Série Os Dois Duques De Wyndham
Jack Audley foi muitas coisas: um ladrão de estrada, um soldado ... e um autêntico patife.
O que não é e nunca será, é parte da aristocracia e responsável por uma herança ancestral que alimenta centenas de pessoas. Mas quando ele é reconhecido como o filho perdido da Casa de Wyndham, a sua vida despreocupada termina.
E caso seja provado que seu nascimento é legítimo, então se verá com um título que nunca quis: Duque de Wyndham.
Grace Eversleigh passou os últimos cinco anos de sua vida trabalhando duro como dama de companhia da Duquesa Viúva de Wyndham.
É um trabalho ingrato, no qual tem pouco espaço para sair da rotina ... até Jack Audley entrar em sua vida, um homem que é todo sorrisos e afável encanto.
Jack não é o tipo de homem que aceita um não como resposta, e quando Grace se encontra em seus braços, a última coisa que deseja é dizer não.
Mas se ele for o verdadeiro duque, então Jack é o único homem que ela nunca poderá ter...
Comentário revisora Panttera: Quanto ao livro... confesso, não gosto de históricos dessa linha, li o livro por conta do compromisso com o grupo e tive a surpresa de me encantar pelo Jack, ele é uma incógnita, no começo pensei que ele era um vadio... depois um Robin Wood das ruas inglesas... depois um Dom Juan com molejo Irlandês... a medida que fui lendo descobri que era um cavalheiro incrível, capaz de sorrir de quase tudo, principalmente dele mesmo e vitima da incompreensão pessoal e alheia com uma limitação física que mesmo hoje faz vitimas nos nossos tempos...
E a avó dele é um Dragão mumificado, kkkk .
A Grace... é uma figurinha condizente com uma mulher da época... piedosa, consciente da própria posição e se vê frente a frente com um homem lindo e enigmático que a fará ver que as vezes é melhor não pedir por mudanças na vida... quando não se está convicto de poder lidar com elas...
Quem pede muito, pode ser recompensado com: Dias interessantes...
Agora estou doida pela historia do Sr Cavendish...
Capítulo Um
Grace Eversleigh era dama de companhia da duquesa viúva de Wyndham há cinco anos, e nesse tempo descobriu várias coisas a respeito de sua empregadora, das quais a mais importante era a seguinte: Sob o exterior severo, exigente e altivo de sua excelência não pulsava um coração de ouro.
Isso não significava que o dito órgão fosse negro, não. Sua excelência, a duquesa viúva de Wyndham, não poderia se considerar malvada de tudo. Tampouco era cruel, rancorosa e nem sequer absolutamente mesquinha. Mas Augusta Elizabeth Cândida Debenham Cavendish era filha de duque, casou-se com um duque e logo deu a luz a outro. Sua irmã já era membro de uma família real de pouca importância em um país do centro da Europa cujo nome Grace nunca conseguia pronunciar bem, e seu irmão possuía grande parte de East Anglia. Pelo que a ela se referia, o mundo era um lugar estratificado, com uma hierarquia tão definida como rígida.
Os Wyndham, e em especial os que também levavam o sobrenome Debenham, estavam firmemente instalados na cúpula.
E como tal, a duquesa viúva esperava certa conduta e uma especial deferência para com ela. Raramente era amável, não tolerava a estupidez, e jamais fazia falsos cumprimentos (algumas pessoas poderiam dizer que não fazia nenhum jamais, mas Grace tinha recebido, duas vezes, um seco, mas sincero "bem feito", embora, claro, ninguém acreditara quando o contou depois).
Mas a viúva a tinha salvado de uma situação desesperada, e por isso contaria sempre com sua gratidão, respeito e, mais que nada, sua lealdade.
De todos os modos, não havia maneira de contornar a realidade de que a viúva não era uma pessoa amistosa e nem alegre, portanto, não pôde evitar sentir alívio ao ver que esta estava dormindo profundamente na elegante carruagem cujas boas molas de suspensão a faziam deslizarem-se sem saltos nem agitação pelo escuro caminho quando voltava do baile no salão de festas de Lincolnshire a meia-noite.
Tinha passado maravilhosamente bem essa noite, de verdade, por isso era consciente de que não deveria ser tão pouco caridosa. Logo que chegaram, a duquesa viúva instalou-se em seu assento de honra e começou a conversar com seus amigos, e assim não foi necessário atendê-la. Dançou e riu com todas as suas velhas amigas, bebeu três taças de ponche e gracejou com Thomas, o que sempre era uma boa diversão; ele era o duque, e sem dúvida necessitava muitíssimo que o tratassem com menos formalidade. Mas, o principal, era que tinha sorrido; sorriu com tanta frequência e tão bem, que lhe doíam às bochechas.
Essa sensação tão pura e inesperada na festa deixou seu corpo vibrante de energia, e nesses momentos se sentia muito feliz sorrindo de orelha a orelha na escuridão, escutando os suaves roncos da viúva.
Fechou os olhos, mesmo quando não tinha sono; o movimento da carruagem tinha algo que a deixava sonolenta. Para ela o movimento era para trás, como sempre, e o rítmico clop-clop dos cascos dos cavalos começava a adormecê-la. Era estranho; sentia cansados os olhos, embora o resto do corpo não. Mas talvez pudesse cochilar, pois assim que chegassem a Belgrave teria que ajudar à viúva a...
Crac!
Série Os Dois Duques de Wyndham
1 - O Duque de Wyndham
2 - A Prometida do Duque
Série Concluída