Ela viajou para longe para se casar com o homem que amava…
E acabou encontrando o homem dos seus sonhos…
A rica herdeira Courtney Danning abre mão de sua privilegiada posição social para seguir a voz do coração e viajar de Nova York para o Novo México, a fim de se casar com o homem que ama, apesar dos protestos de seu pai. E acabou encontrando o homem dos seus sonhos…
Quase no mesmo instante em que põe os olhos em seu noivo, Courtney compreende que cometeu um erro, porém orgulhosa demais para voltar para casa e admitir que o pai estava certo.
Do momento em que é contratado pelo pai de Courtney para segui-la à distância até que ela complete um ano de casamento com o rapaz inescrupuloso que insiste amar, Beau Hamilton tenta negar a atração que sente pela jovem. Contudo o que poderia ter sido uma tarefa simples acaba se complicando ainda mais quando, na noite do casamento, o marido de Courtney aparece morto. Ciente de que Courtney corre sério perigo, Beau é forçado a escolher entre mandá-la de volta para a segurança da casa do pai e perdê-la para sempre, ou expor os segredos de seu passado… seu pior pesadelo… e lutar pelo amor daquela mulher, mesmo que isso lhe custe a própria vida…
Do momento em que é contratado pelo pai de Courtney para segui-la à distância até que ela complete um ano de casamento com o rapaz inescrupuloso que insiste amar, Beau Hamilton tenta negar a atração que sente pela jovem. Contudo o que poderia ter sido uma tarefa simples acaba se complicando ainda mais quando, na noite do casamento, o marido de Courtney aparece morto. Ciente de que Courtney corre sério perigo, Beau é forçado a escolher entre mandá-la de volta para a segurança da casa do pai e perdê-la para sempre, ou expor os segredos de seu passado… seu pior pesadelo… e lutar pelo amor daquela mulher, mesmo que isso lhe custe a própria vida…
Capítulo Um
Abril de 1873
O trajeto até a estação de trem fora retardado por uma roda solta na carruagem, forçando Courtney Danning a procurar um assento no trem lotado. Ela passou pelo corredor, comprimindo os lábios ao constatar que aquele vagão, assim como os dois primeiros, estava cheio. Gotículas de suor desciam-lhe pelas costas e entre os seios. Outras mulheres se refrescavam com os leques ou o que tivessem à disposição, enquanto os homens enxugavam a fronte com lenços luxuosos. Por que ela não havia escolhido um vestido mais apropriado para viajar?
O veludo de popelina azul era pesado demais para aquela época do ano. Ao menos o decote em forma de coração deixava a pele respirar um pouco.
Por fim Courtney viu um assento vago no trem lotado. Um raio de esperança elevou sua moral até ela ver o homem sentado no corredor adjacente ao lugar desocupado. Seus braços estavam cruzados sobre o peito, a cabeça, inclinada, e o chapéu encobria o rosto. Talvez ele estivesse dormindo. Olhando de um lado para o outro, Courtney sentiu uma nova onda de desespero. Pelo visto ninguém queria se sentar ao lado daquele selvagem.
Curiosa, ela o avaliou. Mechas de cabelo loiro-claro desciam até o meio da nuca e lhe conferiam um ar indomável. O colete de couro estava desatado até a metade do peito onde um chumaço de pelos claros se atreviam entre os laços cruzados. A camisa o vestia à perfeição, sem esconder a largura dos ombros e a força dos braços. Ela engoliu a secura da garganta e abaixou o olhar. Nunca antes estivera tão perto de um homem com pistolas de duelo. Por certo, nunca antes vira alguém com uma faca amarrada na panturrilha. Os cavalheiros de seu círculo normalmente escondiam suas pistolas, nunca as deixando à vista.
— Vai ficar de pé aí o dia inteiro, moça? — o homem resmungou.
Courtney se irritou com o tom dele. Estreitou o olhar. Ante seu silêncio, o homem levantou a cabeça. Não o bastante para que ela lhe enxergasse as feições, mesmo assim, ela teve a nítida impressão de que ele a avaliava das saias aos seios. Segundos antes ela havia considerado o vestido pesado demais. Agora, desejava que o decote fosse mais discreto, pouco se importando com o calor.
— Não posso passar por sobre suas pernas — replicou, afetada pela ausência de bons modos do homem.
No início ele não se moveu. Depois, bem devagar, endireitou-se e recolheu as pernas para baixo do banco, concedendo-lhe espaço suficiente para passar. Courtney esgueirou-se, sem saber que suas nádegas passavam perto do rosto dele. Ao se sentar, estremeceu. Atraída pelo desconhecido, fitou-o. Ainda que os olhos dele permanecessem escondidos, ela conseguiu ver o queixo quadrado e uma cicatriz superficial na face direita. Passou o olhar das mãos para o rosto dele; a pele parecia bronzeada pela exposição ao sol.
Afastando-se o máximo possível, olhou pela janela, grata por ter o cenário para ocupá-la durante a viagem. Em seu íntimo, sabia que esta seria longa. Estranhamente, porém, o bruto ao seu lado atiçava sua curiosidade.
Todos os músculos do corpo de Beau Hamilton estavam esticados como os arames de uma cerca. Desde o momento em que o trem se afastara da estação, ele tinha ficado tenso. Não havia antecipado se sentar ao lado de Courtney Danning durante toda a viagem. Tinha sido só no dia anterior que estivera no escritório do pai dela?