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29 de outubro de 2012

Amor Divino



Nas fantasmagóricas profundezas do priorado de Llanwardine, Elizabeth de Lacy está a ponto de se tornar uma freira quando lhe dizem que tem que se casar com o inimigo ferrenho de sua família.

Lorde Richard Malinder deve providenciar um herdeiro, e sua união com a família de Lacy pode ser proveitosa… mesmo que fosse apenas para manter por perto seus inimigos…
Elizabeth não tinha esperado sentir uma atração tão intensa, nem encontrar um Richard tão gentil, compreensivo e incrivelmente charmoso.
Seus braços pareciam fortes sob suas mãos e o desejo e a antecipação aumentavam enquanto se dirigiam diretamente ao leito conjugal…

Comentário revisora Deia: Gostei do livro, tem romance, tem suspense.Adorei ‘Malinder, O Negro’, como nosso mocinho é conhecido..rsrsrsrsrs...Tem uma prima dele, meio atirada, que cria algumas situações irritantes para a mocinha,mas como sempre, os homens não percebem a rivalidade entre as mulheres..rsrsrsrs...Gostei!

Capítulo Um

Welsh Marche*, 1460
No priorado de Llanwardine, em Welsh Marche, na área fronteiriça entre a Inglaterra e Gales, a pequena sala tinha paredes e chão de pedra e um telhado ondulado.
Uma umidade fria impregnava tudo, proporcionando um brilho desagradável à luz da única lamparina.
Dava a impressão de que o cômodo estava em desuso fazia muito tempo, exceto naquela noite escura em que duas mulheres e uma gata não podiam deixar de tremer de frio e de medo. 
A porta estava garantida por dentro com uma tranca, as venezianas fechadas para evitar olhares curiosos. As mulheres estavam sentadas uma de frente à outra e entre elas havia um áspero tampo de madeira apoiado sobre dois cavaletes, no qual em um dos cantos a gata estava deitada com uma bola. 
As duas figuras estavam cobertas por capas escuras. 
Uma delas, a de mais idade, era Jane Bringsty, uma mulher gorda, de rosto redondo e vestida com as roupas de uma criada. 
A outra era Elizabeth de Lacy, filha de umas das principais famílias aristocráticas do Distrito. 
Pálida e magra era ainda jovem, e ia vestida completamente de negro e levava a touca branca e negra das freiras. 
Em silêncio, tirou de um saco de lona quatro velas de sebo, que dispôs formando um quadro diante de sua criada. Jane colocou um prato de barro no centro, encheu-o de água e levantou o olhar. 
 —Tem certeza milady? 
 —Tenho — ela respondeu apesar de seus dentes baterem de frio. 
 —Se for assim… 
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