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16 de dezembro de 2025
Noiva da Neve
Inglaterra, inverno, 1131
Elfrida, espirituosa, carinhosa e bela, também está sozinha. Ela é a bruxa da floresta e nenhum homem ousa pedir sua mão em casamento até que uma fera surge perseguindo noivas e rapta sua irmã. Desesperada, a adorável Elfrida se oferece como sacrifício, como isca para noivas, e é agarrada por um homem com cicatrizes assustadoras. Seria ele a fera?
Nas profundezas de um inverno gelado, no coração da floresta, Sir Magnus, o calejado cavaleiro das Cruzadas, busca incessantemente por três noivas desaparecidas, colocando sua inteligência e armas contra um perseguidor anônimo da floresta nevada. Desfigurado e horrivelmente marcado por cicatrizes, Magnus se cansou do amor, pensa ele, até resgatar uma quarta –noiva-, a bela ruiva Elfrida, cujo toque inocente desperta nele uma paixão feroz que satisfaz seus anseios mais profundos e seus desejos mais obscuros.
Capítulo Um
Inglaterra, inverno, 1131
Magnus forçou as pernas doloridas a se moverem e desmontou rigidamente do cavalo. O frio parado e congelante fez seus dentes doerem e, enquanto amarrava a montaria, ele se perguntou mais uma vez o que estava fazendo ali. Faltava menos de um mês para o Natal, e ele poderia estar com Peter e Alice no Castelo Pleasant, preparando-se para o banquete, cantando e observando seus afilhados.
E então uma dor profunda e persistente, deitado sozinho no grande salão. Ele jamais forçaria uma mulher a se deitar com ele — já vira muito disso nas cruzadas.
Ele mancou pela neve imaculada. Peter agora tinha sua Alice, uma moça esperta, de cabelos negros, que não temia nada nem ninguém, nem ele. Se seu amigo e companheiro de cruzada não a tivesse conhecido primeiro, ele poderia ter tido uma chance com Alice. Ela via através da armadura externa e da casca de um homem o que havia por baixo.
Mas ela ama seu cavaleiro cruzado, Pedro da Montanha, e eu não tenho chance nem direito nisso.
Enquanto o palafrém bufava e fazia tilintar os arreios atrás de si, ajoelhou-se sobre um monte branco de gelo picado e estendeu o braço bom para tirar a neve da pequena estátua rachada de um santo. Era um antigo santuário à beira da estrada, numa trilha sem rumo, e a figura de madeira encolhida em seu nicho de pedra era velha, com a tinta descascando. Este santo maltratado o entenderia, de um bruto feio para outro.
—Santo, atenda minha oração.
Ele parou, consciente do silêncio gélido ao seu redor. As árvores nuas, a paisagem branca, a estrada vazia. Não tinha nada a oferecer ao santo, nenhuma flor ou bugiganga para adoçar seu pedido. Enquanto seus joelhos começavam a doer, depois a queimar e depois a congelar no chão gelado e inflexível, Magnus tentou organizar seus pensamentos. O que ele queria?
Uma mulher só minha. Alguém para quem voltar...
Alice se importava e insistira com ele para que ficasse com ela e Peter, mas o orgulho o fizera recusar os dois com um sorriso. Ele não se ressentia. O belo casal, sua alegria, não depois de tantas provações. Mas a escuridão do inverno e, principalmente, do Natal, trouxe-lhe a própria desolação com mais intensidade, mais afiada que a lâmina de um assassino. Ele tinha vinte e nove anos, um guerreiro grisalho, ferido e marcado pela batalha.
Com pena de si mesmo, Magnus? Prepare-se, cara! Seja um viking, como seu avô era. Você tem a inteligência e a coragem necessárias, tudo funcionando. As moças nos bordéis não reclamam e não cobram tanto. Você tem terras, uma casa sólida, boa companhia e dois afilhados corajosos.
—Esplendor na Cristandade, deixe-me ter minha própria família! Uma moça que me ame!
Sua voz soou, assustando uma pega solitária, fazendo-a alçar voo de um olmo solitário num borrão de asas, mas o santo, pálido e cansado, não deu sinal de ouvir. Observando o rosto calmo e esculpido, Magnus se perguntou se o santo estaria sorrindo, e então avistou seu próprio reflexo, nítido em um espelho de gelo congelado perto do santuário.
Ele franziu a testa, sabendo muito bem como era sua aparência, e cuspiu para a esquerda para dar sorte. Com os joelhos rangendo, levantou-se cambaleante e montou novamente em seu cavalo ansioso. Quando passasse por ali novamente, deixaria ouro, jurou, mas por enquanto só queria ir embora sorrateiramente. Precisava encontrar a aldeia antes do anoitecer e falar com o conselho de velhos — eram sempre velhos — que haviam enviado uma mensagem à sua mansão em Norton Mayfield, implorando por ajuda, qualquer ajuda, para rastrear e derrotar um monstro.
—Você é uma bruxa. —Elfrida, costurando as mangas do melhor vestido da irmã mais nova, sentadas juntas no banco do lado de fora da cabana, sentiu o medo se acumular em seu estômago como pontadas de fome. Mantendo os olhos fixos na agulha, respondeu com firmeza, entre pontos: —Sou dona de mim mesma, só isso, sem marido. Alguém na aldeia a tem incomodado?
—Ah, não, Elfrida, mas eu estava pensando.
Elfrida apertou mais um ponto, sua agulha brilhando como uma pequena espada na luz brilhante do entardecer. —Seu Walter me chama assim? —, perguntou ela cuidadosamente.
Ela olhou para cima. Christina estava corando muito bem, seus olhos azul-claros mais brilhantes que centáurea em contraste com seu véu azul-claro, pele branca, e cabelos cor de prímula. Perdida em admiração, e imóvel por um momento, ela ouviu Christina admitir: —Nós não conversamos muito. Bem, eu não converso. Walter me chama de gatinha e nos beijamos.
Christina e seu noivo podiam ser encontrados se beijando por toda a vila, o que não era surpresa.
—Ainda assim. — Christina pressionou uma unha bem roída contra os lábios de pétalas de rosa.
14 de março de 2011
Promessa De Amor Eterno
Puro fascínio!Desde os catorze anos, Alyson de Olverton sonhava em se casar com um cavaleiro bonito, atraente e corajoso.
O nome dele era Guillelm de La Rochelle, mas o pai de Alyson não consentiu no casamento, e tomou providências para que Guillelm partisse para a Terra Santa, nas Cruzadas, partindo o jovem e inocente coração de Alyson.
Sete anos depois, o valente cavaleiro volta para casa, desmentindo os rumores de sua morte, e sem a menor ideia de que irá encontrar tudo muito diferente de quando partiu...Guillelm fica perplexo ao ver Alyson no ancestral castelo de sua família, e mais ainda ao descobrir que ela estava prometida a seu pai, antes que este morresse. Dividido entre o ciúme e um desejo avassalador, Guillelm surpreende Alyson ao pedi-la em casamento pela segunda vez, com o pretexto de que será mais fácil mantê-la em segurança se ela for sua mulher. Guillelm e Alyson nem sonham que há um inimigo entre eles, que não descansará enquanto não destruir aquela paixão, que promete ser eterna...
Capítulo Um
Inglaterra, verão de 1138
Sir Guillelm voltou! O filho de sir Robert está de volta!
— Deus seja louvado, estamos salvos! O jovem mestre retornou!
Alyson ouviu os gritos dos soldados, esperançosa.
— Milorde Dragon — murmurou.
Esquecendo-se das orações que fazia, esforçou-se para pôr-se de pé, ergueu o véu e corou.
— Será mesmo verdade? — perguntou-se, com o coração acelerado.
Ela havia esperado tanto tempo que mal podia acreditar... Guillelm, no castelo da família, em Hardspen!
Por um momento, sentiu-se invadida por uma profunda felicidade.
— Minha senhora! — A voz do criado, Sericus, sobressaía em meio ao burburinho dos grandes salões do castelo enquanto ele claudicava à procura de Alyson.
— Estou aqui — ela respondeu do interior da capela.
Sericus era aleijado, e para poupar-lhe os frágeis membros, ela segurou a barra do vestido marrom e adiantou-se pela escada em espiral.
Era uma jovem esguia, não muito alta, de longos e volumosos cabelos negros, profundos olhos azul-escuros e traços delicados, ofuscados pelo cansaço e pelo sofrimento dos últimos tempos.
Será que Guillelm se lembraria dela? Alyson tinha apenas catorze anos quando fora convocado por um parente, Raymond de Poitiers, e o acompanhara até a Terra Santa.
Guillelm passara sete longos anos nas exóticas e empoeiradas terras de ultramar enquanto ela era consumida por um verdadeiro desespero de vê-lo mais uma vez.
Nos últimos três anos, sem qualquer notícia dele, ouvira até rumores de que ele estaria morto.
Mas não... Ele estava vivo!
Teria mudado muito? De repente, Alyson imaginou se teria de ser ela a informá-lo de que as forças inimigas aquarteladas do lado de fora do portão principal estavam posicionadas para o ataque... que o austero e intimidador lorde Robert estava morto havia dez dias... e que, desde o mês passado, ela estava morando em Hardspen, seguindo a vontade do nobre recém-falecido.
Angustiada com tais pensamentos, deixou para trás o último degrau da escada.
Com o dedo indicador sobre os lábios, pediu silêncio a Sericus.
Então, o criado seguiu, claudicante, e passou por ela e pelos homens sujos e
mal-ajambrados que se reuniam em torno da grande lareira de pedra no centro do salão que os abrigava.
— Milady, onde estão suas criadas? — ele indagou em um sussurro nervoso.
— Gytha e Osmoda estão no meu quarto, acamadas, como muitos neste castelo.
Alyson as havia deixado dormir.
Não tinham mais febres, mas ainda estavam fracas.
— Permita-me reunir parte da criadagem para acompanhá-la, ao menos uma, que seja...
— Você estará a meu lado, Sericus, é o suficiente — ela respondeu com um sorriso de gratidão. — Cuidou para que nossos convidados fiquem à vontade?
Ela corou ao se referir ao novo senhor de Hardspen como um convidado.
— Sim, milady. — Sericus assentiu com a cabeça. — Foi-lhes servido pão e cerveja.
— Então, rogo que me dê um instante para que me componha. Sente-se um pouco, por favor.
Assim como Alyson, fazia três noites que Sericus estava sem dormir, ocupado em cuidar dos doentes e supervisionar os recursos humanos e bélicos enquanto os inimigos se reuniam do lado de fora, numa arrogante demonstração de força.
— Milady é sempre muito amável.
Sentando-se em um banco de pedra, o homem exausto, barbudo e grisalho apresentava uma expressão de dor e alívio ao mesmo tempo.
De pé, no poço escuro da escadaria, Alyson observava a cena no salão nobre.
Com pé-direito alto, aquele cômodo era o coração do castelo, onde, em tempos mais auspiciosos, lorde Robert jantava com seus homens em grandes mesas e bancadas, agora amontoadas em um canto do recinto.
Naquela noite, já bem depois do crepúsculo, os guerreiros e homens ainda leais a Hardspen acomodavam-se no chão empoeirado para ter algumas horas de sono.
Era visível em seus semblantes que estavam exaustos, assim como ela mesma, mas havia uma nova esperança nos olhos de Alyson, devido ao retorno de um cavaleiro em especial.
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