Mostrando postagens com marcador Kelly McClymer. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Kelly McClymer. Mostrar todas as postagens

21 de maio de 2011

Por Amor...



Felizes para sempre...

Miranda era uma das poucas jovens da sociedade que acreditavam no amor verdadeiro, e não pretendia se casar por fortuna ou por título de nobreza.

Ela faria qualquer coisa para promover o amor, até mesmo confrontar o homem cuja desaprovação impedia seu irmão de cortejar a moça a quem ele amava.

No entanto, o impetuoso encontro de Miranda com Simon Watterly, o duque de Kerstone, teve consequências bem diferentes das que ela pretendia...


Pois, quando aquele nobre cínico percebeu que a reputação dela ficara comprometida depois do encontro entre ambos, ele insistiu em nada menos do que casamento. E de repente, a grande defensora dos finais felizes de contos de fadas viu-se noiva de um homem que não acreditava no amor... Contudo, Miranda não desistiria de seu sonho de Cinderela, nem de fazer do charmoso e atraente Simon o seu príncipe encantado...

Capítulo

Londres, 1832
Simon Watterly olhou ao redor do salão de baile apinhado, tentan¬do não demonstrar que estava entediado.
Havia sido educado para cumprir seu dever em relação ao nome da família e a não desonrá-la comportando-se inadequadamente.
Prometera ao duque.
E Simon sempre cumpria suas promessas e seu dever.
Que farsa!
Na verdade, era um amargo consolo saber que aquela noite seria a última vez que teria de fingir ser o que aquelas pessoas pensavam que ele era.
E o que ele próprio acreditara ser, até a noite anterior, quando ouvira as palavras de sua mãe ao seu pai moribundo... Seu pai não, o duque de Kerstone.
Naquele instante, sua vida desmoronara.
Se o duque, em seu leito de morte, não tivesse arrancado dele a promessa de não destruir a reputação da família... Mas isso era irrelevante.
O duque parecia tão frágil e abatido enquanto implorava, os pálidos olhos azuis marejados de lágrimas, os dedos esquálidos e trêmulos exercendo uma leve pressão no pulso de Simon...
Não podia negar aquela promessa ao homem que chamara de pai a vida inteira, mas haveria de encontrar um modo de contorná-la, se um matador ou alguma batalha sangrenta não o fizessem por ele, como acontecera com seu irmão mais velho, que ele jamais conhecera.
Seu legítimo irmão mais velho, morto pela explosão de um canhão na França quando Simon ainda era um bebê.
Simon virou-se com um sobressalto ao sentir uma mão em seu ombro.
— Desculpe se o assustei, primo, — Giles Grimthorpe fez um discreto movimento com a cabeça em direção às pessoas que dançavam.
— Não gostaria de fazer uma pequena aposta para agitar um pouco esta noite enfadonha?
— Que tipo de aposta?
— Uma sedução.
Simon olhou para o primo, que sorria, sem dúvida esperando um pequeno sermão.
Mas ele teria uma surpresa.
Uma hora antes, enquanto ajustava a gravata diante do espelho no hall da casa de seus pais, Simon prometera a si mesmo que faria o que estivesse ao seu alcance para destruir a imagem que todos faziam dele, de rapaz direito e bem-comportado.

DOWNLOAD

28 de março de 2011

Noite De Sedução


Escalar janelas era uma boa maneira de um homem morrer, pensava Sean McCarthy enquanto arranhava a perna na pedra do peitoril da janela e caía pesadamente no chão duro.

Por sorte, uma árvore com grandes galhos facilitou a invasão.
E ele também era afortunado porque a mulher que estava deitada na cama a poucos metros dali dormia com a janela escancarada, mesmo no inverno.
Por um momento Sean permaneceu completamente imóvel, temendo que a sorte que o conduzira até ali pudesse abandoná-lo, deixando-o diante de uma mulher histérica.

Mas, quando o sangue parou de rugir no seu ouvido, o som da respiração da moça chegou até ele, uniforme e tranqüilo.

Capítulo Um

Dezembro 1888
Ela nada ouvira.
Abençoada providência, Kate continuava a dormir.
Sean levantou-se lentamente e com cuidado, sem saber o que a sua perna ou cotovelo poderiam encontrar no escuro.
Talvez devesse ter seguido a sugestão do Tio Connor e colocado láudano na bebida que servira a Kate durante a noite.
Ela lhe dera um sorriso, falando tolamente de amor e dedicação, tratando-o como um herói, um homem honrado.
O tempo todo, Sean pensara na melhor maneira de comprometê-la e acabar com esse irritante galanteio.
À luz das velas e nas festas da Véspera de Natal, Sean sentira-se extremamente seguro do amor dela e da sua habilidade.
No entanto, agora, no silêncio da noite, a pergunta não parava de martelar em sua cabeça.
Será que Kate o amava o bastante para perdoá-lo à luz do dia?
Sean apostaria que sim.
Aliás, estava apostando agora que ela o julgaria mais ousado do que importuno.
Mas o que faria se a admiração que com tanta freqüência dançava nos olhos dela se transformasse em desprezo?
Mas Sean não ia ficar pensando nessas coisas.
Seria tolice voltar atrás depois de chegar tão perto do objetivo, não é mesmo?
Se Sean fosse mais afortunado do que a maioria dos homens da família McCarthy, como o seu primo Niall insistia que ele era, a doce Kate só acordaria de manhã.
Se a sorte o abandonasse, ela acordaria e ficaria feliz em vê-lo, ou não.
As ações de Sean eram drásticas e uma Kate desapontada, desperta e consciente cedo demais não era o que ele desejava.
O que queria mesmo era que a empregada simplesmente os encontrasse juntos.
Sean tirou a roupa, dobrando com cuidado cada peça no banco coberto de seda perto da penteadeira.
Ele já estivera antes no quarto de algumas damas, mas sempre com permissão e a convite delas.
Sean sentiu-se estranhamente vulnerável ao tirar a roupa, mesmo no escuro.
Sempre achara que um irlandês no quarto de uma inglesa deveria estar vestido com armadura completa e uma espada do tamanho da de Chuchulain.
A não ser que a dama fosse sua esposa, ou estivesse prestes a sê-lo.
Sean ficou na dúvida se deveria ou não ficar de ceroulas, mas optou pela verosimilhança.
Um namorado impaciente demais para esperar pela noite de núpcias provavelmente não seria tão cuidadoso.
O cenário seria ainda mais bem montado se as suas roupas estivessem espalhadas ao acaso pelo quarto para que a empregada ficasse ainda mais chocada, mas elas eram o seu melhor traje de domingo e já mostravam mais sinais de desgaste do que deveriam, por pertencerem ao Conde de Blarney.
Sean parou por um momento, morrendo de frio na noite gelada de dezembro.
Era Véspera de Natal...

DOWNLOAD