Depois de nocauteado em batalha, Angus Cameron acorda em um mundo novo e aterrorizante com bestas voadoras, carruagens sem cavalos, música louca e pessoas estranhamente vestidas.
Ele enlouquecera? Quando Angel Adair descobre um homem no parque San Francisco Lands End de 1975 vestido com pouco mais que um kilt escocês, ele é apenas um vagabundo confuso ou seu amante dos sonhos ganha vida?
Capítulo Um
– Você me deixou orgulhoso, filho. Lamento apenas que não o veja tomar uma esposa e trazer seus próprios filhos para este mundo.
– Você estará comigo, Da, eu vou levá-lo para casa, e nenhum dos dois sofrerá dessas feridas.
Mesmo quando Angus encorajou, o sangue quente dos ferimentos de seu pai jorrou e borbulhou entre os dedos e banhou as mãos em um vermelho infernal. As promessas vazias oferecidas não sustentariam Donald Cameron nesta planície terrestre. Seu pai segurou a mão de Angus com força e colocou um anel no dedo anelar esquerdo.
– O anel do meu pai... agora é seu. Continue com o sobrenome. Seu peito arfava, – absorva sua coragem e a honra de seus antepassados. As palavras de Donald borbulharam ao redor do sangue que escorria de sua boca. Angus se inclinou para frente e se aproximou. Ele virou a orelha para ouvir as próximas palavras de seu pai, todos os outros sons bloqueados de sua consciência.
– O que você disse, pai?
– Eu te amo, filho. Diga à sua mãe que a amei como nenhuma outra e aguardarei a chegada dela o portão do céu, mas não tão cedo, nem tão cedo. Angus levantou a cabeça e viu a luz desaparecer dos olhos de seu pai. Enquanto o último suspiro de seu pai fluía no vento, Angus agarrou o homem que ele tanto amava e admirava desesperadamente.
Um zumbido alto e constante, diferente de tudo que já ouvira, despertou Angus assustado. Uma escova espessa e espinhosa agarrou sua manta como garras afiadas e tênues. Sua cabeça latejava e os numerosos cortes e arranhões em seus braços e coxas queimavam com uma intensa coceira. Ele não conseguia discernir sons de batalha. Uma névoa espessa o envolveu. Ele não conseguia ver mais de um metro além de seu entorno imediato. Pela luz fraca que penetrava o nevoeiro, era antes do amanhecer, naquela hora em que o céu mantinha a fraca promessa de um novo dia, mas continuava da cor do aço manchado.
Angus correu pelo matagal procurando sua espada quando um súbito grito de metal batendo contra o metal rasgou o ar da manhã. Ele buscou, mas não encontrou sua arma ou o corpo de seu pai. Os barulhos altos já haviam caído na névoa. Nenhum outro som áspero violou seu juízo distorcido. Tudo ao seu redor parecia errado, os barulhos peculiares, o toque intermitente de algum chifre distante, como se quisesse sinalizar a aproximação de um rei ou laird, ou iniciar uma retirada da batalha. No entanto, nenhuma batalha se travou, nenhum galope de cavalos ou carruagens estrondou a terra, e o denso nevoeiro distorceu e silenciou o pouco som que penetrava em sua mente embaralhada. O aroma do mar salgado, suspeito e purificador ao mesmo tempo, filtrava o ar onde nenhum mar deveria existir.
Série Encontrando meu Highlander
1- Encontrando meu Highlander
2- Meu Highlander em São Francisco
Série concluída