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14 de setembro de 2011
Prisioneiro De Um Segredo
A misteriosa mansão de Fairfield voltou a ser ocupada.
Como uma sina, seu novo morador, Jared Prescott, fechava-se entre as sombrias paredes, atiçando a curiosidade dos vizinhos...
E de Rachel Permington.
Ávida por aventuras, ela obstinou-se a ter um romance com Jared o único homem que despertava seu interesse.
Flertando com o perigo, decidiu descobrir porque Jared se afastava deliberadamente de todos e, ao contrario das pessoas de bom senso, fazia questão de ser visto com desconfiança, dando margem a boatos difamatórios
Em sua ingenuidade, Rachel fez de tudo para viver uma situação arriscada que até mesmo sua fértil imaginação seria incapaz de conceber.
Um enredo intrigante... Mistério e suspense dão um toque especial a uma deliciosa história de amor.
Capítulo Um
Fairfield, Inglaterra
1850
— Rachel! — uma mulher chamou da extremidade mais afastada do pátio — Está me ouvindo, Rachel?
— Estão chamando a Senhorita — o cavalariço avisou, apertando o arreio ao redor do grande cavalo preto.
— Eu ouvi Harry — Rachel respondeu com um suspiro.
Acariciou o pescoço do elegante animal que pretendia montar às escondidas da mãe.
Era um cavalo novo e ela estava proibida de montá-lo, até que um dos cavalariços mais jovens, sob a orientação de Harry, o experimentasse.
— Se eu fosse você, responderia — aconselhou o homem.
Trabalhava para os Permington desde antes do nascimento da irmã mais velha de Rachel e não hesitava em usar um tratamento informal com as "meninas".
Rachel foi até a porta do estábulo, resignada.
— Estou aqui, Wadkins — gritou na direção do portão do pátio.
A governanta percorreu o caminho de pedras o mais depressa que lhe permitiam a idade e o peso do corpo volumoso.
Parando na frente de Rachel, pôs as mãos na cintura, parecendo zangada.
— Procurei por você em todos os cantos. Por que não avisa, quando sai de casa?
Wadkins era tão antiga na casa dos Permington quanto Harry.
Vira as filhas dos patrões nascerem e sempre se achara com direito de repreendê-las, quando necessário.
— Eu só ia dar um passeio — Rachel explicou.
— Agora não vai a parte alguma — declarou a governanta — Seu pai deseja vê-la.
— Papai? Voltou de Londres?
— Acabou de chegar. Vá falar com ele. Sua mãe e as criadas estão revirando a casa, procurando você. Francamente, menina! Desaparecer dessa maneira...
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2 de junho de 2009
A Senhora do Castelo
O mágico poder da paixão!
Damáris Fleetwood, senhora do castelo de Thornbeck, nascera do mar, da tempestade e da magia.
Era o que se dizia na ilha, e Gavin Rutledge, cavaleiro do reino, não duvidava do comentário.
Um mero encontro com o feitiço daqueles olhos violeta... e sua alma foi atingida, selando seus destinos para sempre!O castelo de seus ancestrais caíra em mãos inimigas e Damáris se viu à mercê dos fados e, inapelavelmente, presa dos braços de Gavin.
Guerreiro valente nas batalhas e nos mistérios dos quais Damáris era herdeira, ele a capturou com um poder tão antigo quanto o próprio tempo...
Prólogo
Fronteira Escócia Inglaterra, 1531
— Não pode fazer mais força, minha senhora? — perguntou Meg, insegura.
— Não desista ainda.
Matilda levantou a cabeça do travesseiro, atendendo ao apelo da dama de companhia.
O som de um animal gritando de dor ecoou entre as paredes de pedra; então, percebeu tratar-se de sua própria voz. Deitou-se exausta na cama.
O quarto estava quente, ainda que fosse início de primavera.
A parteira acreditava que mulheres em trabalho de parto e bebês recém-nascidos precisavam de calor, e por isso ordenara que fossem colocadas brasas de carvão na câmara de entrada do aposento. Matilda mal podia respirar o ar pesado e juntar forças para pedir que removessem o carvão.
Meg, a companheira constante de Matilda por anos, pareceu adivinhar os pensamentos de sua senhora.
— Não podemos abrir a janela, minha senhora. Uma tempestade se aproxima. Não está ouvindo os trovões?
Matilda apurou o ouvido e distinguiu um som longínquo, que a transportou para quase dez anos atrás, quando chegara a Thornbeck como noiva de Owen Fleetwood.
Não o conhecia, pois o casamento fora acertado por seus pais.
Entretanto, às primeiras palavras do jovem bonito e educado, compreendeu que o amaria para sempre. Owen, por sua vez, assim que a viu foi tomado pela tranqüilidade daqueles que amam e são correspondidos.
Era o mais novo de dois irmãos; apesar disso, seria o herdeiro da fortaleza de Thornbeck.
O primogênito fora banido anos antes, por ter criticado abertamente o divórcio do rei Henrique VIII e Catarina de Aragão e seu casamento com a amante Ana Bolena. Antes que os soldados do rei chegassem à quase inacessível ilha de Thornbeck, para levá-lo para Londres, onde responderia por alta traição, fugira, pedindo asilo à Escócia. Num gesto de lealdade ao rei, o velho Fleetwood o deserdara, designando Owen como único herdeiro do castelo e da ilha da família.
Thornbeck se situava no mar do Norte, longe de Londres, mas em ponto estratégico, quase na fronteira entre a Escócia e a Inglaterra.
Era um ponto de observação dos movimentos bélicos dos inimigos, bem como posto avançado de defesa. Pelos serviços prestados à coroa britânica por várias gerações, Henrique VIII outorgara um baronato à família, poucos meses após o casamento de Owen com Matilda.
O casal tinha uma vida perfeita não fosse o fato de Matilda ainda não ter dado a Owen um herdeiro. Ela era fértil, dando à luz um bebê quase a cada ano, mas nenhuma das crianças sobrevivia mais que algumas semanas.
No piso da capela, estendia-se uma fileira de pequenas lápides. Owen já não tinha esperança de ganhar um herdeiro.
Sentindo uma nova contração, Matilda agarrou-se à corda de lençóis que a parteira lhe dera. Uma dor aguda a trespassou.
— Estou vendo a cabeça! — anunciou a parteira. — Força, minha senhora!
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