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1 de outubro de 2012

A Escolha De Uma Mulher


Irreverente paixão 

Sophia Rowjey, três vezes casada e três vezes viúva, é obrigada a retornar para a vida simples do campo, em Rowley Hall. 
Ao saber que seu terceiro marido nomeou Charles Heywood como tutor de seus filhos, Sophia não consegue esconder a indignação e revolta. 
Além de ter ficado intrigada com o fato. 
Porém, pouco a pouco, ela descobre que Charles é diferente de todos os homens que já conheceu, e sua opinião a respeito dele, bem como sua visão a respeito da vida, começam a mudar. 
Será que uma vaidosa e imatura dama da sociedade londrina poderá encontrar a felicidade e a sabedoria nos braços de um homem simples e desapegado de luxo e riqueza material?... 

Capítulo Um 

Rowley Hall, North Riding, Yorkshire, 1811 
Loira e fascinante, com seu vestido de musselina pérola, realçando as curvas do corpo perfeito, lady Sophia Rowley irrompeu pela sala de estar, emprestando ao sóbrio local a fragrância sedutora que sempre registrava sua presença. 
Seus olhos azuis se moviam ainda mais rápidos do que os passos em busca do vigário de St. Mortrud's. Não teria se apresentado à entrevista por sua vontade, mas o advogado fora enfático em recomendar que procurasse um entendimento com o Sr. Charles Heywood, ainda que fosse apenas pelo bem de seus filhos. Porque, de qualquer maneira, não haveria o que fazer realmente, exceto ela se curvar ao último desejo manifestado pelo marido em testamento, antes de morrer. 
O olhar de Sophia deteve-se na figura de um jovem que bebia um dos finos licores de cereja que George nunca permitira faltar em sua adega. 
A garrafa, que alguém havia deixado aberta, por sinal, estava em uma bandeja de prata sobre a mesinha de apoio. 
Sentiu uma irritação instantânea ao modo como o usurpador ignorou sua entrada, mantendo a concentração voltada para o quadro sobre o console da lareira. Não importava que fosse ela a retratada. Ou talvez fosse justamente por isso. 
Detestava aquela caracterização de Diana, a deusa virginal romana que simbolizava a caça. 
Não se admirava que o artista tivesse morrido um ano após terminar a obra, pois já deveria estar senil ao compará-la a essa deusa. Aquela era a única explicação. 
Ela, a notória lady Sophia Rowley, não tinha nada em comum com as divindades. 
George, contudo, adorava aquele quadro.
Repetira centenas de vezes que não se cansava de apreciar o brilho da lua refletido em seus cabelos, confundindo os fios de ouro com prata. 
Colocara a obra em lugar de destaque na mansão que havia herdado de seus antepassados e exibia-a com orgulho. O velho e querido George... 
Bem, mas ele já não fazia mais parte deste mundo, e perdera o direito de opinar na decoração da casa. Pena que as outras inconveniências, ocasionadas pelo falecimento do marido, e que teria que enfrentar, não poderiam ser tão facilmente contornadas. 
— Senhor? — lady Sophia finalmente denunciou sua presença. 
O homem se virou, surpreendendo-a pela beleza de seus traços. 
Ele era um pouco mais alto do que a média dos homens, esguio e elegante. 
Seus traços não podiam ser descritos como másculos, mas como bonitos. 
O nariz era pequeno, os olhos tinham a cor do céu, quando do prenuncio de uma tempestade. 
Os cabelos eram ainda mais escuros, e uma mecha teimava em cair sobre a fronte aristocrática. 
— Lady Sophia! Eu sou Charles Heywood! 
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