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14 de outubro de 2011

Pura Tentação





Os espíritos podem ser realmente imprevisíveis e o espectro de Lady Amélia é o pior de todos.

Justo quando um de seus irresponsáveis descendentes pensa que pode seguir o mau caminho, o fantasma sempre aparece para mudar seu mau comportamento.

Jackson Graystoke, um descarado sem igual, quer fazer do jogo e do excesso da sociedade londrina seu modo de vida.


E este barão sem dinheiro teria seguido o caminho da perdição, cheio de mulheres e bebida, se Lady Amélia tivesse permitido.
Recém chegada da Irlanda, Moira Ou'Toole não é tão tola para acreditar em lendas, nem o bastante ingênua para confiar em um libertino.
Não obstante, depois de um acidente que a leva a Graystoke Manor, encontra-se total e completamente cativada pelo encanto de Black Jack Graystoke e sua deliciosa promessa de... Pura tentação.

Comentário Revisora Waléria Vieira: Para aqueles que gostam de regência vão adorar, apesar de não ter muitos bailes. O livro é hot, tem insinuações, cenas de sexo sem consentimento, mas no geral é muito bom.
Um homem “galinha” encontra uma mulher para amar com a ajuda de um fantasma familiar. Ocorrem inúmeras situações de tensão, suspense e romance.
Ele é um canalha que muda de vida, mas em alguns momentos dá vontade de torcer o pescoço dele e ajudá-lo providenciando um óculos. Espero que gostem.

Capítulo Um

Londres, 1795

Os fantasmas eram tão condenadamente imprevisíveis.
Durante seus anos de juventude, Jackson Graystoke percorreu cada rincão e cada greta da arruinada mansão de pedra que herdou, procurando o fantasma de Lady Amélia, e não encontrou nada.
Quando era um moço teria dado tudo por uma olhadela da evasiva dama que ocasionalmente frequentava os corredores de Graystoke Manor.
Mas certamente não agora, não quando ele já não acreditava que os fantasmas existissem.
Durante os peculiares duzentos anos que seguiram à morte de Lady Amélia, quem segundo a lenda aparecia só ante aos Graystoke masculinos que andavam pelo caminho da perdição, ela apareceu estranha vez, posto que poucos de seus honestos descendentes ao longo dos anos foram o bastante libertinos para necessitar sua ajuda.
Até que chegou Black Jack Graystoke.
A ovelha negra da família Graystoke, um homem dedicado à libertinagem.
Vagabundo, vilão, aventureiro, ruim, sedutor de mulheres.
Aos homens caía bem, e as mulheres o amavam.
E Lady Amélia, que gravitava sobre sua cama como um anjo vingador, fulminava-o com o olhar com óbvio desagrado.
—Vá-se — disse Jack irritado.
Acabava de deitar-se depois de uma noite nas mesas de jogo e não tinha tempo para uma aparição que poderia ou não ser uma invenção de sua imaginação.
Ele sabia que bebera mais do que devia, mas não acreditava que fosse tanto para intoxicar-se.
Coberto por uma luz brilhante e roupas soltas, o fantasma negou com sua cabeça.
—Que diabos quer? Lady Amélia simplesmente o olhou com seus olhos vazios.
—Por que agora? Por que escolheu este momento para aparecer quando houve uma época em que seria bem-vinda uma visão sua?
— Jack estava familiarizado com a lenda do fantasma familiar, a ouviu muitas, muitas vezes — Estou muito sumido no pecado; nada do que possa fazer me salvará da perdição.
—Lady Amélia foi flutuando para a porta. Jack se apoiou em um cotovelo e viu que lhe fazia gestos.
Gemeu consternado e se firmou no travesseiro, fechando com força os olhos.
Quando os abriu, Lady Amélia ainda estava ali.
—Aonde devo ir? Está chovendo lá fora, pelo amor de Deus!

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