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1 de agosto de 2012

Audácia

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Arrancada dos braços de Cameron Monroe, o homem a quem confiara seu coração, ela foi jogada às garras do cruel e impiedoso lorde Dunstan, o escolhido de seu avô para desposá-la. 
Decidida a fazer valer seus sentimentos e não os desejos insanos do patriarca dos Stanhope, ela o desafiou, mas cedeu a uma ardilosa chantagem para proteger seu amado. 
Ele estava decidido a duelar com o destino... Cameron jamais se esqueceu da humilhação que sofreu. 
Após 15 anos, ele retorna à propriedade dos Stanhope para um ajuste de contas. 
Afinal, tornou-se um homem rico e poderoso, com recursos ilimitados para destruir a família que o renegou. E ele tem somente uma exigência: que Angela se torne sua esposa. 
Mas será que a paixão de Angela e Cameron resistirá a terríveis revelações? 


Capítulo Um 


1885 
Uma carruagem em passo ágil surgiu na curva abaixo. 
Angela, olhando do alto da rocha, cobriu os olhos com a mão para ver melhor. 
Era uma carruagem grande, negra e confortável, muito parecida com a do irmão. Entretanto, Jeremy e Rosemary ainda deviam, com certeza, estar em Londres. 
Era o ponto alto da estação e Jeremy raramente se recolhia ao campo, em Bridbury, especialmente durante essa época. Apesar disso, Angela teve a impressão de vislumbrar uma mancha dourada na lateral, que vista àquela distância podia muito bem ser o brasão da família. 
De qualquer modo, dirigia-se ao castelo. O que mais havia nesta estrada além de Bridbury? 
E quem mais viria numa carruagem a não ser o irmão? 
A não ser, é claro, pensou com um suspiro, que fosse alguém como a tia-avó Hepzibah, para passar algumas semanas com a irmã. 
Tendo suportado a visita da irmã da avó há apenas dois meses, Angela duvidava ser capaz de suportar outra temporada. 
Recolheu os lápis de desenho e o bloco e desceu da rocha, assoviando para os cachorros. 
Sócrates, que perambulava procurando alguma travessura, voltou correndo, as orelhas esvoaçando comicamente. 
Pearl, dormindo a sono solto numa rocha ao sol, simplesmente abriu um dos olhos, sem vontade de fazer o menor esforço até ver que sua dona estava indo para algum lugar.
- Venha logo, seu cachorro preguiçoso - Angela disse ao seu pequeno spaniel. 
- Hora de ir para casa. Por que você não é como Trey? Está vendo? Ele já se levantou e está pronto para partir. 
Trey balançou o rabo, orgulhoso com o elogio, e ela se inclinou acariciando-o e depois cocando atrás das orelhas de Pearl. Nesse momento, 
Sócrates tocou-lhe a mão com a pata e enfiou a cabeça debaixo de seu braço para ser incluído no carinho. - Sócrates, seu cachorro bobo - resmungou afetuosamente. 
- Se existe um cachorro menos merecedor de um nome... Ele respondeu dando-lhe uma lambida na bochecha antes que ela pudesse se afastar. 
- Vamos - disse levantando-se e pegando o bloco e a caixa de lápis. - Vamos ver quem é nosso convidado. Começaram a descer a colina por um atalho. 
Como a estrada era sinuosa, sabia que chegaria logo depois da carruagem. Sócrates encabeçava o cortejo, o rabo peludo balançando, correndo na frente para voltar a cada poucos segundos e fazer contato com eles. Angela continuou em passo lento por causa de Trey. 
Embora ele andasse direito com apenas três patas, não podia manter o passo rápido. 
Pearl, no seu habitual estilo companheiro, permaneceu do outro lado de Angela, distraindo-se de vez em quando com algum cheiro diferente. Ao chegarem a Bridbury, 
Angela constatou ser realmente a carruagem de Jeremy estacionada na porta da frente. 
Os criados ainda descarregavam baús da parte superior. Ela correu escadas acima e atravessou a porta da frente. - Jeremy?
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