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28 de janeiro de 2014

A Prometida do Duque

Série Os Dois Duques de Wyndham

Amélia Willoughby está comprometida com o Duque de Wyndham desde que pode se lembrar...

Era um bebê de seis meses quando assinaram os contratos, e desde então está esperando...
E esperando por Thomas Cavendish. E, finalmente, parece que o orgulhoso Duque encontrou tempo para se casar com ela. Embora Amélia desconfie que ele nunca pense nela.
E é verdade. Não pensa.
É conveniente para Thomas ter uma noiva, especialmente para manter longe os maridos das damas que corteja.
Mas, justo quando vê que sua noiva poderia ser algo mais do que uma conveniência, seu mundo se vira ao revês diante da aparição de seu primo, desaparecido há tempos, que pode ou não ser o verdadeiro Duque de Wyndham.
E se Thomas não for o Duque, então não estará comprometido com Amélia.
O que é uma tremenda ironia, porque o ilustre e arrogante Duque cometeu o erro de se apaixonar... Por sua noiva.

Capítulo Um

É um verdadeiro crime que Amélia Willoughby ainda não tenha se casado.
Pelo menos, era isso o que dizia sua mãe.
Amélia ou, mais corretamente, Lady Amélia, era a segunda filha do Conde de Crowland, sendo assim ninguém poderia encontrar nenhum defeito em sua linhagem. 
Sua aparência era mais do que aceitável, se o gosto se inclinasse para as saudáveis rosas inglesas, gosto que, felizmente para ela, era dominante na alta Sociedade.
Seu cabelo era admiravelmente louro, seus olhos castanhos um tanto cinza esverdeados, e sua pele lisa e branca sempre que se lembrava de não ficar ao sol, as sardas não eram amigas de Lady Amélia. 
Tinha também, como sua mãe gostava de comentar, uma inteligência adequada, sabia tocar piano e pintar aquarelas, e isso sua mãe enfatizava com entusiasta insistência, estava em posse de todos os seus dentes.
Melhor ainda, que os mencionados dentes fossem perfeitamente iguais, o que não se podia dizer de Jacinda Lennox, a que caçou de forma limpa o Marquês de Baresford, cujo casamento foi o casamento de 1818, embora não antes de recusar dois Viscondes e um Conde, como gostava de informar a mãe de Jacinda.
Mas todas essas qualidades desapareciam diante do que, sem dúvida, era o aspecto mais pertinente e extraordinário da vida de Amélia Willoughby, seu longo compromisso de noivado com o Duque de Wyndham.
Se Amélia não tivesse sido comprometida, quando ainda estava no berço, com Thomas Cavendish, que nesse tempo era o herdeiro do ducado e ainda um menino, sem dúvida não teria chegado a pouco atraente idade de vinte e um anos, sendo donzela.
Durante uma temporada ficou em Lincolnshire, porque ninguém pensou que precisasse se incomodar em ir à Londres, a seguinte temporada sim, passou na capital, para acompanhar sua irmã mais velha, Elizabeth, pois seu prometido, também desde que ela estava no berço, teve a má sorte de contrair uma febre aos doze anos e morreu, deixando sua família sem herdeiro e Elizabeth Willoughby sem compromisso.
E quanto à temporada seguinte, quando todos estavam quase certos que Elizabeth se comprometeria em casamento a qualquer momento e Amélia continuava comprometida com o Duque, foram a Londres de todo jeito, porque teria sido embaraçoso se ficassem no campo.
Amélia gostava bastante da cidade. Divertia-se com as conversas, gostava muitíssimo de dançar, e se as pessoas falassem com sua mãe mais de cinco minutos, inteiravam-se de que se Amélia estivesse livre para se casar, teria recebido meia dúzia de pedidos, no mínimo.
O que significava que Jacinda Lennox continuaria sendo Jacinda Lennox e não a Marquesa de Baresford. 
E, mais importante ainda, Lady Crowland e todas as suas filhas continuariam a ter um status mais elevado do que a enfadonha garota.
Evidentemente, como ouvia dizer com freqüência do pai de Amélia, a vida nem sempre era justa, de fato, dificilmente era. Só tinha de olhar para ele, pelo amor de Deus. Cinco filhas, cinco!  

Série Os Dois Duques de Wyndham
1 - O Duque de Wyndhan
2 - A Prometida do Duque
Série Concluída

11 de outubro de 2012

O Duque De Wyndham

Série Os Dois Duques De Wyndham
Jack Audley foi muitas coisas: um ladrão de estrada, um soldado ... e um autêntico patife. 
O que não é e nunca será, é parte da aristocracia e responsável por uma herança ancestral que alimenta centenas de pessoas. Mas quando ele é reconhecido como o filho perdido da Casa de Wyndham, a sua vida despreocupada termina. 
E caso seja provado que seu nascimento é legítimo, então se verá com um título que nunca quis: Duque de Wyndham. 
Grace Eversleigh passou os últimos cinco anos de sua vida trabalhando duro como dama de companhia da Duquesa Viúva de Wyndham. 
 É um trabalho ingrato, no qual tem pouco espaço para sair da rotina ... até Jack Audley entrar em sua vida, um homem que é todo sorrisos e afável encanto. 
Jack não é o tipo de homem que aceita um não como resposta, e quando Grace se encontra em seus braços, a última coisa que deseja é dizer não. 
 Mas se ele for o verdadeiro duque, então Jack é o único homem que ela nunca poderá ter... 

Comentário revisora Panttera: Quanto ao livro... confesso, não gosto de históricos dessa linha, li o livro por conta do compromisso com o grupo e tive a surpresa de me encantar pelo Jack, ele é uma incógnita, no começo pensei que ele era um vadio... depois um Robin Wood das ruas inglesas... depois um Dom Juan com molejo Irlandês... a medida que fui lendo descobri que era um cavalheiro incrível, capaz de sorrir de quase tudo, principalmente dele mesmo e vitima da incompreensão pessoal e alheia com uma limitação física que mesmo hoje faz vitimas nos nossos tempos... 
E a avó dele é um Dragão mumificado, kkkk . 
A Grace... é uma figurinha condizente com uma mulher da época... piedosa, consciente da própria posição e se vê frente a frente com um homem lindo e enigmático que a fará ver que as vezes é melhor não pedir por mudanças na vida... quando não se está convicto de poder lidar com elas... 
Quem pede muito, pode ser recompensado com: Dias interessantes... 
Agora estou doida pela historia do Sr Cavendish...

Capítulo Um

Grace Eversleigh era dama de companhia da duquesa viúva de Wyndham há cinco anos, e nesse tempo descobriu várias coisas a respeito de sua empregadora, das quais a mais importante era a seguinte: Sob o exterior severo, exigente e altivo de sua excelência não pulsava um coração de ouro.
Isso não significava que o dito órgão fosse negro, não. Sua excelência, a duquesa viúva de Wyndham, não poderia se considerar malvada de tudo. Tampouco era cruel, rancorosa e nem sequer absolutamente mesquinha. Mas Augusta Elizabeth Cândida Debenham Cavendish era filha de duque, casou-se com um duque e logo deu a luz a outro. Sua irmã já era membro de uma família real de pouca importância em um país do centro da Europa cujo nome Grace nunca conseguia pronunciar bem, e seu irmão possuía grande parte de East Anglia. Pelo que a ela se referia, o mundo era um lugar estratificado, com uma hierarquia tão definida como rígida.
Os Wyndham, e em especial os que também levavam o sobrenome Debenham, estavam firmemente instalados na cúpula.
E como tal, a duquesa viúva esperava certa conduta e uma especial deferência para com ela. Raramente era amável, não tolerava a estupidez, e jamais fazia falsos cumprimentos (algumas pessoas poderiam dizer que não fazia nenhum jamais, mas Grace tinha recebido, duas vezes, um seco, mas sincero "bem feito", embora, claro, ninguém acreditara quando o contou depois).
Mas a viúva a tinha salvado de uma situação desesperada, e por isso contaria sempre com sua gratidão, respeito e, mais que nada, sua lealdade.
De todos os modos, não havia maneira de contornar a realidade de que a viúva não era uma pessoa amistosa e nem alegre, portanto, não pôde evitar sentir alívio ao ver que esta estava dormindo profundamente na elegante carruagem cujas boas molas de suspensão a faziam deslizarem-se sem saltos nem agitação pelo escuro caminho quando voltava do baile no salão de festas de Lincolnshire a meia-noite.
Tinha passado maravilhosamente bem essa noite, de verdade, por isso era consciente de que não deveria ser tão pouco caridosa. Logo que chegaram, a duquesa viúva instalou-se em seu assento de honra e começou a conversar com seus amigos, e assim não foi necessário atendê-la. Dançou e riu com todas as suas velhas amigas, bebeu três taças de ponche e gracejou com Thomas, o que sempre era uma boa diversão; ele era o duque, e sem dúvida necessitava muitíssimo que o tratassem com menos formalidade. Mas, o principal, era que tinha sorrido; sorriu com tanta frequência e tão bem, que lhe doíam às bochechas.
Essa sensação tão pura e inesperada na festa deixou seu corpo vibrante de energia, e nesses momentos se sentia muito feliz sorrindo de orelha a orelha na escuridão, escutando os suaves roncos da viúva.
Fechou os olhos, mesmo quando não tinha sono; o movimento da carruagem tinha algo que a deixava sonolenta. Para ela o movimento era para trás, como sempre, e o rítmico clop-clop dos cascos dos cavalos começava a adormecê-la. Era estranho; sentia cansados os olhos, embora o resto do corpo não. Mas talvez pudesse cochilar, pois assim que chegassem a Belgrave teria que ajudar à viúva a...
Crac! 

Série Os Dois Duques de Wyndham
1 - O Duque de Wyndham
2 - A Prometida do Duque
Série Concluída