Kate Duncan concorda em ajudar sua jovem prima a encontrar um marido, ela pretende usar uma poção de amor de um farmacêutico para seduzir o famoso Marcus Pelham.
Marcus vive rodeado de numerosas damas dispostas a compartilhar sua cama.
Entretanto, nada o excitou tanto como a imagem de Kate observando-o.
Marcus tenta divertir-se um pouco com Kate, bebe o elixir e perde o controle cada vez que se aproxima dela.
A travessura acaba quando ele percebe que a atração que sente por Kate é selvagem e real.
Enquanto a ensina na arte da sedução, ele se apaixonará perdidamente pela primeira vez
Capítulo Um
Londres, Inglaterra, 1813…
- Uma poção de amor? - brincou Kate Duncan. - Diga que é uma brincadeira, por favor.
- Não, não é.
- E o que imagina ganhar?
Lady Melanie Lewis, sua prima longínqua, de dezesseis anos, respondeu com rebeldia:
- O que você acha? Quero que Lorde Stanford se apaixone por mim.
Kate logo mal pôde conter as gargalhadas.
- Lorde Stanford? Apaixonar-se? - exclamou.
- Sim.
Kate respirou profundamente para tentar acalmar-se.
- Onde a conseguiu?
- Um farmacêutico vendeu-me. Melanie se inclinou para frente e acrescentou sussurrando: - O homem assegura que é extremamente forte, assim devo ser prudente e administrá-la de forma adequada; do contrário podem aparecer conseqüências imprevisíveis.
- Que tipo de conseqüências?
- Se não agir com cuidado, duas pessoas que não se dêem poderiam sentir-se atraídas, e isso seria catastrófico.
Kate olhou o teto com desdém.
- Melanie, não pode acreditar que esta beberagem seja autêntica.
- Por que não seria?
- As poções mágicas não existem!
- Pare! Isso demonstra o pouco que sabe. Paguei uma fortuna por esta. Tem que ser autêntica.
Kate segurou o frasco contra o abajur e o sacudiu levemente. Viu que continha um líquido escuro e teria apostado seu último níquel que se tratava de vinho tinto.
- O que é exatamente o que devo fazer? - perguntou.
- Tem que dar-lhe pouco antes da minha entrevista com ele. Ponha no brandy ou na sopa, sem que ele veja, é obvio.
- É obvio…
- Amanhã pela tarde, quando nos apresentarem, seria o momento ideal. Quero-o encantado desde o começo.
- Encantado?
- Sim.
Kate suspirou. Durante anos tinha sido dama de companhia de Melanie, e também sua tutora, instrutora e guardiã. Não era a primeira vez que a ouvia dizer uma série de bobagens, que a via engendrar idéias estranhas e insensatas, mas esta era, com certeza a mais extravagante.
Para todos, Marcus Pelham, de trinta anos, Conde de Stanford, era uma uva sem semente, frio, libertino e distante. O anseio de Melanie para deixá-lo apaixonado perdidamente era uma loucura. Não, era mais que uma loucura: roçava a demência. Teria ela enlouquecido?
Marcus Pelham jamais amaria Melanie. Pusesse a beberagem em sua comida ou não, ele jamais ia apaixonar-se.
Sem dúvida, Melanie conhecia os limites e as repercussões de um matrimônio aristocrático. Sua mãe Regina, mostrou-lhe todos os detalhes. Se Lorde Stanford escolhesse Melanie como prometida, seria pelos motivos habituais: dinheiro, propriedades, alianças familiares.
O carinho não desempenharia nenhum papel.
- O momento em que o faça é crucial - prosseguiu Melanie. - Tem que falar com o serviço para saber quando e onde é mais provável que ele…