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24 de outubro de 2014

A Escolha de uma Mulher

Série Knight's Bride
Lady Sara de Fernstowe advogou como seu o direito de casar-se com Richard Strode…O cavaleiro que a resgatara do abraço gelado da morte. 

No fundo de seu coração, sabia que ele seria capaz de passar por cima das cicatrizes que a marcavam e, corajoso como era, poderia entender seu coração de guerreira e compartilhar uma nova vida a seu lado! Ele acordou casado com uma estranha…e, segundo as ordens reais, assim, deveria permanecer! 
Jurou, porém, que não passaria de um casamento no papel apenas, e que não se deixaria envolver por aquela desconhecida. 
Contudo, como poderia manter-se fiel a seus objetivos de justiça e virtude se Sara de Fernstowe era a jovem nobre mais sensual e exótica da Inglaterra?

Capítulo Um

Inglaterra, século XIV, Northumberland, 1339
— Nossos agradecimentos por tornar a morte dele menos sofrida, lady Sara — disse o rei Edward suavemente, seus olhos azuis já toldados de tristeza. — Ele parece estar em paz.
Sara de Fernstowe sorriu, rodeando a cama, tendo nas mãos a bacia com as ataduras ensangüentadas e a ponta da flecha.
— Seu cavaleiro não está morto, senhor — ela assegurou, entregando o vasilhame para uma criada e encarando o rei. — Nem morrerá, se eu puder fazê-lo superar a febre.
O belo homem loiro que governava a Inglaterra abandonou sua postura real e inclinou-se ao lado da cama, o ouvido encostado aos lábios do cavaleiro, a mão sobre o ombro ferido de seu subordinado.
— É verdade, ele respira! Como é possível que meu médico tenha declarado que nenhuma esperança restava para este homem, e que você tenha salvado sua vida?
Sara gostava do rei, contudo sabia que diante de uma contradição, tal como aquela sobre a vida de seu cavaleiro, Edward III poderia se tornar tão ameaçador quando seu avô, o famoso "Canela Comprida". Deixou escapar uma ligeira risada, antes de arriscar uma conjectura.
— Talvez seu curandeiro temesse sua fúria se não fosse bem-sucedido em seus esforços, meu soberano. O senhor não deve culpá-lo. Como deve saber, poucos homens podem sobreviver a tal ferimento. — Continuou, sem medo de dizer a verdade: — Há uma chance de que eu também falhe, mas creio que isso não acontecerá. Ele resistiu à operação para a retirada da ponta de flecha mal deixando escapar um gemido de protesto. Aqui está um sujeito forte que suporta bem a dor. Eu diria que sofreu outros ferimentos a seu serviço, a julgar por suas cicatrizes.
O rei endireitou-se.
— Ah, você não sabe a metade, minha senhora. Agora são duas as vezes que sir Richard se colocou entre mim e o desastre. Da primeira vez, éramos camaradas, eu, nada além de um jovem rei inexperiente, e Richard, apenas um escudeiro. — Prosseguiu, deixando visível em sua expressão enlevada, o orgulho que sentia de seu cavaleiro. Era como se pudesse ver tudo de novo, na mente. — Três assassinos atacaram nosso acampamento, com a intenção de me matar. Quando o superior de Richard caiu em meio ao combate, este homem aqui tomou a espada do velho conde e liquidou os dois que restavam. Quase morreu, então, de um ferimento de espada em sua coxa.
— Ah, uma morte gloriosa para um jovem. Tomou-o a seu serviço, então?
— Felizmente, ou estaria deitado aqui agora, e você estaria cuidando de mim, ao invés dele. Richard deve ter percebido o arqueiro posicionado para atirar e recebeu a flecha destinada a mim. Então, ferido como estava, derrubou o patife e cortou-o pela metade. O que pensa de seu valor e de sua força?
Sara estudou a figura que jazia em sua cama. Ele igualava o colchão em comprimento. Se estivesse em pé, ela sabia que poderia rivalizar com o rei em peso. Se o peito dele não fosse formado por uma rígida massa de músculos, a flecha que o atingira teria sido fatal, na verdade. Sim, ele era forte, tanto quanto corajoso.
E belo. Ela notou os cabelos castanho-escuros, com um suave brilho avermelhado à luz das velas. Sua pele parecia macia e ligeiramente bronzeada pelo sol. Seus lábios sensuais, ligeiramente abertos, revelavam dentes brancos e perfeitos, e seu nariz era reto e sem quebraduras.
Se pelo menos pudesse ver seus olhos, talvez pudesse julgar melhor que tipo de homem ele era. Gostaria de saber.
— Que homem é ele para resistir a tais ferimentos? Corajoso? Rude?
O rei deixou escapar um suspiro alto e longo.
— Não, não Richard. 

Série Knight's Bride
1 - A Noiva do Cavaleiro
2 - O Pecado de Anne
3 - Ian's Gift
4 - A Escolha de uma Mulher
5 - Coragem de Mulher
6 - A Jornada

1 de outubro de 2012

A Escolha De Uma Mulher


Irreverente paixão 

Sophia Rowjey, três vezes casada e três vezes viúva, é obrigada a retornar para a vida simples do campo, em Rowley Hall. 
Ao saber que seu terceiro marido nomeou Charles Heywood como tutor de seus filhos, Sophia não consegue esconder a indignação e revolta. 
Além de ter ficado intrigada com o fato. 
Porém, pouco a pouco, ela descobre que Charles é diferente de todos os homens que já conheceu, e sua opinião a respeito dele, bem como sua visão a respeito da vida, começam a mudar. 
Será que uma vaidosa e imatura dama da sociedade londrina poderá encontrar a felicidade e a sabedoria nos braços de um homem simples e desapegado de luxo e riqueza material?... 

Capítulo Um 

Rowley Hall, North Riding, Yorkshire, 1811 
Loira e fascinante, com seu vestido de musselina pérola, realçando as curvas do corpo perfeito, lady Sophia Rowley irrompeu pela sala de estar, emprestando ao sóbrio local a fragrância sedutora que sempre registrava sua presença. 
Seus olhos azuis se moviam ainda mais rápidos do que os passos em busca do vigário de St. Mortrud's. Não teria se apresentado à entrevista por sua vontade, mas o advogado fora enfático em recomendar que procurasse um entendimento com o Sr. Charles Heywood, ainda que fosse apenas pelo bem de seus filhos. Porque, de qualquer maneira, não haveria o que fazer realmente, exceto ela se curvar ao último desejo manifestado pelo marido em testamento, antes de morrer. 
O olhar de Sophia deteve-se na figura de um jovem que bebia um dos finos licores de cereja que George nunca permitira faltar em sua adega. 
A garrafa, que alguém havia deixado aberta, por sinal, estava em uma bandeja de prata sobre a mesinha de apoio. 
Sentiu uma irritação instantânea ao modo como o usurpador ignorou sua entrada, mantendo a concentração voltada para o quadro sobre o console da lareira. Não importava que fosse ela a retratada. Ou talvez fosse justamente por isso. 
Detestava aquela caracterização de Diana, a deusa virginal romana que simbolizava a caça. 
Não se admirava que o artista tivesse morrido um ano após terminar a obra, pois já deveria estar senil ao compará-la a essa deusa. Aquela era a única explicação. 
Ela, a notória lady Sophia Rowley, não tinha nada em comum com as divindades. 
George, contudo, adorava aquele quadro.
Repetira centenas de vezes que não se cansava de apreciar o brilho da lua refletido em seus cabelos, confundindo os fios de ouro com prata. 
Colocara a obra em lugar de destaque na mansão que havia herdado de seus antepassados e exibia-a com orgulho. O velho e querido George... 
Bem, mas ele já não fazia mais parte deste mundo, e perdera o direito de opinar na decoração da casa. Pena que as outras inconveniências, ocasionadas pelo falecimento do marido, e que teria que enfrentar, não poderiam ser tão facilmente contornadas. 
— Senhor? — lady Sophia finalmente denunciou sua presença. 
O homem se virou, surpreendendo-a pela beleza de seus traços. 
Ele era um pouco mais alto do que a média dos homens, esguio e elegante. 
Seus traços não podiam ser descritos como másculos, mas como bonitos. 
O nariz era pequeno, os olhos tinham a cor do céu, quando do prenuncio de uma tempestade. 
Os cabelos eram ainda mais escuros, e uma mecha teimava em cair sobre a fronte aristocrática. 
— Lady Sophia! Eu sou Charles Heywood! 
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