1849. . . Matilda Sheldon, a filha do meio do sexto conde de Bisset, nunca se interessou pelos eventos da sociedade da moda que preocupam seus pais e irmãos.
Sua família amorosa, ainda que maluca, não consegue entender por quê. Mas Matilda tem pouco uso para regras e dramas bobos. Ela preferia ocupar seu tempo com uma causa que valesse a pena, como abrir Sheldon Home para Órfãos, para o desgosto de sua mãe e avó. Eles estão certos de que uma aventura desta natureza irá desencorajar os pretendentes. Matilda tem certeza de que se os cavalheiros estão desencorajados é porque ela é inteligente, simples, um pouco desajeitada e inevitavelmente comparada com suas lindas irmãs. O duque de Thornsby está em apuros. Depois de receber o título após a morte de seu pai, descobriu que a herança será oferecida para outro se ele não se casar antes de seu trigésimo aniversário. Infelizmente, nosso homem-da-cidade está envolvido em um escândalo, não de sua própria autoria, e as mães casamenteiras não permitirão que nenhuma moça elegível se aproxime dele. O que um duque pode fazer? Ser convidado para uma festa em casa organizada pelo notoriamente distraído Conde de Bisset, que por acaso é o pai de algumas moças em idade de se casar! Thornsby se vê fascinado não com as duas debutantes Sheldon procurando ativamente um marido, mas sim com a "passarinha marrom" que ele à primeira vista confunde com uma criada. Matilda está contando as horas até que a festa em casa termine e a necessidade de conversar com os convidados acabe, e os homens ridiculamente bonitos vão para longe. Pode um Duque mundano convencer uma garota sensível a aceitar seu cortejo? Descubra em Encantando o Duque.
Capítulo Um
Perto de Londres, 1849
Matilda Sheldon concentrou-se nos pontos de seu bordado e escutou as conversas sem sentido ao seu redor.
Do início da tarde até quase a hora do chá, suas duas irmãs, Juliet, Alexandra e sua mãe, continuaram conversando sobre a virtude dos vegetais verdes na dieta.
Frequentemente, Matilda estava lendo um livro quando as três encontravam um tópico fútil que merecia quatro horas de discurso. Às vezes ela deixava sua mente ou seus pés vagarem longe. Hoje, porém, ela prometera a si mesma terminar o guardanapo ornamental que ela vinha trabalhando havia dois meses.
— Qual é a sua opinião, Matilda? — perguntou Alexandra. — Sim ou não para os desagradáveis brócolis.
Matilda empurrou os óculos para cima com o dedo do meio e se apunhalou na testa com a agulha que segurava. — Amolação! Isso machuca.
— Hii hii — Juliet riu.
A única pessoa na face da terra de Deus para dizer em voz alta “hii hii” era sua irmã Juliet. Não parecia estranho para qualquer um da família dela. Nem para mais ninguém pelo que parecia. Os homens, em particular, achavam Juliet terrivelmente divertida e alguns de fato respondiam com uma fala: "Haha-Ha". Matilda só conseguia sacudir a cabeça, maravilhada.
Frances Sheldon se levantou graciosamente e se aproximou de Matilda. Ela puxou o laço de renda sempre presente em sua cintura, umedeceu-o com a língua e tocou a pequena gota de sangue na testa de Matilda.
— Deve ser mais cuidadosa, querida — disse a mãe de Matilda.
— Eu digo para guardar os legumes e pegar os bolos — disse Alexandra.
— Que malvado de sua parte, Alexandra — respondeu Juliet. Ela se virou em seu assento para encarar Matilda.
— Mas você ainda tem que compartilhar seus sentimentos. Verduras. Não ou sim?