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2 de novembro de 2011

Paixão Eterna


Londres, Século XIX

Jocelyn Kingly retira mulheres das ruas de Londres, com a determinação de poupá-las de um destino desafortunado.

Sua missão conta com a ajuda de Amadeus Fallow, um vigário bem intencionado, cujos serviços mostram-se valiosos.
Apesar do fato de sua presença deixá-la tensa a ponto de sentir arrepios, a ajuda que ele fornece parece-lhe muito melhor do que as atenções do charmoso Lucien Valin. Confiante e cheio de si, Lucien é exatamente o tipo de homem que Jocelyn abomina, embora seja incapaz de negar a poderosa atração que ele lhe desperta.
Quando a comunidade local se vê aterrorizada por estranhos acontecimentos, Jocelyn descobre que existe algo envolvendo Amadeus e Lucien que ela desconhecia.
E descobre também que o misterioso amuleto em sua posse é o núcleo dos estranhos segredos daqueles dois homens.
E agora, Jocelyn pode confiar no homem que afirma ser seu amigo, ou render-se àquele que anseia por ser seu amante?...

Capítulo Um

Embora nunca tivesse encontrado o demônio, Jocelyn Kingly estava certa de que ele agora estava sentado em sua saleta, diante da escrivaninha à qual ela própria se acomodava.
E não era tanto pelas aparências que pensava assim, avaliou consigo mesma.
Afinal, o homem de cabelos claros e rosto suave, e com olhos de um tom castanho puro, rajado de uma cor mais densa, que poderiam fazer inveja a muitas mulheres, olhava-a calmamente, parecendo ignorar a beleza máscula e, ao mesmo tempo, delicada, dos próprios traços.
Mas nada havia de angelical no ar de riso que aparecia naqueles lábios cheios e sensuais que sorriam de leve diante dela.
E muito menos no charme elegante e educado de sua postura.
Jocelyn sentia que devia tê-lo mandado embora assim que colocou os pés na soleira de sua porta, sem nem por um momento pensar em receber um homem assim em sua casa.
Onde estava com a cabeça, afinal?
Quando lhe ocorrera pela primeira vez a idéia de alugar o sótão, fora com a intenção de receber um inquilino tranqüilo e discreto.
Alguém que não perturbasse a paz de sua casa.
Mas, infelizmente, havia poucos inquilinos assim naquela região da cidade.
Os batedores de carteira e as prostitutas dali não teriam dinheiro para pagar o aluguel que estava pedindo, mesmo que, porventura, considerasse aceitar algum deles dentro de sua casa.
E os poucos cavalheiros que possuíam negócios naquela parte de Londres, já tinham suas próprias moradias, em geral bem longe de St. Giles.
Portanto, sua única opção estava bem ali, na figura de Lucien Valin.
Jocelyn sentiu um frio percorrer-lhe a espinha.
Se, ao menos, não estivesse precisando tão desesperadamente de dinheiro!
Se, ao menos, sua pensão não fosse demorar dois meses para ser recebida!
Se...

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23 de setembro de 2011

A Encantadora Kate



Doce conquista...

Kate Frazer passou a maior parte da vida reprimindo sua natureza livre e espontânea para ser um exemplo de bom comportamento e obediência ao pai.
Mas quando seu esforço é recompensado com um pretendente que só se importa com seu dote, e que a deixa plantada no altar no dia do casamento, Kate decide que, daquele momento em diante, viverá como bem entender.
Sua primeira aventura será viajar a Londres e aproveitar todas as diversões que a cidade oferece. E enfrentar qualquer um que se ponha no seu caminho... especialmente seu noivo...
Lucius Calfield não teria deixado Kate esperando no altar se uma violenta tempestade não o tivesse impedido de chegar a tempo para a cerimônia. Ele fica assombrado, no entanto, quando descobre que sua tímida e recatada noiva não está mais à sua espera, e mais ainda quando a encontra em Londres, mudada e irresistivelmente atraente.
E mesmo que reconquistar o coração daquela dama seja uma missão quase impossível, Luc não consegue imaginar vitória mais doce...

Capítulo Um

Inglaterra, 1 889
Em matéria de casamento, o de Lucius Jonathon Duval, conde de Calfield, com a srta. Catherine Frazer podia ser considerado um extravagante e espetacular... fiasco.
Ah, a culpa não podia ser atribuída à igreja pequena, apesar de abarrotada com os elegantes convidados.
Nem à noiva, que ficou no altar com o semblante quase tão pálido quanto o vestido cor de marfim que escolhera para a solenidade.
Nem tampouco ao vigário, que sem dúvida bebera muito do frasco de prata que mantinha escondido entre as vestes.
Por tradição, casamentos incluíam igrejas superlotadas, noivas pálidas e vigários que tinham a necessidade de acalmar os nervos com um gole de conhaque.
Não. O desastre podia ser atribuído totalmente ao noivo.
Um noivo que nem se dera ao trabalho de aparecer na cerimônia...
Quatro horas após ser abandonada no altar, Kate Frazer passeava de um lado para o outro em seu quarto.
Era um lindo aposento.
Um ambiente espaçoso que seu pai idealizara prestando atenção em todos os detalhes, e que fora remodelado quando ele comprara a propriedade, cinco anos antes.
Decorado em azul e marfim, tinha vista para um magnífico cenário da região campestre de Kent, e exalava um ar da mais pura suntuosidade.
Era o lugar perfeito para a ajuizada e obediente filha de Archibald Frazer.
Nesse dia, porém, Kate mal prestava atenção nos seus sapatos de cetim jogados sobre o tapete com motivo floral; ou como as janelas em estilo gótico refletiam a pálida luz do sol de novembro.
Longe de se sentir calma, Kate procurava alguma coisa para atirar na parede.
De preferência, seu noivo.
Maldito Lucius Jonathon Duval, conde de Calfield!
Já fora ruim saber que Luc iria se casar com ela apenas por interesse, pois receberia um vultoso dote de seu pai.
Durante seu curto noivado, Luc a visitara só meia dúzia de vezes.
E mesmo assim, Kate tinha certeza, apenas para se assegurar de que ela não mudara de idéia.
E agora... aquilo!

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20 de abril de 2009

Sonho de Amor

Trilogia Vicar Humbley
Inglaterra, século XIX

Um casal em conflito
Victoria se considera afortunada ao conhecer o rapaz que é o ideal de seus sonhos românticos!
Mas ao fugir com ele para ficar noiva, um mal-entendido a leva, no meio da noite, para os braços fortes e calorosos... de outro homem!
Agora, a única maneira de evitar um escândalo é casar-se com um sujeito enigmático e sedutor, porém arrogante e insuportável!
Julius está num beco sem saída.

Victoria é a criatura mais teimosa sobre a face da Terra, e ainda assim ele não consegue controlar o desejo que ela inocentemente lhe desperta.
Entretanto, quando o orgulhoso lorde começa a perder as esperanças de um dia voltar a ter paz na vida, uma ameaça obriga o jovem casal a deixar de lado suas desavenças para escapar do perigo... e descobrir um amor que não tem preço!

Capítulo Um

Poucas coisas eram mais ridículas do que um rotundo vigário vestido em um aflitivo e justo casaco, com seus poucos e grisalhos fios de cabelo arrepiados nas pontas, tentando caminhar na ponta dos pés pelo silencioso vicariato.
O vigário Humbly não tinha exatamente medo de sua grande e autoritária governanta, como estava sempre repetindo para si mesmo.
Ela havia sido sua dedicada criada por quase quarenta anos.
Mas não queria ter de enfrentá-la tão cedo, àquela hora da manhã.
Já havia suportado quinze dias de queixumes por conta de sua determinação de viajar para Kent.
Ela simplesmente não conseguia entender sua necessidade aflita de certificar-se de que Victoria estava bem e segura em sua nova vida com lorde Claredon.
Humbly fez uma careta quando começou a descer a escada.
Na verdade, nem ele mesmo era capaz de entender inteiramente seu estranho comportamento.
Tudo havia começado semanas atrás, quando recebera cartas de Addy, Beatrice e Victoria, todas na mesma manhã. Interpretara a coincidência quase como um sinal do domínio superior.
Quantas noites havia dedicado à preocupação com a condição das três jovens?
Apesar de ter concordado com a missão de oficializar cada um dos três casamentos ao longo do ano anterior, estivera atormentado por dúvidas.
Nenhuma das três pobres moças se havia casado por amor, ou mesmo por amizade.
Sua consciência o incomodava profundamente, e quando recebera as cartas, soubera que deveria agir.


Trilogia Vicar Humbley
1 - Casamento em Risco
2 - Não é Preciso ser Bela
3 - Sonho de Amor
Trilogia Concluída

19 de abril de 2009

Não é Preciso Ser Bela

Trilogia Vicar Humbley
Inglaterra década de 1810

Ela o amava por sua mente...
A herdeira Beatrice Chaswell sempre disse que só se casaria por amor.
Tímida e dona de escassas graças sociais, ele teme nunca encontrar um marido... até o destino lhe sorrir na forma de Gabriel Baxtor.
Para espanto de Beatrice, ele se mostra encantado com cada um de seus movimentos... e em pouco tempo ela entrega o seu coração.
Mas depois do casamento Beatrice descobre os verdadeiros motivos por trás da intensa sedução de Gabriel...
Ele a desposou por dinheiro.
Ao herdar uma dívida de família, Gabriel sabe que deve desposar uma mulher de posses para reabastecer seus fundos.
Beatrice é a escolha perfeita...
Mas de repente, a criatura afetuosa de que Gabriel aprendera a gostar se tornou fria e distante.
Agora, para salvar seu casamento, Gabriel deve começar do início.
Ele terá de conquistar Beatrice novamente, e de alguma forma encontrar um caminho por onde emendar seu coração partido!

Capítulo Um

Então, isso era o amor. Quem poderia imaginar que a insossa, desajeitada e excêntrica Beatrice Chaswell jamais encontraria tal felicidade?
Era o que ela pensava, ao suspirar longamente.
Não, não, censurou-se em silêncio. Não Beatrice Chaswell, mas condessa de Faulconer, esposa do conde de Faulconer.
Talvez não fosse tão estranha a dificuldade de pensar em si mesma ostentando tal título. Só estava casada há duas horas.
E com a corte tão apressada e envolvente, mal tivera tempo antes do casamento para considerar alguma coisa além das necessidades imediatas, como adquirir um enxoval, providenciar os anúncios e cuidar dos mil e um detalhes envolvidos em uma cerimônia de tão exuberantes proporções.
Ainda não conseguia acreditar na própria sorte.
Contos de fadas aconteciam para adoráveis e encantadoras moças que sabiam como enfeitiçar um cavalheiro com o sorriso.
Não para roliças e tímidas solteironas que eram gordas demais para seguir a moda e preferiam passar o tempo na oficina do avô a dançar valsas.
Gabriel era simplesmente um produto de seus sonhos.
Lindo, encantador, inteligente e gentil.
Ele nunca a fizera sentir–se desajeitada ou feia.
Nunca torcia o nariz quando ela amarrotava o vestido ou dizia alguma tolice diante da sociedade. Na verdade, ele era o único cavalheiro que fizera um esforço genuíno para entendê-la.
Ele era seu amigo.


Trilogia Vicar Humbley
1 - Casamento em Risco
2 - Não é Preciso ser Bela
3 - Sonho de Amor
Trilogia Concluída

18 de abril de 2009

Casamento em Risco

Trilogia Vicar Humbley
Um pequeno impulso pode vir de onde menos se espera..

Adele sempre fora vivaz e extrovertida.
Mas o casamento com um prestigiado membro do governo confinou-a a uma vida metódica e monótona.
As roupas coloridas foram substituídas por trajes sóbrios, tornando-a um modelo de seriedade e decência.
Mas aquela imagem austera encobria o desejo secreto de ser arrebatada por um homem atraente e sedutor... um homem que a fizesse vibrar de paixão!
Embora admirasse o comportamento submisso da esposa, Adam sentia falta da jovem alegre que ele conhecera.
Até que alguém lhe segredou um sábio conselho: ele teria de ser o primeiro a mudar... porque somente um homem ousado e sedutor conseguiria transformar a recatada Adele numa mulher ardentemente apaixonada!

Capítulo Um

Adam Stonewell Drake era reconhecidamente um cavalheiro de grande presença.
Elegante, atraente, com um metro e oitenta de altura, farta cabeleira negra com as têmporas começando a ficar grisalhas, olhos cinzentos, frios e penetrantes, capazes de fazer com que um mortal mais atrevido tremesse de inquietação.
Mas não era apenas seu nobre porte ou sua perfeição física que criavam essa imagem de impressionante força e poder.
Adam era também inteligente, educado, e exigia ordem e precisão em tudo que fizesse. Que Deus se apiedasse daquele que fosse tolo o bastante para interferir no seu rígido e exato esquema de vida.
Adam pouco se importava com sua reputação de homem severo e inflexível.
Era verdade que ele fazia questão de uma casa bem administrada, funcionando como se fosse uma máquina bem lubrificada.
Exigia dos criados ordem, eficiência e método.
Também mantinha um planejamento detalhado para suas atividades diárias.
Um homem assim certamente não tinha paciência com pessoas frívolas que desperdiçavam seu tempo com assuntos fúteis como moda e mexericos.
Tais veleidades, na sua opinião, indicavam fraqueza de caráter.
Entretanto, Adam Drake não se considerava um homem severo e inflexível.
Ou, pelo menos, não pensava assim nas últimas semanas, reconheceu com expressão sombria.


Trilogia Vicar Humbley
1 - Casamento em Risco
2 - Não é Preciso ser Bela
3 - Sonho de Amor
Trilogia Concluída