seu casamento...
Apenas para descobrir que sua linda noiva cabeça dura não será tão fácil de ser conquistada.

Capítulo Um

Não se pode evitar notar que um dos casais mais devotados recentemente são Lady Easterly e Mr. Riddleton.
Este seria um par adorável, uma vez que ambos são bonitos e ricos, exceto pelo fato de que Lady Easterly é... como esta autora pode dizer delicadamente?... casada.
Ela é casada?
Claro que sim, ela é casada. Casou-se com o visconde de Easterly há muitos anos, e tal união foi celebrada na corte e na igreja. Mas poucos meses depois do casamento, o visconde a abandonou e fugiu para o Continente seguido por um escândalo extremamente sórdido envolvendo jogo de cartas.
O que deixou Lady Easterly por conta própria. A reputação dela tem sido impecável e o comportamento bastante exemplar, mas não se pode deixar de perguntar...
E se esta senhora se apaixonar? O que acontecerá então?
LADY WHISTLEDOWN'S SOCIETY PAPERS, 23 de MAIO de 1816
— Então deve ser assassinato. — Lady Sophia Throckmorton Hampton, viscondessa de Easterly, olhou em volta de si para ter certeza de que os outros convidados de Lady Neeley não podiam ouvi-la.
Felizmente, quase todos eles estavam do outro lado da sala, admirando o novo bracelete da anfitriã. — Vou espetá-lo com o atiçador da lareira e então você pode assá-lo com uma vela.
O irmão de Sophia, John Throckmorton, o conde de Standwick, olhou a vitima em dúvida.
— Quanto tempo ele levará para assar?
— Apenas alguns minutos, eu acho. Ele não é muito grande.
— Realmente. Lorde Afton tem um papagaio que é duas vezes maior. Pena que não podemos assá-lo ao invés desse aí. — John inclinou a cabeça para um lado. — Aposto que ele deve ter gosto de galinha.
Sophia pressionou o estômago com a mão.
— Gostaria que Lady Neeley levasse-nos para jantar... estamos esperando já faz um hora. Se ela não fizer algo logo, alguém além de nós pensará em cozinhar o pássaro dela, e não estarão brincando.

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4- A Última Tentação

Uma encantadora e rebelde criada está deslumbrada com as românticas intenções de um charmoso conde... despontando em um romance escandaloso que poderia ser a ruína dos dois.

Esta Autora suspeita, porém, que se quaisquer dos convidados de lady Neeley tivessem que apontar para a verdadeira tragédia de ontem à noite, eles não mencionariam o bracelete perdido, mas sim a comida que ficou por comer. 
(Os convidados foram, bastante tragicamente, separados de sua comida durante o prato de sopa.) 
Esta Autora sabe, com a melhor autoridade, que o menu era para ser constituído por costeletas de cordeiro com pepino, ragu de carne de vitela, guisado de aves com caril e pudim de lagosta no primeiro prato. 
O segundo era para ter pernil de cordeiro, aves assadas, capão cozido com molho branco, presunto estufado, vitela assada e torta.
Esta Autora não deve comentar as sobremesas, que permaneceram sem serem degustadas. É um assunto extremamente doloroso para contemplar.
ECOS da SOCIEDADE de LADY WHISTLEDOWN, 29 de maio de 1816
A casa inteira cheirava a lagosta: lagosta velha, demasiado passada. Não o adorável e tentador cheiro, que fez Isabella ter água na boca enquanto lady Neeley os obrigara a esperar pelo jantar, a noite anterior. 
Oh, não, esta manhã o cheiro de lagosta penetrou cada fio de cada almofada de cada sofá e cadeira, e já não era absolutamente tentador.
Isabella Martin desceu para a cozinha silenciosamente, pelas escadas traseiras dos empregados. Ela segurou sua respiração e cuidadosamente saltou o degrau que rangia. Não queria enfrentar lady Neeley, não ainda, pelo menos. E definitivamente não podia lidar com o papagaio vindo dos infernos de lady Neeley. Aquele pássaro estúpido fez de uma noite terrível, quase insuportável. E o fato de que lady Neeley nada fez para ajudar Isabella, deixou um gosto muito ruim em sua boca.
Depois de dez anos de ser sua constante companheira, Isabella merecia, ao menos, que a mulher mais velha tivesse posto a inoportuna peste no armário por uma noite. Mas, não, Isabella passou a noite inteira fugindo enquanto o estúpido pássaro tentava beijá-la com seu bico dolorosamente afiado.
Tal era maldito o papagaio, qual era maldita Lady Neeley, pensou Isabella quando finalmente entrou pela porta da cozinha.
Christophe estava ocupado fazendo um tipo qualquer de massa que cheirava sinistramente a lagosta. Ele olhou para cima quando ela entrou.
— Bom dia, Christophe. — disse Bella com um sorriso brilhante.
— Bom? — ele perguntou. — Você usa essa palavra e eu penso que não entendo. Talvez, sim, agora que a bonita Bella ilumina minha cozinha com seu sorriso, esteja um pouco bom.
Bella riu e sorriu mais. Sempre encantador, Christophe. Bella deslizou sobre um tamborete do outro lado da mesa, do chefe de cozinha francês, que ela encontrara para lady Neeley, mais ou menos cinco anos antes. Ele era um homem pequeno, mais ou menos cinco anos mais jovem que Bella e uns bons metros menor que ela, com cabelo escuro e olhos ainda mais escuros. E sempre que Bella se sentia um pouco triste, ela sabia que podia se sentar na quente cozinha de Christophe, rodeada por aromas suculentos e receber elogios, um atrás do outro até que sua cabeça se inundasse neles.
Christophe abanava sua cabeça naquele momento e piscava como se lutando contra as lágrimas. — Meu jantar arruinado! 

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1 - Julia Quinn
2 - Suzanne Enoch 
3 - Karen Hawkins
4 - Mia Ryan - A Última Tentação
Série Concluída

29 de setembro de 2011

A Intrusa



Dama Mascarada...

Kate Brantley se disfarça de rapaz para espionar Alexander Cale, o lorde inglês que o pai dela suspeita estar envolvido no bloqueio do transporte de certos carregamentos para a França.
Não demora para Alex descobrir que atrás das roupas amarfanhadas e do linguajar grosseiro, esconde-se uma jovem adorável, embora petulante demais para seu gosto. Alex está determinado a descobrir o verdadeiro motivo que levou o pai de Kate a lhe pedir para hospedar o "filho" por duas semanas, pois o pretexto utilizado não o convence.
À medida que a teia de conspiração se enrosca à volta de Alex, ele se rende aos encantos da intrigante Kate, antes mesmo de vê-la vestida como mulher, pela primeira vez. num baile de máscaras.
Apaixonado por uma espiã inimiga, Alex precisa escolher entre o senso de dever e o anseio de proteger a mulher que ama...

Capítulo Um

— Ande direito, Kit. Estamos perto. — Stewart Brantley virou a cabeça para trás, olhou para a filha com expressão aborrecida e enterrou o chapéu encharcado na cabeça.
No meio da noite, Kate seguia o pai desajeitadamente pelas ruas molhadas. Stewart hesitou antes de enveredar por uma avenida larga, iluminada por lampiões a gás e por relâmpagos ocasionais. Desde que haviam desembarcado em Dover, a tempestade não amainara. No escuro e debaixo de chuva, Kate mal reconhecia a cidade de Londres, que havia muito tempo não visitava.
— Não consigo. Estou congelada — disse, batendo os dentes.
— Achei melhor não vir a Mayfair de carruagem alugada e pedir ao cocheiro para nos levar a Park Lane a esta hora...
— Eu sei. Despertaria suspeitas. — Kate passou a mão enluvada no rosto molhado pela chuva. — Acha que o conde de Everton nos receberá?
— Claro. Ele está em grande dívida comigo. Um trovão ribombou sobre os telhados das mansões mais nobres e abastadas da Inglaterra.
— É o que espero. Sejria lastimável ter saído de Paris para nada.
— Eu não teria vindo, se não tivéssemos um excelente motivo. Você sabe muito bem do que se trata.
Kate fungou e fez uma careta.
Esperava não se resfriar.
O pai detestava a Inglaterra e os ingleses. Aceitar ir para Londres era um sinal de como aquela viagem era importante. Segundo ele mesmo dissera, era uma questão de vida ou morte.
— Eu sei. — Kate teve de correr para seguir o pai que apressara o passo. — Mas não gosto da idéia de agir como espiã.
— Não será espiã, Kit. — O desconforto causado pela chuva ajudava a dissipar a já escassa paciência de Stewart. — Fouché vai cortar a minha cabeça... e a sua também...

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4 de setembro de 2011

Ladrão De Sonhos

Série Cavalheiros Notáveis


Um ilustre cavalheiro...

Sullivan Waring só deseja duas coisas: a herança que é sua por direito, e vingança contra o homem que a roubou dele.
Durante o dia, Sullivan é o mais respeitado criador de cavalos da Inglaterra; à noite, ele entra nas residências mais ricas e luxuosas, em busca dos lindos e valiosos quadros pintados por sua falecida mãe.
Sua missão transcorre sem problemas... até a noite em que é surpreendido por Isabel Chalsey.
Vestida numa camisola transparente, Isabel é uma tentação maior do que qualquer outra obra de arte, e é impossível resistir a roubar-lhe um beijo...
Uma dama curiosa...
Surpreendida por um homem mascarado em sua própria casa, Isabel deveria estar tremendo de medo.
Em vez disso, no entanto, a visão do atraente Sullivan a faz tremer de excitação. Quem é aquele homem, e por que está tão empenhado naquela busca?
Isabel adora um desafio e está disposta a tudo para desvendar o segredo de Sullivan, mas ela corre o risco de convencê-lo de que ela é a maior de todas as recompensas...

Capítulo Um


Londres, 1814

Era em momentos como aquele que Sullivan Waring entendia a diferença que um ano poderia fazer na vida de um homem.
Quaisquer que fossem as circunstâncias que o tivessem levado àquele ponto, ser alvejado no ombro parecia ser o melhor de tudo.
Ajustou a máscara negra sobre os olhos e mergulhou nas sombras da casa, agachando-se entre o muro branco e os arbustos baixos.
Conhecia os horários e a agenda da aristocracia londrina, portanto esperou até bem depois da meia-noite para fazer a visita.
Aquela noite significava vingança.
E tinha o benefício adicional de ser perigosa.
A última luz do andar superior apagou, mas ele permaneceu imóvel por mais uns dez minutos.
Tinha tempo e quanto mais profundo o sono dos moradores, melhor para ele.
Finalmente, quando os sinos das igrejas de Mayfair soaram três vezes em uníssono, ele se esticou.
As informações que lorde Bramwell Johns costumava lhe passar eram confiáveis, ainda que ele se perguntasse os motivos que o levavam a trair sua classe por nenhuma outra razão que não fosse o enfado.
Mesmo assim, ele e Bram deviam a vida um ao outro diversas vezes, e ele confiava no filho do duque de Levonzy. Bram nunca o traíra.
O mesmo não poderia ser dito de seu próprio pai, o marquês de Dunston.
Claro que, ultimamente, o marquês devia ter a sua parcela de reclamações.
Na manhã seguinte Dunston descobriria mais um motivo para se envergonhar, ainda que reservadamente, e aquele era o objetivo dessa noite.
Sullivan levantou o martelo e bateu na dobradiça da janela.
Num único golpe a veneziana se separou da esquadria.
Deixando o martelo no chão, ele abriu a janela o suficiente para poder entrar.
Passara pela casa do marquês de Darshear em Mayfair pelo menos uma vez por semana antes de sua jornada pela península e nos seis meses desde o seu regresso.
Ao ver os móveis de bom gosto da sala de estar, voltou a sorrir.
Estava dentro da casa do marquês dessa vez, porém duvidava de que um dia pudesse entrar pela porta da frente.
Não que se importasse com isso.
Não aprovava os amigos do nobre. Ou um amigo em especial.
Uma coisa era ser um bastardo, outra completamente diferente era ser tratado como tal, especialmente pelo próprio pai.
Bem, ele sabia retribuir na moeda em que recebia. Ou até mais.


Série Cavalheiros Notáveis
1 - Ladrão de Sonhos
2 - O Salteador
3 - O Último Cavalheiro Notável
Série Concluída

21 de agosto de 2011

O Último Cavalheiro Notável

Série Cavalheiros Notáveis
Patife ou cavalheiro?

Lorde Bramwell Johns, segundo filho de um duque, é um estroina, um libertino, um rebelde... e orgulha-se disso.
Agora que seus dois maiores amigos estão, lamentavelmente, assentados e felizes em sua vida de casados, Bram está se sentindo estranhamente inquieto.
Nem mesmo arrombar as residências dos aristocratas desonestos de Londres o entusiasma mais... até a noite em que ele escuta uma briga.
Tudo indica que lady Rosamund Davies está prestes a ser forçada a se casar com um escroque pior até do que ele próprio...
Rose está ciente da reputação escandalosa de Bram, por isso, qualquer motivo para aquele súbito interesse dele é um tanto suspeito... ainda mais porque ele é amigo do homem que pretende arruinar sua família!
Mas Rose tem um plano, e Bram talvez seja exatamente quem ela precisa... contanto que ela se lembre que ele só pensa em si mesmo... contanto que ela se lembre que os beijos dele nada significam... contanto que ela consiga parar de ficar imaginando se pode confiar a um homem patife e infame o seu coração...

Capítulo Um

Maio de 1815
Lorde Bramwell Lowry Johns entrou no vestíbulo bem dian¬te dos aposentos do mordomo. Encostado à parede, com um saco cheio de jóias junto ao peito, ouviu o criado passar a pou¬cos metros até entrar na porta mais próxima. As velas dentro do cômodo foram apagadas uma a uma.
Soltando a respiração, Bramwell seguiu para a porta da fren¬te, abriu-a e saiu sorrateiramente. Assim que a fechou às suas costas, trotou pela escadaria até a rua.
O marquês de Braithewaite precisava contratar criados com melhor audição. E também precisava melhorar a companhia que freqüentava se desejasse não ser alvo de novos furtos. Sorrindo, ele dobrou a esquina e desceu a rua onde uma carruagem negra o aguardava nas sombras.
— De volta à Mansão Ackley — pediu ao entrar e se acomo¬dar no assento confortável. — Mas pare na Brewer Street. Vou caminhar a partir dali.
— Pois não, milorde. — Estalando a língua, Graham incitou os cavalos a se moverem.
Aquilo fora fácil. Sem confusão, pouca chance de ser desco¬berto e uma carruagem à espera. A única coisa que faltava era o coração e o pulso acelerados. Nunca se perguntara por que ansiava por essa excitação, ou o que levara a correr cada vez mais riscos a fim de obtê-la. Mas a cobiçava. A seleção de víti¬mas era farta, mas secundária. Os itens roubados ficavam em terceiro lugar.
Sem se dar ao trabalho de analisar os itens dentro da sacola, Bram abriu uma gaveta escondida debaixo do assento da fren¬te, jogou-a lá dentro e voltou a fechá-la. A igreja St. Michael em Knightsbridge teria uma grande surpresa a sua espera na cai¬xa de coleta de donativos naquele domingo, não que ele fosse confessar tal caridade. Não era Robin Hood. Só não precisava daquelas coisas. Gabava-se por descer a tal nível, mas não cobi¬çava os bens de seus pares. Com a notável exceção das esposas deles, claro.
Na manhã seguinte Mayfair fervilharia com a novidade: o Gato Negro atacara mais uma vez, aliviando outro membro da alta sociedade de algumas de suas quinquilharias. Aquele estava longe de ser o primeiro ladrão a aterrorizar a nobreza londrina, mas ele se responsabilizava por levar certo estilo à profissão. E, a menos que algo mais interessante surgisse, não tinha intenção alguma de parar suas atividades. Diferentemente de certos cava¬lheiros conhecidos seus, não desejavam embolsar alguns itens e em seguida encontrar o amor, se tornar um tolo piedoso e viver numa armadilha para todo o sempre.
— Milorde?


Série Cavalheiros Notáveis
1 - Ladrão de Sonhos
2 - O Salteador
3 - O Último Cavalheiro Notável
Série Concluída

10 de julho de 2011

O Salteador

Série Cavalheiros Notáveis



Escândalo à vista...

O coronel Phineas Bromley é uma lenda... não só no campo de batalha, como também na alcova.
Embora ele tenha ganhado muitas guerras, e conquistado inúmeros corações femininos, nada poderia tê-lo preparado para sua nova vida.
Quando Phin descobre que alguém está tentando arruinar sua família, ele assume o papel de um lendário assaltante de estradas.
Cavalgando noite adentro, escondido atrás de uma máscara, ele se encaminha, sem saber, para um grande problema... e para os braços de uma linda mulher!
Deparar-se frente a frente com um homem mascarado não assusta Alyse Donnelly como deveria.
Em vez de ficar apavorada, ela o acha até atraente.
Mas seu bom coração já lhe causou problemas antes, e ajudar um homem fugitivo pode prejudicar seus próprios planos, não importa quão maravilhosos os beijos dele possam ser.
Porém, à medida que o perigo cresce, Alyse precisa escolher entre a liberdade e a chance de viver uma grande paixão...

Capítulo Um

O tenente-coronel Phineas Bromley não esperava o paraíso.
Verdade que, após dez anos combatendo os franceses na Espanha, qualquer lugar pareceria um avanço, mas, enquanto cruzava a ponte sobre o rio Ouse em direção a Quence Park, sentia-se mais como se estivesse adentrando o inferno.
Seus amigos, agora antigos soldados, haviam lhe escrito ao longo dos últimos dois anos, relatando as condições da velha propriedade da família, de forma que sabia que as cercas precisariam de consertos e que haveria goteiras no teto do celeiro.
O local, no centro de East Sussex, era ainda bonito, mas Phineas mal notou o verde da relva ou o frescor do ar.
Fazia dez anos.
A ausência parecia, ao mesmo tempo, longa e curta demais.
A inquietude que o aturdia desde bem antes que alugasse o único meio de transporte disponível em Uckfield crescia, chegando às raias do pânico.
Não que se importasse de aparecer à entrada de Quence em uma carroça de feno.
O problema era o que estava além da entrada.
Pegou a carta da irmã dentro do paletó do uniforme.
Havia memorizado a correspondência de Elizabeth nos últimos seis dias, desde que a recebera e solicitara uma licença emergencial dos Primeiros Dragões Reais.
Ainda assim, ele a releu.
De acordo com a irmã caçula, William, o visconde de Quence, seu irmão mais velho, estava seriamente doente.
A pressa era fundamental, ela escrevera, caso quisesse chegar em casa antes que fosse tarde demais.


Série Cavalheiros Notáveis
1 - Ladrão de Sonhos
2 - O Salteador
3 - O Último Cavalheiro Notável
Série Concluída

28 de março de 2011

Indomável Rafe

ROMANCE CONTEMPORÂNEO
Serie Bancroft Brothers





Um homem aventureiro Rafe Bancroft nada mais é do que um malandro!

Mas o homem sensual e irritante agora é o dono de Forton Hall, o lar ancestral de Felicity Harrington. 

E para salvar sua família e a si mesma da ruína, Felicity está determinada a
enfrentá-lo.
Mas como pode, quando se deita na cama toda noite ansiando pelo contato de seu irresistível inimigo? 

Rafe ganhou Forton Hall em um jogo de cartas, mas não tem a menor intenção de se acomodar. Seu plano é vender a propriedade e partir para a próxima aventura... até que ele conhece Felicity. 
De repente, os dias... e as noites... passados com Felicity nos braços lhe parecem bem mais sedutores do que qualquer terra distante e exótica.
Seu coração de libertino não consegue explicar isso... A menos que o amor seja a maior de todas as aventuras!

Capítulo Um

— May! — Felicity Harrington chamou, a an­siedade fazendo sua voz tremer.
— May, depressa, por favor!
Outra tremenda rajada de vento atingiu a casa, sa­cudindo a construção. Felicity agarrou-se à balaustrada, temendo que a tempestade arrancasse a casa da fundação e esperando que o velho edifício agüentasse firme até que ela e May descessem para a segurança do andar térreo.
— Felicity, a chuva está entrando pela minha janela!
— Eu sei, querida. Mas não há nada que possamos fazer agora. Traga suas mantas e dormiremos na sala de estar. Será uma aventura.
— Tudo bem! — Maldição, Nigel Harrington — Felicity resmun­gou por entre os dentes cerrados que batiam sem parar —, você deveria estar aqui. Não que seu irmão fosse de qualquer utilidade; nunca fora antes.
Havia momentos, como aquela noi­te, em que ela se sentia mil anos mais velha que seu gêmeo de vinte e dois anos.
Apesar de ambos terem os cabelos negros e os olhos escuros da mãe, tal como May, toda a semelhança terminava aí.
A mãe costumava dizer que Nigel herdara a cota de bom senso do pai, o que era um modo gentil de dizer que ele não tinha um pingo de juízo.
Cinco semanas atrás, ele dispensara Smythe, o últi­mo dos criados.
Realmente, a ausência do mordomo lhes poupara três libras por mês, mas depois Nigel enfiara na cabeça a idéia de ir para Londres e ganhar dinheiro suficiente para ver o lar de seus ancestrais reforma­do.
Apesar de seus protestos, ele se fora, levando a car­ruagem, o último cavalo e todo o dinheiro disponível com ele; todo, exceto o que ela pusera de lado para um caso de emergência.
Aquela noite parecia mais uma catástrofe.
O vento e torrentes de chuva surravam as velhas paredes, e as telhas do sótão gemiam. O pó do estuque caía numa nu­vem úmida em torno dela conforme o trovão ribombava outra vez sobre Forton Hall.
— Felicity! — May gritou.— Estou indo!

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Serie Bancroft Brothers
1. By Love Undone
2. Indomável Rafe

27 de março de 2011

Encontro à Meia-Noite

Série With This Ring
Londres
Tudo começou com um beijo...

A personalidade exuberante de Victoria Fontaine é alvo de comentários em toda a alta sociedade londrina.
A reputação de Sinclair Grafton, porém, consegue escandalizar ainda mais as pessoas, e o passar dos anos em nada contribuiu para calar os rumores.
O encontro de Victoria e Sinclair em um baile de gala, como haveria de se esperar, provoca um verdadeiro tumulto entre os ilustres presentes.
Pegos em flagrante, aos beijos, pelo pai de Victoria, Sinclair é forçado a reparar a honra da moça pelo casamento.
No início, a jovem liberal se recusa a entregar seu futuro a alguém que não ama e que a trata com indiferença.
Aos poucos, contudo, Victoria começa a perceber que um homem notável e enigmático se esconde sob a aparência de irresponsabilidade.
E finalmente, após uma inesquecível noite de paixão, ela promete a si mesma desmascarar o verdadeiro Sinclair Grafton e satisfazer um coração que anseia por mais do que liberdade.

Capítulo Um

— Mais rápido, Marley! Lady Victoria Fontaine abriu os braços como se fosse voar. Seu maior sonho era ser livre e independente, embora os pais não concordassem. Pequenas ousadias eram severamente castigadas.
Como na última semana, em que ficara proibida de sair do quarto.
De volta ao mundo naquela noite, Victoria perdera a conta das voltas que dera ao redor da pista de danças da mansão de lorde e de lady Franton.
Tornara-se o centro das atrações depois que seu par e amigo a erguera nos braços e começara a rodopiar.
Os olhares atônitos dos convidados a deleitavam e compensavam, após três dias de sombrio confinamento.
— Mais é impossível — o visconde explicou, ofegante. — Estou ficando tonto.
— Então gire em sentido contrário!
Apesar do empenho em satisfazer mais esse, entre os muitos caprichos de Victoria, o esforço ultrapassou os li­mites de Marley e ele se desequilibrou ao tentar devolver Victoria ao chão.
A multidão de espectadores se apressou a ampará-la. Marley, no entanto, precisou recorrer à sua agi­lidade e rolar para o lado, ou seria pisoteado pelo séquito de admiradores.
O riso de Victoria borbulhava pelo ambiente.
Seus olhos brilhavam de excitação e ela piscava a todo instante para afastar a impressão de que continuava girando pela pista como num carrossel.
— Componha-se, Vícky — aconselhou o amigo Lionel Parrish, estendendo as mãos para ajudar Victoria a se le­vantar.
— O duque de Hawling quase teve uma síncope quando você escorregou alguns minutos atrás e suas pernas apareceram sob o vestido.
—Estou me sentindo como se estivesse sendo tragada por um redemoinho—Victoria confidenciou. — Leve-me até uma cadeira, por favor.
Com Victoria em segurança, alguns se lembraram de acudir o pobre visconde.
Havia um assento vago junto a Victoria, e para lá o levaram. — Dessa vez você abusou. — Marley cruzou os braços sobre o abdômen.
— Fraco, é isso que você está! — Victoria caçoou. — Precisa tomar umas gemadas para se fortalecer. E por falar em estimulantes, quem pode me servir uma taça de ponche? —Victoria se abanou. — Estou morrendo de calor e de sede!
Meia dúzia de pretendentes se levantou e se dirigiu para a mesa onde estavam os refrescos e bebidas.
Outra meia dú­zia se apressou a ocupar os lugares que vagaram.
Enquanto isso, os músicos tocavam os primeiros acordes de uma melo­dia folclórica.
Lucy Havers aproveitou uma pequena distra­ção da mãe, que a proibira de se aproximar de sua melhor amiga para evitar falatórios.
— Céus! Você poderia ter quebrado um braço ou uma perna! 


Série With This Ring
1 - Libertino Apaixonado
2 - Encontro à Meia-noite
3 - Aposta Escandalosa
Série Concluída