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15 de abril de 2025

Lorde do fogo, Lady do Gelo

Ela não se impressionou com ele, esperando mais do homem lendário.

Brant. Lorde Blackwell. Brant, o Gladiador. Brant, o Vigoroso. Brant, a Chama. Brant, o Herói Viking.
Della bufou com desgosto pouco feminino. Mais como, Brant, o Espinho na minha Bunda!
Lady Della, a Coração Frio. Lady Della despreza tudo que se refere aos Vikings. Eles podem governar a terra, mas nunca a governarão. Infelizmente, seu pai não parece concordar. Para provar sua lealdade contínua ao rei Viking, o Laird de Strathfeld promete sua única filha a um respeitado Lorde Viking -um guerreiro cuja destreza lendária não é apenas reservada para o campo de batalha. Lutando contra o desejo recém-descoberto em seu corpo e o fogo indesejado em seu coração, Della deve escolher entre tudo o que sabe ser verdade e a única coisa que nunca esperou...
Lorde Brant de Blackwell, o Ardente. Lorde Blackwell é tão ardente no campo de batalha quanto em suas paixões. Ele lutou bravamente pelo Rei Guthrum e conquistou o respeito dos nobres. Quando seu suserano oferece a mão de sua linda filha e o direito de herdar suas terras, Blackwell dificilmente poderia recusar. No entanto, ele logo descobre que sua nobre noiva é tudo, menos a mulher dócil e gentil que ele imaginou para sua esposa. Em um minuto ela o beija de volta, no outro ela está jurando fazer o que for preciso para dissuadi-lo do casamento. Sua luxúria pela vida e sua nova noiva podem derreter o gelo que cerca seu coração? Ou Lady Della, a Fria, será a ruína deste guerreiro?

Capítulo Um

Castelo de Strathfeld, Northumbria, 871 d.C.
—Parece-me que, meu senhor, perdeu a consciência! Dá a impressão que esse homem é realmente um bárbaro.
Enrugando o nariz, Lady Della levantou o queixo altivamente no ar, tentando esconder sua apreensão sob uma expressão composta. Sob as longas saias de sua túnica azul, ela bateu o pé, olhando através do salão principal para onde seu pai falava com seu visitante nórdico. Respirou fundo para se acalmar e depois outra vez, fazendo o possível para não deixar sua irritação transparecer.
Eu sou uma dama, ela pensou com um sentimento de ressentimento percorrendo todo o seu ser. Eu estou acima dele.
Seus dedos trabalharam contra sua cintura em frustração, fazendo com que o linho fino de seu vestido amassasse sob seu aperto. Ela escondeu seu desprezo sob uma máscara gelada de indiferença. Era um velho hábito, que ela havia cultivado ao longo de anos de prática. O viking sujo olhou ao redor do corredor, sem lhe dar atenção. No entanto, ela o observou atentamente do final sombreado da escada, absorvendo cada gesto dele como um falcão esperando por um sinal de fraqueza — algo, qualquer coisa que ela pudesse usar contra ele.
O guerreiro riu, concordando com algo que o Laird de Strathfeld disse — Lorde Strathfeld era seu distinto e honrado pai, embora Della estivesse sob pressão para pensar tão bem dele naquele dia. Sua irritação aumentou à medida que o som estridente da alegria do guerreiro apenas continuou.
Resmungando baixinho, ela disse: —Podemos ter que mostrar lealdade aos pagãos, mas isso vai longe demais.
—M’lady, — sua fiel serva repreendeu. Della não se ofendeu com a leve reprimenda no tom de Ebba. Elas se conheciam há muito tempo, embora não fossem exatamente amigas, eram tão próximas quanto uma empregada e sua senhora poderiam ser. —Não é seu lugar questionar os desejos de seu senhor. Ele tem um bom motivo para esta união, ou então ele nunca a faria.
Della deu um sorriso rígido para a empregada. Fingindo indiferença, ela saiu das sombras para se aproximar de onde os homens conversavam. Embora tenha forçado os ouvidos, não conseguiu entender uma única palavra do que eles disseram.
—Sim, ele tem suas razões. Acha que, ao me fazer casar com esse bárbaro, garantirá uma aliança com o Rei Guthrum Backwell. Brant, o Gladiador. Brant, o Vigoroso. Brant, a Chama. Brant, o Herói Viking.
Della bufou com desgosto pouco feminino. Mais como, Brant, o espinho na minha bunda!
—M’lady?








9 de maio de 2009

A Donzela E O Monstro

















Wladamir de Kessen, Duque do Castelo de Lakeshire é tido como se fosse o próprio diabo na terra de Wessex. 


Desde que os reis lhe concederam um título de nobreza a sua guarda, muito aborrecido em seu novo lar, até que a guerra acabe e possa tomar as armas.
Mas esse tédio muito em breve se torna um demoníaco prazer quando deixam a filha de seu inimigo mais odiado às portas de seu castelo para morrer.
Agora o monstro espera que chegue sua hora para cobrar a ansiada vingança.
Lady Éden de Hawks`Nest não sabe o que pensar do homem que lhe salvou a vida, embora não possa tira-lo da sua cabeça. 
Age como um tirano, fazendo honra a sua cruel reputação, mas suas carícias são de um homem que esconde uma ardente paixão e que consegue acender sua luxúria ao invés de seu temor.
Possivelmente esse infame monstro não seja tão mau como aparenta...


No ano de 878 D.C,

O rei Guthrun e sua extensa nação de vikings pagão também conhecidos como Norsemen ou Dinamarqueses tinham metade dos Britons (Celtas britânicos) sob seu controle. 
Mesmo que a princípio tenha chegado em suas fronteiras para assaltar e saquear, acabaram assentando-se em suas terras recentemente conquistadas.
Considerava-se aos vikings uma raça poderosa e invencível, antes do rei cristão Alfred do Wessex, conhecido como Alfred o Grande.
Durante esse tempo, o rei dinamarquês entrou em guerra com o rei Alfred, guerra que culminou em Wiltshire na chamada Batalha de Edington. Esta foi a última batalha significativa entre os dois reinos, e Alfred a ganhou.
As rodas do poder tinham começado a girar e Guthrum e seus vikings estavam do lado perdedor.
Depois de sofrer perdas decisivas, o rei dinamarquês assinou o Tratado de Wedmore.
O dito tratado permitia que Guthrum partisse com a condição de que não retornasse jamais. 
Além disso, a terra ficaria dividida em duas partes: Wessex e o que mais adiante se conhecer como Danelaw (Northumbria, Anglia Oriental e Essex).
De acordo com o que estabelecia o tratado o rei Guthrun teve que deixar vários de seus homens em Wessex, que permaneceriam ali como reféns político para assegurar a paz entre os dois reinos.
Se Guthrum rompesse a promessa que tinha feito de não voltar jamais, os reféns pagariam com a morte.
Também, e como parte do tratado, obrigou-se aos pagãos converterem-se ao cristianismo.
Freqüentemente, os nobres cavalheiros que eram feitos prisioneiros gozavam da liberdade de mover-se livremente, com a única garantia de que lhes dessem sua palavra de honra.

Capítulo Um

Castelo de Lakeshire, Wessex, 819 D.C.
— Meu Deus, Ulric!
Acredito que esta terra de Wessex te está abrandando!
O tom de voz de Wladamir de Kessen, duque de Lakeshire, era forte devido à exasperação. 
Sabia que seu tom de voz tinha uma característica grave que refletia sua procedência de uma cultura báltica que se encontrava a grande distância ao norte do Condado Saxão de Lakeshire.
A herança fazia que suas palavras nunca fossem suaves e seus lábios, úmidos numa linha, faziam-lhe parecer uma pessoa sem piedade. Wladamir o fazia de propósito.
—É irracional, velho louco, que insistam em que fique um só minuto mais junto a sua pilha de cadáveres de animais podres.Não sei porque pensaram que me interessaria!
Seu acento aterrorizava todos os que estivessem as sua ordens. 
De fato tudo nele amendontrava a seus homens.
Queria que os saxões lhe temessem, porque assim lhe obedeceriam e lhe deixariam em paz. 
Estava há um ano em Wessex e até o momento estava funcionando. Tampouco e tinham enviado ali para fazer amigos.
Wladamir era o 1º duque de Lakeshire, mas não era um cargo que o agradasse.
Se fosse por ele acabaria seus miseráveis dias sozinho, em um castelo afastado de tudo e de todos. 
Ou isso ou se meteria completamente e feliz em qualquer outra guerra. 
Franziu o cenho, entrecerrando os olhos com enfado e não fez gesto algum de que fosse voltar para começar seus exercícios diários, embora fechou os dedos sobre o punho de sua espada.
Em vez de partir, tirou o forro de pele do casaco que levava sobre os ombros.
A brisa levantava seu comprido cabelo negro, um pouco fora de moda, que chegava aos ombros, enquanto observava com gesto ausente um fio de cabelo.
Vestia-se de propósito com as roupas pagãs de quem vivia em Danlaw, ao invés de adaptar-se à forma de vestir mais “civilizada” da nação de Wessex. Fazia isso para irritar a sensibilidade curta dos seus vizinhos saxões e para atemorizar àqueles homens aos que obrigava a servir a suas ordens.
“Sim, nada em mim tem a ver com esta abominável terra.
Sou um homem sem pátria. Odeio Wessex e odeio a terra de meu pai e odeio a paz que mantém os dois!”