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8 de julho de 2016

Coração Cativo




Katrine Campbell decide voltar para as Highlands para encontrar suas raízes.

Mas nem mesmo em suas fantasias mais loucas imaginou que acabaria sequestrada por Raith MacLean, um homem tão perigoso quanto arrebatador.
A única coisa que o jovem despreza mais do que os traidores dos Campbell é Katrine, que é inglesa e leva o sobrenome do odiado clã.
Mas quando Raith permite que sua bela e rebelde cativa lhe roube o coração, se dá conta de que o amor lhe causa muito mais problemas do que os seus inimigos.

Capítulo Um

Argyll, Escócia, 1761
Só poderia estar louca. O desconhecido que cobria sua boca deveria ser o produto de sua imaginação muito fértil.
Mas talvez estivesse acordada e em plena posse de suas faculdades mentais, e realmente estava sendo atacada na biblioteca de seu tio no meio da noite.
Katrine Campbell olhou fixamente com seus olhos verdes ao homem de feições duras e cabelo negro como o ébano. Tinha retornado a Escócia depois de quinze anos de ausência, em busca de romantismo e aventura que seu temperamento apaixonado tanto desejava, mas nunca imaginou o que encontraria!
Porque na verdade até então nada saía como tinha planejado.
Havia chegado da Inglaterra essa tarde e repentinamente se encontrou no meio de um grande tumulto. Mas se tinha conseguido compreender, cem cabeças de gado foram roubadas dos arrendatários do duque de Argyll, aparentemente como vingança pelo aumento dos aluguéis. Sendo o administrador das propriedades ao oeste do duque, Colin Campbell queria ver os ladrões presos e castigados o mais rápido possível.
— Esses malditos MacLean! — Gritava ele ao jovem soldado inglês que tinha vindo comunicar o roubo. — Os penduraremos por isso! É a última vez que roubam ao clã Campbell!
Katrine notou que a hora era pouco apropriada para falar com seu tio e pedir sua permissão para permanecer por um momento a mais.
Para falar a verdade, conseguiu persuadi-lo a deixá-la passar a noite ali antes dele se retirar fechando com um golpe a porta enquanto murmurava entre dentes contra os parentes inoportunos e os ladrões MacLean.
Estava quase agradecida por esses MacLean distraírem a atenção de seu tio logo depois de sua chegada. Assim teria mais tempo para preparar seus argumentos. Um viúvo sem filhos como Colin Campbell dificilmente aceitaria de bom grado a ideia de hospedar uma sobrinha que não via há muitos anos. Entretanto, Katrine esperava o convencer de que a deixasse ficar ao menos um mês e em troca ela se ofereceria para cuidar da casa, que pela aparência das janelas e do mobiliário deteriorado estava necessitando dos cuidados de uma mulher.
Resolvida a provar que podia ser útil, começou a organizar algumas mudanças, fazendo caso omisso dos resmungos de uma criada descortês. Depois de terminar de jantar escreveu cartas para suas duas irmãs e a tia Gardner, informando de sua chegada à casa de seu tio. Era bastante tarde quando se retirou ao seu aposento.
Aproximadamente uma hora e meia depois, quando estava alerta esperando a chegada de seu tio, Katrine escutou som de passos no andar de baixo e um chiado de uma dobradiça que precisava de óleo.
Ficou de pé rapidamente, cobrindo-se com uma manta seus ombros. A maior parte de sua bagagem ainda não tinha chegado e precisava de algo para cobrir a camisola. Depois de calçar sapatilhas, foi se olhar ao espelho, seus cabelos encaracolados e rebeldes continuavam obedientemente presos sob a touca de dormir. Acendendo uma vela, deixou o quarto em direção a escada, onde divisou a luz sob a porta da biblioteca.
Bateu na porta brandamente e esperou a ordem de entrar.
— Tio, um senhor conseguiu capturar...
Em uma fração de segundo Katrine viu um desconhecido que usava um casaco negro e que mantinha seu cabelo escuro preso com uma fita. No mesmo olhar captou dois livros de registro de seu tio abertos sobre a escrivaninha, iluminado por uma lamparina.
— Desculpe, mas isso...