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14 de junho de 2019

O Coração da Donzela

Cidade de Paris, ano de 1252

O romance começa com o misterioso desaparecimento da filha de um rico ourives: Agnes Boudelle, chamada "a bela de Paris", no dia de Natal, do ano de 1252, de nosso Senhor.
O xerife André Fabourg é o responsável por investigar o enigmático evento e descobrirá que o desaparecimento da jovem está ligado a uma joia rara, trazida do Oriente na última cruzada: a pedra mágica.
Um rubi com incríveis poderes curativos. 

Encontrar a dama com vida e recuperar a pedra será a sua missão, mas eventos inesperados irão se interpor aos seus planos. O Coração da Donzela é um romance medieval onde a vida dos seus protagonistas: a bela Agnes, o Conde Louis de Montpellier e o ambicioso Arsène de Gauvine, estará interligada a um inesperado desenlace. É também, um retrato vívido da Idade Média, no qual a superstição, a magia e a feitiçaria se misturam com o amor e a ambição.

Capítulo Um

Cidade de Paris — Natal do ano de Nosso Senhor, 1252.

Era Natal, a festa mais esperada do ano e os cidadãos parisienses se preparavam para se reunir com suas famílias e amigos, mas antes deveriam assistir à missa da manhã. Todos estavam alegres e despreocupados, embora tremessem, pois o frio era tão intenso que, provavelmente, em poucos dias começaria a nevar.

A neve deixaria o caminho intransitável e os cristãos rezavam para que isso não ocorresse, pois o número de viajantes e penitentes aumentava a cada instante nesse dia tão especial.
A jovem Agnes Boudelle foi à missa da manhã, escoltada cuidadosamente por quatro servos robustos.
Era uma das jovens mais belas da cidade, filha de um dos ourives mais honesto e próspero. 
No entanto, nesse dia, o frio intenso obrigava-a a cobrir sua beleza por completo: o capuz de sua capa de linho ocultava a volumosa cabeleira dourada e seus olhos imensos e cor de Safira, seu olhar inocente ia fixo no solo em atitude piedosa e modesta, e enquanto sua mão sustentava uma cruz ia murmurando uma oração em silêncio.
— Se apressem, por favor — disse Agnes olhando a seus servos. Deveriam chegar à missa antes de congelarem no frio. Era Natal e tinha prometido a seus pais não se demorar.
Estes apressaram o passo e a jovem se atreveu a olhar ao seu redor como se procurasse alguém.
Seus olhos detiveram-se com desgosto em um certo jovem ousado, cuja aparência física inquietava-a excessivamente.
— É ele, outra vez — murmurou para si, movendo suas botinhas de couro rapidamente.
Olhares lascivos a viam passar, olhos que não pensavam em nada sublime nem santo, e que percorriam a capa em busca daquele peito cheio e generoso e da cintura esbelta, ambos cobertos com um casaco e uma longa capa de lã.
Mas um par de olhos castanhos não se apartaram da bela de Paris, como a chamavam na cidade. Por mais que esta fosse escoltada por meia dúzia de criados, decidiu se arriscar e não só a seguiu com o olhar (cheio de crescente desejo), mas o jovem deu alguns passos e a seguiu, vestido com uma longa capa de arminho que ocultava as ricas roupas de sua posição; o filho de uns dos mercadores mais ricos de Paris. Seus olhos tinham um brilho e em seus lábios uma expressão de lascívia.
Fazia tempo Philippe Guillaume perseguia a jovem casta, mas a mesma lhe ignorava quando não o olhava com frieza ou fúria. Dita atitude só acendia ainda mais o interesse do filho do mercador.
— Oh, Feliz Natal, formosa Agnes — cumprimentou-a a seu passo.
Agnes olhou-o sobressaltada, conhecia bem a esse pícaro, era o filho do rico mercador Guillaume, alto, delgado, com um espesso e brilhante cabelo castanho lhe cobrindo o pescoço por completo; o olhar escuro tinha malícia e algo mais que a jovem não chegava a compreender ainda. Era belo, ou isso dizia sua amiga Matilde, mas a ela não agradava.
— Bom dia, Philippe — viu-se obrigada a dizer, e quando quis avançar ele impediu o seu avanço, vestido com sua rica capa de arminho e aquela grossa medalha de ouro que todos os membros de sua família ostentavam com arrogância.
— Afaste-se, senhor! — disse-lhe um de seus criados mais robustos, enquanto os outros pareciam procurar adagas em suas vestes.
Mas Philippe não estava só, três amigos de má vida o acompanhavam, esses eram estudantes nada aplicados, desalinhados e bêbados chamados “goliardos[”.
— Só queria conversar com a donzela umas palavras — disse enquanto seus amigos se acercavam devagar.
Agnes interveio fazendo um gesto a seus criados de que conservassem a calma.
— Não posso falar com você Philippe Guillaume, tenho pressa.
Os olhos castanhos não se apartaram dos seus, pareciam capazes de assombrá-la, mas finalmente se rendeu e fazendo uma longa reverência a deixou passar, enquanto seus amigos grosseiros murmuravam algo inaudível. O filho do mercador a viu partir, afastar-se como uma visão luminosa e soltou um suspiro. Não era o único enamorado da jovem, mas sim o mais constante.
— Amigo confrade, escreverei uma canção sobre a bela Agnes Boudelle — disse-lhe Jean, um de seus amigos chamando sua atenção. Era um jovem muito alto, levemente encurvado e vestia sempre uma longa capa de penitente, ainda que não fosse mais que um estudante desertor de Pádua. Seus olhos amarelos também se deleitavam contemplando a bela de Paris, enfurecendo Philippe, que lhe deu um pontapé e um empurrão.
— Não se atrevam. Já disse a vocês que será minha antes que chegue a Páscoa — ele advertiu...




12 de setembro de 2010

Saga Coração

1- A DAMA E O DRAGÃO


Na guerra enfrentada pela casa dos York com os Lancaster, o nome
“Dragão”passou a ser sinônimo de crueldade.

Temido e desprezado sem igual, Henrique VII o considera um de seus mais fiéis servidores.
Depois de anos combatendo ardentemente por sua causa, a paz parece afirmar-se no reino e chega o momento de premiar a fidelidade do feroz e hermético guerreiro com uma recompensa ansiada por muitos: a mão de Lady Norfolk.
Lady Margaret Norfolk é uma mulher acostumada guiar as rédeas de sua vida; por isso, quando tem que defender-se dos avanços de um pretendente muito ansioso por conseguir sua mão, não duvida em pedir audiência ao rei e pactuar com ele.
Agora, por decreto real está obrigada a contrair matrimônio com o genioso Dragão.
Mas a prática moça não pensou em se deixar intimidar pelo imponente guerreiro; e mais, está disposta a lhe fazer frente sempre que lhe for possível.
O que esconde o feroz guerreiro que tanto a comove?
Seu penetrante olhar cria na jovem uma ânsia difícil de qualificar, possivelmente seja certo que os dragões possuem um coração.


2- O CORAÇÃO DA DONZELA

A Condessa Darkmoon deixou para trás sua infância em Norfolk para converter-se em uma das herdeiras mais desejáveis da corte de Enrique VII, mesmo quando suas reiteradas negativas em aceitar um marido lhe valeram o sobrenome de Lady Não.


Mas quando os laços de fidelidade que a unem a Adrian Wentworth, seu mentor e protetor, obrigam-na a casar-se com Hugh de Claire, não terá mais remédio que aceitar esta união e tentar salvar da forca o homem pelo qual esteve apaixonada em sua infância.O reencontro com este ex-mercenário desperta em seu coração velhos desejos que não está disposta a reviver.
Acusado falsamente de assassinato, Hugh de Claire aguarda sua morte em uma escura masmorra da cidade de Amsterdã. 

Quando todas suas esperanças de redenção se desvaneceram recebe um trato que não poderá recusar embora isso implique casar-se com Anne, aquela irritante menina que ele estava acostumado a chamar "menina".
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Saga Coração
1 - A Dama e o Dragão
2 - O Coração da Donzela
Série Concluída