O sabor do proibido!
A arte erótica não é nem um pouco desconhecida para Venetia Hamilton: as pinturas exuberantes de seu pai constituem um dos prazeres secretos da sociedade. Entretanto, Venetia nunca tinha experimentado um verdadeiro desejo até que conheceu Marcus Wyndham, Conde de Trent, um homem poderoso que tem o futuro dela em suas mãos e acorda sua curiosidade com um intenso beijo.
Seu hábil tato é só o começo do ensino carnal, mas é possível que o preço que tenha que pagar por esse prazer inimaginável seja ainda mais perigoso que a submissão...Venetia Hamilton é a mais velha das filhas ilegítimas de um famoso ilustrador erótico. Desde que seu pai ficou aleijado, foi ela que se encarregou de pintar as ilustrações de seu pai. E uma conhecida e decadente cortesã, Lydia Harcourt, descobriu o ardil e está chantageando-a para obter uma importante soma de dinheiro as suas custas.
Com o propósito de proteger a sua mãe e irmãs, Venetia decide aliar-se com Marcus Wyndham, o atraente Conde de Trent, que está sendo chantageado pela mesma pessoa sob a ameaça de descobrir um escuro segredo de sua família, e que está furioso por ser o involuntário modelo das ilustrações de Venetia. Agora, ambos devem ir a uma orgia que acontece em uma casa de campo, a qual também irá Lydia. E uma vez ali não só enfrentarão a chantagista, mas também um assassinato e, sobretudo, a seus próprios desejos e paixões.
Prólogo
Londres – Abril de 1818
“Não há nada como o dinheiro para estimular o desejo de uma mulher... Lydia Harcourt sorriu triunfante diante das duas cartas abertas que estavam no prato. Cantarolando feliz, renovou seu chocolate com um jorro do bule de porcelana.
Promessas de pagamento generoso. Suficiente para saldar as contas, se assim o quisesse.
Mas os credores, tão desesperados ante as dívidas, também podiam ser facilmente dissuadidos.
Agarrou a carta mais próxima e a releu enquanto sorvia o chocolate, saboreando sua vitória: mil libras. Embora em realidade, Norton pagasse mais. Possivelmente, se o pressionasse... Lydia apoiou a taça no prato e com um luxurioso bocejo espreguiçou.
Ela era uma das poucas incógnitas que sabia que manhã era essa. Agarrou a terceira carta recebida no correio da manhã. Esta prometia ser seu Golpe de Sorte. Nenhum de seus amantes pôde jamais ocultar segredo algum dela.
Um talento que agora lhe serviria. Com um movimento rápido, tirou brandamente a magra folha. Para ser um duque, Montberry usava o papel mais barato. Tampouco tinha gasto muita tinta. Uma simples linha cruzava a página.
“Pública, maldita seja.”
E debaixo, assinado “Montberry”.Maldito seja!
Realmente desejava que a alta sociedade soubesse quão espantosamente ele era aborrecido na cama? Ou que conhecesse suas preferências?
A alta sociedade o considerava um herói, um grande homem, que transcendia à vida. Que gracioso quando todos soubessem a verdade!