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14 de março de 2011

Promessa De Amor Eterno





Puro fascínio!

Desde os catorze anos, Alyson de Olverton sonhava em se casar com um cavaleiro bonito, atraente e corajoso.

O nome dele era Guillelm de La Rochelle, mas o pai de Alyson não consentiu no casamento, e tomou providências para que Guillelm partisse para a Terra Santa, nas Cruzadas, partindo o jovem e inocente coração de Alyson.



Sete anos depois, o valente cavaleiro volta para casa, desmentindo os rumores de sua morte, e sem a menor ideia de que irá encontrar tudo muito diferente de quando partiu...
Guillelm fica perplexo ao ver Alyson no ancestral castelo de sua família, e mais ainda ao descobrir que ela estava prometida a seu pai, antes que este morresse.
Dividido entre o ciúme e um desejo avassalador, Guillelm surpreende Alyson ao
pedi-la em casamento pela segunda vez, com o pretexto de que será mais fácil
mantê-la em segurança se ela for sua mulher.
Guillelm e Alyson nem sonham que há um inimigo entre eles, que não descansará enquanto não destruir aquela paixão, que promete ser eterna...

Capítulo Um

Inglaterra, verão de 1138
Sir Guillelm voltou! O filho de sir Robert está de volta!
— Deus seja louvado, estamos salvos! O jovem mes­tre retornou!
Alyson ouviu os gritos dos soldados, esperançosa.
— Milorde Dragon — murmurou.
Esquecendo-se das orações que fazia, esforçou-se para pôr-se de pé, ergueu o véu e corou.
— Será mesmo verdade? — perguntou-se, com o cora­ção acelerado.
Ela havia esperado tanto tempo que mal podia acredi­tar... Guillelm, no castelo da família, em Hardspen!
Por um momento, sentiu-se invadida por uma profunda felici­dade.
— Minha senhora! — A voz do criado, Sericus, sobres­saía em meio ao burburinho dos grandes salões do castelo enquanto ele claudicava à procura de Alyson.
— Estou aqui — ela respondeu do interior da capela.
Sericus era aleijado, e para poupar-lhe os frágeis mem­bros, ela segurou a barra do vestido marrom e adiantou-se pela escada em espiral.
Era uma jovem esguia, não muito alta, de longos e volumosos cabelos negros, profundos olhos azul-escuros e traços delicados, ofuscados pelo cansaço e pelo sofrimento dos últimos tempos.
Será que Guillelm se lembraria dela? Alyson tinha ape­nas catorze anos quando fora convocado por um parente, Raymond de Poitiers, e o acompanhara até a Terra Santa.
Guillelm passara sete longos anos nas exóticas e empoeiradas terras de ultramar enquanto ela era consumida por um verdadeiro desespero de vê-lo mais uma vez.
Nos últi­mos três anos, sem qualquer notícia dele, ouvira até rumo­res de que ele estaria morto.
Mas não... Ele estava vivo!
Teria mudado muito? De repente, Alyson imaginou se teria de ser ela a informá-lo de que as forças inimigas aquarteladas do lado de fora do portão principal estavam posicionadas para o ataque... que o austero e intimidador lorde Robert estava morto havia dez dias... e que, desde o mês passado, ela estava morando em Hardspen, seguindo a vontade do nobre recém-falecido.
Angustiada com tais pensamentos, deixou para trás o último degrau da escada.
Com o dedo indicador sobre os lábios, pediu silêncio a Sericus.
Então, o criado seguiu, claudicante, e passou por ela e pelos homens sujos e
mal-ajambrados que se reuniam em torno da grande lareira de pedra no centro do salão que os abrigava.
— Milady, onde estão suas criadas? — ele indagou em um sussurro nervoso.
— Gytha e Osmoda estão no meu quarto, acamadas, como muitos neste castelo.
Alyson as havia deixado dormir.
Não tinham mais febres, mas ainda estavam fracas.
— Permita-me reunir parte da criadagem para acompa­nhá-la, ao menos uma, que seja...
— Você estará a meu lado, Sericus, é o suficiente — ela respondeu com um sorriso de gratidão. — Cuidou para que nossos convidados fiquem à vontade?
Ela corou ao se referir ao novo senhor de Hardspen como um convidado.
— Sim, milady. — Sericus assentiu com a cabeça. — Foi-lhes servido pão e cerveja.
— Então, rogo que me dê um instante para que me com­ponha. Sente-se um pouco, por favor.
Assim como Alyson, fazia três noites que Sericus estava sem dormir, ocupado em cuidar dos doentes e supervisio­nar os recursos humanos e bélicos enquanto os inimigos se reuniam do lado de fora, numa arrogante demonstração de força.
— Milady é sempre muito amável.
Sentando-se em um banco de pedra, o homem exausto, barbudo e grisalho apresentava uma expressão de dor e alí­vio ao mesmo tempo.
De pé, no poço escuro da escadaria, Alyson observava a cena no salão nobre.
Com pé-direito alto, aquele cômo­do era o coração do castelo, onde, em tempos mais auspi­ciosos, lorde Robert jantava com seus homens em grandes mesas e bancadas, agora amontoadas em um canto do recinto.
Naquela noite, já bem depois do crepúsculo, os guerrei­ros e homens ainda leais a Hardspen acomodavam-se no chão empoeirado para ter algumas horas de sono.
Era visí­vel em seus semblantes que estavam exaustos, assim como ela mesma, mas havia uma nova esperança nos olhos de Alyson, devido ao retorno de um cavaleiro em especial.

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